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Curso: Português Básico para Concursos 
Prova CESGRANRIO Comentada 
Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda 
 
 
Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda 1 de 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 11 – Prova CESGRANRIO Comentada 
Curso: Português Básico para Concursos 
Prof: Bruno Spencer e Luiz Miranda 
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Futuros colegas do Serviço Público, 
Para fechar nosso curso, vamos resolver hoje a prova do concurso do 
BNDES de 2013, para o cargo de Profissional Básico em Administração. 
Sugiro resolver a prova numa situação mais real possível, sem consulta 
de material e com o tempo marcado no relógio, para depois conferir o gabarito 
e os comentários. 
Deixo aqui meu agradecimento pela atenção dispensada durante o 
curso e meu sincero voto de muita saúde e sucesso profissional !!! 
Um Forte Abraço e Boa sorte!!! 
 
 
 
Sumário 
Sumário ............................................................................................... 2 
1 – QUESTÕES PROPOSTAS .................................................................. 3 
2 – QUESTÕES COMENTADAS ............................................................. 16 
3 – GABARITO .................................................................................... 39 
 
 
Aula 11 – Prova CESGRANRIO Comentada 
Profissional Básico/Administração – BNDES/2013 
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Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 13. 
Texto I 
Dialética da mudança 
Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis e até mesmo 
a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natural que isso aconteça, 
quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. 
Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés. Não necessito 
dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora acredite em 
determinados valores e princípios que me parecem consistentes. De fato, é 
muito difícil, senão impossível, viver sem nenhuma certeza, sem valor algum. 
No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas, poucos eram os que questionavam, mesmo porque, 
dependendo da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo. 
Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas 
inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo de 
lidar com as certezas e os valores. Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor 
mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável, dando-se início a 
uma nova época da sociedade humana. Introduziram-se as ideias não só de 
evolução como de revolução. 
Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem 
tampouco se impuseram à maioria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um 
processo difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio 
ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições estratégicas, o 
que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes a 
visões questionadoras. 
A certa altura desse processo, os defensores das mudanças acreditavam-se 
senhores de novas verdades, mais consistentes porque eram fundadas no 
conhecimento objetivo das leis que governam o mundo material e social. Mas 
esse conhecimento era ainda precário e limitado. 
1 – QUESTÕES PROPOSTAS 
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Inúmeras descobertas reafirmam a tese de que a mudança é inerente à 
realidade tanto material quanto espiritual, e que, portanto, o conceito de 
imutabilidade é destituído de fundamento. 
Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que 
quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado. Em outras palavras, bastaria apresentar-se como inovador para estar 
certo. Será isso verdade? Os fatos demonstram que tanto pode ser como não. 
Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e aceitos. 
Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los. E sabem por 
quê? Pela simples razão de que toda sociedade é, por definição, conservadora, 
uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o convívio 
social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria 
caótica e, por isso mesmo, inviável. 
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir 
a mudança é impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as 
mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas 
necessidades e a fazem avançar. 
GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança. Folha de São Paulo, 
6 maio 2012, p. E10. 
 
1) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com o Texto I, a dialética da mudança é devida 
(A) à discrepância entre aqueles que rejeitam os avanços da ciência e aqueles 
que preferem aceitar verdades indiscutíveis. 
(B) à oposição baseada unicamente na experiência e na observação, sem levar 
em consideração qualquer metodologia científica. 
(C) à polêmica entre o reconhecimento dos valores inovadores e a presença de 
outros, consagrados, que garantem a vida em sociedade. 
(D) ao caráter contraditório da atitude daqueles que se limitam a conhecimentos 
fundamentados em valores consagrados. 
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(E) ao conflito originado pela supremacia dos princípios teóricos, de um lado, e 
pela crença nos fenômenos práticos, de outro. 
 
2) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Ao defender a tese de que a mudança é inerente à realidade, o Texto I apresenta 
como contra-argumento a ideia de que 
(A) as certezas oferecem segurança e tranquilidade para a vida em sociedade. 
(B) as descobertas científicas não ocorreriam sem a discussão sobre a 
imutabilidade. 
(C) as verdades constituiriam uma forma de evolução de toda a humanidade. 
(D) os partidários de ideologias conservadoras impediriam o avanço da 
sociedade. 
(E) os valores consagrados não deveriam ser aceitos pela sociedade atual. 
 
3) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
O termo em destaque, nas frases do Texto I, refere-se à informação contida nos 
colchetes em: 
(A) “as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades 
indiscutíveis e até mesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las.” 
(1º parágrafo) [as pessoas] 
(B) “Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais 
tornou-se frequente e inevitável” (3º parágrafo) [o pensamento objetivo e a 
ciência] 
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando 
posições estratégicas” (4º parágrafo) [processo de fortalecimento da visão 
inovadora] 
(D) “Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los.” (8º 
parágrafo) [os fatos] 
(E) “mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e 
a fazem avançar.” (último parágrafo) [mudanças inerentes à existência] 
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4) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
A expressão por outro lado, no início do último parágrafo do Texto I, 
estabelece uma relação de contraste entre as seguintesideias: 
(A) a vida muda permanentemente apesar das forças conservadoras / a 
mudança é inerente à existência humana, que deve aceitá-la sem contestação. 
(B) a sociedade é, por definição, conservadora para manter o convívio social / 
a sociedade acaba por aceitar as mudanças que atendem a suas necessidades. 
(C) quem defende valores consagrados e aceitos pode estar errado / o conceito 
de imutabilidade é destituído de fundamento. 
(D) uma comunidade deve mudar a cada dia seus princípios e normas / impedir 
a mudança é impossível, porque ela é inerente à existência. 
(E) uma comunidade que muda a cada dia seria caótica e inviável / a sociedade 
deve impedir as mudanças desnecessárias à sua sobrevivência. 
 
5) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Na frase “Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, 
embora acredite em determinados valores e princípios que me parecem 
consistentes.” (1º parágrafo) podem ser identificados diferentes tipos de 
orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais), que nela exercem 
distintas funções. 
Uma oração com função de expressar uma noção adjetiva é também encontrada 
em: 
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações” (1º parágrafo) 
(B) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos 
dão segurança e tranquilidade.” (1º parágrafo) 
(C) “No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas,” (2º parágrafo) 
(D) “Os fatos demonstram que tanto pode ser como não.” (7º parágrafo) 
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(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria 
caótica e, por isso mesmo, inviável.” (8º parágrafo) 
 
6) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No Texto I, o verbo atender (último parágrafo) exige a presença de uma 
preposição para introduzir o termo regido. Essa mesma exigência ocorre na 
forma verbal destacada em: 
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.” (1º 
parágrafo) 
(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.” (3º 
parágrafo) 
(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é 
inerente à realidade tanto material quanto espiritual,” (6º parágrafo) 
(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, 
impedir a mudança é impossível.” (último parágrafo) 
(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ” (último 
parágrafo) 
 
7) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
A relação lógica estabelecida entre as ideias do período composto, por meio do 
termo destacado, está explicitada adequadamente em: 
(A) “Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora 
acredite em determinados valores e princípios” (1º parágrafo) – (relação de 
condição) 
(B) “No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas, poucos eram os que questionavam” (2º parágrafo) – 
(relação de causalidade) 
(C) “os defensores das mudanças acreditavam-se senhores de novas verdades, 
mais consistentes porque eram fundadas no conhecimento objetivo das leis” (5º 
parágrafo) – (relação de finalidade) 
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(D) “a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual, e que, 
portanto, o conceito de imutabilidade é destituído de fundamento.” (6º 
parágrafo) – (relação de conclusão) 
(E) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado.” (7º parágrafo) – (relação de temporalidade) 
 
8) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos empregos 
da vírgula é a separação do adjunto adverbial antecipado na estrutura da 
oração. O trecho que exemplifica esse tipo de uso é: 
(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos 
dão segurança e tranquilidade.” (1º parágrafo) 
(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas 
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano,” (3º parágrafo) 
(C) “Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais 
tornou-se frequente e inevitável.” (3º parágrafo) 
(D) “essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem tampouco se 
impuseram à maioria da sociedade.” (4º parágrafo) 
(E) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado. (7º parágrafo) 
 
9) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no 
seguinte trecho do Texto I: “Certamente porque não é fácil compreender certas 
questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações” (1º parágrafo). 
A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em: 
(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos 
dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de 
sob nossos pés.” (1º parágrafo) 
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(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas 
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo 
modo de lidar com as certezas e os valores.” (3º parágrafo) 
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando 
posições estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novas 
gerações, menos resistentes a visões questionadoras.” (4º parágrafo) 
(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado.” (7º parágrafo) 
(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria 
caótica e, por isso mesmo, inviável”. (8º parágrafo) 
 
10) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No trecho do Texto I “O que ocorreu de fato foi um processo difícil e conflituado 
em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio ganhando terreno” (4º 
parágrafo), a palavra destacada se refere a um termo do contexto anterior, 
assim como em: 
(A) “Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis,” (1º 
parágrafo) 
(B) “poucos eram os que questionavam, mesmo porque, dependendo da 
ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo.” (2º parágrafo) 
(C) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros:” (7º 
parágrafo) 
(D) “o de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está 
indiscutivelmente errado.” (7º parágrafo) 
(E) “Os fatos demonstram que tanto pode ser como não.” (7º parágrafo) 
 
 
11) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com a norma-padrão, o verbo haver não pode assumir a forma de 
plural quando é usado como verbo impessoal. 
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A forma verbal destacada NÃO é impessoal em: 
(A) Em muitos casos, não há alternativa senão defender uma visão 
conservadora da sociedade. 
(B) Embora muitas pessoas insistam em não aceitar a mudança, para mim não 
há verdade indiscutível. 
(C) Houve época em que os valores religiososse impunham à quase totalidade 
das pessoas. 
(D) Não haverá convívio social equilibrado e produtivo sem princípios e valores 
estabelecidos. 
(E) Uma comunidade que não respeitasse certos princípios e normas haveria 
de fracassar 
 
12) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No trecho do Texto I “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de 
revolução.” (3º parágrafo), o verbo concorda em número com o substantivo que 
o segue. 
O verbo deverá ser flexionado no plural, caso o substantivo destacado que o 
segue esteja no plural, EXCETO em: 
(A) Ao se implantar o uso do computador nas salas de aula, corresponde-se à 
expectativa dos alunos de estarem antenados com os novos tempos. 
(B) Com o advento dos novos tempos, reafirma-se a tese relacionada à 
necessidade de mudança. 
(C) Defende-se a visão conservadora do mundo com o argumento de que a 
sociedade não aceita mudanças. 
(D) Em outras épocas, valorizava-se a pessoa que não questionava os valores 
religiosos impostos à população. 
(E) No passado, questionava-se a mudança de valores e crenças para não 
incentivar o caos social. 
 
13) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
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No Texto I, a forma verbal seria (8º parágrafo) é empregada para 
(A) relatar um fato. 
(B) anunciar um acontecimento. 
(C) apresentar uma certeza. 
(D) afirmar um desejo. 
(E) expressar uma hipótese 
 
