Buscar

reprodutor feminino

Prévia do material em texto

Marianna L. Deprá
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA 
REPRODUTOR FEMININO 
SISTEMA GENITAL: composto pelas gônada primitivas e ductos genitais (que dão origem aos componentes da 
genitália interna feminina) e genitália externa; 
A determinação sexual acontece no momento da fecundação, porém, entre a 
fecundação e o início da diferenciação gonadal, se passam 6 a 7 semanas. Até lá, o 
que vamos ter é o processo da formação das cristas genitais e primórdios das 
células germinativa primárias, que vão migrando por toda a formação que vai dar 
origem ao intestino posterior e se fusionam com as cristas genitais. 
Diferenciação sexual 
• Vai acontecer por influencia do cromossomo Y; 
•Entre a quarta e a sexta semanas, células terminativas migram e se fundem; 
•Ausência de Y: formação do ovário, degenerado dos cordões medulares, 
desenvolvimento dos cordões corticais e não possui túnica albugínea; 
• Gene SRY: ativaf atores de transcrição que determinam o destino dos órgãos 
sexuais rudimentares 
•Proteína SRY —> fator determinante dos testículos —> presença SRY= 
desenvolvimento masculino, ausência SRY = desenvolvimento feminino. 
Formação dos ovários 
• O epitélio folicular continua a se proliferar, dando origem aos cordões corticais; 
Marianna L. Deprá
• Cordões sexuais primitivos se dissociam em conjuntos celulares irregulares, contendo as células germinativas 
primitivas —> darão origem à parte medular do ovário; 
• proliferação do epitélio contendo células foliculares; 
Maturação dos gametas 
• célula germinava primordial —> mitose —> ovogônia —> assim que chega no ovário e encontra com a crista 
começa a fazer mitose —> oócito primário em prófase estaciona desenvolvimento —> estado diplóteno; 
• folículo primordial: oócito + células epiteliais circunjacentes —> todos esses folículos são formados ao final do 
terceiro mês; 
• Dentro da gonada primaria vamos ter celulas em diversos estágios de desenvolvimento 
• Próximo ao nascimento, todos os oócitos primários iniciaram a prófase I da meiose, e entram em estágio 
diplóteno (repouso) 
• Este estágio é produzido pelo inibidor de maturação dos oócito, secretado pelas células foliculares; 
• Ao longo da vida vamos tendo processo de atresia dos oócitos —> 600-800.000 -> 40.000 puberdade -> 500 
ovulados. 
Ductos genitais 
•Ducto mesonéfrico (wolff) 
•Ducto paramesonéfrico (muller) 
•Na presença de estrogênio e na ausência de testosterona e antimulleriano, os 
ductos paramesonéfricos desenvolvem-se nos ductos principais e os ductos 
mesonéfricos vão atrofiando (pode aparecer remanescente embriológico: cisto 
de gartner e epoóforo); 
 
•O ducto paramesonéfrico vai 
dar origem ao óstio abdominal 
da tuba (fímbrias), trajeto da tuba 
e a parte final desse dueto vai se 
segmentar para formar o útero e 
o terço final da vagina; 
Marianna L. Deprá
•Existe um movimento de rotação 
que faz com que os ovários se 
localizem em uma posição 
voltada para o retroperitoneo e vai 
promover a fusão dos ductos 
paramesonefricos. 
Desenvolvimento do útero e da vagina 
• UTERO: O ducto paramesonefrico vai abrir uma luz para formar a tuba. A parte final de encontro entre os dois 
ductos vai ser septado e vai formar um órgão luminal. A parte distal vai se desenvolvendo para formar o colo 
uterino e existe uma junção entre o seio urogenital e a parte final dos ductos que vai ser reabsorvida para dar 
origem a vagina; 
• VAGINA: Tem origem dupla; Parte inferior —> seio urogential; Parte superior —> ducto paramesonéfrico; Bulbos 
sinovaginais —> placa vaginal —> fórnices vaginais 
Anomalias e malformações 
• Fusão incompleta dos ductos paramesonefricos —> útero duplo (vagina dupla ou nao); 
• Desenvolvimento incompleto de um ou dois ductos paramesonefricos —> corno rudimentar; 
• Ausência de desenvolvimento de um ou ambos ductos paramesonefricos; 
• Canalização incompleta da placa vaginal —> útero septado; 
• se não tiver migração das células progenitoras terminativas não vamos ter formação de ovários = agenesia 
ovariana; 
 
