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Marianna L. Deprá EMBRIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO SISTEMA GENITAL: composto pelas gônada primitivas e ductos genitais (que dão origem aos componentes da genitália interna feminina) e genitália externa; A determinação sexual acontece no momento da fecundação, porém, entre a fecundação e o início da diferenciação gonadal, se passam 6 a 7 semanas. Até lá, o que vamos ter é o processo da formação das cristas genitais e primórdios das células germinativa primárias, que vão migrando por toda a formação que vai dar origem ao intestino posterior e se fusionam com as cristas genitais. Diferenciação sexual • Vai acontecer por influencia do cromossomo Y; •Entre a quarta e a sexta semanas, células terminativas migram e se fundem; •Ausência de Y: formação do ovário, degenerado dos cordões medulares, desenvolvimento dos cordões corticais e não possui túnica albugínea; • Gene SRY: ativaf atores de transcrição que determinam o destino dos órgãos sexuais rudimentares •Proteína SRY —> fator determinante dos testículos —> presença SRY= desenvolvimento masculino, ausência SRY = desenvolvimento feminino. Formação dos ovários • O epitélio folicular continua a se proliferar, dando origem aos cordões corticais; Marianna L. Deprá • Cordões sexuais primitivos se dissociam em conjuntos celulares irregulares, contendo as células germinativas primitivas —> darão origem à parte medular do ovário; • proliferação do epitélio contendo células foliculares; Maturação dos gametas • célula germinava primordial —> mitose —> ovogônia —> assim que chega no ovário e encontra com a crista começa a fazer mitose —> oócito primário em prófase estaciona desenvolvimento —> estado diplóteno; • folículo primordial: oócito + células epiteliais circunjacentes —> todos esses folículos são formados ao final do terceiro mês; • Dentro da gonada primaria vamos ter celulas em diversos estágios de desenvolvimento • Próximo ao nascimento, todos os oócitos primários iniciaram a prófase I da meiose, e entram em estágio diplóteno (repouso) • Este estágio é produzido pelo inibidor de maturação dos oócito, secretado pelas células foliculares; • Ao longo da vida vamos tendo processo de atresia dos oócitos —> 600-800.000 -> 40.000 puberdade -> 500 ovulados. Ductos genitais •Ducto mesonéfrico (wolff) •Ducto paramesonéfrico (muller) •Na presença de estrogênio e na ausência de testosterona e antimulleriano, os ductos paramesonéfricos desenvolvem-se nos ductos principais e os ductos mesonéfricos vão atrofiando (pode aparecer remanescente embriológico: cisto de gartner e epoóforo); •O ducto paramesonéfrico vai dar origem ao óstio abdominal da tuba (fímbrias), trajeto da tuba e a parte final desse dueto vai se segmentar para formar o útero e o terço final da vagina; Marianna L. Deprá •Existe um movimento de rotação que faz com que os ovários se localizem em uma posição voltada para o retroperitoneo e vai promover a fusão dos ductos paramesonefricos. Desenvolvimento do útero e da vagina • UTERO: O ducto paramesonefrico vai abrir uma luz para formar a tuba. A parte final de encontro entre os dois ductos vai ser septado e vai formar um órgão luminal. A parte distal vai se desenvolvendo para formar o colo uterino e existe uma junção entre o seio urogenital e a parte final dos ductos que vai ser reabsorvida para dar origem a vagina; • VAGINA: Tem origem dupla; Parte inferior —> seio urogential; Parte superior —> ducto paramesonéfrico; Bulbos sinovaginais —> placa vaginal —> fórnices vaginais Anomalias e malformações • Fusão incompleta dos ductos paramesonefricos —> útero duplo (vagina dupla ou nao); • Desenvolvimento incompleto de um ou dois ductos paramesonefricos —> corno rudimentar; • Ausência de desenvolvimento de um ou ambos ductos paramesonefricos; • Canalização incompleta da placa vaginal —> útero septado; • se não tiver migração das células progenitoras terminativas não vamos ter formação de ovários = agenesia ovariana; Marianna L. Deprá HISTOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Ovário • Síntese de hormônios femininos e maturação dos ovócitos; • Possui região de córtex e de medula; • Revestido por epitélio pavimentoso