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Estratégia Saúde da Família

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Estratégia
Saúde da
Família
7 Semestre- Enfermagem
Meirele Luiz Araújo
PNAB
Características da atenção básica: 
É desenvolvida com mais alto grau de descentralização e atuaÉ desenvolvida com mais alto grau de descentralização e atua
diretamente na vida da pessoa; 
Principal porta de entrada da RAS – Rede de Assistência a Saúde; É desenvolvida com mais alto grau de descentralização e atua
Baseia-se na Universalidade, acessibilidade, do vínvulo, continuidade doÉ desenvolvida com mais alto grau de descentralização e atua
cuidado, na integralidade da atenção, na responsabilização, da
humanização, da equidade e da participação social.
 Considera sujeito em sua singularidade e iserção sociocultural eÉ desenvolvida com mais alto grau de descentralização e atua
promovendo atenção integral. 
Atenção Básica 
 O que é Atenção Básica?
A atenção básica é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos
sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é
orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de
agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento
superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como
um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos
mais simples aos mais complexos.
 E como Funciona a Atenção Básica?
No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de
descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida
das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal
porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à
Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios
da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do
cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da
humanização, da equidade e da participação social. No Brasil, há diversos
programas governamentais relacionados à atenção básica, sendo um
deles a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços
multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de
Saúde (UBSs), por exemplo. Consultas, exames, vacinas, radiografias e
outros procedimentos são disponibilizados aos usuários nas UBSs. 
A atenção básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes
de Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situação de rua;
o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar; o Programa Brasil 
Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes Comunitários de
Saúde (PACS), que busca alternativas para melhorar as condições de
saúde de suas comunidades etc.
 A Portaria 648, de 28 de março de 2006, que aprovou a Política
Nacional de Atenção Básica, assim a define: “um conjunto de ações
de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde
(BRASIL, 2006b, p. 2)”.
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS a serem operacionalizados na
Atenção Básica: (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º)
I
– princípios:
II – diretrizes:
a) universalid
ade;
 a) regionalização e
hierarquização:
 b) equidade; b) territorialização;
c) integralidad
e.
 c) Participação na
comunidade
 
 d) cuidado centrado na
pessoa;
 e) resolutividade;
 
 f) longitudinalidade do
cuidado;
 
 g) coordenação do
cuidado;
Vamos Relembrar:
•Universalidade: determina que todos os cidadãos brasileiros,
independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características
sociais ou pessoais, têm direito ao acesso às ações e serviços de saúdea
todas as pessoas.
•Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar
de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são
iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras,
equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais
onde a carência é maior.
•Integralidade: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o
usuário, entendê-lo inserido em seu contexto social e, a partir daí atender
às demandas e necessidades desta pessoa.
Níveis de atenção:
O modelo de organização brasileiro segue os padrões determinados
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo os quais os serviços
de saúde devem ser agrupados de acordo com a complexidade das ações
necessárias para promover, restaurar ou manter a saúde da população. O
sistema de organização em três níveis gradativos de atenção à saúde
serve, principalmente, como uma triagem para o Sistema Único de Saude
(SUS). Os pacientes são encaminhados de um nível ao próximo,
garantindo que profissionais altamente especializados e os equipamentos
mais avançados tenham uma maior disponibilidade para quem precisa,
enquanto o paciente que precisa de um simples curativo já “para” no nível
primário.
1. Atenção primária: APS deve ser o primeiro contato das pessoas
com o sistema de saúde, sem restrição de acesso às mesmas,
independente de gênero, condições socioculturais e problemas de
saúde; com abrangência e integralidade das ações individuais e
coletivas; além de continuidade (longitudinalidade) e coordenação
do cuidado ao longo do tempo, tanto no plano individual quanto no
coletivo, mesmo quando houver necessidade de referenciamento
das pessoas para outros níveis e equipamentos de atenção do
sistema de saúde.
Deve ser praticada e orientada para o contexto familiar e comunitário,
entendidos em sua estrutura e conjuntura socioeconômica e cultural .