Marianna L. Deprá
HISTOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR 
FEMININO 
Ovário 
• Síntese de hormônios femininos e maturação dos ovócitos; 
• Possui região de córtex e de medula; 
• Revestido por epitélio pavimentoso simples ou cúbico simples, chamado de epitélio germinativo; 
• MEDULA: presença de veias e artérias; 
• CÓRTEX: 
- observamos estruturas circulares que representam gametas em estado imaturo; 
- células foliculares + gametas + ovócito = folículo ovariano; 
- existem vários folículos em diferentes estágios de crescimento (primordiais, primário, secundário e terciário); 
- O folículo terciário expele o ovócito e o restante do folículo se transforma em corpo lúteo (produz hormônios), 
se não houver fecundação, entra em morte celular (corpo albinas) e gera cicatriz no ovário da mulher; 
Células germinativas 
• Desde a gestação, temos células germinativas primitivas, que vão dar origem aos gametas. Ainda no útero, as 
células germinativas se diferenciam em ovogônias (célula tronco do ovócito), elas vão se dividindo em meiose e 
vão gerar os folículos primordiais (ovócito primário + células foliculares). Esses folículos ficam armazenados 
nessa fase até a puberdade, quando vai ocorrer o amadurecimento e alguns vão amadurecer por completo e 
liberam ovócitos maduros para serem fertilizados, e os restantes morrem (atresia). Do nascimento até a 
puberdade vamos perdendo nossos folículos. Na menopausa vamos ter menos de mil folículos primordiais; 
corpo lúteo
Marianna L. Deprá
 
 
 
•FOLÍCULO PRIMORDIAL: 
-Maior parte dos nossos folículos; 
-ovócito primário pequeno (prófase 1) envolvido por 
células foliculares pavimentos simples 
 
•FOLÍCULO PRIMÁRIO UNILAMELAR: 
-ovócito primário (prófase 1) envolto por uma 
camada de células foliculares cubóides - epitélio 
cúbico simples; 
-por fora das células foliculares, o tecido conjuntivo 
forma uma capa em volta do folículo, esse é o início 
da formação da teca (teca + células foliculares = 
produção de hormônios sexuais). 
•FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMELAR: 
-As células foliculares começam a se proliferar e 
formar várias camadas em volta do ovócito primário 
(prófase 1) - epitélio cúbico estratificado; 
-as células foliculares podem ser chamadas de 
células da granulosa a partir desse estágio; 
-a teca envolve tudo. 
 