simples ou cúbico simples, chamado de epitélio germinativo; • MEDULA: presença de veias e artérias; • CÓRTEX: - observamos estruturas circulares que representam gametas em estado imaturo; - células foliculares + gametas + ovócito = folículo ovariano; - existem vários folículos em diferentes estágios de crescimento (primordiais, primário, secundário e terciário); - O folículo terciário expele o ovócito e o restante do folículo se transforma em corpo lúteo (produz hormônios), se não houver fecundação, entra em morte celular (corpo albinas) e gera cicatriz no ovário da mulher; Células germinativas • Desde a gestação, temos células germinativas primitivas, que vão dar origem aos gametas. Ainda no útero, as células germinativas se diferenciam em ovogônias (célula tronco do ovócito), elas vão se dividindo em meiose e vão gerar os folículos primordiais (ovócito primário + células foliculares). Esses folículos ficam armazenados nessa fase até a puberdade, quando vai ocorrer o amadurecimento e alguns vão amadurecer por completo e liberam ovócitos maduros para serem fertilizados, e os restantes morrem (atresia). Do nascimento até a puberdade vamos perdendo nossos folículos. Na menopausa vamos ter menos de mil folículos primordiais; corpo lúteo Marianna L. Deprá •FOLÍCULO PRIMORDIAL: -Maior parte dos nossos folículos; -ovócito primário pequeno (prófase 1) envolvido por células foliculares pavimentos simples •FOLÍCULO PRIMÁRIO UNILAMELAR: -ovócito primário (prófase 1) envolto por uma camada de células foliculares cubóides - epitélio cúbico simples; -por fora das células foliculares, o tecido conjuntivo forma uma capa em volta do folículo, esse é o início da formação da teca (teca + células foliculares = produção de hormônios sexuais). •FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMELAR: -As células foliculares começam a se proliferar e formar várias camadas em volta do ovócito primário (prófase 1) - epitélio cúbico estratificado; -as células foliculares podem ser chamadas de células da granulosa a partir desse estágio; -a teca envolve tudo. • FOLÍCULO SECUNDÁRIO (ANTRAL): -começamos a observar o aparecimento de uma cavidade (antro) preenchida de fluido rico em proteínas, glicosaminoglicanos, esteroides (fluido antral), liberado pelas células da granulosa; -o fluido fica cada vez mais volumoso que vai formar uma cavidade única; -corona radiata: camadas de células foliculares que envolvem o folículo (a partir do sescundário); Em certo momento do desenvolvimento embrionário, a ovogônia vai entrar em processo de divisão e formar o ovócito primário. Enquanto o ovócito primário não se divide, ele vai ficar armazenado dentro do ovário (puberdade). A atresia pode ocorrer em qualquer fase, menos no ovócito dominante. zona p e l ú c i d a = l inha rosa que envolve o ovócito Marianna L. Deprá •FOLÍCULO TERCIÁRIO: - maduro -Tudo indica que ele é o dominante -é um sinal que ele vai se desenvolver sob baixíssimas concentrações de FSH e os que não conseguem se desenvolver sob essas condições atrofiam; -ovócito 1 —> ovócito 2 (metáfase II, formação do primeiro corpo polar); - - Células foliculares (granulosas): Epitélio cúbico estratificado se afunila; - Líquido antral aumenta —> Cúmulo oóforo se separa —> ovócito se separada da parede do folículo —> fica boiando no fluido astral; Ovocitação • Ocorre 12-24h após o pico de FSH e LH; • ajuda na contração do folículo —> fluido comeca a empurrar a parede —> forma abaulamento (estigma) —> e rompe a camada do ovário —> expele ovocito secundário + zona pelúcida + corona radiata —> as células da granulosa, folículo e teca ficam no ovário; • Gera inflamação no local que causa ruptura (estigma) da parede do ovário (Surto de LH causaliberação de citocinas inflamatórias e enzimas hidrolíticas); • O que ficou no ovário vai ser transformado em corpo lúteo pela ação do LH. • O corpo lúteo inicialmente é hemorrágico pois onde tinha o fluido antral tem vasos sangüíneos —> depois o sangue desaparece e vira o corpo lúteo (produz estradiol e progesterona) —> corpo lúteo dura 12 dias, se não houver fertilização, não vai ter LH para manter o corpo lúteo ativo —> corpo albicans (fibrose, colágeno denso); ovócito despregando da parede