A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos “atenção
básica” e “Atenção Primária à Saúde”, nas atuais concepções, como
termos equivalentes. Associa a ambos: os princípios e as diretrizes
definidos neste documento. A Política Nacional de Atenção Básica tem na
Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação
da atenção básica. A qualificação da Estratégia Saúde da Família e de
outras estratégias de organização da atenção básica deverá seguir as
diretrizes da atenção básica e do SUS, configurando um processo
progressivo e singular que considera e inclui as especificidades
locorregionais. 
Atenção secundária: Formada pelos serviços especializados em nível
ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre
atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como
procedimentos de média complexidade. Esse nível compreende serviços
médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento
de urgência e emergência. 
 A organização da atenção secundária se dá por meio de cada uma
das microrregiões do estado, onde há hospitais de nível secundário que
prestam assistência nas especialidades básicas (pediatria, clinica medica e
obstetrícia) além dos serviços de urgência e emergência, ambulatório
eletivo para referencias e assistências a pacientes internados,
treinamento, avaliação, e acompanhamento da equipe de saúde da família
(ESF). O aumento da resolubilidade na atenção primária depende do
acesso a consultas e procedimentos disponíveis na atenção secundária. A
boa relação entre a atenção primária e secundária é um dos fatores
condicionantes dessa resolutividade.
 Atenção terciária: no nível terciário de atenção à saúde estão reunidos
os serviços de alta complexidade, representados pelos grandes hospitais e
pelas clínicas de alta complexidade. Nessa esfera, os profissionais
são altamente capacitados para executar intervenções que interrompam
situações que colocam a vida dos pacientes em risco. Trata-se de cirurgias
e de exames mais invasivos, que exigema mais avançada tecnologia em
saúde. Dito de outra maneira, o nível terciário visa à garantia do suporte
mínimo necessário para preservar a vida dos pacientes nos casos em que
a atenção no nível secundário não foi suficiente para isso. Este é o nível
mais complexo, onde entram os grandes hospitais e os equipamentos
mais avançados, como aparelhos de ressonância magnética, além de
profissionais altamente especializados, como cirurgiões. Isso porque é no
nível terciário de atenção à saúde que acontecem as cirurgias e são
atendidos os pacientes com enfermidades que apresentam riscos contra
suas vidas.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
O QUE É ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA?
Estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada
mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades
básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento
de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica
delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde,
prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais
freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. No Brasil a
atenção primária à saúde tem a Saúde da Família como estratégia
prioritária para sua organização, de acordo com os preceitos do Sistema
Único de Saúde (SUS). A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca
promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos
fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má
alimentação e o uso de tabaco. Com atenção integral, equânime e
contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada do Sistema
Único de Saúde (SUS). 
Objetivando: 
 Reorganizar o modelo de atenção à saúde
 Reorientar as práticas profissionais.
 DIRETRIZES OPERACIONAIS 
 Integralidade
 Hierarqização
 Territorialização
 Caráter substitutivo
 Adscrição da clientela
 Cadastramento
 Equipe Multiprofissional 
SAÚDE DA FAMÍLIA 
 Fundamenta-se nos eixos transversais
da:universalidade,integralidade e eqüidade, em um contexto de
descentralização e controle social da gestão, princípios do SUS. 
 Supera a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na
doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e
sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho
em equipes, dirigidas às populações de territórios delimitados.
 Mediante a adstrição de clientela, as equipes Saúde da Família
estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso
e a co-responsabilidade dos profissionais com os usuários e a
comunidade. 
 Estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem
provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o
modelo de atenção no SUS. 
 Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis
assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais
indicadores de saúde das populações assistidas.
Caracteriza-se por: 
 Ser principal porta de entrada de um sistema hierarquizado e
regionalizado de saúde. 