• FOLÍCULO SECUNDÁRIO (ANTRAL): 
-começamos a observar o aparecimento de uma 
cavidade (antro) preenchida de fluido rico em 
proteínas, glicosaminoglicanos, esteroides (fluido 
antral), liberado pelas células da granulosa; 
-o fluido fica cada vez mais volumoso que vai formar 
uma cavidade única; 
-corona radiata: camadas de células foliculares que 
envolvem o folículo (a partir do sescundário); 
Em certo momento do desenvolvimento embrionário, a ovogônia 
vai entrar em processo de divisão e formar o ovócito primário.
Enquanto o ovócito primário não se divide, ele vai 
ficar armazenado dentro do ovário (puberdade).
A atresia pode ocorrer em qualquer fase, menos no ovócito dominante.
zona 
p e l ú c i d a = 
l inha rosa 
que envolve 
o ovócito
Marianna L. Deprá
•FOLÍCULO TERCIÁRIO: 
- maduro 
-Tudo indica que ele é o dominante -é um sinal 
que ele vai se desenvolver sob baixíssimas 
concentrações de FSH e os que não conseguem se 
desenvolver sob essas condições atrofiam; 
-ovócito 1 —> ovócito 2 (metáfase II, formação do 
primeiro corpo polar); 
-
- Células foliculares (granulosas): Epitélio cúbico estratificado se afunila; 
- Líquido antral aumenta —> Cúmulo oóforo se separa —> ovócito se separada da parede do folículo —> fica 
boiando no fluido astral; 
 Ovocitação 
• Ocorre 12-24h após o pico de FSH e LH; 
• ajuda na contração do folículo —> fluido comeca a empurrar a parede —> forma abaulamento (estigma) —> e 
rompe a camada do ovário —> expele ovocito secundário + zona pelúcida + corona radiata —> as células da 
granulosa, folículo e teca ficam no ovário; 
• Gera inflamação no local que causa ruptura (estigma) da parede do ovário (Surto de LH causaliberação de 
citocinas inflamatórias e enzimas hidrolíticas); 
• O que ficou no ovário vai ser transformado em corpo lúteo pela ação do LH. 
• O corpo lúteo inicialmente é hemorrágico pois onde tinha o fluido antral tem vasos sangüíneos —> depois o 
sangue desaparece e vira o corpo lúteo (produz estradiol e progesterona) —> corpo lúteo dura 12 dias, se não 
houver fertilização, não vai ter LH para manter o corpo lúteo ativo —> corpo albicans (fibrose, colágeno denso); 
ovócito despregando da parede do folículo
coroa radiata
zona pelúcida
ovócito
Marianna L. Deprá
Tuba uterina 
• também chamada de oviduto; 
• é revestida por um anel de músculo liso; 
• a mucosa é toda dobrada para ter íntimo contato com o ovócito; 
• epitélio da mucosa: células colunares simples. observamos células secretoras de substancias que vão nutrir o 
ovócito e capacitar o espermatozóide. Também temos células ciliadas que facilitam o transporte dos gametas; 
• as fímbrias estão em contato com o ovário, quando há ovocitação, o ovócito é captado pelas fímbrias e vai sendo 
conduzido pela tuba. 
• Ampola —> possui dobras, é onde ocorre a fecundação; 
• À medida que vamos chegando mais perto do útero, a tuba vai ficando mais muscular e com menos dobras para 
melhorar ainda mais o transporte desses gametas; 
• Parte intramural atravessa a musculatura do útero. 
Útero 
• Formado por endométrio, miométrio e perimétrio; 
• No endometrio temos glândulas uterinas e vasos sangüíneos; 
• em uma mulher em idade fértil, o endométrio sofre modificações a cada ciclo menstrual; 
-primeiro dia do ciclo, acabou de passar a menstruação; 
-na parte mais basal, perto do miométrio, ela se mantém constante em todas 
as fases do ciclo; 
-a parte apical, mais perto da luz, sofre modificações durante o ciclo. Nessa fase 
ele vai ter poucas glândulas e vai ser mais fino; 
-durante essa fase, vai desenvolver e proliferar as glândulas e espessar o 
endométrio; 
-alongamento de vasos sangüíneos espiralados; 
-para começar a produção de nutrientes; 
-o final da fase proliferava é quando o ovócito é liberado no ovário. 
 
-depois que o ovócito é liberado, começa uma produção de progesterona e ela 
vai agir no endometrio para fazer com que as glândulas comecem a secretar 
nutrientes (rico em glicogenio e glicoproteinas); 
Marianna L. Deprá
-depois da fase secretora, o útero ja tem nutrientes e estrutura adequada para 
receber o embrião; 
-se nao acontecer fecundação, o corpo lúteo morre pois fica sem hormônios 
femininos e o enometria nao consegue se manter, começa a se degerenar, o 
sangue começa a extravasar 
Marianna L. Deprá
CICLO MENSTRUAL 
• Eixo hipotálamo - hipófise - gonadal: 
* Em um momento específico do ciclo 
menstrual, o momento ovulatório, o 
estrógeno faz feedback positivo. 
Estimulando o eixo a produzir mais 
gonadotrofinas para produzir mais 
estradiol para que haja a ovulação. 
Gonadotrofinas e crescimento folicular 
• No primeiro dia do ciclo está acontecendo a menstruação e dura em média 4 dias; 
• A ovulação ocorre 14 dias antes de menstruar visto que é o tempo de vida do corpo lúteo; 
 