do folículo coroa radiata zona pelúcida ovócito Marianna L. Deprá Tuba uterina • também chamada de oviduto; • é revestida por um anel de músculo liso; • a mucosa é toda dobrada para ter íntimo contato com o ovócito; • epitélio da mucosa: células colunares simples. observamos células secretoras de substancias que vão nutrir o ovócito e capacitar o espermatozóide. Também temos células ciliadas que facilitam o transporte dos gametas; • as fímbrias estão em contato com o ovário, quando há ovocitação, o ovócito é captado pelas fímbrias e vai sendo conduzido pela tuba. • Ampola —> possui dobras, é onde ocorre a fecundação; • À medida que vamos chegando mais perto do útero, a tuba vai ficando mais muscular e com menos dobras para melhorar ainda mais o transporte desses gametas; • Parte intramural atravessa a musculatura do útero. Útero • Formado por endométrio, miométrio e perimétrio; • No endometrio temos glândulas uterinas e vasos sangüíneos; • em uma mulher em idade fértil, o endométrio sofre modificações a cada ciclo menstrual; -primeiro dia do ciclo, acabou de passar a menstruação; -na parte mais basal, perto do miométrio, ela se mantém constante em todas as fases do ciclo; -a parte apical, mais perto da luz, sofre modificações durante o ciclo. Nessa fase ele vai ter poucas glândulas e vai ser mais fino; -durante essa fase, vai desenvolver e proliferar as glândulas e espessar o endométrio; -alongamento de vasos sangüíneos espiralados; -para começar a produção de nutrientes; -o final da fase proliferava é quando o ovócito é liberado no ovário. -depois que o ovócito é liberado, começa uma produção de progesterona e ela vai agir no endometrio para fazer com que as glândulas comecem a secretar nutrientes (rico em glicogenio e glicoproteinas); Marianna L. Deprá -depois da fase secretora, o útero ja tem nutrientes e estrutura adequada para receber o embrião; -se nao acontecer fecundação, o corpo lúteo morre pois fica sem hormônios femininos e o enometria nao consegue se manter, começa a se degerenar, o sangue começa a extravasar Marianna L. Deprá CICLO MENSTRUAL • Eixo hipotálamo - hipófise - gonadal: * Em um momento específico do ciclo menstrual, o momento ovulatório, o estrógeno faz feedback positivo. Estimulando o eixo a produzir mais gonadotrofinas para produzir mais estradiol para que haja a ovulação. Gonadotrofinas e crescimento folicular • No primeiro dia do ciclo está acontecendo a menstruação e dura em média 4 dias; • A ovulação ocorre 14 dias antes de menstruar visto que é o tempo de vida do corpo lúteo; •Os folículos vão amadurecendo em tempos diferentes durante a vida da mulher. Até o folículo primordial se tornar secundário, ele vai demorar mais ou menos 300 dias. E, a partir do estágio de folículo secundário inicial, é q u e h á f o r t e e s t í m u l o d e gonadotrofinas durante o ciclo para que ele amadureça e expulse o ovócito secundário. Então a grande influencia hormonal do ciclo menstrual atinge os folículos secundários iniciais e faz a seleção para que apenas um seja o dominante. Marianna L. Deprá • o FSH é mais liberado nos estágios bem finais do ciclo antigo e o LH vai ter mais efeito próximo da segunda metade do ciclo menstrual e o pico ocorre no momento da ovulação; • O FSH vai fazer a seleção de folículos que estão no estágio secundário. Vaia acontecer de ter no ovário cerca de 10 folículos nesse estado. O FSH vai estimular as células da granulosa a se dividirem cada vez mais, produzirem mais hormônios, crescerem e durante esse crescimento vão entrando em atresia e um deles vai se tornar o dominante e chegar no estágio terciário. Durante a primeira metade do ciclo menstrual, enquanto os folículos estão crescendo, eles vão produzir o estrógeno. • O LH vai estar mais responsável pela finalização desse folículo, vai ser o estímulo final para que haja a ovocitação e ele vai transformar o restante das células foliculares e a teca a se transformarem em corpo lúteo. Relações hormonais do ciclo menstrual - Dia 0 = dia da menstruação - Dia 14 = dia da ovulação - Dia 28 = dia anterior à menstruação • No final do ciclo menstrual, antes de começar outro ciclo, os hormônios ovariano estão com o nível baixo. No início da primeira metade