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Miomatose Uterina 1 Miomatose Uterina Ciclo P2 Data Fiz resumo? Completo! Matéria Ginecologia & Obstetrícia Qualquer resumo Tá foda.. O útero pode se encontrar anteversofletido, isto é flexionado anteriormente posicionado sob a bexiga (70% dos casos), ou retrovertido, posicionado flexionado sob o reto. A principal causa de sangramento vaginal é o abortamento. Miomas ou leiomiomas são uma tumorações benignas uterinas, compostos de células lisas do miométrio, que podem variar de acordo com a camada acometida, localização e tamanho. A leiomiomatose é uma doença estrogênio dependente, ou seja, a privação de estrogênio impede o crescimento da tumoração. Por conta disso que ocorre melhora da sintomatologia na menopausa. A faixa etária mais acometida é entre 35 - 45 anos, e uma dieta rica em carne branca é uma prevenção. É importante citar que tem maiores taxas de prevalência em mulheres da raça negra, assim como em mulheres com menarca precoce, ou multiparidade. Existem casos de miomas tão "pesados", que o útero não consegue sustentar e acabam se exteriorizando. São chamados mioma em parturição. Polimiomatose: paciente com mais de um mioma; Menometrorragia: paciente que menstrua muito e fora do ciclo; Histogênese: O que ocorre é uma mutação de uma única célula, que após consecutivas mutações constitui tumores. Influência genética: mutação espontânea com predisposição familiar e hormonal, que podem influenciar no crescimento da musculatura lisa. É interessante dizer que a miomatose uterina é responsável por cerca de 50% de todas as histerectomias do mundo inteiro! Classificações dos miomas Quanto ao volume → Grande: passa da cicatriz umbilical; → Médio: Topografia → Corporais - podem ser assintomáticos dependendo do tipo (91,2%); → Cervicais - crescem para dentro da vagina Quanto à camada → Submucosa; → Intramural; → Serosa; @15/03/2021 Miomatose Uterina 2 → Pequeno: e causam sinusiorragia e infecções frequentes (2,6%); → Ístimicos - causam dor com alteração urinária (7,2%); Miomatose Subserosa Localizada na camada de superfície do útero, entre o miométrio e o revestimento peritoneal. Pode ser séssil ou pediculado. Essa classe de miomatose corresponde a cerca de 40% dos miomas, e é importante dizer que os miomas pediculados podem acabar torcendo. Outras complicações podem ser a necrose e até hemorragias peritoneais. Um diagnóstico diferencial é câncer de ovário. Miomatose Intramural É a mais recorrente, compreendendo cerca de 55% dos casos. Basicamente, podemos dizer que eles são circunscritos no miométrio, e causam sintomas como dor e dismenorréia (dor que precede ou que acontece no período menstrual). Um possível diagnóstico diferencial é adenomiose. Miomatose Submucosa É a presença de um mioma na camada interna, causando assim sangramentos. Assim como o subseroso, pode ser séssil ou pediculado. Pode ter como diagnóstico diferencial os pólipos endometriais. É importante citar que esse tipo de miomatose tem possibilidade de causar disfunção reprodutiva. Quadro Clínico da Miomatose Uterina Muitas vezes é um achado, pois a paciente é assintomática. Contudo, os sintomas são relacionados com o volume dos miomas, quantidade deles e principalmente localização. Os sintomas mais comuns encontrados são cansaço, astenia (perda ou diminuição da força), dispnéia, alterações no hábito intestinal e aumento do volume abdominal. É importante dizer que não existe sintoma patognomônico. Algumas pacientes podem apresentar alterações menstruais, menorragias (aumento da intensidade do fluxo), hipermenorréias (aumento da duração do ciclo), distúrbios urinários, intestinais e venosos por compressão. Diagnóstico Geralmente é clínico, mas o exame padrão ouro é a ressonância magnética. A ultrassonografia também é muito boa e de grande ajuda, é muito utilizada em locais que não se tem RM. Deve-se realizar uma anamnese e exame físico bem feitos, além de exames de imagem sendo USG ou RM. No