•Os folículos vão amadurecendo em 
tempos diferentes durante a vida da 
mulher. Até o folículo primordial se 
tornar secundário, ele vai demorar mais 
ou menos 300 dias. E, a partir do 
estágio de folículo secundário inicial, é 
q u e h á f o r t e e s t í m u l o d e 
gonadotrofinas durante o ciclo para que 
ele amadureça e expulse o ovócito 
secundário. Então a grande influencia 
hormonal do ciclo menstrual atinge os 
folículos secundários iniciais e faz a 
seleção para que apenas um seja o 
dominante. 
Marianna L. Deprá
• o FSH é mais liberado nos estágios bem finais do ciclo antigo e o LH vai ter mais efeito próximo da segunda 
metade do ciclo menstrual e o pico ocorre no momento da ovulação; 
• O FSH vai fazer a seleção de folículos que estão no estágio secundário. Vaia acontecer de ter no ovário cerca de 10 
folículos nesse estado. O FSH vai estimular as células da granulosa a se dividirem cada vez mais, produzirem 
mais hormônios, crescerem e durante esse crescimento vão entrando em atresia e um deles vai se tornar o 
dominante e chegar no estágio terciário. Durante a primeira metade do ciclo menstrual, enquanto os folículos 
estão crescendo, eles vão produzir o estrógeno. 
• O LH vai estar mais responsável pela finalização desse folículo, vai ser o estímulo final para que haja a ovocitação 
e ele vai transformar o restante das células foliculares e a teca a se transformarem em corpo lúteo. 
Relações hormonais do ciclo menstrual 
- Dia 0 = dia da menstruação 
- Dia 14 = dia da ovulação 
- Dia 28 = dia anterior à menstruação 
• No final do ciclo menstrual, antes de começar outro ciclo, os hormônios ovariano estão com o nível baixo. No 
início da primeira metade do ciclo o estradiol está baixo, é quando está acontecendo a menstruação. Mas, à 
medida que caminhamos durante os dias, o estradiol sobe até atingir um pico exponencialmente e depois tem 
uma queda, essa queda é o momento da ovulação; 
• Enquanto isso a progesterona fica baixa durante toda a metade do ciclo menstrual. Depois da ovulação a 
progesterona tem um aumento e depois chega a um pico e o estradiol também volta a ser secretado (nessa 
segunda fase, quem está produzindo os hormônios é o corpo lúteo). Caso não aconteça a fecundação, o corpo 
lúteo vai morrendo e a produção de hormônios vai diminuindo a medida que ele morre. No final, próximo ao fim 
do ciclo, a curva dos hormônios sexuais vai diminuindo; 
• No final de um ciclo e início de outro, vemos um aumento no nível de FSH, o aumento do FSH acontece quando 
temos uma baixa dos hormônios sexuais femininos. Nesse momento, o ovário vai começar a recrutar aqueles 
folículos ovariano que estão nos estágios iniciais e induzir a maturação deles e essas células folicular junto com 
as células da teca vão produzindo o estradiol, por isso observamos o aumento gradativo do nível de estradiol. 
Enquanto o estradiol vai sendo produzindo, a curva do FSH vai diminuindo por conta do feedback negativo. 
Marianna L. Deprá
Mesmo com estímulo muito baixo de FSH ainda temos produção de estradiol e começamos a entrar no ciclo 
intermediário, que é quando o estradiol vai acontecer feedback positivo para o FSH. 
• O estradiol vai estimular a produção do LH e ele vai estimular mais a ainda a produção do estradiol e do LH e 
chega a um pico, e esse pico que está relaocionado com a ovulação e da o estímulo para a formação do corpo 
lúteo e também estimula a produção dos hormônios sexuais (progesterona e estradiol) pelo corpo lúteo na 
segunda fase do ciclo. O LH vai caindo à medida que os hormônios vão sendo produzidos, e ele diminui a um 
ponto que o corpo lúteo fica sem estímulo e começa a entrar em morte celular e diminuir a produção de 
hormônios. A produção de hormônios diminui tanto que eles não conseguem mais ter ação nos órgãos alvo, 
causando a descamação do endométrio que é a menstruação, ou seja, o início do próximo ciclo. 
Síntese dos hormônios 