do ciclo o estradiol está baixo, é quando está acontecendo a menstruação. Mas, à medida que caminhamos durante os dias, o estradiol sobe até atingir um pico exponencialmente e depois tem uma queda, essa queda é o momento da ovulação; • Enquanto isso a progesterona fica baixa durante toda a metade do ciclo menstrual. Depois da ovulação a progesterona tem um aumento e depois chega a um pico e o estradiol também volta a ser secretado (nessa segunda fase, quem está produzindo os hormônios é o corpo lúteo). Caso não aconteça a fecundação, o corpo lúteo vai morrendo e a produção de hormônios vai diminuindo a medida que ele morre. No final, próximo ao fim do ciclo, a curva dos hormônios sexuais vai diminuindo; • No final de um ciclo e início de outro, vemos um aumento no nível de FSH, o aumento do FSH acontece quando temos uma baixa dos hormônios sexuais femininos. Nesse momento, o ovário vai começar a recrutar aqueles folículos ovariano que estão nos estágios iniciais e induzir a maturação deles e essas células folicular junto com as células da teca vão produzindo o estradiol, por isso observamos o aumento gradativo do nível de estradiol. Enquanto o estradiol vai sendo produzindo, a curva do FSH vai diminuindo por conta do feedback negativo. Marianna L. Deprá Mesmo com estímulo muito baixo de FSH ainda temos produção de estradiol e começamos a entrar no ciclo intermediário, que é quando o estradiol vai acontecer feedback positivo para o FSH. • O estradiol vai estimular a produção do LH e ele vai estimular mais a ainda a produção do estradiol e do LH e chega a um pico, e esse pico que está relaocionado com a ovulação e da o estímulo para a formação do corpo lúteo e também estimula a produção dos hormônios sexuais (progesterona e estradiol) pelo corpo lúteo na segunda fase do ciclo. O LH vai caindo à medida que os hormônios vão sendo produzidos, e ele diminui a um ponto que o corpo lúteo fica sem estímulo e começa a entrar em morte celular e diminuir a produção de hormônios. A produção de hormônios diminui tanto que eles não conseguem mais ter ação nos órgãos alvo, causando a descamação do endométrio que é a menstruação, ou seja, o início do próximo ciclo. Síntese dos hormônios • São provenientes do colesterol e por isso são hormônios esteróides. São poucas alterações que fazem o colesterol se transformar em progesterona. Tem uma enzima importante chamada de aromatase para a produção do estógeno pois ela aromatiza os andrógenos. • Na fase folicular: Níveis basais de LH estimulam as células da teca a produzirem androgênios. FSH estimula as células da granulosa a produzirem estradiol a partir da androstenediona produzida pelas células da teca —> A célula da teca pega o colesterol e faz alterações nele e formamos progesterona e andrógenos. Acontece que a célula da teca não tem aromatase, então os hormônios masculinos entram na célula granulosa (que tem aromatase) e é aromatizado e viram hormônios femininos. Uma vez formado o estradiol, ele volta para a teca e depois cai na circulação. • Na fase lútea: LH estimula as células da granulosa a produzirem progesterona, além de continuar estimulando essas células a converteremandrostenediona em estradiol. EFEITOS DOS HORMÔNIOS FEMININOS Estrógeno • ENDOMÉTRIO: no endométrio ele vai estimular o espeçamento, a reepitelização pós-menstrual, proliferação estromal, alagamento das glândulas uterinas, alongamento das artérias espiraladas, retenção de líquido na mucosa; • MIOMÉTRIO: aumenta a excitabilidade, logo fica mais sensível e um estímulo pequeno pode levar a contração uterina, também aumenta a expressão de receptores de progesterona; • Estimula a abertura to colo uterino e deixa o muco cervical menos espesso e mais fluido. Esse efeito facilita a entrada de espermatozóides para ocorrer a fertilização; • VAGINA: proliferação do epitélio de revestimento e aumento do acúmulo de glicogênio (fermentação de lactobacilos deixando o pH ácido); • GLÂNDULAS MAMÁRIAS: estimula o crescimento da glândula a nível dos dutos, aumenta a pigmentação da auréola em torno dos mamilos, aumenta expressão de receptores para progesterona; • METABOLISMO DE LIPÍDIOS: aumentam deposição de gorduras nas mamas e quadris (padrão de pera), tem