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RETRATO DO JOVEM LÍDER QUE TRANSFORMA ORGANIZAÇÕES Nosso propósito é Inspirar, Desenvolver, Reconhecer e Acolher líderes conscientes para o Brasil e o mundo. Hoje o conceito de uma boa liderança está majoritariamente relacionado com os resultados de negócio que são alcançados na organização, sem levar em conta outros aspectos, tais como o cuidado com todos os stakeholders e o propósito aplicado na prática. O Instituto Anga nasce para propagar uma nova perspectiva de liderança conectada com uma nova economia. Precisamos acelerar as boas transformações que já estão acontecendo no mundo. Para tal, precisamos formar mais e mais líderes alinhados com a nova economia. Se tivermos líderes mais conscientes teremos ambientes de trabalhos onde as pessoas são mais felizes, teremos relações mais humanas, negociações mais justas e a comunidade local e o meio ambiente incluídos sempre na agenda dos negócios. Essa é nossa causa. O desafio que nos move para trabalhar todos os dias. Se tivermos sucesso no Instituto Anga , Teremos um mundo onde aquilo que se entende por uma boa liderança levará em conta muito mais que os resultados financeiros trimestrais e as organizações irão prosperar sem deixar nada para trás, desde as pautas de meio ambiente, sociedade até o cuidado com as pessoas em toda a cadeia. Estruturamos nossa estratégia com base no desdobramento do nosso propósito, para cada um dos pilares estamos trabalhando com um programa específico: Para inspirar - Preparamos um documentário sobre Propósito e Liderança consciente, onde entrevistamos 24 líderes brasileiros e eles compartilharam sua visão sobre essa temática. Você pode encontrar esse material no site: www.documentarioproposito.com.br Para desenvolver - Temos o Young Leaders Program que deu origem a esse livro. Nesse programa trabalhamos com a liderança em 4 dimensões: Liderança de Si, Liderança de Outros, Liderança da organização, Liderança da Sociedade, temos 2 turmas por ano uma no primeiro semestre e no segundo semestre. Para reconhecer - temos o Valuable Young Leaders um prêmio para reconhecer jovens que estão intraempreendendo. Jovens que estão transformando as organizações de dentro para fora. 2 3 Índice 09 Um mundo em transição Vivemos hoje em uma época única da história da humanidade. 14 Liderança consciente Além da capacidade ímpar de geração de valor, outro elemento é marca característica de um Valuable Young Leader: a capacidade de liderar de forma consciente. O capitalismo na encruzilhada Liderança que gera resultados Metodologia Conclusão Bibliografia Entrevistados 10 12 18 62 64 72 20 O retrato de um Valuable Young Leader A partir da análise feita, concluímos que as principais competências comportamentais que definem o Valuable Young Leader estão relacionadas com a sua capacidade de liderança em diferentes níveis. Liderança de si mesmo22 Liderança com outros30 Liderança da organização38 Liderança na sociedade46 Visão do RH54 Perspectiva dos VYL60 Caro leitor, Quando iniciamos esse projeto, há aproximadamente um ano, não fazíamos ideia de como seria o resultado final. Partimos da seguinte inquietação: em um mundo cada vez mais dinâmico, imprevisível e complexo, como encontrar os líderes que construirão o futuro das organizações? Essa inquietação nos levou a uma intensa jornada de aprendizado, onde tivemos a honra e o privilégio de conhecer histórias inspiradoras de líderes que trabalham ativamente para transformar as organizações da qual fazem parte, sem se submeter a atalhos ou desistir nos obstáculos. Além disso, buscamos nos conteúdos das principais revistas especializadas em Negócios e Liderança do Brasil o embasamento para, a partir do cruzamento entre teoria e prática, encontrar o retrato do Valuable Young Leader, ou seja, as características que fazem de um jovem um potencial líder que transforma organizações. Nosso objetivo com esse projeto não é identificar um “perfil ideal” ou um “caminho único” para o sucesso, mas criar uma base, que crescerá cada edição, de referências inspiracionais diversas para jovens no início de sua carreira profissional, mostrando que é possível construir uma trajetória de sucesso dentro de organizações já estabelecidas, gerando resultados reais, sem abrir mão de princípios e valores. Em um momento de incertezas e revelações em relação às lideranças brasileiras, que as próximas páginas sejam fonte de esperança, dando luz a uma nova geração de líderes capazes, íntegros e conscientes, que transformarão as empresas brasileiras. Boa leitura. “A verdadeira marca de um líder é a vontade de se manter em um curso de ação ousado (...), mesmo que o resto do mundo se pergunte por que você não está marchando em sintonia com o status quo. Em outras palavras, os líderes reais estão felizes em ir para um lado enquanto todos vão para outro, Eles entendem que em uma era de hipercompetição e disrupção ininterrupta, a única maneira de se destacar da multidão é defender algo especial.” Bill Taylor, Cofundador da Fast Company “Do You Pass the Leadership Teste?”, Harvard Busniess Review, Agosto 2010. UM MUNDO EM TRANSIÇÃO Vivemos hoje em uma época única da história da humanidade De um lado, temos o avanço de tecnologias que, nas palavras de Arthur C. Clarke, são tão avançadas que parecem “indistinguíveis de mágica”. Inteligência artificial, novas formas de produção de energia limpa, transportes inteligentes e drones para uso pessoal não são mais um futuro distante, mas uma realidade. Soma-se a estes avanços um acesso cada vez maior à internet, que permite a pessoas antes excluídas, a capacidade de expor suas ideias e fazer valer sua voz no mundo. Do outro, temos desafios cada vez maiores e mais complexos. Questões como aquecimento global, concentração de riqueza, extremismo ideológico e corrupção política endêmica têm se tornado cada vez mais urgentes, requerendo ação antes de alcançarem um ponto de não-retorno. É nessa época de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (VUCA, do original em inglês) que nos encontramos hoje. Podemos nos esconder dos desafios, ou encará-los de frente. Esse é um prêmio para as pessoas que escolheram a segunda opção. 