• São provenientes do colesterol e por isso são hormônios esteróides. São poucas alterações que fazem o colesterol 
se transformar em progesterona. Tem uma enzima importante chamada de aromatase para a produção do 
estógeno pois ela aromatiza os andrógenos. 
• Na fase folicular: Níveis basais de LH estimulam as células da teca a produzirem androgênios. FSH estimula as 
células da granulosa a produzirem estradiol a partir da androstenediona produzida pelas células da teca —> A 
célula da teca pega o colesterol e faz alterações nele e formamos progesterona e andrógenos. Acontece que a 
célula da teca não tem aromatase, então os hormônios masculinos entram na célula granulosa (que tem 
aromatase) e é aromatizado e viram hormônios femininos. Uma vez formado o estradiol, ele volta para a teca e 
depois cai na circulação. 
• Na fase lútea: LH estimula as células da granulosa a produzirem progesterona, além de continuar estimulando 
essas células a converteremandrostenediona em estradiol. 
EFEITOS DOS HORMÔNIOS FEMININOS 
Estrógeno 
• ENDOMÉTRIO: no endométrio ele vai estimular o espeçamento, a reepitelização pós-menstrual, proliferação 
estromal, alagamento das glândulas uterinas, alongamento das artérias espiraladas, retenção de líquido na 
mucosa; 
• MIOMÉTRIO: aumenta a excitabilidade, logo fica mais sensível e um estímulo pequeno pode levar a contração 
uterina, também aumenta a expressão de receptores de progesterona; 
• Estimula a abertura to colo uterino e deixa o muco cervical menos espesso e mais fluido. Esse efeito facilita a 
entrada de espermatozóides para ocorrer a fertilização; 
• VAGINA: proliferação do epitélio de revestimento e aumento do acúmulo de glicogênio (fermentação de 
lactobacilos deixando o pH ácido); 
• GLÂNDULAS MAMÁRIAS: estimula o crescimento da glândula a nível dos dutos, aumenta a pigmentação da 
auréola em torno dos mamilos, aumenta expressão de receptores para progesterona; 
• METABOLISMO DE LIPÍDIOS: aumentam deposição de gorduras nas mamas e quadris (padrão de pera), tem ação 
protetora contra aterosclerose aumentando HDL e triglicerídeos e diminuindo LDL, ele retira a gordura do sangue 
e coloca nessas partes do corpo; 
Marianna L. Deprá
• TECIDO ÓSSEO: o estrógeno é importante para a deposição de osso pois ele vai estimular o crescimento e 
alongamento do osso, permite a atividade celular para remodelamento do osso e melhora da qualidade da 
matriz do osso. Mulheres na pós menopausa podem ter osteoporose por conta da diminuição do estrógeno. 
• SISTEMA CARDIOVASCULAR: aumenta NO, levando à vasodilatação e aumentando o fluxo sangüíneo, ação 
edemaciante: aumenta permeabilidade e a retenção de sais e água e diminui o volume plasmático, aumenta o 
tônus vascular (músculo liso das arteríolas). 
Progesterona 
• ENDOMÉTRIO: secreção glandular (leite uterino) - proteínas, aminoácidos, açucares, desenvolvimento pleno das 
artérias espiraladas; 
• MIOMÉTRIO: diminui excitabilidade e contratilidade; 
• Se houve a fertilização, a progesterona está mais presente na segunda metade do ciclo e ela reduz o calibre do 
orifício cervical e o muco fica mais espesso, formando um tampão que dificulta a passagem de qualquer coisa da 
vagina para a cavidade uterina, protegendo o ser que está sendo formado dentro do útero. A perda desse tampão 
mucoso é um dos sinais do trabalho de parto pois no final da gestação temos queda de progesterona; 
• VAGINA: modificações morfológicas das células do epitélio de revestimento (células basófilas). Após a 
menopausa o epitélio pode ficar mais seco e mulheres que usam anticoncepcional em dose baixa também 
podem ter esse epitélio mais seco. 
• GLÂNDULAS MAMÁRIAS: estimula o desenvolvimento dos ácinos, aumenta retenção de líquido edemanciando 
as mamas (mastalgia referida pelas mulheres no período pré menstrual); 
• TERMORREGULAÇÃO: alteração do ponto de ajuste dos circuitos hipotâlamicos termorreguladores, ela altera a 
produção de calor pelo nosso corpo 
 