 Ter território definido, com uma população delimitada, sob a sua
responsabilidade; 
 Intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está
exposta; 
 Prestar assistência integral e permanente;
 Realizar atividades de educação e promoção da saúde;
 Estabelecer vínculos de compromisso e de coresponsabilidade
com a população;
 Estimular a organização das comunidades para exercer o controle
social das ações e serviços de saúde; 
 Utilizar sistemas de informação para o monitoramento e a tomada
de decisões;
 Atuar de forma intersetorial, por meio de parcerias estabelecidas
com diferentes segmentos sociais e institucionais, de forma a
intervir em situações que têm efeitos determinantes sobre as
condições de vida e saúde dos indivíduos-famílias-comunidade.
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a
Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários
de Saúde (PACS).
EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
As equipes são compostas, no mínimo, por: 01 médico de família 01
enfermeiro 01 auxiliar ou técnico de enfermagem 06 agentes
comunitários de saúde
Quando ampliada, conta ainda com: 01dentista 01 auxiliar de consultório
dentário 01 técnico em higiene dental.
A Rede de Atenção à Saúde (RAS)
A Rede de Atenção à Saúde (RAS) Para que toda essa estrutura
possa funcionar, dando respostas adequadas às necessidades dos
usuários, de forma coordenada, é necessário estabelecer estratégias que
permitam criar múltiplas respostas para o enfrentamento da produção
saúde-doença. 
A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é o arranjo organizativo formado
pelo conjunto de serviços e equipamentos de saúde, num determinado
território geográfico, responsável não apenas pela oferta de serviços, mas
ocupando-se também de como estes estão se relacionando, assegurando
dessa forma que a ampliação da cobertura em saúde seja acompanhada
de uma ampliação da comunicação entre os serviços, a fim de garantir a
integralidade da atenção (BRASIL, 2009b; 2011). Os fluxos de atendimento
das demandas de saúde nos diversos níveis de atenção devem ser
definidos na RAS, com o intuito de obter a integralidade do cuidado. A
principal porta de entrada e de comunicação entre os diversos pontos da
RAS é a Atenção Básica, constituída de equipe multidisciplinar,
responsável pelo atendimento de forma resolutiva da população da área
adstrita e pela construção de vínculos positivos e intervenções clínicas e
sanitárias efetivas (BRASIL, 2011). Para seu funcionamento, esta,
personificada na Unidade Básica de Saúde (UBS), deve estar cadastrada
no sistema de Cadastro Nacional e ser construída segundo normas
sanitárias e de infraestrutura definidas pelo Departamento de Atenção
Básica/SAS/MS, devendo possuir: consultórios médicos e de enfermagem
e, caso possuam profissionais de saúde bucal, consultório odontológico;
salas de acolhimento, procedimento, vacina, inalação, coleta de material
biológico, curativo, observação, administração e gerência, além de áreas
de recepção, arquivos, dispensação e armazenagem de medicamentos
(BRASIL, 2011). Distintas maneiras de organização das UBS e realidades
socioepidemiológicas, além de facilidade de acesso, construção de
vínculos positivos e responsabilização dos profissionais pela continuidade
do cuidado dos usuários, foram determinantes decisivos para a
determinação do número de habitantes da área adstrita; assim, cada UBS
localizada em grandes centros urbanos e que não adota a ESF deve
acolher no máximo 18 mil habitantes (BRASIL, 2011). Àquelas com ESF
recomenda-se, no máximo, 12 mil habitantes, em que cada equipe deve
ser responsável por, no máximo, 4 mil pessoas, sendo a média
recomendada de 3 mil pessoas ou menos quanto maior o grau de
vulnerabilidade (BRASIL, 2011). Cada equipe deve ser constituída por no
mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou
médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista
em saúde da família, auxiliar ou técnico de enferDestaque Você observou
que, apesar de termos discutido que o trabalho multiprofissional e
interdisciplinar deve redundar na gestão do cuidado integral do usuário,
este poucas vezes foi mencionado na dinâmica da composição das
equipes e da educação permanente e do planejamento das ações? A
Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS magem e agentes
comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta composição, comoparte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal. Estes
devem estar vinculados a uma equipe de saúde da família, mantendo
responsabilidade sanitária pela mesma população e território que a ESF.