8 9 https://hbr.org/2014/01/what-vuca-really-means-for-you CAPITALISMO NA ENCRUZILHADA Apesar das inúmeras mudanças dos últimos anos, uma coisa não mudou: a capacidade das empresas de transformar realidades. Não apenas por meio da geração de empregos ou da responsabilidade social corporativa, mas da criação de produtos ou serviços capazes de atender às mais diferentes demandas da sociedade, gerando prosperidade e desenvolvimento. Demandas essas que, por conta dos mecanismos de mercado à qual as empresas estão sujeitas, são atendidas de forma cada vez mais eficiente. Porém, ao longo das últimas décadas, o paradigma da empresa como geradora de valor foi substituído pelo paradigma dominante da empresa como geradora de lucros para o acionista no curto prazo. Esta mentalidade contribuiu para o aprofundamento de muitos dos desafios já destacados, ao invés de sua resolução. Paradoxalmente, a busca incessante por resultados de curto prazo prejudica a capacidade das empresas de gerar valor no longo prazo. Acreditamos que para que as empresas recuperem sua função como geradoras de inovações positivas, que geram valor compartilhado e se baseiam em um novo modelo econômico, o Capitalismo Consciente, é necessário formar uma nova geração de líderes, capazes de equilibrar duas características aparentemente opostas: o alcance consistente de resultados ao longo do tempo com a consciência necessária para agir de forma a gerar valor para todas as partes interessadas, de forma sustentável. Alguns dos desafios globais Crise dos Refugiados Poluição ambiental Tráfico Humano Falta de resultados nas Organizações Corrupção Crise Política Pessoas com Stress Maiores indices de suicidios 10 11https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://www.ccbrasil.cc/ LIDERANÇA QUE GERA RESULTADOS Ainda assim, certos profissionais continuam entregando resultados superiores, apesar das bruscas mudanças no ambiente profissional. Estes profissionais geram resultados muitas vezes desproporcionalmente superiores aos seus pares, causando grandes mudanças organizacionais. Para as empresas, identificar e potencializar esses profissionais torna- se cada vez mais uma prioridade, pois, apesar de ainda ter grande influência no resultado, a capacidade de alocação de capital não é mais capaz de proteger uma organização de um novo entrante com uma tecnologia revolucionária. A capacidade dos colaboradores de gerar valor tende a ser mais determinante para o sucesso da organização que o capital em si. E isso tem impactos profundos na gestão de talentos da organização. Durante as décadas passadas, popularizou-se uma forma de enxergar talentos como uma “curva normal”, onde o valor gerado pelos colaboradores da organização tende a uma média central. (A figura abaixo ilustra esse modelo.) Esta forma de enxergar a densidade de talentos da organização tende a categorizar as pessoas da seguinte forma: a maioria das pessoas gera um valor médio para a organização, enquanto algumas poucas têm Nesse mundo de mudanças aceleradas, muitos talentos, competên- cias ou habilidades que já foram fundamentais para o sucesso na carreira têm se tornado obsoletas a cada ano. desempenho inferior, e devem ser substituídas, assim como algumas têm desempenho excepcional, e podem ser promovidas e reconhecidas. Porém, pela natureza do modelo, existe um viés natural a preocupar-se mais com o meio do gráfico, onde a maioria das pessoas estão, pois qualquer mudança relevante ali pode afetar significamente o desempenho da organização. Porém, pesquisas recentes revelam que esta forma de analisar os talentos na organização não evidencia o ponto principal dos talentos de alta performance: que certos colaboradores geram valor desproporcional para a empresa em relação às demais. São estes colaboradores que, via de regra, implementam as grandes mudanças, lideram com sucesso os grandes projetos e alcançam os grandes objetivos. Ao invés de utilizar uma curva normal, nesse modelo faz sentido utilizar o modelo, popularizado por Vilfredo Pareto e conhecido como “Lei da Potência”. (A figura à direita ilustra esse modelo.) Ou seja, esses profissionais, se identificados, reconhecidos e potencializados, podem ser uma das maiores alavancas de desempenho de uma organização. E podem inspirar outros a tornarem-se importantes fontes de resultado para a organização. Essa capacidade ímpar de geração de valor, é um dos elementos que nos ajuda a reconhecer um Valuable Young Leader. 12 https://hbr.org/2008/11/time-to-rethink-capitalism https://hbr.org/2008/11/time-to-rethink-capitalism LIDERANÇA CONSCIENTE Além da capacidade ímpar de geração de valor, outro elemento é marca característica de um Valuable Young Leader: a capacidade de liderar de forma consciente. Consciência é uma palavra de difícil definição. A que escolhemos foi a adotada pelos fundadores do movimento Capitalismo Consciente: “estar atento e desperto, vendo a realidade como é em vez de como desejamos que seja, reconhecendo e sendo responsável por todas as conseqüências de nossas ações, tendo um melhor senso do que é certo e do que é errado, rejeitando a violência como forma de resolver problemas e estar em harmonia com a natureza.” Essa capacidade de integrar as perspectivas não apenas de acionistas, mas de colaboradores, fornecedores, pares e sociedade em geral, de manter a integridade em situações difíceis, de gerar resultados tendo em vista as gerações futuras e de transcender paradoxos aparentes nos negócios, como lucro e propósito, humildade e determinação, é a segunda característica que caracteriza um Valuable Young Leader. 14 15 https://hbr.org/2013/01/cultivating-a-higher-conscious A IDENTIFICAÇÃO DE UM VALUABLE YOUNG LEADER Como foi apresentado, para ser considerado um Valuable Young Leader um jovem, de até 28 anos, deve demonstrar tanto uma capacidade de entregar resultados desproporcionais para uma organização, de forma a se tornar um importante ativo dela, como uma consciência maior em suas ações e decisões tomadas ao longo da carreira. Por meio de pesquisas bibliográficas na base de artigos da Harvard Business Review*, e entrevistas com líderes inspiradores que já tiveram seu “momento Valuable Young Leader” na carreira e hoje apresentam as duas características identificadas**, buscamos identificar as principais competências que distinguem o potencial de geração de valor de um Valuable Young Leader, de forma a poder avaliar um jovem de acordo com o arquétipo desenvolvido. * Apêndice 1 ** Apêndice 2 Porém, como resultados e valor gerado só podem ser enxergados olhando para trás, assim como o impacto das ações e decisões tomadas, identificamos o seguinte desafio para selecionar um Valuable Young Leader: Como identificar o potencial de um jovem de gerar valor ao longo de sua carreira? 