ação protetora contra aterosclerose aumentando HDL e triglicerídeos e diminuindo LDL, ele retira a gordura do sangue e coloca nessas partes do corpo; Marianna L. Deprá • TECIDO ÓSSEO: o estrógeno é importante para a deposição de osso pois ele vai estimular o crescimento e alongamento do osso, permite a atividade celular para remodelamento do osso e melhora da qualidade da matriz do osso. Mulheres na pós menopausa podem ter osteoporose por conta da diminuição do estrógeno. • SISTEMA CARDIOVASCULAR: aumenta NO, levando à vasodilatação e aumentando o fluxo sangüíneo, ação edemaciante: aumenta permeabilidade e a retenção de sais e água e diminui o volume plasmático, aumenta o tônus vascular (músculo liso das arteríolas). Progesterona • ENDOMÉTRIO: secreção glandular (leite uterino) - proteínas, aminoácidos, açucares, desenvolvimento pleno das artérias espiraladas; • MIOMÉTRIO: diminui excitabilidade e contratilidade; • Se houve a fertilização, a progesterona está mais presente na segunda metade do ciclo e ela reduz o calibre do orifício cervical e o muco fica mais espesso, formando um tampão que dificulta a passagem de qualquer coisa da vagina para a cavidade uterina, protegendo o ser que está sendo formado dentro do útero. A perda desse tampão mucoso é um dos sinais do trabalho de parto pois no final da gestação temos queda de progesterona; • VAGINA: modificações morfológicas das células do epitélio de revestimento (células basófilas). Após a menopausa o epitélio pode ficar mais seco e mulheres que usam anticoncepcional em dose baixa também podem ter esse epitélio mais seco. • GLÂNDULAS MAMÁRIAS: estimula o desenvolvimento dos ácinos, aumenta retenção de líquido edemanciando as mamas (mastalgia referida pelas mulheres no período pré menstrual); • TERMORREGULAÇÃO: alteração do ponto de ajuste dos circuitos hipotâlamicos termorreguladores, ela altera a produção de calor pelo nosso corpo progesterona na termorregulação: Marianna L. Deprá HORMÔNIOS FEMININOS NO CICLO DA VIDA • ESTROGÊNIO: - Pré-menopausa: 17β estradiol é o principal estrógeno (Estriol (fígado) e estrona (periferia)); - Circulam ligados à SHBG e à albumina, 2-3% livres; - Co n c e n t r a ç õ e s b a i x a s n a i n f â n c i a e adolescência; - Maiores taxas de produção e concentrações séricas na fase pré-ovulatória; - Níveis mais baixos na fase pré-menstrual; - Aumento significativo na gravidez; - Declínio na menopausa (concentrações semelhantes aos homens); • PROGESTERONA: - 17 α progesterona; - Ações fisiológicas antagonizam as ações estrogênicas em muitos ógãos; - Principais órgãos alvo: Útero, mamas e encéfalo; - Efeito antiestrogênico nas células miometriais, diminuindo sua excitabilidade; - Responsável pelo aumento da temperatura basal no momento da ovulação (efeito termogênico); - Em altas doses inibe e secreção de LH e impede a ovulação; • PROGESTERONA NA GESTAÇÃO: - • Induz maturação e proliferação uterinas no início da gravidez; - Promoção e manutenção da implantação do embrião; - Reduz a contratilidade uterina; - Estimula o desenvolvimento lobular mamário na preparação para a secreção de leite; - Durante a gestação ela inibi e ação da prolactina nas mamas para que elas possam crescer e se desenvolver. No final da gestação, com a queda da porgesterona, a gestante começa a produzir leite; Epitél io vaginal e endométrio ao longo da vida: Marianna L. Deprá • ANDROSTENEDIONA: - Principal androgênio produzido pelos ovários; - Pode ser convertida em testosterona ou estrona nos tecidos periféricos; - Nos ovários se converte em testosterona; - Por ação da aromatase testosterona e androstenediona são convertidas em estradiol; • OUTROS HORMÔNIOS NÃO ESTEROIDAIS: - Ações autócrinas, parácrinas e endócrinas; - Inibina: Relação com transição menopáusica; - Relaxina: Ajuda a promover relaxamento dos ligamentos pélvicos e amolecimento do colo do útero na gestação. • Se ofertamos anticoncepcionais combinados, nós inibimos a pulsatilidade dos hormônios pois eles vão estar sendo ofertado de forma constante, e isso faz com que haja uma redução da produção de gonadotrofinas dando o efeito esperado pelo anticoncepcional e curando síndromes como SOP. • DESREGULADORES ENDÓCRINOS: - Possíveis