geral, existe uma tríade de exames para bater o martelo no diagnóstico de miomatose uterina, sendo ela: → Biópsia para o histopatológico; → Hemograma; → EAS; Miomatose Uterina 3 A histerossonografia mostra a cavidade uterina com clareza pós injeção de soro, e a histeroscopia ajuda no diagnóstico e tratamento de miomas submucosos. Miomatose e gravidez Não é nada recomendado aproveitar a cesariana para retirar miomas, pois o útero gravídico tem vasos muito pérvios. A complicação mais usual é a necrose asséptica do leiomioma, com autoembolização. O corpo direciona os vasos para o feto e ocorre necrose do mioma. Associação: gravidez ectópica, sangramento de primeiro trimestre, DPP (principalmente em miomas > 6cm), placentação baixa, abortamento, trabalho de parto prematuro, apresentação fetal anômala (NÃO ENTENDI NADA DESSE TÓPICO, SÓ COPIEI). Tratamento O tratamento tem objetivo de aliviar os sintomas, mas deve-se levar em consideração os próprios sintomas, a idade da mulher, aspirações reprodutivas e principalmente a história obstétrica. Em pacientes assintomáticas, utilizamos a conduta expectante. Basicamente é acompanhar essa paciente e tratar os sintomas dela, expectante quer dizer olhar, acompanhar. Quando essa paciente é assintomática, mas tem um mioma muito volumoso, não deve ser utilizado. Indicação terapêutica conservadora: → Reduzir a tumoração; → Aspirações obstétricas; → Realizar controle das perdas sanguíneas; → Peri-menopausa; → Risco Cirúrgico elevado; Tratamento Clínico: → Anticoncepcionais Orais agem ajudando a corrigir a perda sanguínea, mas somente isso. → Antiinflamatórios não-esteroidais agem na melhora da dor pélvica, e realizam alguma regularização de fluxo (peroxicam). → Medicações análogas do estrogênio induzem amenorréia e melhoram a anemia. Tratamento médio de 18 meses com relato de diminuição do volume uterino após o término (danazol e gestrinona). → Análogos do GnRH são as medicações mais efetivas pois causam um estado de hipoestrogenismo, redução do volume do mioma e consequentemente dos sintomas. Estima-se redução de 77% do volume do mioma em apenas 3 meses de tratamento. Não podem ser utilizados por mais de 6 meses, podendo causar osteopenia e síndrome climatérica. Tratamento Cirúrgico O tratamento cirúrgico é indicado em casos de sangramento anormal, dor pélvica e suspeita de malignidade. A histerectomia (retirada do útero) pode ser total ou subtotal. Caso seja total, será retirado tanto útero como colo do útero, mas caso seja subtotal o colo do útero será mantido. Esse procedimento pode ser realizado por via abdominal ou vaginal. A miomecetomia é a retirada do mioma e pode ser realizada por via vaginal, laparotomia, laparoscopia ou até histeroscopia. A decisão desse procedimento depende do tamanho do mioma em questão. Já o tratamento com a embolização consiste na aplicação de uma substância salina que infarta o mioma, reduzindo o tamanho e os sintomas. É feito através da introdução de um Miomatose Uterina 4 catéter pela artéria femoral, até chegar na artéria uterina, e é guiado pelo USG. Degeneração Miomatosa - Benigna É um processo que ocorre quando o útero não da mais conta de nutrir esse mioma, gerando assim uma diminuição do aporte sanguíneo. A hialina é a mais frequente e ocorre por diminuição do aporte sanguíneo. O mioma fica amolecido, com aspecto de "bife de fígado". Existem outras como: hemorrágica, mixóide, necrótica, calcificação, etc. Degeneração Miomatosa - Maligna Sarcomatosa: geralmente pós menopausa, é responsável por cerca de 0,1% de todos os tumores malignos do aparelho genital feminino. É altamente letal e tem grande capacidade de metastatização à distância. Paciente que sabidamente tem um mioma, entra na menopausa e começa a observar um crescimento abdominal exorbitante e muito rápido. Sinais de transformação sarcomatosa: aumentouterino rápido em pacientes menopausadas, alteração da consistência, ascite, perda ponderal.
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