16 17 A METODOLOGIA A construção do arquétipo contou com uma Metodologia embasada na Gestão por Competências, contando com as etapas: Definição das competências do Retrato do Jovem Líder6 Validação do Retrato do Jovem Líder com diretores de Recursos Humanos7 Comparação e validação das entrevistas com embasamento bibliográfico5 Análise de comportamentos e atitudes presentes nas entrevistas 4 Entrevistas com líderes c-level3 Análise Bibliográfica com embasamento de conteúdos das principais revistas especializadas em Negócios e Liderança do Brasil1 Definição dos critérios e seleção de líderes c-level para entrevistas 2 Consolidação do Retrato do Jovem Líder que Transforma Organizações8 Type feem Visão dos Diretores de RH9 Percepção dos Jovens Finalistas10 Entrevista com CEOS Artigos Acadêmicos Visão do RH Visão do Jovem O RETRATO DE UM VALUABLE YOUNG LEADER A partir da análise feita, concluímos que as principais competências comportamentais que definem o Valuable Young Leader estão relacionadas com a sua capacidade de liderança em diferentes níveis, sendo eles: LIDERANÇA DE SI MESMO Capacidade de conhecer a si mesmo, suas fortalezas e fraquezas, contextos onde performa melhor, formas de aprendizado, controle de suas emoções e atitudes, bem como outros elementos fundamentais para liderar sua própria vida. LIDERANÇA COM OUTROS Capacidade de liderar outras pessoas de forma efetiva, inspirando, construindo relações ganha-ganha de confiança, extraindo o melhor das pessoas e dos relacionamentos. LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO Capacidade de impactar a organização da qual faz parte, gerando resultados excepcionais e sustentáveis para o negócio e todos os demais stakeholders. LIDERANÇA NA SOCIEDADE Capacidade de transformar a sociedade de maneira consistente, consciente e com visão clara para com as ações de impacto e do papel que desempenha dentro da mesma. Os fatores de motivação, acordar de manhã, ir ao trabalho, estão relacionados a vida, e não estão relacionados a escolha da profissão, necessariamente. 20 Entre as diversas possibilidades de comportamentos que determinam o que é um bom "líder de si", identificamos três competencias marcantes nos líderes com essa capacidade. LIDERANÇA DE SI MESMO AUTOPERCEPÇÃO Conhecimento de forças e fraquezas pessoais, motivadores e preferências profissionais, mantendo a confiança em si mesmo, ainda que em situações adversas. AUTOCONSCIÊNCIA Consciência dos valores que orientam a vida profissional e pessoal, movendo-se em direção à concretização de objetivos, por meio de forte senso de propósito. DOMÍNIO EMOCIONAL Reconhecimento e controle de suas emoções e impulsos, procurandocompreendê-los e identificando o padrão de pensamento responsável por eles, pensando antes de agir. 22 23 AUTOPERCEPÇÃO LIDERANÇA DE SI MESMO Conhecimento de forças e fraquezas pessoais, motivadores e preferências profissionais, mantendo a confiança em si mesmo, ainda que em situações adversas. As pessoas que demonstram autopercepção confiam em si mesmas, sendo capazes de aceitar os desafios que se impõem e, ainda que surjam dúvidas, mantêm-se firmes na convicção de que alcançarão êxito por conhecer profundamente suas forças, fraquezas, motivadores e preferências profissionais. • Reconhece seus pontos fortes, explorando-os para alcançar suas metas, transformando as experiências positivas em melhores práticas. • Reconhece seus pontos fracos, buscando formas de neutralizá-los, transformando as experiências negativas em lições aprendidas. • Identifica quais são as motivações intrínsecas, utilizando-as como alavancas para atingir as metas definidas; • Possui consciência das preferências profissionais e busca atuar onde traz melhores resultados para si e para a organização, tomando riscos sem medo de errar. “Eu acho que quando você se conhece, você potencializa aquilo que você tem de melhor, e terceiriza na fortaleza do outro as suas fraquezas.” Sérgio Chaia “Olhe muito mais para dentro do que pra fora [...] Daí vem não só as respostas, mas as forças, porque os nãos da sociedade, os julgamentos da sociedade, as inércias e pontos de vista [...] isso só atrapalha e só embaralha.” José Carlos Magalhães “É muito importante saber seus erros, ter um autorreconhecimento, uma autopercepção, flexibilidade de adaptação e firmeza do propósito.” Antonio Batista 24 25 AUTOCONSCIÊNCIA LIDERANÇA DE SI MESMO Consciência dos valores que orientam a vida profissional e pessoal, movendo- se em direção à concretização de objetivos, por meio de forte senso de propósito. As pessoas que demonstram autoconsciência possuem clareza de seus valores, princípios e crenças, demonstrando firmeza e coragem em sua posição em relação a temas desafiadores, mantendo um alto nível de aderência entre suas palavras e ações, por meio de forte senso de propósito. • Possui clareza quanto aos valores, princípios e crenças pessoais que atuam no momento presente de sua vida, buscando alinhá-los com as decisões profissionais tomadas e as organizações onde trabalha; • Mantém-se firme para alcançar o que deseja, prezando pela honestidade mesmo em ambientes adversos, com foco nas iniciativas voltadas à sua realização pessoal e profissional; • Demonstra total coerência de suas ações com suas convicções, tendo uma postura íntegra e norteando suas ações por meio de seus valores; • Busca contínua compreensão de seu propósito e filosofia de vida, utilizando-os como motivador e farol. “É o jovem que consegue, de uma maneira muito tranquila, manter os seus valores, não vender a alma, acreditar no que acredita porque faz sentido, não porque é um idealista, sonhador!” Marcio Fernandes “Honestidade, e a honestidade não é só ser honesto, é fazer o que é certo com as pessoas mesmo quando isso vai doer para elas. Então quando você ver que você tem que dar um feedback mais duro para uma pessoa e isso vai ajudar ela no futuro.” Everton Silva “Você tem que executar as vontades e as ideias, e o que considera ser o certo. Em algum momento ao longo da trajetória vai ficar claro qual é o propósito. É muito ruim quando você inicia com essa obrigação de ter um propósito, porque talvez, justamente por isso, você não vai exercer o seu propósito, porque o propósito é vocacional. O propósito é o que te faz levantar todo dia.” Rony Meisler 26 27 DOMÍNIO EMOCIONAL LIDERANÇA DE SI MESMO Reconhecimento e controle de suas emoções e impulsos, procurando compreendê- los e identificando o padrão de pensamento responsável por eles, pensando antes de agir. As pessoas que demonstram autorregulação reconhecem suas emoções e impulsosantes que eles venham à tona, dedicando-se ao desenvolvimento contínuo da paciência e resiliência, analisando opiniões contrárias com senso