Cada um desses profissionais, exceção feita ao médico, deve cadastrar-se
em apenas uma equipe, com carga horária de 40 horas semanais, sendo
32 horas dedicadas a atividades na equipe de saúde da família, podendo,
conforme decisão e prévia autorização do gestor, dedicar até 08 (oito)
horas do total da carga horária para prestação de serviços na rede de
urgência do município ou para atividades de especialização em saúde da
família, residência multiprofissional e/ou de medicina de família e de
comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio
matricial. 
Atribuições dos profissionais da Estratégia Saúde da Família 
Observe que, para um número grande de pessoas, distribuído em
um território, às vezes de forma dispersa e outras tão concentradas, é
preciso desenvolver tanto um trabalho colaborativo e conjunto,
envolvendo todos os membros da equipe, quanto trabalhos específicos,
seguindo as disposições legais que regulamentam o exercício de cada
uma das profissões. Num primeiro momento, as atribuições de todos os
profissionais, do ponto de vista organizacional: 
 participar do processo de territorialização, identificando situações de
risco e vulnerabilidade, realizando busca ativa e notificando doenças
e agravos de notificação compulsória; cadastrar famílias e
indivíduos, garantindo a qualidade dos dados coletados e a
fidedignidade do diagnóstico de saúde do grupo populacional da
área adstrita de maneira interdisciplinar, com reuniões sistemáticas,
organizadas de forma compartilhada, para planejamento e avaliação
das ações. 
Associadas a estas, outras ações devem ser desenvolvidas, a fim de
promover atenção integral, contínua e organizada da população adstrita.
O acolhimento dos usuários deve garantir escuta qualificada e
encaminhamentos resolutivos para que o vínculo, uma das peças-chave
da ESF, ocorra de forma efetiva. Importante lembrar que a atenção ao
usuário deve ser realizada não apenas no âmbito da Unidade de Saúde,
mas em domicílio, em locais do território, quando as visitas se tornarem
essenciais para o andamento do cuidado. Entretanto, é necessário que
esse mesmo sujeito, que hoje necessita de cuidados, seja capaz, em um
momento posterior, de gerir sua forma de conduzir sua vida e a de sua
família, de forma autônoma e saudável. Ações educativas, que interfiram
no processo de saúde-doença, devem ser incrementadas, bem como o
incentivo à mobilização e à participação da comunidade, com o intuito de
efetivar o controle social 
Profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família
 A par das atividades comuns a todos os profissionais envolvidos na ESF,
cada um deles tem função específica. Tal função não se basta em si
mesma, e um aprofundamento é necessário para que cada um se
reconheça e reconheça também a atividade do outro e não se perca de
vista o trabalho compartilhado.
ATRIBUIÇÕES COMUNS 
 Conhecer a realidade
 Identificar os problemas de saúde;
 Valorizar relação com o usuário e sua família;
 Realizar visitas domiciliares;
 Resolver os problemas da atenção básica;
 Garantir a Integralidade (continuidade);
 Prestar assistência integral;
 Organizar grupos de educação para a saúde;
 Promover ações intersetoriais;
 Fomentar participação popular;
Ao enfermeiro cabe atender a saúde dos indivíduos e famílias
cadastradas, realizando consulta de enfermagem, procedimentos,
atividades em grupo e, conforme protocolos, solicitar exames
complementares, prescrever medicações e gerenciar insumos e
encaminhar usuários a outros serviços. Cabem a ele também as atividades
de educação permanente da equipe de enfermagem, bem como o
gerenciamento e a avaliação das atividades da equipe, de maneira
particular do agente comunitário de saúde (ACS), que ocupa na ESF papel
fundamental para a manutenção do vínculo entre os usuários e a Unidade
de Saúde. 
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
 Realizar consultas de enfermagem
 Executar ações de assistência integral: criança, adolescente, mulher,
adulto e idoso.
 Fomentar formação de grupos de patologias específicas: diabéticos
e hipertensos.