agentes que afetam o desenvolvimento sexual em humanos; - Bisfenol A, pesticidas, fitoestrógenos, etc; - Efeitos dependem da dose e duração da exposição, suscetibilidade individual e fase do desenvolvimento na qual ocorreu a exposição; - Influenciam puberdade por efeitos androgênicos, antiandrogênicos, estrogênicos, antiestrogênicos ou diretos no GnRH; - Podem causar puberdade precoce. Infância • O período da infância até o início da puberdade é de “adormecimento” do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas; • Secreção baixa de LH, FSH e esteróides ovarianos; • Mecanismo de início da puberdade ainda é desconhecido. -O hormônio DHEA é p r o d u z i d o n a suprarrenal na zona r e t i c u l a d a . E s s a p r o d u ç ã o d e a n d r ó g e n o s p e l a suprarrenal começa a aumentar no final da i n f â n c i a . E s s a produção é chamada de adrenarca e é um marcador do início da puberdade; Marianna L. Deprá Puberdade • Fase de transição biológica em que acontecem uma série de alterações estruturais e funcionais para estabelecer a capacidade reprodutiva e os caracteres sexuais secundários: - Crescimento linear; - Brotamento e desenvolvimento das mamas; - Aumento dos pequenos e grandes lábios da genitália externa; - Produção de secreção vaginal anteriormente à menarca; - Surgimento de pelos pubianos e axilares; - Crescimento do útero e ovários; • Meninas – 8 a 13 anos; • Telarca + aceleração do crescimento linear (antecedem a menarca em 2 anos); • Envolve alterações da atividade secretora: - da adrenal (adrenarca) - aumento dos precursores androgênios (DHEA e DHEA-S), 6-7 anos em meninas; - Dos ovários: aumento da secreção de estrógeno e progesterona • Após a menarca a menina cresce por até 2 anos, mas em menor velocidade; • Irregularidade menstrual é comum (90% ciclos anovulatórios 1º ano) Climatério (transição menopáusica) • Decorre do declínio da função ovariana; • Há ciclos menstruais irregulares devido à alterações da duração da fase folicular; • Paralelamente observa-se aumento das secreções das gonadotrofinas hipofisárias, maior para o FSH que para o LH; • Tabagismo, quimioterapia, radioterapia pélvica, histerectomia e cirurgias ovarianas podem antecipar a menopausa • Consequências: - Queda da fertilidade (ciclos anovulatórios); - Alterações do padrão menstrual; - Atrofia do endométrio, miométrio e do epitélio vaginal; - Decréscimo da secreção de muco; - Distúrbios emocionais (depressão, irritabilidade, insônia); - Distúrbios vasculares (fogachos, cefaléia, rubor facial); - Alterações na remodelação óssea; - Afinamento e enrugamentoda pele; - Redução de pelos pubianos e axilares. • No final da quinta década de vida, a foliculogênese começa a diminuir e os folículos começam a sofrer um processo de atresia maior. O nível de inibida também diminui, aumentando o FSH e o estradiol. Então no inicio da menopausa a mulher tem um aumento do estradiol e FSH numa tentativa de compensação até que o ovário entra em um nível de exaustão e não consegue mais produzir estradiol suficiente e aumenta-se o estímulo de GnRH, FSH e LH e a mulher entra na menopausa; • Esse aumento de estradiol no inicio da transição menopausa faz com que a mulher tenha um risco maior para o surgimento de câncer de endométrio; • O hormônio anti mulleriano é produzido no ovário e marca a capacidade do ovário de recrutar folículos: é utilizado na medicina como marcador de exaustão folicular; Marianna L. Deprá • A mulher menopausada vai ter níveis de estrogênio que vão depender da conversão periférica, assim como nos homens, e por isso elas desenvolvem características como distribuição de gordura central, sendo fator de risco para obesidade central; • A falta do estrogênio nos músculos vai interferir na capacidade de absorção energética e a coloca em risco de resistência a insulina e também muda a capacidade do fígado de captar lipídios (desenvolve esteatose hepática e dislipidemia) e desenvolve resistência a insulina; EMBRIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO HISTOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO CICLO MENSTRUAL EFEITOS DOS HORMÔNIOS FEMININOS HORMÔNIOS FEMININOS NO CICLO DA VIDA
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