crítico, sabendo como explorar os recursos disponíveis e o resultado de suas experiências, evitando possíveis gatilhos emocionais. • Capacidade de leitura das percepções geradas, compreendendo que nada que os outros dizem e fazem é pessoal e sim uma projeção de suas próprias realidades e desejos; • Recebe feedback abertamente, de múltiplas fontes, analisando opiniões contrárias com senso crítico embasado nas experiências vividas; • Desenvolve continuamente a paciência, apresentando clareza e racionalidade mesmo quando sob pressão; • Reconhece o padrão de pensamento existente por trás de seus impulsos, evitando gatilhos emocionais. “O segundo é tomar risco. Sem risco você não vai chegar em lugar nenhum, você vai ser mais um no meio da multidão, e o risco envolve você não saber exatamente o que que vai dar..” Daniela Cachich “Não desista. Não desista dos seus objetivos, não desista dos seus valores, seja resiliente e lute pelos seus ideais, porque é recompensador. Não conheço ninguém que tenha lutado e que tenha sido resiliente que não atingiu seus objetivos. [...] A única coisa que a gente não recupera na vida é tempo. [...] Então não perca tempo e não desista.” Everton Silva “O ‘não’ sempre me dizia alguma coisa. Você tem que ter uma percepção, uma capacidade de leitura, do que as pessoas estão falando.” Antonio Batista 28 29 A partir das análises, identificamos que os líderes capazes de inspirar, mover e alcançar resultados por meio das pessoas possuem as seguintes competências marcantes: LIDERANÇA COM OUTROS EMPATIA Capacidade de navegar pelos sentimentos dos outros, antevendo suas intenções e necessidades, ajustando seu comportamento a este entendimento. HABILIDADE SOCIAL Capacidade de comunicar-se com clareza e assertividade, construir relacionamentos e de gerar comprometimento, mobilização e confiança entre as pessoas. CAPACIDADE COGNITIVA Paixão por aprendizagem e aperfeiçoamento, solucionando problemas de alta complexidade por meio de percepção aguçada, perspicácia e pensamento crítico. 30 31 EMPATIA LIDERANÇA COM OUTROS Capacidade de navegar pelos sentimentos dos outros, antevendo suas intenções e necessidades, ajustando seu comportamento a este entendimento. As pessoas que demonstram empatia são capazes de se colocar no lugar dos outros, respeitando a diversidade e singularidade das pessoas, buscando compreender o contexto em que se encontram, suas intenções, necessidades e preferências, ajustando seu comportamento a este entendimento e criando um movimento em favor dos outros e de suas expectativas. • Capacidade de escutar atentamente as pessoas, sem julgamento ou preconceitos, com intenção genuína de compreender o contexto em que o outro se encontra; • Profunda capacidade de antever as necessidades e expectativas dos outros com base na observação empática do meio, moldando o comportamento pessoal para extrair o melhor de cada pessoa; • Valorização da diversidade e singularidade das pessoas, criando espaços para escuta de todas as vozes, ainda que divergentes; • Ajusta-se para compreender as pessoas, suas necessidades e o contexto em que elas se inserem cultural, social e politicamente para gerar empatia. “Um ponto muito importante, que eu fui aprimorando ao longo do tempo, é a capacidade de conhecer muito bem as pessoas. Eu investi muito nisso, tecnicamente, como ler, como entender e como customizar a minha relação com cada uma das pessoas.” Sérgio Chaia “É muito mais fácil trabalhar com uma pessoa que completa suas frases e que concorda com tudo que você diz do que trabalhar com uma pessoa que discorda de você e que traz um outro ponto de vista. Mas essa é a única forma da gente crescer a não ficar velho. É a única forma da empresa não ficar antiga e irrelevante.”” Claudia Sender “ Diversidadeé estar no lugar onde as pessoas não se calam; onde ela se desafiam; onde o consenso é o que acontece depois do conflito.” Gustavo Diament 32 33 HABILIDADE SOCIAL LIDERANÇA COM OUTROS Capacidade de comunicar-se com clareza e assertividade, construir relacionamentos e de gerar comprometimento, mobilização e confiança entre as pessoas. As pessoas que demonstram Habilidade Social possuem uma comunicação falada e escrita clara e assertiva, construindo relacionamentos sustentáveis pautados na confiança, na transparência e na humildade, engajando pessoas em prol de um benefício comum, tendo consciência que suas ações ou decisões podem afetar aos outros. • Articula as palavras com clareza, precisão e firmeza, passando segurança e confiabilidade por meio de uma comunicação com propriedade e humildade, independente da pessoa com quem se conversa; • Capacidade de ser vulnerável, compartilhando de maneira transparente desafios, medos e situações difíceis, gerando uma conexão genuína com as pessoas - o primeiro passo para a confiança; • Engaja e mobiliza as pessoas em torno de um propósito em comum, montando equipes de alta performance, com relacionamentos e perfis complementares; • Facilita a construção de relacionamentos, criando um espaço confortável e seguro para que as pessoas sejam elas mesmas. “O líder moderno, ele...ele não é um cara que manda né? Ele é um cara que vira e faz com que as pessoas queiram. Então, é muito fácil quando ele deixa de ser chefe e se transforma em um facilitador” Marcio Fernandes “Eles andam o tempo todo pela empresa e conversam com as pessoas. Então tem CEO que cozinha para os funcionários, tem um que faz café da manhã, tem um que anda de mesa em mesa, tem um que liga pra cada funcionário no dia do aniversário, cada um faz do seu jeito. [...] Ele cria essa proximidade, isso é uma política de portas abertas.” Ruy Shiozawa “Hoje em dia qualquer líder precisa ter uma capacidade de gerar confiança no seus liderados, e a confiança ela se gera através de vários fatores, mas um fundamental é a transparência na comunicação. A proximidade e a humildade.”” Claudia Sender 34 35 CAPACIDADE COGNITIVA LIDERANÇA COM OUTROS Paixão por aprendizagem e aperfeiçoamento, solucionando problemas de alta complexidade por meio de percepção aguçada, perspicácia e pensamento crítico. As pessoas que demonstram Capacidade Cognitiva empenham-se em adquirir habilidades, aperfeiçoar seu nível de qualificação e exercitam uma percepção aguçada, desenvolvendo perspicácia e pensamento crítico para descobrir as possibilidades que o ambiente oferece para a resolução mais assertiva de problemas de alta complexidade, tendo cuidadosa reflexão acerca das consequências de uma escolha possível. • Possui constante curiosidade por aprender, descobrindo aptidões, despertando