 Coordenar ações para capacitação de ACS e auxiliares de
enfermagem.
O médico é um profissional que se ocupa da saúde humana,
promovendo saúde, prevenindo, diagnosticando e tratando doenças, com
competência e resolutividade, responsabilizando-se pelo
acompanhamento do plano terapêutico do usuário. Para que possa
atender à demanda dos indivíduos sob sua responsabilidade, deve realizar
atividades programadas e de atenção à demanda espontânea, de forma
compartilhada, consultas clínicas e pequenos procedimentos cirúrgicos,
quando indicado na Unidade de Saúde, no domicílio ou em espaços
comunitários, responsabilizando-se pela internação hospitalar ou
domiciliar e pelo acompanhamento do usuário. Além disso, o médico deve,
em um trabalho conjunto com o enfermeiro, realizar e fazer parte das
atividades de educação permanente dos membros da equipe e participar
do gerenciamento dos insumos. 
 ATRIBUIÇÕES DO MÉDICO 
 Realizar consultas clínicas
 Executar ações de assistência integral: criança, adolescente, mulher,
adulto e idoso.
 Aliar atuação clínica com saúde coletiva
 Fomentar formação de grupos de patologias específicas: diabéticos
e hipertensos.
O agente comunitário de saúde (ACS) exerce o papel de “elo” entre a
equipe e a comunidade, devendo residir na área de atuação da equipe,
vivenciando o cotidiano das famílias/indivíduo/comunidade com mais
intensidade em relação aos outros profissionais. É capacitado para reunir
informações de saúde sobre a comunidade e deve ter condição de dedicar
oito horas por dia ao seu trabalho. Realiza visitas domiciliares na área
adscrita, produzindo dados capazes de dimensionar os principais
problemas de saúde de sua comunidade. A esses profissionais cabe
cadastrar todas as pessoas do território, mantendo esses cadastros
sempre atualizados, orientando as famílias quanto à utilização dos
serviços de saúde disponíveis. Devem acompanhá-las, por meio de visitas
domiciliarias e ações educativas individuais e coletivas, buscando sempre
a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS.
Devem desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das
doenças e agravos e de vigilância à saúde, mantendo como referência a
média de uma visita/família/mês ou, considerando os critérios de risco e
vulnerabilidade, em número maior. A eles cabe “o acompanhamento das
condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro
programa similar de transferência de renda e enfrentamento de
vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e municipal
de acordo com o planejamento da equipe” (BRASIL, 2011). O ACS também
é responsável por cobrir toda a população cadastrada, com um máximo de
750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família 
ATRIBUIÇÕES DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
 Realizar mapeamento de sua área
 Cadastrar as famílias
 Identificar áreas e grupos de risco
 Orientar a comunidade quanto ao atendimento, educação e
prevenção para a saúde
 Traduzir para a ESF a dinâmica social da comunidade
Ao técnico e auxiliar de enfermagem cabe, sob a supervisão do
enfermeiro, realizar procedimentos regulamentados no exercício de sua
profissão tanto na Unidade de Saúde quanto em domicílio e outros
espaços da comunidade, educação em saúde e educação permanente. 
ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM
 Realizar procedimentosde enfermagem
 Preparar o usuário para as consultas e exames
 Zelar pela ordem e limpeza do ambiente de trabalho
 Realizar busca ativa de casos
O cirurgião-dentista é o profissional de saúde capacitado na área de
odontologia, devendo desenvolver com os demais membros da equipe
atividades referentes à saúde bucal, integrando ações de saúde de forma
multidisciplinar. A ele cabe, em ação conjunta com o técnico em saúde
bucal (TSB), definir o perfil epidemiológico da população para o
planejamento e a programação em saúde bucal, a fim de oferecer atenção
individual e atenção coletiva voltadas à promoção da saúde e à prevenção
de doenças bucais, de forma integral e resolutiva. Sempre que necessário,
deve realizar os procedimentos clínicos, incluindo atendimento das
urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados
com a fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares, além
de realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea e
ao controle de insumos. É responsável ainda pela supervisão técnica do
Técnico (TSB) e do Auxiliar (ASB) em Saúde Bucal e por participar com os
demais profissionais da Unidade de Saúde do gerenciamento dos insumos
necessários para o adequado funcionamento da UBS.