Texto II 
Cidade: desejo e rejeição 
A cidade da modernidade se configurou a partir da Revolução Industrial e se 
tornou complexa pelo tamanho territorial e demográfico, antes jamais 
alcançado, e pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos. No início 
do século XX, se generalizou a ideia da cidade como instância pública. Até então, 
esta seria uma construção que resultava de interesses específicos, de setores 
ou estratos sociais. 
A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão de modelos 
urbanísticos e a ocupação territorial que se opõem à “condição urbana” – de 
certo modo fazendo retornar a cidade à instância privada. Tal ambiguidade 
estabelece um patamar para o debate sobre os rumos da cidade. 
O sistema urbano brasileiro estava em processo de consolidação como instância 
pública, quando, a partir dos anos 1960, sofre inflexão importante. Razões 
externas ao urbanismo influenciam no redesenho de nossas cidades. 
A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do 
transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma delas. 
Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem 
a cidade como instância privada: os condomínios fechados e os shopping 
centers. Ambos associados ao automóvel, exaltam a segmentação de funções 
urbanas. A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são 
consideradas. O importante para os promotores imobiliários e para os que 
aderem a tais propostas é a sensação de que o modelo é algo à parte do 
conjunto. Há uma explícita “rejeição à cidade”. 
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Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, 
as áreas informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor a 
maior parte das cidades. Isto é, enquanto por um século e meio se concebe e 
se desenvolve a ideia da cidade como instância pública, uma parte maiúscula 
dessa mesma cidade é construída em esforço individual como instância privada. 
MAGALHÃES, Sérgio Ferraz. Cidade: desejo e rejeição. Revista Ciência Hoje. 
Rio de Janeiro: ICH. n. 290, mar. 2012, p. 75 
 
14) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Ao analisar as etapas do desenvolvimento do conceito de cidade no Texto II, o 
autor conclui que 
(A) o crescimento da ocupação informal do solo tem fortalecido o caráter privado 
das cidades brasileiras. 
(B) o modelo de cidade como instância pública está ultrapassado mundialmente 
desde o início do século passado. 
(C) o sistema de transporte urbano pautado no deslocamento sobre trilhos 
favorece a segmentação das funções urbanas. 
(D) os condomínios e os shopping centers são marcas da modernidade nas 
cidades brasileiras como instâncias públicas. 
(E) as exigências de infraestrutura e de serviços públicos inviabilizam a cidade 
como instância pública no novo milênio 
 
 
15) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No desenvolvimento do Texto II, antes de abordar as transformações ocorridas 
nas cidades brasileiras na mudança do milênio, que as estão configurando como 
instâncias privadas, o autor afirma que 
(A) a sensação de ser algo à parte do conjunto é inerente à concepção dos 
shopping centers. 
(B) as áreas de ocupação informal passaram a ocupar a maior parte das cidades 
nos últimos anos. 
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(C) o transporte urbano rodoviário se firma em detrimento do antigo transporte 
sobre trilhos. 
(D) o conceito de cidade como instância pública se configurou a partir do início 
do século passado. 
(E) os condomínios fechados acirram a fragmentação das funções urbanas nas 
cidades brasileiras. 
 
16) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No Texto II, o adjetivo consideradas (5º parágrafo) concorda com os 
substantivos multiplicidade e variedade em gênero e número. 
A concordância nominal NÃO está de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa em: 
(A) A falta de infraestrutura e o tamanho das cidades são culpados pelo 
fracasso. 
(B) Cidades e regiões rurais parecem ser afetadas por problemas de tipos 
diferentes. 
(C) Os grandes centros mundiais e as cidades brasileiras estão destinadas ao 
caos urbano. 
(D) Os shopping centers e os condomínios residenciais são fechados ao público 
externo. 
(E) Transportes públicos de qualidade e organização do espaço são necessários 
à urbanização. 
 
 
17) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com o Texto II, a palavra destacada tem sua referência explicitada 
em: 
(A) “Até então, esta seria uma construção que resultava de interesses 
específicos, de setores ou estratos sociais.” (1º parágrafo) – Nesse trecho, a 
palavra destacada refere-se ao período inicial da industrialização europeia. 
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(B) “Tal ambiguidade estabelece um patamar para o debate sobre os rumos 
da cidade.” (2º parágrafo) – Nesse trecho, a palavra destacada refere-se ao 
conflito entre as duas concepções de cidade, a pública e a privada. 
(C) “A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do 
transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma 
delas. (4º parágrafo) – Nesse trecho, a palavra destacada refere-se às cidades 
brasileiras. 
(D) “A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são 
consideradas.” (5º parágrafo) – Nesse trecho, a palavra destacada refere-se às 
regiões não urbanizadas. 
(E) “Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema 
urbano, as áreas informais adquirem relevo” (último parágrafo) – Nesse trecho, 
a palavra destacada refere-se à valorização do automóvel no transporte urbano. 
 
18) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No trecho do Texto II “pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos.” 
(1º parágrafo), a palavra destacada não apresenta o emprego do hífen, segundo 
as regras ortográficas da Língua Portuguesa.Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combinação dos seguintes 
elementos: 
(A) mal + educado 
(B) supra + atmosférico 
(C) anti + higiênico 
(D) anti + aéreo 
(E) vice + reitor 
 
19) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas de acordo com as 
regras de acentuação vigentes na língua portuguesa é 
(A) aspecto, inicio 
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(B) instancia, substantivo 
(C) inocente, maiuscula 
(D) consciente, ritmo 
(E) frequencia, areas. 
 
20) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
O verbo dispor, utilizado no Texto II, no trecho “Outros elementos adentram o 
cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade como instância 
privada:” (5º parágrafo), apresenta irregularidade na sua conjugação. 
A sequência em que todos os verbos também são irregulares é: 
(A) crer, saber, exaltar 
(B) dizer, fazer, generalizar 
(C) opor, medir, vir 
(D) partir, trazer, ver 
(E) resultar, preferir, aderir 
 
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Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 13. 
Texto I 
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Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis e até mesmo 
a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natural que isso aconteça, 
quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. 
Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés. Não necessito 
dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora acredite em 
determinados valores e princípios que me parecem consistentes. De fato, é 
muito difícil, senão impossível, viver sem nenhuma certeza, sem valor algum. 
No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas, poucos eram os que questionavam, mesmo porque, 
dependendo da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo. 
Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas 
inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo de 
lidar com as certezas e os valores. Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor 
mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável, dando-se início a 
uma nova época da sociedade humana. Introduziram-se as ideias não só de 
evolução como de revolução. 
Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem 
tampouco se impuseram à maioria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um 
processo difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio 
ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições estratégicas, o 
que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes a 
visões questionadoras. 
A certa altura desse processo, os defensores das mudanças acreditavam-se 
senhores de novas verdades, mais consistentes porque eram fundadas no 
conhecimento objetivo das leis que governam o mundo material e social. Mas 
esse conhecimento era ainda precário e limitado. 
2 – QUESTÕES COMENTADAS 
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realidade tanto material quanto espiritual, e que, portanto, o conceito de 
imutabilidade é destituído de fundamento. 
Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que 
quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado. Em outras palavras, bastaria apresentar-se como inovador para estar 
certo. Será isso verdade? Os fatos demonstram que tanto pode ser como não. 
Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e aceitos. 
Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los. E sabem por 
quê? Pela simples razão de que toda sociedade é, por definição, conservadora, 
uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o convívio 
social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria 
caótica e, por isso mesmo, inviável. 
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir 
a mudança é impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as 
mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas 
necessidades e a fazem avançar. 
GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança. Folha de São Paulo, 
6 maio 2012, p. E10. 
 
1) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com o Texto I, a dialética da mudança é devida 
(A) à discrepância entre aqueles que rejeitam os avanços da ciência e aqueles 
que preferem aceitar verdades indiscutíveis. 
(B) à oposição baseada unicamente na experiência e na observação, sem levar 
em consideração qualquer metodologia científica. 
(C) à polêmica entre o reconhecimento dos valores inovadores e a presença de 
outros, consagrados, que garantem a vida em sociedade. 
(D) ao caráter contraditório da atitude daqueles que se limitam a conhecimentos 
fundamentados em valores consagrados. 
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(E) ao conflito originado pela supremacia dos princípios teóricos, de um lado, e 
pela crença nos fenômenos práticos, de outro. 
Resolução: 
O termo “dialética”, controverso por natureza, e para o objetivo que nos 
interessa, (que é resolver a questão) pode ser traduzido de forma simplificada 
como “discussão ou debate em que há oposição de ideias”. 
Com isso em mente, vamos observar o conteúdo do antepenúltimo e do 
penúltimo parágrafo: 
“...Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está 
indiscutivelmente errado. Em outras palavras, bastaria apresentar-se como 
inovador para estar certo. Será isso verdade? Os fatos demonstram que tanto 
pode ser como não. 
Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e aceitos. 
Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los. E 
sabem por quê? Pela simples razão de que toda sociedade é, por 
definição, conservadora, uma vez que, sem princípios e valores 
estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade cujos 
princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, 
inviável...”. 
Desta forma, ficam evidenciados o contraste e a polêmica envolvendo a 
existência de valores inovadores e a inevitabilidade da presença de valores 
estabelecidos, consagrados, que permitem a convivência em sociedade. 
O gabarito, portanto, é a letra c). 
Gabarito: C 
 
2) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Ao defender a tese de que a mudança é inerente à realidade, o Texto I apresenta 
como contra-argumento a ideia de que 
(A) as certezas oferecem segurança e tranquilidade para a vida em sociedade. 
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(B) as descobertas científicas não ocorreriam sem a discussão sobre a 
imutabilidade. 
(C) as verdades constituiriam uma forma de evolução de toda a humanidade. 
(D) os partidários de ideologias conservadoras impediriam o avanço da 
sociedade. 
(E) os valores consagrados não deveriam ser aceitos pela sociedade atual. 
Resolução: 
Precisamos buscar uma alternativa que expresse um conceito que entre em 
oposição com a ideia de que “a mudança é inerente à realidade”. 
A únicaopção em que se observa tal circunstância é a alternativa a), nosso 
gabarito: 
“...as certezas oferecem segurança e tranquilidade para a vida em 
sociedade...” 
Gabarito: A 
 
3) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
O termo em destaque, nas frases do Texto I, refere-se à informação contida nos 
colchetes em: 
(A) “as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades 
indiscutíveis e até mesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las.” 
(1º parágrafo) [as pessoas] 
(B) “Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais 
tornou-se frequente e inevitável” (3º parágrafo) [o pensamento objetivo e a 
ciência] 
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando 
posições estratégicas” (4º parágrafo) [processo de fortalecimento da visão 
inovadora] 
(D) “Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los.” (8º 
parágrafo) [os fatos] 
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(E) “mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e 
a fazem avançar.” (último parágrafo) [mudanças inerentes à existência] 
Resolução: 
A alternativa a) está ERRADA: 
“...as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades 
indiscutíveis e até mesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las…” 
A opção b) é FALSA: 
“...Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas 
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo 
modo de lidar com as certezas e os valores. Questioná-los, reavaliá-los, 
negá-los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável, 
dando-se início a uma nova época da sociedade humana. Introduziram-se as 
ideias não só de evolução como de revolução...” 
A alternativa d) está INCORRETA: 
“...Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e 
aceitos. Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los...” 
A opção e) NÃO SERVE: 
“...mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e 
a fazem avançar...” 
O gabarito é a letra c): 
“...O que ocorreu de fato foi um processo difícil e conflituado em que, pouco a 
pouco, a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, 
conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na formação 
de novas gerações, menos resistentes a visões questionadoras…” 
Gabarito: C 
 
4) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
A expressão por outro lado, no início do último parágrafo do Texto I, 
estabelece uma relação de contraste entre as seguintes ideias: 
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(A) a vida muda permanentemente apesar das forças conservadoras / a 
mudança é inerente à existência humana, que deve aceitá-la sem contestação. 
(B) a sociedade é, por definição, conservadora para manter o convívio social / 
a sociedade acaba por aceitar as mudanças que atendem a suas necessidades. 
(C) quem defende valores consagrados e aceitos pode estar errado / o conceito 
de imutabilidade é destituído de fundamento. 
(D) uma comunidade deve mudar a cada dia seus princípios e normas / impedir 
a mudança é impossível, porque ela é inerente à existência. 
(E) uma comunidade que muda a cada dia seria caótica e inviável / a sociedade 
deve impedir as mudanças desnecessárias à sua sobrevivência. 
Resolução: 
Conforme podemos observar pelo conteúdo do texto: 
“...Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e 
aceitos. Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los. 
E sabem por quê? Pela simples razão de que toda sociedade é, por definição, 
conservadora, uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria 
impossível o convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas 
mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável. 
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir 
a mudança é impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar 
as mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas 
necessidades e a fazem avançar...” 
O gabarito, portanto, é a alternativa b). 
Gabarito: B 
 
5) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Na frase “Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, 
embora acredite em determinados valores e princípios que me parecem 
consistentes.” (1º parágrafo) podem ser identificados diferentes tipos de 
orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais), que nela exercem 
distintas funções. 
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Uma oração com função de expressar uma noção adjetiva é também encontrada 
em: 
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações” (1º parágrafo) 
(B) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos 
dão segurança e tranquilidade.” (1º parágrafo) 
(C) “No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas,” (2º parágrafo) 
(D) “Os fatos demonstram que tanto pode ser como não.” (7º parágrafo) 
(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria 
caótica e, por isso mesmo, inviável.” (8º parágrafo) 
Resolução: 
A oração adjetiva que encontramos no enunciado é “...que me parecem 
consistentes...” que é do tipo subordinada adjetiva RESTRITIVA. 
O mesmo tipo de oração pode ser encontrado na alternativa e), nosso 
gabarito: 
“...cujos princípios e normas mudassem a cada dia...”. 
Observação: na maioria esmagadora dos casos as orações subordinadas 
adjetivas são introduzidas pelo pronome relativo “que”. Nada impede, 
entretanto, que seja utilizado outro pronome relativo, como por exemplo 
“cujos”, que é o caso da questão. 
Gabarito: E 
 
6) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No Texto I, o verbo atender (último parágrafo) exige a presença de uma 
preposição para introduzir o termo regido. Essa mesma exigência ocorre na 
forma verbal destacada em: 
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.” (1º 
parágrafo) 
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(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.” (3º 
parágrafo) 
(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é 
inerente à realidade tanto material quanto espiritual,” (6º parágrafo) 
(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, 
impedir a mudança é impossível.” (último parágrafo) 
(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ” (último 
parágrafo) 
Resolução: 
No que se refere à regência verbal, os verbos que pedem preposição são os 
chamados transitivos indiretos ou os bitransitivos (também conhecidos como 
transitivos diretos e indiretos). 
A única alternativa em que encontramos um verbo transitivo indireto é a opção 
a), nosso gabarito: 
“...as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações...” 
Quem tende, TENDE A fazer alguma coisa. 
As demais alternativas apresentam apenas verbos transitivos DIRETOS. 
Gabarito: A 
 
7) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
A relação lógica estabelecida entre as ideias do período composto, por meio do 
termo destacado, está explicitada adequadamente em: 
(A) “Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora 
acrediteem determinados valores e princípios” (1º parágrafo) – (relação de 
condição) 
(B) “No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas, poucos eram os que questionavam” (2º parágrafo) – 
(relação de causalidade) 
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(C) “os defensores das mudanças acreditavam-se senhores de novas verdades, 
mais consistentes porque eram fundadas no conhecimento objetivo das leis” (5º 
parágrafo) – (relação de finalidade) 
(D) “a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual, e que, 
portanto, o conceito de imutabilidade é destituído de fundamento.” (6º 
parágrafo) – (relação de conclusão) 
(E) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado.” (7º parágrafo) – (relação de temporalidade) 
Resolução: 
A alternativa a) está ERRADA, já que a presença da conjunção “embora” 
caracteriza uma circunstância de CONCESSÃO. 
A opção b) é FALSA. O trecho em questão apresenta um caráter informativo, 
temporal, sem que haja NENHUMA relação de causalidade. 
A alternativa c) está INCORRETA. A relação expressa é de EXPLICAÇÃO 
(vide a presença do termo “porque”). 
A opção e) NÃO SERVE, uma vez que não há NENHUMA referência 
temporal no período indicado. 
Gabarito: D 
 
8) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos empregos 
da vírgula é a separação do adjunto adverbial antecipado na estrutura da 
oração. O trecho que exemplifica esse tipo de uso é: 
(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos 
dão segurança e tranquilidade.” (1º parágrafo) 
(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas 
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano,” (3º parágrafo) 
(C) “Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais 
tornou-se frequente e inevitável.” (3º parágrafo) 
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(D) “essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem tampouco se 
impuseram à maioria da sociedade.” (4º parágrafo) 
(E) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado. (7º parágrafo) 
Resolução: 
A dica para identificar um adjunto adverbial antecipado é tentar “inverter” as 
orações para colocá-las na chamada “ordem natural” (sujeito + verbo + 
complemento) e assim eliminar a vírgula. Naquelas situações em que isso 
possa ser feito sem que haja perda de sentido, estamos diante de adjunto 
adverbial antecipado. 
A alternativa a) está ERRADA: 
“...Quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade 
é natural que isso aconteça...” (!?) 
A opção c) é FALSA, veja que estanho fica: 
“...Propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável 
questioná-los reavaliá-los negá-los....” (!?) 
A alternativa d) está INCORRETA: 
“...Nem tampouco se impuseram à maioria da sociedade essas mudanças não 
se deram do dia para a noite ...” (!?) 
A opção e) NÃO SERVE: 
“...O de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está 
indiscutivelmente errado ocorre porém que essa certeza pode induzir a outros 
erros...” (!?) 
O gabarito é a opção b). Vejamos: 
“...Aquelas certezas inquestionáveis passaram a segundo plano com o 
desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência...” 
Gabarito: B 
 
 
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9) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no 
seguinte trecho do Texto I: “Certamente porque não é fácil compreender certas 
questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações” (1º parágrafo). 
A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em: 
(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos 
dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de 
sob nossos pés.” (1º parágrafo) 
(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas 
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo 
modo de lidar com as certezas e os valores.” (3º parágrafo) 
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando 
posições estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novas 
gerações, menos resistentes a visões questionadoras.” (4º parágrafo) 
(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado.” (7º parágrafo) 
(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria 
caótica e, por isso mesmo, inviável”. (8º parágrafo) 
Resolução: 
O trecho do enunciado exemplifica uma situação na qual temos verbo no 
infinitivo (aceitar) logo após a preposição “a”, exigida pela regência da forma 
verbal “tendem”. Nestes casos NUNCA deve ser utilizado o sinal de crase, pois 
não há necessidade de artigo definido. 
Fica fácil de perceber que o mesmo tipo de circunstância ocorre apenas na 
alternativa a), nosso gabarito: 
“...Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés...” 
Gabarito: A 
 
10) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
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No trecho do Texto I “O que ocorreu de fato foi um processo difícil e conflituado 
em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio ganhando terreno” (4º 
parágrafo), a palavra destacada se refere a um termo do contexto anterior, 
assim como em: 
(A) “Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis,” (1º 
parágrafo) 
(B) “poucos eram os que questionavam, mesmo porque, dependendo da 
ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo.” (2º parágrafo) 
(C) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros:” (7º 
parágrafo) 
(D) “o de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está 
indiscutivelmente errado.” (7º parágrafo) 
(E) “Os fatos demonstram que tanto pode ser como não.” (7º parágrafo) 
Resolução: 
Ao observarmos a oração do enunciado, percebemos que é possível substituir o 
pronome relativo “que” pela expressão “no qual” ou “o qual” sem que haja perda 
de sentido: 
“...O que ocorreu de fato foi um processo difícil e conflituado NO QUAL (em 
que), pouco a pouco, a visão inovadora veio ganhando terreno...” 
O “truque” é tentar fazer o mesmo com as demais alternativas e verificar se 
funciona. A opção em que o sentido ficar preservado será o nosso gabarito. 
A alternativa a) está ERRADA: 
“...Não necessito dizer o qual (!?), para mim, não há verdades indiscutíveis...” 
A opção c) é FALSA: 
“...Ocorre, porém, o qual (!?) essa certeza pode induzir a outros erros...” 
A alternativa d) está INCORRETA: 
“...o de achar o qual (!?) quem defende determinados valores estabelecidos 
está indiscutivelmente errado” 
A opção e) NÃO SERVE: 
“...Os fatos demonstram o qual (!?) tanto pode ser como não...” 
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O gabarito é a letra b): 
“...Poucos eram OS QUAIS questionavam, mesmo porque, dependendo da 
ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo...” (OK)Gabarito: B 
 
11) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com a norma-padrão, o verbo haver não pode assumir a forma de 
plural quando é usado como verbo impessoal. 
A forma verbal destacada NÃO é impessoal em: 
(A) Em muitos casos, não há alternativa senão defender uma visão 
conservadora da sociedade. 
(B) Embora muitas pessoas insistam em não aceitar a mudança, para mim não 
há verdade indiscutível. 
(C) Houve época em que os valores religiosos se impunham à quase totalidade 
das pessoas. 
(D) Não haverá convívio social equilibrado e produtivo sem princípios e valores 
estabelecidos. 
(E) Uma comunidade que não respeitasse certos princípios e normas haveria 
de fracassar 
Resolução: 
O verbo “haver” é impessoal no sentido de “existir”. Logo, para resolver a 
questão, basta substituir a forma verbal derivada do verbo “haver” pela forma 
verbal derivada do verbo “existir” e verificar se o sentido permanece o 
mesmo. Caso haja mudança de sentido, estamos diante de um caso em que a 
forma verbal derivada do verbo “haver” NÃO É impessoal. 
A alternativa a) está CORRETA: 
“...Em muitos casos, não EXISTE alternativa senão defender uma visão 
conservadora da sociedade...” (ok) 
A opção b) é VERDADEIRA: 
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“...Embora muitas pessoas insistam em não aceitar a mudança, para mim não 
EXISTE verdade indiscutível...” (ok) 
A alternativa c) está CERTA: 
“...EXISTIU época em que os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas...” (ok) 
A opção d) está EM ORDEM: 
“...Não EXISTIRÁ convívio social equilibrado e produtivo sem princípios e 
valores estabelecidos...” 
O gabarito é a opção e). Observem como o sentido fica estranho após a 
substituição: 
“...Uma comunidade que não respeitasse certos princípios e normas EXISTIRIA 
(!?) de fracassar...” 
Gabarito: E 
 
12) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No trecho do Texto I “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de 
revolução.” (3º parágrafo), o verbo concorda em número com o substantivo que 
o segue. 
O verbo deverá ser flexionado no plural, caso o substantivo destacado que o 
segue esteja no plural, EXCETO em: 
(A) Ao se implantar o uso do computador nas salas de aula, corresponde-se à 
expectativa dos alunos de estarem antenados com os novos tempos. 
(B) Com o advento dos novos tempos, reafirma-se a tese relacionada à 
necessidade de mudança. 
(C) Defende-se a visão conservadora do mundo com o argumento de que a 
sociedade não aceita mudanças. 
(D) Em outras épocas, valorizava-se a pessoa que não questionava os valores 
religiosos impostos à população. 
(E) No passado, questionava-se a mudança de valores e crenças para não 
incentivar o caos social. 
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Resolução: 
A alternativa b) está CORRETA: 
“...Com o advento dos novos tempos, REAFIRMAM-SE AS TESES relacionadas 
à necessidade de mudança...” (ok) 
A opção c) é VERDADEIRA: 
“...DEFENDEM-SE AS VISÕES conservadoras do mundo com o argumento de 
que a sociedade não aceita mudanças...” (ok) 
A alternativa d) está CERTA: 
“...Em outras épocas, VALORIZAVAM-SE AS PESSOAS que não questionavam 
os valores religiosos impostos à população (ok) 
A opção e) está EM ORDEM: 
“...No passado, QUESTIONAVAM-SE AS MUDANÇAS de valores e crenças 
para não incentivar o caos social....” 
O gabarito é a opção a). Neste caso, temos um verbo transitivo indireto, 
e a partícula “se” exerce a função de índice de indeterminação do sujeito. 
Logo, a forma verbal deve permanecer no singular e oração reescrita no 
plural ficaria assim: 
“...Ao se implantar o uso do computador nas salas de aula, CORRESPONDE-
SE ÀS EXPECTATIVAS dos alunos de estarem antenados com os novos 
tempos...” 
Gabarito: A 
 
13) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No Texto I, a forma verbal seria (8º parágrafo) é empregada para 
(A) relatar um fato. 
(B) anunciar um acontecimento. 
(C) apresentar uma certeza. 
(D) afirmar um desejo. 
(E) expressar uma hipótese 
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Resolução: 
Conforme podemos observar pelo conteúdo do trecho, a forma verbal “seria” foi 
utilizada com a intenção de expressar uma possibilidade, uma hipótese: 
“...Pela simples razão de que toda sociedade é, por definição, conservadora, 
uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível o 
convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada 
dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável...” 
Gabarito: E 
 
Texto II 
Cidade: desejo e rejeição 
A cidade da modernidade se configurou a partir da Revolução Industrial e se 
tornou complexa pelo tamanho territorial e demográfico, antes jamais 
alcançado, e pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos. No início 
do século XX, se generalizou a ideia da cidade como instância pública. Até então, 
esta seria uma construção que resultava de interesses específicos, de setores 
ou estratos sociais. 
A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão de modelos 
urbanísticos e a ocupação territorial que se opõem à “condição urbana” – de 
certo modo fazendo retornar a cidade à instância privada. Tal ambiguidade 
estabelece um patamar para o debate sobre os rumos da cidade. 
O sistema urbano brasileiro estava em processo de consolidação como instância 
pública, quando, a partir dos anos 1960, sofre inflexão importante. Razões 
externas ao urbanismo influenciam no redesenho de nossas cidades. 
A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do 
transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma delas. 
Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem 
a cidade como instância privada: os condomínios fechados e os shopping 
centers. Ambos associados ao automóvel, exaltam a segmentação de funções 
urbanas. A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são 
consideradas. O importante para os promotores imobiliários e para os que 
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aderem a tais propostas é a sensação de que o modelo é algo à parte do 
conjunto. Há uma explícita “rejeição à cidade”. 
Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, 
as áreas informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor a 
maior parte das cidades. Isto é, enquanto por um século e meio se concebe e 
se desenvolve a ideia da cidade como instância pública, uma parte maiúscula 
dessa mesma cidade é construída em esforço individual como instância privada. 
MAGALHÃES, Sérgio Ferraz. Cidade: desejo e rejeição. Revista Ciência Hoje. 
Rio de Janeiro: ICH. n. 290, mar. 2012, p. 75 
 
14) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
Ao analisar as etapas do desenvolvimento do conceito de cidade no Texto II, o 
autor conclui que 
(A) o crescimento da ocupação informal do solo tem fortalecido o caráter privado 
das cidades brasileiras. 
(B) o modelo de cidade como instância pública está ultrapassado mundialmente 
desde o início do século passado. 
(C) o sistema de transporte urbano pautado no deslocamento sobre trilhos 
favorece a segmentação das funções urbanas. 
(D) os condomínios e os shopping centers são marcas da modernidade nas 
cidades brasileiras como instâncias públicas. 
(E) as exigências de infraestrutura e de serviços públicos inviabilizam a cidade 
como instânciapública no novo milênio 
Resolução: 
Conforme podemos constatar pelo conteúdo do último parágrafo do texto: 
“...Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, 
as áreas informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor 
a maior parte das cidades. Isto é, enquanto por um século e meio se concebe 
e se desenvolve a ideia da cidade como instância pública, uma parte 
maiúscula dessa mesma cidade é construída em esforço individual como 
instância privada...” 
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O gabarito, portanto, é a opção a). 
Gabarito: A 
 
15) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No desenvolvimento do Texto II, antes de abordar as transformações ocorridas 
nas cidades brasileiras na mudança do milênio, que as estão configurando como 
instâncias privadas, o autor afirma que 
(A) a sensação de ser algo à parte do conjunto é inerente à concepção dos 
shopping centers. 
(B) as áreas de ocupação informal passaram a ocupar a maior parte das cidades 
nos últimos anos. 
(C) o transporte urbano rodoviário se firma em detrimento do antigo transporte 
sobre trilhos. 
(D) o conceito de cidade como instância pública se configurou a partir do início 
do século passado. 
(E) os condomínios fechados acirram a fragmentação das funções urbanas nas 
cidades brasileiras. 
Resolução: 
De acordo com o que se observa no 1º parágrafo do texto: 
“...No início do século XX, se generalizou a ideia da cidade como 
instância pública...” 
O gabarito, portanto, é a alternativa d). 
Gabarito: D 
 
16) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No Texto II, o adjetivo consideradas (5º parágrafo) concorda com os 
substantivos multiplicidade e variedade em gênero e número. 
A concordância nominal NÃO está de acordo com a norma-padrão da língua 
portuguesa em: 
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(A) A falta de infraestrutura e o tamanho das cidades são culpados pelo 
fracasso. 
(B) Cidades e regiões rurais parecem ser afetadas por problemas de tipos 
diferentes. 
(C) Os grandes centros mundiais e as cidades brasileiras estão destinadas ao 
caos urbano. 
(D) Os shopping centers e os condomínios residenciais são fechados ao público 
externo. 
(E) Transportes públicos de qualidade e organização do espaço são necessários 
à urbanização. 
Resolução: 
No caso de concordância do tipo gramatical (quando se “considera o conjunto” 
dos substantivos sob análise), o adjetivo que esteja posposto e que faça 
referência aos substantivos antepostos deve ir para o masculino plural, caso 
pelo menos um dos substantivos antepostos seja masculino. 
Portanto, considerando que no enunciado temos um exemplo de 
concordância gramatical verificamos que há um ERRO na alternativa c): 
“...Os grandes centros mundiais e as cidades brasileiras estão destinadas 
DESTINADOS ao caos urbano...” 
Gabarito: C 
 
17) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
De acordo com o Texto II, a palavra destacada tem sua referência explicitada 
em: 
(A) “Até então, esta seria uma construção que resultava de interesses 
específicos, de setores ou estratos sociais.” (1º parágrafo) – Nesse trecho, a 
palavra destacada refere-se ao período inicial da industrialização europeia. 
(B) “Tal ambiguidade estabelece um patamar para o debate sobre os rumos 
da cidade.” (2º parágrafo) – Nesse trecho, a palavra destacada refere-se ao 
conflito entre as duas concepções de cidade, a pública e a privada. 
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(C) “A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do 
transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma 
delas. (4º parágrafo) – Nesse trecho, a palavra destacada refere-se às cidades 
brasileiras. 
(D) “A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são 
consideradas.” (5º parágrafo) – Nesse trecho, a palavra destacada refere-se às 
regiões não urbanizadas. 
(E) “Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema 
urbano, as áreas informais adquirem relevo” (último parágrafo) – Nesse trecho, 
a palavra destacada refere-se à valorização do automóvel no transporte urbano. 
Resolução: 
A alternativa a) está ERRADA. Conforme podemos observar pelo conteúdo 
do primeiro parágrafo: 
“...No início do século XX, se generalizou a ideia da cidade como instância 
pública. Até então, esta seria uma construção que resultava de interesses 
específicos, de setores ou estratos sociais...” 
A opção c) é FALSA: 
“...A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do 
transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma 
delas...” 
A alternativa d) está INCORRETA: 
 “...Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e 
dispõem a cidade como instância privada: os condomínios fechados e os 
shopping centers. Ambos associados ao automóvel, exaltam a segmentação 
de funções urbanas. A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não 
são consideradas...” 
A opção e) NÃO SERVE: 
“...A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são consideradas. 
O importante para os promotores imobiliários e para os que aderem a tais 
propostas é a sensação de que o modelo é algo à parte do conjunto. Há uma 
explícita “rejeição à cidade”. 
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Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, 
as áreas informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor a 
maior parte das cidades...”. 
O gabarito é a alternativa b): 
“...No início do século XX, se generalizou a ideia da cidade como instância 
pública. Até então, esta seria uma construção que resultava de interesses 
específicos, de setores ou estratos sociais. 
A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão de modelos 
urbanísticos e a ocupação territorial que se opõem à “condição urbana” – de 
certo modo fazendo retornar a cidade à instância privada. Tal 
ambiguidade estabelece um patamar para o debate sobre os rumos da 
cidade...” 
Gabarito: B 
 
18) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
No trecho do Texto II “pelas exigências de infraestrutura e de serviços 
públicos.” (1º parágrafo), a palavra destacada não apresenta o emprego do 
hífen, segundo as regras ortográficas da Língua Portuguesa. 
Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combinação dos seguintes 
elementos: 
(A) mal + educado 
(B) supra + atmosférico 
(C) anti + higiênico 
(D) anti + aéreo 
(E) vice + reitor 
Resolução: 
A alternativa a) está ERRADA, pois a palavra “mal-educado” requer o uso do 
hífen. 
A opção b) é FALSA . No caso do prefixo “supra”, quando a palavra seguinte 
começa com “h” ou “a”, o hífen é obrigatório: “supra-atmosférico”. 
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A alternativa c) está INCORRETA. No caso do prefixo “anti”, a filosofia é 
semelhante ao caso anterior. Se a palavra seguinte iniciar com “h” ou “i”, o hífen 
é obrigatório: “anti-higiênico”. 
A opção e) NÃO SERVE: O prefixo “vice” exige a utilização de hífen nas 
palavras compostas: “vice-reitor” 
Pela regra que explicamos na opção c), fica claro que o gabarito é a letra d), 
uma vez que a palavra seguinte não se inicia por “h” e nem “i”: “antiaéreo” 
Gabarito: D 
 
19) CESGRANRIO/ProfissionalBásico-Administração/BNDES/2013 
O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas de acordo com as 
regras de acentuação vigentes na língua portuguesa é 
(A) aspecto, inicio 
(B) instancia, substantivo 
(C) inocente, maiuscula 
(D) consciente, ritmo 
(E) frequencia, areas. 
Resolução: 
A alternativa a) está ERRADA, pois “aspecto” não leva acento. 
A opção c) é FALSA, pois o termo “substantivo” não é acentuado. 
A alternativa c) está INCORRETA. A palavra “inocente” não recebe acento 
gráfico. 
A opção d) NÃO SERVE, uma vez que o vocábulo “consciente” não precisa de 
acentuação. 
O gabarito é a letra e). 
FREQUÊNCIA e ÁREAS são exemplos de palavras paroxítonas terminadas 
em ditongo crescente e por este motivo devem ser acentuadas. 
Gabarito: E 
 
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20) CESGRANRIO/Profissional Básico-Administração/BNDES/2013 
O verbo dispor, utilizado no Texto II, no trecho “Outros elementos adentram o 
cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade como instância 
privada:” (5º parágrafo), apresenta irregularidade na sua conjugação. 
A sequência em que todos os verbos também são irregulares é: 
(A) crer, saber, exaltar 
(B) dizer, fazer, generalizar 
(C) opor, medir, vir 
(D) partir, trazer, ver 
(E) resultar, preferir, aderir 
Resolução: 
A alternativa a) está ERRADA, pois o verbo “exaltar” não é irregular. 
A opção b) é FALSA, uma vez que “generalizar” é um verbo REGULAR. 
A alternativa d) está INCORRETA. O verbo “partir” não é do tipo irregular. 
A opção e) NÃO SERVE porque o verbo “resultar” também é REGULAR. 
O gabarito é a letra c). Ao examinarmos a 1ª pessoa do singular do Presente 
do Indicativo para cada um dos verbos fica claro que todos são IRREGULARES: 
Eu OPONHO 
Eu MEÇO 
Eu VEJO 
Gabarito: C 
 
 
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01 C 05 E 09 A 13 E 17 B 
02 A 06 A 10 B 14 A 18 D 
03 C 07 D 11 E 15 D 19 E 
04 B 08 B 12 A 16 C 20 C 
 
 
É isso aí pessoal !!! 
IT´S NOT OVER UNTIL I WIN !!! 
 
3 – GABARITO