interesses e mobilizando o conhecimento para resolução de situações desafiadoras, em diversidade e complexidade; • Estimula o aperfeiçoamento contínuo, buscando efetividade em seu próprio trabalho e de sua equipe, com medidas de eficácia e eficiência; • Desenvolve perspicácia e examina pessoas e situações por múltiplas perspectivas, praticando o pensamento crítico e questionando o caminho mais fácil e o senso comum; • Capacidade de identificar engajar pessoas multipotenciais e especialistas, dando autonomia para o questionamento em prol da obtenção de soluções para problemas complexos. “Está diretamente associado a se dedicar na área desse problema e buscar soluções como alguém que se dedica a uma pesquisa, a um projeto, com uma cabeça permeável, e muito disposto a trocar de conhecimento para se chegar a uma solução. [...] Essa paixão para se dedicar de uma forma genuína, estudar, pesquisar.” Paulo Kakinoff “A busca por conhecimento, principalmente de quem faz o que ama, deveria ser um bom exemplo, e não o contrário. Então as pessoas tem que buscar conhecimento, e quanto maior for seu conhecimento, mais você vai entregar para o seu negócio, para a sociedade.”” Rony Meisler “Todo mundo consegue fazer tudo. Mas tem gente que faz bem-feito e gente que não faz. Os profissionais fazem bem feito. Por que ele faz bem feito? Porque ele tenta, tenta e vai melhorado. A beleza do profissional é essa. Não cai do céu. Você tem que tentar, tem que estudar, tem que fazer. Então essa é a diferença que separa o amador do profissional.” Chieko Aoki 36 37 Por fim, os líderes capazes de gerar valor excepcional para as organizações que fazem parte e seus demais stakeholders, de forma sustentável, apresentam as seguintes competências: LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO INTELIGÊNCIA CONTEXTUAL Exercitar o pensamento sistêmico por meio do qual consegue perceber as interlocuções do ambiente interno e externo, a fim de prover soluções aos problemas organizacionais com sincronismo ao momento econômico, social e político. FOCO ESTRATÉGICO Capacidade de criar uma visão estratégica de longo prazo para a organização e sua carreira, tendo disciplina e constância para o planejamento e implementação. CAPACIDADE DE ENTREGA Manter um nível elevado de comprometimento para obtenção de resultados, tomando iniciativa, buscando desafios e garantindo resultados superiores para si e para a organização. 38 39 INTELIGÊNCIA CONTEXTUAL LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO Exercitar o pensamento sistêmico por meio do qual consegue perceber as interlocuções do ambiente interno e externo, a fim de prover soluções aos problemas organizacionais com sincronismo ao momento econômico, social e político. As pessoas que demonstram Inteligência Contextual exercitam um raciocínio amplo e abrangente, tecendo relações entre os agentes internos e externos à organização, com alta capacidade de adaptabilidade a situações diversas e complexas, possuindo sincronismo nas decisões tomadas e o momento econômico, social e político presente. • Considera agentes internos como cultura e valores e mecanismos externos, como stakeholders e momento econômico, social e político para construção da estratégia de atuação da organização; • Alta capacidade de se adaptar e adaptar a organização para a dinâmica de mercado presente, mantendo uma liderança consciente, humanizada e íntegra; • Cria estratégias de ação do ponto de vista sistêmico, tendo uma visão macro de toda a organização e das relações existentes, agindo cirurgicamente quando necessário; • Atenta-se para a cultura organizacional, buscando equilibrar as necessidades dos colaboradores, consciente da dicotomia valores desejados vs. valores presentes. “Ele é um grande equilibrista naquilo tudo [...] ele precisa ser um ator, um político, um diplomata nisso, uma diplomacia empresarial, quase como um estadista, liderando essa coisa toda, essa teia complexa, e ele também é bom nisso, e isso também é um ponto que destaca nesses CEOs”. Antonio Batista “Às vezes, e aí a coisa mais importante também, se você for ver, é uma consciência do timing. [...] O que mais influencia é você ter esse sincronismo, tentar achar se o que você tá tentando levar ao mundo, se o que você tá tentando articular, se é consonante com o que o mundo precisa. [...] Então essa consciência sistêmica infelizmente é vital para aquele que quer empreender dentro de um sistema já existente” José Carlos Magalhães 40 41 FOCO ESTRATÉGICO LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO Capacidade de criar uma visão estratégica de longo prazo para a organização e sua carreira, tendo disciplina e constância para o planejamento e implementação. As pessoas que demonstram Foco Estratégico geram soluções criativas e estratégicas, tendo disciplina e constância para planejamento e implementação. Pensam de maneira inovadora e apoiam esse mesmo pensamento nos outros, desafiando e impulsionando a organização ao aprimoramento e ao crescimento, de forma que se mantenha competitiva ao longo do tempo. • Desenha cenários e detecta tendências futurasa partir de um profundo conhecimento da dinâmica do negócio, gerando soluções criativas e estratégicas; • Apresenta clareza das metas e objetivos desejados para sua carreira e para a organização, com planejamento conciso, factível e que é revisitado periodicamente; • Possui constância nas ações desempenhadas e estimula o mesmo nos outros, prezando pela inovação competitiva; • Impulsiona a organização ao aprimoramento e crescimento contínuo, equilibrando cultura organizacional, necessidades dos colaboradores e demandas de mercado. “Deixe claro pra onde você quer ir. [...] Eu ficava mais quieta, e depois percebi que não verbalizar ou não deixar claro pra onde eu quero ir, ninguém vai acordar e falar ‘Bom, hoje eu vou ajudar a Daniela porque ela quer ir pra tal lugar.’ ninguém vai fazer isso. Ou você lidera o desenvolvimento da sua carreira ou ninguém vai liderar por você.” Daniela Cachich “Acredito que no planejamento que fazemos, se possível falar que em 5 anos vou fazer isso, ou em 3 anos, ou no mês que vem vou fazer isso aqui... Tentar planejar, porque você vai direcionar as suas energias a esse objetivo, essa meta.” Isabel Franco 42 43 CAPACIDADE DE ENTREGA LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO Manter um nível elevado de comprometimento para obtenção de resultados, tomando iniciativa, buscando desafios e garantindo resultados superiores para si e para a organização. As pessoas que demonstram Capacidade de Entrega possuem um senso de compromisso com a busca incessante pela excelência, assumindo responsabilidade pessoal de alcançar resultados, tomando iniciativa, buscando desafios enquanto apresenta alta capacidade de execução, garantindo resultados superiores para si e para a organização. • Estabelece metas de desempenho ousadas e expectativas elevadas dos resultados a serem alcançados, desafiando a si próprio e à organização para executá-las com excelência; • Possui forte senso de inconformismo, persistindo no que se propôs a fazer, encontrando formas de superar os obstáculos e assumindo responsabilidade pelas mudanças necessárias; • Mobiliza recursos próprios e alheios, identificando e engajando as pessoas necessárias para garantir que a execução seja efetiva e traga resultados superiores para si e para a organização. • Converte as dificuldades em oportunidades de alcançar melhores resultados, conquistando o respeito e a admiração e tornando-se referência de alto desempenho. “Eu me vejo muito apaixonado por desafios e sinto uma forte atração por problemas complexos, me motiva isso, e eu acho que a capacidade de você superar desafios complexos é um fator que retroalimenta a motivação em uma estrutura como a nossa.” Paulo Kakinoff “Para mim é uma questão fundamental: resultados não requerem explicações. [...] Eu acho que o resultado te gabarita para entrar no jogo. Ele não garante que você vai estar no time principal, mas ele te gabarita para você entrar no jogo. Claudia Sender 44 45 PENSAMENTO SISTÊMICO Capacidade de enxergar de forma sistêmica sua relação com a sociedade e o papel de cada personagem dentro dos sistemas complexos. VISÃO FUTURA Visão do presente e do futuro em relação às mudanças que a sociedade passará e como se comportar num ambiente de constante mudança. CONSCIÊNCIA FRACTAL Noção de similaridade entre sistemas simples e complexos e identificação de padrões que se repetem nesses sistemas. Capacidade de transformar a sociedade de maneira consistente, consciente e com visão clara para com as ações de impacto e do papel que desempenha dentro da mesma. LIDERANÇA NA SOCIEDADE 46 47 PENSAMENTO SISTÊMICO LIDERANÇA NA SOCIEDADE É a capacidade de enxergar de forma sistêmica sua relação com a sociedade e o papel de cada personagem dentro dos sistemas complexos. As pessoas que demonstram Pensamento Sistêmico possuem um olhar cuidadoso para além da organização onde estão inseridos. Pensam e planejam de maneira atenta e responsável para com o mundo e isso é evidenciado ao analisarem cenários, pessoas e interesses da sociedade na tomada de decisões. • Atenta-se para o contexto, estratégia, modelo de negócios exclusivo da empresa e como isso se relaciona com o mercado e impacta nas relações com os stakeholders; • Considera as relações com governo local uma maneira ética e legal para atender as necessidades da empresa alinhando necessidades do ambiente social onde estão inseridos; • Prioriza a geração de valor econômico ao entregar valor para a sociedade e ao ter consciência de suas necessidades e desafios. Assim, conecta o sucesso da empresa com o progresso social. “E obviamente quando a gente fala de planeta, tem a ver com todo o trabalho que a gente faz com os agricultores, com o todo o trabalho que a gente faz de sustentabilidade, com todos os desafios que a gente tem de redução de consumo de água, de agricultores dentro de um processo que seja bom pra todo mundo… Então são três pilares que mostrar o seguinte: você consegue entregar crescimento respeitando esses três pilares. Basicamente é isso: é como você entrega crescimento pra uma empresa que tem desafios de crescer, respeitando essas três coisas” Daniela Cachich “Nós precisamos de pessoas que estejam preocupadas em fazer do mundo um lugar melhor - e isso só é possível através de um nível de consciência e entendendo os benefícios e malefícios que o negócio gera [...]. É pensar sobre o que estou fazendo que está interferindo na vida de outras pessoas e ter a ambição de interferir na vida das pessoas sempre pra melhorar e não para piorar” Marco Aurélio Almada 48 49 VISÃO FUTURA LIDERANÇA NA SOCIEDADE Visão do presente e do futuro em relação às mudanças que a sociedade passará e como se comportar num ambiente de constante mudança. As pessoas que demonstram visão futura possuem senso de compromisso com os planejamentos de médio e longo prazo da organização ao olhar com responsabilidade o impacto de seu negócio para o cenário onde estão inseridos e levar em consideração as incertezas e transformações constantes presentes no mundo que impactam em seus planejamentos. • Adapta-se proativamente ao estar conectado com uma ampla fonte de informações relevantes que vão além dos assuntos relacionados diretamente ao seu negócio e que servem como base para mudanças estratégicas responsáveis em tempo hábil; • Protagoniza a criação responsável do futuro ao analisar novos valores, mentalidades, comportamentos e conceitos políticos a fim de estar alinhado com as tendências das necessidades futuras. “O mundo não tinha a urgência socioambiental que hoje ele tem, então é uma questão de auto sobrevivência. Se as novas gerações não fizerem, não vai ter mundo. Que aposentadoria, se não vai ter mundo?” Rony Meisler “... eu acredito que as relações trabalhistas também, vão se modificar fortemente, possibilitando contratos diferentes, vamos dizer assim, entre o trabalhador e a empresa, entre o ser humano e o capital, então o jovem vai ver isso com muito mais leveza, movimento, turnover nas empresas vai aumentar exponencialmente, porque está bom, as pessoas vão trabalhar por projetos, ao invés de construir uma carreira.” Sérgio Chaia 50 51 CONSCIÊNCIA FRACTAL LIDERANÇA NA SOCIEDADE Noção de similaridade entre sistemas simples e complexos e identificação de padrões que se repetem nesses sistemas. As pessoas que demonstram consciência fractal praticam uma observação curiosa e analítica do mundo pois identificam e conectam situações e padrões que tendem a se repetir de maneira cíclica e utilizam desta habilidade com a leitura do cenário para seus planejamentos ao levar em consideração que tudo que ocorre fora provavelmente ecoará dentro de sua organização. • Observa as tendências de comportamentos do mundo e compreende que tudo o que ocorre no mundo (comportamentos, desafios, mudanças,..) é possível de ocorrer dentro da sua organização; • Possui curiosidadee abertura com contextos históricos e momento presente que vão além do negócio específico da empresa onde está inserido; • Tem consciência que a sua atuação pode impactar muito