Ao técnico em saúde bucal (TSB) cabe, sob a supervisão do cirurgião-
dentista, o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal, a
manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos, a remoção
do biofilme e as fotografias e tomadas de uso odontológicos a limpeza e a
antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, e as
medidas de biossegurança de produtos e resíduos odontológicos. É
importante que esse profissional integre ações de saúde de forma
multidisciplinar, oferecendo apoio e educação permanente aos ASB, ACS e
agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde nas ações de
prevenção e promoção da saúde bucal.
 ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE SAÚDE BUCAL
 Realizar procedimentos preventivos, individuais ou coletivos, sob
supervisão do CD
 Realizar procedimentos reversíveis.
 Zelar pela manutenção e conservação dos equipamentos
odontológicos.
O auxiliar em saúde bucal (ASB) realiza procedimentos
regulamentados no exercício de sua profissão, como limpeza, assepsia,
desinfecção e esterilização do instrumental, dos equipamentos
odontológicos e do ambiente de trabalho, processa filme radiográfico,
seleciona moldeiras, prepara modelos em gesso, além das demais
atividades atribuídas ao TSB (BRASIL, 2011). Destaque Perceba que todos
esses profissionais devem ter o compromisso com o acesso, o vínculo
entre usuários e profissionais e a continuidade e a longitudinalidade do
cuidado, trabalho
ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL
 Proceder às ações de biossegurança no consultório odontológico
 Realizar procedimentos educativos e preventivos
 Instrumentalizar o CD e o TSB
 Agendar pacientes e orientá-lo quanto ao retorno.
Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF 
Criação dos NASFs
Portaria 154 (MS, 2008) – NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da
Família)Profissionais de diferentes áreas especializadas que irão atuar no
apoio às ESF, ampliando a abrangência das ações e a resolutividade
dessas equipes“
Art. 1º Criar os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF com o objetivo
de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem
como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da
Família na rede de serviços e o processo de territorialização e
regionalização a partir da atenção básica.”
OBJETIVO DO NASF
ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como
sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família
na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a
partir da atenção básica
FUNCIONAMENTO DO NASF
 Horário de funcionamento: coincidente com o horário das ESF.A
carga horária dos profissionais do NASF deve ser de 40 horas
semanais, observando as seguintes exceções:
 I – Médicos: podem ser registrados 2 profissionais que cumpram um
mínimo de 20 horas semanais cada um;
 II – Fisioterapeutas: devem ser registrados 2 profissionais que
cumpram um mínimo de 20 horas semanais cada um;
 III - Terapeutas ocupacionais: devem ser registrados 2 profissionais
que cumpram um mínimo de 20 horas semanais cada um;
 IV - Demais ocupações: 40 horas semanais.
ATIVIDADES BÁSICAS DE UMA EQUIPE DE SAÚDE FAMÍLIA 
✓Conhecer a realidade das famílias; 
✓Garantir a continuidade do tratamento; 
✓Prestar assistência integral; 
✓Discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o
conceito de cidadania.
Modalidades:
NASF 1 deverá ser composto por, no mínimo cinco profissionais de nível
superior de ocupações não-coincidentes, citados abaixo:
 Médico Acupunturista;
 Assistente Social;
 Professor de Educação Física;
 Farmacêutico;
 Fisioterapeuta;
 Fonoaudiólogo;
 Médico Ginecologista;
 Médico Homeopata;
 Nutricionista
 ;Médico Pediatra;
 Psicólogo;
 Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional.
 NASF 2 deverá ser composto por no mínimo três profissionais de nível
superior de ocupações não-coincidentes entre as listadas abaixo:
 Assistente Social;
 Professor de Educação Física;
 Farmacêutico;
 Fisioterapeuta;
 Fonoaudiólogo;
 Nutricionista;
 Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional.

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