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Menopausa e Climatério: Diferenças e Cuidados

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Menopausa e climatério são frequentemente 
utilizados como termos sinônimos. Mas, na realidade, 
apresentam significados diferentes. 
MENOPAUSA: 
• É o fenômeno que representa a cessação 
permanente da menstruação por um período igual ou 
superior a doze meses, sendo o resultado da perda da 
função folicular dos ovários; 
• Corresponde ao último ciclo menstrual da mulher. 
CLIMATÉRIO: 
• É utilizado para definir o período da vida 
reprodutiva da mulher durante o qual a menopausa 
ocorre; 
• É o período que marca a transição da fase 
reprodutiva para uma não reprodutiva da mulher. 
Em síntese, o CLIMATÉRIO é definido pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma fase 
biológica da vida e não um processo patológico, que 
compreende a transição entre o período reprodutivo 
e o não reprodutivo da vida da mulher. A 
MENOPAUSA é um marco dessa fase, correspondendo 
ao último ciclo menstrual, somente reconhecida 
depois de passados 12 meses da sua ocorrência e 
acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de 
idade. De acordo com estimativas do DATASUS, em 
2007, a população feminina brasileira totaliza mais de 
98 milhões de mulheres. Nesse universo, cerca de 30 
milhões têm entre 35 e 65 anos, o que significa que 
32% das mulheres no Brasil estão na faixa etária em 
que ocorre o climatério. 
O climatério pode ser dividido nos seguintes períodos: 
a) transição menopausal, que vai dos 37 aos 46 anos; 
b) perimenopausa, dos 46 aos 50 anos; 
c) pós-menopausa, dos 51 aos 65 anos; 
d) terceira idade, após os 65 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO! A menopausa geralmente ocorre dos 
48 aos 52 anos. 
O fogacho é o sintoma mais típico da mulher nesse 
período e ocorre devido a uma alteração vasomotora 
comum, que pode ser explicada pela instabilidade no 
sistema termorregulador hipotalâmico que envolve 
também os sistemas adrenérgico, dopaminérgico, 
opióide e os de outros neurotransmissores. 
A promoção da alimentação saudável e a manutenção 
do peso adequado são fundamentais para promover a 
saúde e o bem-estar durante toda a vida da mulher, 
principalmente no período do climatério. A 
alimentação equilibrada é importante para manter 
todas as funções do organismo em boas condições. 
Quanto às diferenças de sexo e idade, pode-se 
observar que as prevalências de obesidade são 
semelhantes para homens e mulheres até os 40 anos, 
mas, entre a idade 40 a 65 anos, as mulheres passam 
a apresentar prevalência duas vezes maior que os 
homens. 
O sedentarismo, associado a uma alimentação não 
balanceada, é apontado como a principal causa de 
ganho de peso. O exercício combinado à restrição 
energética promove redução no peso corporal, 
maximizando a perda de gordura e minimizando a 
perda de massa magra. A prática regular de exercício 
físico resulta em muitos benefícios para o organismo, 
melhorando a capacidade cardiovascular e 
respiratória, promovendo o ganho de massa óssea, a 
diminuição da pressão arterial em hipertensas, a 
melhora na tolerância à glicose e na ação da insulina. 
Portanto, as mulheres devem ser encorajadas a 
realizar atividade física regularmente. 
A osteoporose vem despontando nas últimas décadas 
como um importante problema de saúde pública, 
principalmente em mulheres. A alimentação tem 
papel fundamental para prevenção e controle da 
osteoporose. O consumo excessivo de sódio e de 
carnes vermelhas (devido ao seu elevado teor de 
aminoácidos sulfurados) está relacionado ao maior 
risco de osteoporose. Os nutrientes mais diretamente 
associados com a prevenção da perda óssea são o 
cálcio e a vitamina D. O consumo regular de alimentos 
que são fontes de cálcio e pró-vitamina D, a exposição 
ao sol em horários recomendados (antes das 10 horas 
e após as 16 horas) e a prática regular de atividade 
física devem ser estimuladas e incentivadas pelo 
profissional de saúde em todas as fases da vida. 
A TERAPÊUTICA HORMONAL (TH), que normalmente 
combina os hormônios estrógeno e progesterona, 
deve ser individualizada às necessidades da mulher, 
sendo condicionada à fase em que ela se encontra, 
isto é, na transição menopausa, Peri menopausa ou 
após a menopausa. 
APESAR dos RISCOS, a hormonioterapia é ainda a 
escolha mais eficaz para o tratamento das 
manifestações clínicas, principalmente dos fogachos. 
Contudo, para mulheres que experimentaram efeitos 
adversos significativos, que não desejam o tratamento 
hormonal ou para as quais esta conduta é 
contraindicada, há alternativas como os 
medicamentos não hormonais e outras formas de 
terapia não medicamentosa, como a acupuntura e a 
medicina antroposófica. 
O TRATAMENTO pela administração de HORMÔNIOS 
visa, em especial, combater os sintomas: 
• vasomotores (fogachos); 
• ressecamento vaginal (que causa a 
dispareunia) e da pele; 
• preservar a massa óssea; 
• melhorar o sono; 
• impedir a deteriorização da função cognitiva; 
• e estimular a libido. 
A medicalização do corpo das mulheres, com o uso 
sistemático de hormônios durante o climatério tem 
sido uma prática usual na medicina. As mulheres no 
climatério não sofrem de uma doença (de carência 
hormonal) e o tratamento hormonal deve ser 
encarado como uma opção terapêutica para os casos 
em que existam indicações específicas. As sociedades 
científicas internacionais entraram em consenso de 
que a TH deve ser iniciada para alívio dos sintomas 
desagradáveis relacionados à redução dos esteroides 
sexuais, como as alterações menstruais, 
fogachos/sudorese e aqueles consequentes à atrofia 
urogenital. A dose ministrada deve ser a mínima eficaz 
para melhorar os sintomas, devendo ser interrompida 
assim que os benefícios desejados tenham sido 
alcançados ou os riscos superem os benefícios. 
Contraindicações absolutas à Terapia Hormonal: 
• Câncer de Mama; 
• Câncer de Endométrio; 
• Doença Hepática Grave; 
• Sangramento Genital Não Esclarecido; 
• História de Tromboembolismo Agudo e Recorrente; 
• Porfiria. 
Entre as contraindicações relativas estão à 
hipertensão arterial e o diabetes mellitus não 
controlados, a endometriose e miomatose uterina. 
A terapia de reposição hormonal, no climatério, não 
pode ser adotada em mulheres que apresentaram 
menopausa precoce, osteoporose ou neoplasias de 
mama ou endométrio.

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