 
 
 
progesterona na termorregulação:
Marianna L. Deprá
 
HORMÔNIOS FEMININOS NO CICLO DA 
VIDA 
• ESTROGÊNIO: 
- Pré-menopausa: 17β estradiol é o principal 
estrógeno (Estriol (fígado) e estrona (periferia)); 
- Circulam ligados à SHBG e à albumina, 2-3% 
livres; 
- Co n c e n t r a ç õ e s b a i x a s n a i n f â n c i a e 
adolescência; 
- Maiores taxas de produção e concentrações 
séricas na fase pré-ovulatória; 
- Níveis mais baixos na fase pré-menstrual; 
- Aumento significativo na gravidez; 
- Declínio na menopausa (concentrações 
semelhantes aos homens); 
• PROGESTERONA: 
- 17 α progesterona; 
- Ações fisiológicas antagonizam as ações estrogênicas em muitos ógãos; 
- Principais órgãos alvo: Útero, mamas e encéfalo; 
- Efeito antiestrogênico nas células miometriais, diminuindo sua excitabilidade; 
- Responsável pelo aumento da temperatura basal no momento da ovulação (efeito termogênico); 
- Em altas doses inibe e secreção de LH e impede a ovulação; 
• PROGESTERONA NA GESTAÇÃO: 
- • Induz maturação e proliferação uterinas no início da gravidez; 
- Promoção e manutenção da implantação do embrião; 
- Reduz a contratilidade uterina; 
- Estimula o desenvolvimento lobular mamário na preparação para a secreção de leite; 
- Durante a gestação ela inibi e ação da prolactina nas mamas para que elas possam crescer e se desenvolver. No 
final da gestação, com a queda da porgesterona, a gestante começa a produzir leite; 
Epitél io vaginal e 
endométrio ao longo 
da vida:
Marianna L. Deprá
• ANDROSTENEDIONA: 
- Principal androgênio produzido pelos ovários; 
- Pode ser convertida em testosterona ou estrona nos tecidos periféricos; 
- Nos ovários se converte em testosterona; 
- Por ação da aromatase testosterona e androstenediona são convertidas em estradiol; 
• OUTROS HORMÔNIOS NÃO ESTEROIDAIS: 
- Ações autócrinas, parácrinas e endócrinas; 
- Inibina: Relação com transição menopáusica; 
- Relaxina: Ajuda a promover relaxamento dos ligamentos pélvicos e amolecimento do colo do útero na gestação. 
• Se ofertamos anticoncepcionais combinados, nós inibimos a pulsatilidade dos hormônios pois eles vão estar 
sendo ofertado de forma constante, e isso faz com que haja uma redução da produção de gonadotrofinas dando 
o efeito esperado pelo anticoncepcional e curando síndromes como SOP. 
• DESREGULADORES ENDÓCRINOS: 
- Possíveis agentes que afetam o desenvolvimento sexual em humanos; 
- Bisfenol A, pesticidas, fitoestrógenos, etc; 
- Efeitos dependem da dose e duração da exposição, suscetibilidade individual e fase do desenvolvimento na 
qual ocorreu a exposição; 
- Influenciam puberdade por efeitos androgênicos, antiandrogênicos, estrogênicos, antiestrogênicos ou diretos 
no GnRH; 
- Podem causar puberdade precoce. 
Infância 
• O período da infância até o início da puberdade é de “adormecimento” do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas; 
• Secreção baixa de LH, FSH e esteróides ovarianos; 
• Mecanismo de início da puberdade ainda é desconhecido. 
-O hormônio DHEA é 
p r o d u z i d o n a 
suprarrenal na zona 
r e t i c u l a d a . E s s a 
p r o d u ç ã o d e 
a n d r ó g e n o s p e l a 
suprarrenal começa a 
aumentar no final da 
i n f â n c i a . E s s a 
produção é chamada 
de adrenarca e é um 
marcador do início da 
puberdade; 
Marianna L. Deprá
Puberdade 
• Fase de transição biológica em que acontecem uma série de alterações estruturais e funcionais para estabelecer 
a capacidade reprodutiva e os caracteres sexuais secundários: 
- Crescimento linear; 
- Brotamento e desenvolvimento das mamas; 
- Aumento dos pequenos e grandes lábios da genitália externa; 
- Produção de secreção vaginal anteriormente à menarca; 
- Surgimento de pelos pubianos e axilares; 
- Crescimento do útero e ovários; 
• Meninas – 8 a 13 anos; 
• Telarca + aceleração do crescimento linear (antecedem a menarca em 2 anos); 
• Envolve alterações da atividade secretora: 
- da adrenal (adrenarca) - aumento dos precursores androgênios (DHEA e DHEA-S), 6-7 anos em meninas; 
- Dos ovários: aumento da secreção de estrógeno e progesterona 
• Após a menarca a menina cresce por até 2 anos, mas em menor velocidade; 
• Irregularidade menstrual é comum (90% ciclos anovulatórios 1º ano) 
 