além das fronteiras planejadas e isso por si só exige muita responsabilidade com produto e mensagem a ser compartilhada. ”A gente começou com o ser, e foi passando para ter. Acho que o mundo é um ciclo. Vejo que os jovens de hoje focam muito mais no ser. Chieko Aoki “Só que conforme eu fui estando nessas posições, eu fui vendo o quanto as minhas ações tinham impacto na sociedade, e como elas poderiam mudar a forma como as outras marcas iriam construir marcas de cerveja no Brasil.” Daniela Cachich 52 53 VISÃO DO RH O QUE VOCE ESPERA DO VALUABLE YOUNG LEADER? “Empreendedorismo, Resultados Consistentes, Aprendizado Rápido, Empatia.” Victor Rosa Marinho - Diretor de RH Bradesco “Ambição, Determinação e hard work. Vontade e capacidade de aprender, muito e rápido. Bom raciocínio lógico. Inteligência emocional adequada..” Anderson Nielsen - Diretor de Rh Resultados Digitais“Adaptabilidade e Equilibrio emocional.” Adriano Lima - Diretor de RH e sócio do Neon “O que espero de um jovem de alto potencial é Alta energia, comprometimento, sede por aprender e capacidade de inovaçao ou seja na prática é Criatividade, Learning agility, Accountability, Iniciativa.” Daniela Bianco - Diretora de RH America Latina da Emerson 54 55 “Inicitiva, engajamento, brilho nos olhos, orgulho em pertencer!” Karina Furlaneto - Diretora de RH Reval “Versatilidade, adaptabilidade e humildade. Que desafie o Status Quo cotidianamente.” Marcelo Nóbrega - Diretor de RH Mc Donalds Brasil “Boa leitura de ambiente e maturidade para se relacionar, proatividade para aprender e entregar com qualidade e excelência.” Barbara Letícia - Coordenadora de Talentos Pirelli. “.Uma pessoa curiosa e com vontade de colocar a mão na massa, ou seja, que queira testar hipóteses e aprender com os erros..” Camila Panachão Coordenadora de Desenvolvimento de Talentos Roche “.Espero que o jovem não tenha medo de correr riscos e que esteja disposto a contribuir com soluções inovadoras para o negócio. Que eles desenvolvam a capacidade de Saber ouvir e uma visão holística..” Valesca Marques - Diretora de Rh Brasil da Westcon 56 57 GAPS DA LIDERANÇA Quais os maiores Gaps da Liderança hoje, na visão dos líderes de Rhs? 1. Serem preparados para lidar com um ambiente mais inclusivo e global. 2. Assumirem que gestao de pessoas é responsabilidade deles e nao do RH. 3. Foco mais na estrategia e menos em execucao 4. Dificuldade na comunicação entre gerações. 5. Foco ainda centrado na hierarquia 6. Visão estratégica alem da atual função e do atual modelo de negócio. 7. Habilidade para conversas desafiadoras. 8. Empatia. 9. Pouca vunerabilidade. 10. Atuação como coaching. 58 59 PERSPECTIVA DOS VALUABLE YOUNG LEADERS Conversamos com os jovens Valuable Young Leaders, para saber na visão deles, qual é a marca do jovem líder consciente. Consciência, Empatia, Learning agility, Humildade, Colaboração, Resiliência, Desenvolver talentos, Criatividade, Flexibilidade para se adequar, Adaptar as mudanças, Colaboração, Equilíbrio emocional, Raciocínio lógico, Capacidade de influenciar pessoas, Visão estratégica, Boa comunicação, Visão sistêmica, Autoconhecimento, Confiança, Servidão, Cocriação, Pragmatismo Coragem, Autenticidade, Paixão Persistência, Ambição de propósitos. Autencidade, Atuar como facilitador,Autocuidado. 60 61 CONCLUSÃO Enquanto houverem organizações a serem transformadas, haverão Valuable Young Leaders dispostos a empreender transformações. Ao longo deste documento, buscamos compartilhar o contexto que nos levou a desenvolver esse projeto, além das principais descobertas que tivemos em relação às características que definem um Valuable Young Leader. Foram 18 líderes inspiradores entrevistados e mais de 80 artigos revisados, de forma a criar um modelo de avaliação que fosse consistente, aliando teoria e prática. Mas o que muda a partir desse documento? Nosso sonho é que o Valuable Young Leaders se torne mais que um prêmio, se torne um movimento. Um movimento de jovens que entendem seu papel fundamental na transformação das organizações brasileiras, ajudando-as a atravessar um movimento de incerteza e inquietude que afeta todo o país. E um movimento de empresas que acreditam no potencial dos jovens, investem no seu crescimento e lhes dão espaço para empreender suas ideias. Nosso sonho é que todo jovem líder seja um Valuable Young Leader. Dessa forma, este documento não busca ser um mapa para o futuro, mas uma bússola. Não acreditamos no jovem ideal, no líder ideal ou na empresa ideal. Entre tantas características importantes para uma liderança efetiva, buscamos mapear quais são fundamentais para o alcance de resultados de forma consciente, especialmente na “mudança de eras” que estamos vivendo. Para os jovens, acreditamos que o Prêmio Valuable Young Leaders servirá como fonte de inspiração e esperança. Em um momento de frustração com lideranças empresariais do país, queremos dar luz a jovens líderes íntegros e capazes de empreender grandes transformações nas empresas brasileiras. E, especialmente, mostrar que todo jovem pode também desenvolver estas competências que potencializarão sua capacidade de gerar transformações. Para as empresas, vemos o Prêmio como uma importante referência para o desenvolvimento das pessoas. Entendemos que, mesmo com todas as características de um Valuable Young Leader, o jovem precisa de espaço e incentivo para transformar a organização da qual faz parte. Esse documento pretende auxiliar as organizações a identificarem seus jovens de alto potencial e a investirem nas competências que podem trazer resultados para o negócio. Para o país, temos a certeza de que esse movimento ajudará a criar uma nova geração de líderes empresariais, íntegros e conscientes, capazes de alcançar grandes resultados, sem abrir mão de seus valores e princípios. E que essas empresas conscientes serão referência em uma nova forma de fazer negócios, capaz de alinhar o desenvolvimento socioeconômico do país com o exemplo necessário para educar as próximas gerações. Obrigado pela leitura. BIBLIOGRAFIA Confira, os principais artigos que fundamentaram a criação do Retrato do Valuable Young Leader. APÊNDICE 1 AUTOCONHECIMENTO E PROPÓSITO How Will You Measure Your Life? Managing Oneself Crucibles of Leadership Making the Choice Between Money and Meaning Is a Well-Lived Life Worth Anything? 64 65 https://hbr.org/2011/05/is-a-well-lived-live-worth-anything https://hbr.org/2012/10/making-the-choice-between-mone https://hbr.org/2010/07/how-will-you-measure-your-life https://hbr.org/2005/01/managing-oneself https://hbr.org/2002/09/crucibles-of-leadership https://hbr.org/2012/10/making-the-choice-between-mone https://hbr.org/2011/05/is-a-well-lived-live-worth-anything https://hbr.org/2010/07/how-will-you-measure-your-life https://hbr.org/2005/01/managing-oneself https://hbr.org/2002/09/crucibles-of-leadership INTELIGÊNCIA EMOCIONAL INTELIGÊNCIA CONTEXTUAL What Makes a Leader? The Focused Leader Primal Leadership: The Hidden Driver of Great Performance Zeitgeist Leadership Contextual Intelligence CAPACIDADES DE LIDERANÇA What Science Tells Us About Leadership Potential What Sets Successful CEOs Apart How to Be an Inspiring Leader Collaborative Overload Level 5 Leadership: The Triumph of Humility What Having a “Growth Mindset” Actually Means 67 https://hbr.org/2014/09/contextual-intelligence https://hbr.org/2005/10/zeitgeist-leadership https://hbr.org/2004/01/what-makes-a-leader https://hbr.org/2013/12/the-focused-leader https://hbr.org/2001/12/primal-leadership-the-hidden-driver-of-great-performancehttps://hbr.org/2005/10/zeitgeist-leadership https://hbr.org/2014/09/contextual-intelligence https://hbr.org/2004/01/what-makes-a-leader https://hbr.org/2013/12/the-focused-leader https://hbr.org/2001/12/primal-leadership-the-hidden-driver-of-great-performance https://hbr.org/2016/09/what-science-tells-us-about-leadership-potential https://hbr.org/2017/05/what-sets-successful-ceos-apart https://hbr.org/2017/04/how-to-be-an-inspiring-leader https://hbr.org/2016/01/collaborative-overload https://hbr.org/2005/07/level-5-leadership-the-triumph-of-humility-and-fierce-resolve https://hbr.org/2016/01/what-having-a-growth-mindset-actually-means https://hbr.org/2016/09/what-science-tells-us-about-leadership-potential https://hbr.org/2017/05/what-sets-successful-ceos-apart https://hbr.org/2017/04/how-to-be-an-inspiring-leader https://hbr.org/2016/01/collaborative-overload https://hbr.org/2005/07/level-5-leadership-the-triumph-of-humility-and-fierce-resolve https://hbr.org/2016/01/what-having-a-growth-mindset-actually-means CONTEXTO Leading in a VUCA Environment: V Is for Volatility Leading in a VUCA Environment: U is for Uncertainty Leading Effectively in a VUCA Environment: C is for Complexity Leading Effectively in a VUCA Environment: A is for Ambiguity What VUCA Really Means for You VUCA VUCA VUCA VUCA VUCA VALOR COMPARTILHADO Creating Shared Value Strategy and Society: The Link Between Competitive Advantage and Corporate Social Responsibility Time to Rethink Capitalism? “Conscious Capitalism” Is Not an Oxymoron Companies that Practice “Conscious Capitalism” Perform 10x Better 68 69 https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment-1.html https://hbr.org/2010/12/leading-effectively-in-a-vuca https://hbr.org/2011/01/leading-effectively-in-a-vuca-1 https://hbr.org/2014/01/what-vuca-really-means-for-you https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment-1.html https://hbr.org/2010/12/leading-effectively-in-a-vuca https://hbr.org/2011/01/leading-effectively-in-a-vuca-1 https://hbr.org/2014/01/what-vuca-really-means-for-you https://hbr.org/2008/11/time-to-rethink-capitalism https://hbr.org/2013/04/companies-that-practice-conscious-capitalism-perform https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://hbr.org/2006/12/strategy-and-society-the-link-between-competitive-advantage-and-corporate-social-responsibility https://hbr.org/2008/11/time-to-rethink-capitalism https://hbr.org/2013/01/cultivating-a-higher-conscious https://hbr.org/2013/04/companies-that-practice-conscious-capitalism-perform https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://hbr.org/2006/12/strategy-and-society-the-link-between-competitive-advantage-and-corporate-social-responsibility https://hbr.org/2013/01/cultivating-a-higher-conscious OUTROS ARTIGOS Hora de repensar o capitalismo? Como as empresas podem lucrar com uma “mentalidade de crescimento” O que diferencia CEOs bem-sucedidos Zeitgeist Leadership How to Be an Inspiring Leader Criação de valor compartilhado Inteligência Social e a biologia da Liderança Is a Well-Lived Life Worth Anything? What Science Tells Us About Leadership Potential 70 71 https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html https://hbr.org/2010/11/leading-in-a-vuca-environment.html http://hbrbr.uol.com.br/antevisao-23/ http://hbrbr.uol.com.br/como-as-empresas-podem-lucrar-com-uma-mentalidade-de-crescimento/ http://hbrbr.uol.com.br/o-que-diferencia-ceos-bem-sucedidos/ https://hbr.org/2005/10/zeitgeist-leadership https://hbr.org/2017/04/how-to-be-an-inspiring-leader https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value https://hbr.org/2011/01/the-big-idea-creating-shared-value http://hbrbr.uol.com.br/criacao-de-valor-compartilhado/ http://hbrbr.uol.com.br/inteligencia-social-e-a-biologia-da-lideranca/ https://hbr.org/2011/05/is-a-well-lived-live-worth-anything?referral=03758&cm_vc=rr_item_page.top_right https://hbr.org/2016/09/what-science-tells-us-about-leadership-potential C-LEVEL E ALTOS EXECUTIVOS ENTREVISTADOS APÊNDICE 2 ISABEL FRANCO MAURO KERN BRUNO VALE RUY SHIOZAWA MARCIO FERNANDES CLAUDIA SENDER PAULO KAKINOFF FÁTIMA PISSARRA JOSÉ CARLOS MAGALHÃES MARCO AURÉLIO ALMADA RONY MEISLER CHIEKO AOKI EVERTON SILVA ANTONIO BATISTA MARISE BARROSO SÉRGIO CHAIADANIELA CACHICH GUSTAVO DIAMENT MARCUS VACCARI 72 73 https://www.linkedin.com/in/isabel-franco-961909/ https://www.linkedin.com/in/mauro-kern-978ba7128/ https://www.linkedin.com/in/valebruno/ https://www.linkedin.com/in/ruyshiozawa/ https://www.linkedin.com/in/marcio-fernandes-2925a31/ https://www.linkedin.com/in/claudia-sender-640158/ https://www.linkedin.com/in/fatima-pissarra-12560a/ https://www.linkedin.com/in/zeca-magalhaes-67a85a17/ https://www.linkedin.com/in/daniela-cachich-8aaa4bb/ https://www.linkedin.com/in/ronymeisler/ https://www.linkedin.com/in/caoki/ https://www.linkedin.com/in/marisebarroso/ https://www.linkedin.com/in/sergio-chaia-04987517/ https://www.linkedin.com/in/daniela-cachich-8aaa4bb/ https://www.linkedin.com/in/gusdiament/ https://www.linkedin.com/in/marcus-vaccari-4080992/ REALIZAÇÃO Valuable Young Leaders | Instituto Anga | Revista HSM Retrato do Jovem Líder que Tranforma Organizações, 2019 - Terceira Edição Realização: Instituto Anga e Revista HSM Autores: Pedro Lima Nascimento, Wilgli Renan de Oliveira e Augusto Nogueira Revisor: Eliana Gavioli Diagramação: Grupo Anga © Instituto Anga, 2019 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão prévia. RETRATO DO JOVEM LÍDER QUE TRANSFORMA ORGANIZAÇÕES
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