Climatério (transição menopáusica) 
• Decorre do declínio da função ovariana; 
• Há ciclos menstruais irregulares devido à alterações da duração da fase 
folicular; 
• Paralelamente observa-se aumento das secreções das gonadotrofinas 
hipofisárias, maior para o FSH que para o LH; 
• Tabagismo, quimioterapia, radioterapia pélvica, histerectomia e cirurgias 
ovarianas podem antecipar a menopausa 
• Consequências: 
- Queda da fertilidade (ciclos anovulatórios); 
- Alterações do padrão menstrual; 
- Atrofia do endométrio, miométrio e do epitélio vaginal; 
- Decréscimo da secreção de muco; 
- Distúrbios emocionais (depressão, irritabilidade, insônia); 
- Distúrbios vasculares (fogachos, cefaléia, rubor facial); 
- Alterações na remodelação óssea; 
- Afinamento e enrugamentoda pele; 
- Redução de pelos pubianos e axilares. 
• No final da quinta década de vida, a foliculogênese começa a diminuir e os 
folículos começam a sofrer um processo de atresia maior. O nível de inibida também diminui, aumentando o 
FSH e o estradiol. Então no inicio da menopausa a mulher tem um aumento do estradiol e FSH numa tentativa 
de compensação até que o ovário entra em um nível de exaustão e não consegue mais produzir estradiol 
suficiente e aumenta-se o estímulo de GnRH, FSH e LH e a mulher entra na menopausa; 
• Esse aumento de estradiol no inicio da transição menopausa faz com que a mulher tenha um risco maior para o 
surgimento de câncer de endométrio; 
• O hormônio anti mulleriano é produzido no ovário e marca a capacidade do ovário de recrutar folículos: é 
utilizado na medicina como marcador de exaustão folicular; 
Marianna L. Deprá
• A mulher menopausada vai ter níveis de estrogênio que vão depender da conversão periférica, assim como nos 
homens, e por isso elas desenvolvem características como distribuição de gordura central, sendo fator de risco 
para obesidade central; 
• A falta do estrogênio nos músculos vai interferir na capacidade de absorção energética e a coloca em risco de 
resistência a insulina e também muda a capacidade do fígado de captar lipídios (desenvolve esteatose hepática e 
dislipidemia) e desenvolve resistência a insulina; 
	EMBRIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
	HISTOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
	CICLO MENSTRUAL
	EFEITOS DOS HORMÔNIOS FEMININOS
	HORMÔNIOS FEMININOS NO CICLO DA VIDA

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes