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Tecido Conjuntivo (Cap. 5 - Junqueira e Carneiro 13ª ed.)

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Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
Tecido Conjuntivo 
- São responsáveis pelo estabelecimento e pela 
manutenção da forma do corpo, sendo também 
importantes em papéis biológicos; 
- Originam-se do mesênquima, tecido embrionário 
formado por células alongadas, as células mesenquimais 
(o mesênquima origina-se principalmente do mesoderma); 
- Este papel mecânico é determinado por um conjunto de 
moléculas (matriz extracelular) que conecta as células e 
os órgãos, dando suporte aos tecidos, órgãos e ao corpo 
como um todo; 
- Seu principal componente não é células e sim a MEC, as 
fibras e a substância fundamental; 
 Consiste em diferentes combinações de proteínas 
fibrosas e em um conjunto de macromoléculas hidrofílicas 
e adesivas, as quais constituem a substância fundamental. 
- Substância fundamental: Complexo viscoso e altamente 
hidrofílico de macromoléculas aniônicas 
(glicosaminoglicanos (GAG) e proteoglicanos) e 
glicoproteínas multiadesivas (laminina, fibronectina etc.) 
encontradas na superfície de células e em outros 
componentes da matriz; 
- As fibras compostas predominantemente pela proteína 
colágeno, constituem os tendões, aponeuroses, cápsulas 
de órgãos e membranas que envolvem o SNC (meninges). 
Também compõe as trabéculas e pares que existem nos 
órgãos, formando o componente mais resistente do 
estroma (tec. de sustentação). Oferece resistência ou 
elasticidade aos tecidos. 
 
Células do Tecido Conjuntivo 
- De maneira geral, algumas células desse tecido como os 
fibroblastos, têm origem localmente a partir de células 
mesenquimais indiferenciadas; 
- Outras como mastócitos, macrófagos e plasmócitos, 
originam-se de células-tronco hemocitopoéticas da 
medula óssea, circulam no sangue e se movem para o 
conjuntivo, onde executam suas funções. 
- Os leucócitos também se originam na medula óssea, 
migram para o conjuntivo, onde residem por poucos dias; 
 
 
 Fibroblastos 
- Células mais comuns do conjuntivo e são capazes de 
modular sua capacidade metabólica, refletindo na sua 
morfologia; 
- Sintetizam a proteína colágeno e a elastina, além de 
GAGs, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas que 
farão parte da MEC. 
- Produzem os fatores de crescimentos, que controlam 
a proliferação e a diferenciação celular; 
- Com intensa atividade de síntese: FIBROBLASTOS; 
Metabolicamente em repouso (quiescente): FIBRÓCITOS; 
- Os fibroblastos raramente se dividem em indivíduos 
adultos, exceto quando o organismo requer fibroblastos 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
adicionais, como, por exemplo, durante um processo de 
cicatrização de uma ferida. 
OBS.: A capacidade de regeneração dos tecidos 
conjuntivos é observada quando eles são destruídos 
por lesões inflamatórias ou traumáticas. Nesses 
casos, os espaços deixados pela lesão em tecidos 
cujas células não são capazes de se regenerar (ex: 
músculo cardíaco) são preenchidos por uma cicatriz 
de tecido conjuntivo. Assim, a cicatrização de 
incisões cirúrgicas depende da capacidade de o 
tecido conjuntivo se regenerar. A principal célula 
envolvida na cicatrização é o fibroblasto. Quando 
estimulados adequadamente, como durante a 
cicatrização, os fibrócitos revertem-se para o estado 
de fibroblastos, e sua capacidade de síntese é 
reativada. Durante o processo de reparação de 
feridas, observam-se células conhecidas como 
miofibroblastos. Elas reúnem a maioria das 
características dos fibroblastos, mas contêm maior 
quantidade de filamentos de actina e de miosina 
(proteínas do citoesqueleto) e se comportam como 
células musculares lisas. Sua atividade contrátil é 
responsável pelo fechamento das feridas após as 
lesões, processo conhecido como contração da 
ferida. 
 
 Macrófagos 
- Características morfológicas muito variáveis, que 
dependem de seu estado de atividade funcional e do 
tecido que habitam; 
- Atuam como elementos de defesa e reparo; 
- Deriva de células precursoras da medula óssea, as quais 
se dividem produzindo os monócitos (circulam no sangue). 
Depois, eles cruzam as paredes de vênulas pericíticas e 
capilares, e penetram no tecido conjuntivo, 
amadurecendo e adquirindo as características de 
macrófagos; 
- O processo de transformação de monócito-macrófago 
resulta em aumento no tamanho da célula e na síntese 
de proteína; 
- Logo, monócitos e macrófagos são as mesmas células 
em diferentes estágios de maturação; 
- Os macrófagos dos tecidos podem proliferar 
localmente, produzindo novas células; 
- Quando corantes vitais (ex: azul tripan) são injetados 
em animais, eles os fagocitam e acumulam o corante em 
grânulos ou vacúolos citoplasmáticos visíveis ao 
microscópio de luz; 
- Já no microscópio eletrônico, eles são caracterizados 
por apresentarem superfície irregular com protusões e 
reentrâncias, o que define sua grande atividade de 
pinocitose e fagocitose; 
- Os macrófagos estão distribuídos na maioria dos órgãos 
formando o SISTEMA FAGOCITÁRIO MONONUCLEAR; 
- São células de vida longa, podendo sobreviver por meses 
nos tecidos; 
OBS.: Em algumas regiões recebe nome especiais: 
Fígado – células de Kupffer; SNC – micróglia; Pele – 
células de Langerhans; Técido ósseo – osteoclastos. 
 
 
 
 Mastócitos 
- Distribuído por todo o corpo, mas são mais abundantes 
na derme e nos sistemas digestório e respiratório; 
- Sua principal função é estocar, em seus grânulos 
secretores, mediadores químicos da resposta 
inflamatória, como a histamina, que promove aumento da 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
permeabilidade vascular, e os GAG sulfatados, como a 
heparina; 
- Também colabora com as reações imunes, tendo papel 
fundamental em inflamação, reações alérgicas e 
infestações parasitárias; 
- Existem pelo menos duas populações de mastócitos no 
tecido conjuntivo (morfologicamente semelhantes. Um 
tipo é o mastócito do tecido conjuntivo, encontrado na 
pele e na cavidade peritoneal. O outro tipo é o mastócito 
da mucosa, encontrado na mucosa intestinal e pulmões; 
- Embora sejam parecidas com os leucócitos basófilos, os 
mastócitos têm origem de uma células-tronco diferente; 
- Originam-se de células hematopoéticas (produtoras de 
sangue) situadas na medula óssea. Esses mastócitos 
imaturos circulam no sangue, cruzam a parede de vênulas 
e capilares e penetram os tecidos, onde vão proliferar e 
se diferenciar; 
- A liberação de mediadores químicos armazenados por 
eles promove reações alérgicas denominadas reações de 
hipersensibilidade imediata; 
 
 Plasmócitos 
- Células grande e ovoides, pouco numerosas no tecido 
conjuntivo normal, exceto nos locais sujeitos à 
penetração de bactérias e proteínas estranhas, como a 
mucosa intestinal; 
- Abundantes nas inflamações crônicas, em que 
predominam plasmócitos, linfócitos e macrófagos; 
- Derivadas dos linfócitos B e responsáveis pela síntese 
de anticorpos; 
 
 Leucócitos 
- Mesmo em situação normal, os tecidos conjuntivos 
contêm leucócitos (glóbulos brancos), que migram do 
sangue através de capilares e vênulas pós-capilares, por 
um processo chamado diapedese; 
- Esse processo aumenta muito durantes as invasões 
locais de microrganismos, já que os leucócitos são células 
especializadas na defesa contra microrganismos 
agressores; 
- A inflamação (reação celular e vascular contra subst. 
estranhas, na maioria dos casos bactérias ou substâncias 
químicas irritantes) se inicia com uma liberação local de 
mediadores químicos da inflamação, substâncias de 
diferentes origens que induzem alguns eventos, como, 
aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade vascular, 
quimiotaxia e fagocitose; 
- Os leucócitos não retornam ao sangue depois de terem 
residido no tecido conjuntivo, com exceção dos linfócitos, 
que circulam continuamente em vários compartimentos 
do corpo; 
 
 Células Adiposas 
- São células do tec. conjuntivo que se tornaram 
especializadas no armazenamento de energia na forma 
de triglicerídeos (gorduras neutras); 
 
Fibras do Tecido Conjuntivo 
- São formadas por proteínas que se polimerizam,formando estruturas muito alongadas; 
- Os três tipos principais observados ao microscópio são 
as colágenas, as reticulares e as elásticas; 
- As fibras colágenas e reticulares são formadas pela 
proteína colágeno, e as fibras elásticas pela proteína 
elastina; 
- Portanto, tem apenas dois sistemas de fibras: o sistema 
colágeno, constituído por fibras colágenas e reticulares; 
e o sistema elástico, formado pelas fibras elásticas, 
elaunínicas e oxitalânicas; 
- Os 3 tipos de fibras variam em diferentes tipos de 
tecidos conjuntivos; 
 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
 Fibras Colágenas 
- A proteína colágeno tem variáveis graus de rigidez, 
elasticidade e força de tensão; 
 - Mais abundante de proteína do organismo; 
- De acordo com sua estrutura e função, o colágeno é 
classificado nos seguintes grupos: 
→ Colágenas que formam longas fibrilas: moléculas 
de colágeno dos tipos I, II, III, V ou XI se agregam 
para formá-las, são muito visíveis ao microscópio. 
O do tipo I é o mais abundante e distribuído no 
organismo, se apresenta como estruturas 
denominadas fibrilas de colágeno, que constituem 
a estrutura dos ossos, derme, tendões etc.; 
→ Colágenos associados a fibrilas: colágenos dos 
tipos IX, XII, XIV formam estruturas curtas que 
ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e a 
outros componentes da matriz extracelular; 
→ Colágeno que forma rede: moléculas do tipo IV 
associam-se, assim, compondo as lâminas basais, 
exercem o papel de aderência e de filtração; 
→ Colágeno de ancoragem: é do tipo VII, encontrado 
nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno 
tipo I à lâmina basal. 
- Atualmente, mais de 25 tipos de colágeno já foram 
identificados em situações normais e patológicas; 
 
 
 
 
OBS.: A síntese de colágeno depende da expressão 
de vários genes e eventos. Logo, muitas patologias 
são diretamente atribuídas a uma síntese ineficiente 
ou anormal do colágeno. Ex.: Osteogênese 
imperfeita, Esclerose sistêmica progressiva. 
 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
A renovação de colágeno é, em geral, muito lenta. 
Em alguns órgãos, como tendão e ligamentos, o 
colágeno é muito estável; ao contrário, no ligamento 
periodontal, sua renovação é muito rápida. 
Para ser renovado, é necessário que ele seja 
primeiramente degradado, e essa degradação é 
iniciada por enzimas específicas, colagenases. 
 
→ Fibras de colágeno tipo I: 
- Mais numerosas no tecido conjuntivo; 
- No estado fresco, têm cor branca, conferindo a mesma 
cor aos tecidos que predominam; 
- São birrefringentes (pois tem moléculas alongadas 
arranjadas paralelamente umas às outras); 
- Alguns corantes ácidos compostos por moléculas 
alongadas (ex.: sirius red), são capazes de se ligar 
paralelamente a moléculas de colágeno, intensificando sua 
birrefringência e produzindo uma cor amarela; 
- Em alguns locais, as fibras de colágeno organizam-se 
paralelamente umas às outras, formando feixes de 
colágeno; 
- As fibras são estruturas longas com percurso sinuoso, 
logo, suas características morfológicas plenas são difíceis 
de serem estudadas em cortes histológicos; 
- O mesentério é usado para esse propósito; 
OBS.: O mesentério consiste em uma porção central 
de tecido conjuntivo revestido em ambos os lados 
por epitélio pavimentoso, o mesotélio. É uma 
estrutura muito delgada não necessita ser cortada. 
- As fibras colágenas são acidófilas e se coram em rosa 
pela eosina, em azul pelo tricômio de Mallory, em verde 
pelo tricômio de Masson e em vermelho pelo sirius red; 
 
 Fibras Reticulares 
- Formadas predominantemente por colágeno tipo III; 
- Extremamente finas, diâmetro entre 0,5 e 2 
micrometros; 
- Formam uma rede extensa em determinados órgãos; 
- Essas fibras não são visíveis em preparados corados 
pela HE, mas podem ser visualizadas em cor preta por 
impregnação com sais de prata (por causa dessa 
afinidade podem ser chamadas de argirófilas); 
- Ao microscópio eletrônico, exibem as estriações 
transversais típicas das fibras colágenas; 
- São formadas por finas fibrilas frouxamente 
arranjadas, unidas por pontes provavelmente compostas 
de proteoglicanos e glicoproteínas; 
- São abundantes em músculo liso, endoneuro e órgãos 
hematopoéticos, como baço, nódulos linfáticos e medula 
óssea vermelha; 
- Seu pequeno diâmetro e a disposição frouxa criam uma 
rede flexível em órgãos que são sujeitos a mudanças 
fisiológicas de forma ou volume (artérias, baço, fígado, 
útero e camadas musculares do intestino); 
 
 Sistema Elástico (Fibras elásticas) 
- Composto por 3 tipos de fibras: oxitalânicas, elaunínicas 
e elásticas; 
- A estrutura do sistema de fibras elásticas desenvolve-
se por meio de 3 estágio sucessivos: 
→ No primeiro estágio, as fibras oxitalânicas 
consistem em feixes de microfibrilas, compostas 
de glicoproteínas, entre as quais uma molécula 
grande, a fibrilina. As fibrilinas formam o 
arcabouço necessário para a deposição da 
elastina. As fibras oxitalânicas podem ser 
encontradas nas fibras da zônula do olho e em 
determinados locais da derme, onde conectam o 
sistema elástico com a lâmina basal; 
→ No segundo estágio, ocorre deposição irregular 
de proteína elastina, entre as microfibrilas 
oxitalânicas, formando as fibras elaunínicas. Elas 
são encontradas ao redor das glândulas 
sudoríparas e na derme; 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
→ No terceiro estágio, a elastina continua a 
acumular-se gradualmente até ocupar todo o 
centro do feixe de microfibrilas, as quais 
permanecem livres apenas na região periférica. 
Estas são as fibras elásticas, o componente mais 
abundante do sistema elástico. 
- As fibras oxitalânicas não têm elasticidade, mas são 
altamente resistentes a forças de tração, enquanto as 
fibras elásticas, ricas em elastina, distendem-se 
facilmente quando tracionadas; 
- O sistema elástico constitui uma família de fibras com 
características funcionais variáveis capazes de se 
adaptar às necessidades locais dos tecidos. 
OBS.: Mutações no gene da fibrilina, localizado no 
cromossomo 15, resultam na síndrome de Marfan, 
uma doença caracterizada pela falta de resistência 
dos tecidos ricos em fibras elásticas. Por causa da 
riqueza em componentes do sistema elástico, 
grandes artérias como a aorta, que são submetidas a 
alta pressão de sangue, rompem-se com facilidade 
em pacientes portadores da síndrome de Marfan, 
uma condição de alto risco de morte. 
 
Substância Fundamental 
- Mistura complexa (incolor e transparente) altamente 
hidratada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos 
(GAG) e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas; 
- Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido 
conjuntivo e, como é viscosa, atua como lubrificante e 
como barreira à penetração de microrganismos 
invasores; 
- Quando fixada para análises histológicas, seus 
componentes se agregam e precipitam nos tecidos como 
um material granular que pode ser identificado em 
micrografias eletrônicas; 
OBS.: A degradação dos proteoglicanos é feita por 
vários tipos de células e depende de várias enzimas 
lisossômicas denominadas genericamente 
glicosidases. Conhecem-se várias patologias nas 
quais a deficiência nas enzimas lisossômicas 
bloqueia a degradação e tem como consequência o 
acúmulo dessas moléculas nos tecidos. A falta de 
glicosidases específicas nos lisossomos causa várias 
doenças em humanos, incluindo síndrome de 
Hurler, síndrome de Hunter, síndrome de 
Sanfilippo e síndrome de Morquio. Graças a sua 
alta viscosidade e sua localização estratégica nos 
espaços intercelulares, essas substâncias atuam 
como barreira à penetração de bactérias e outros 
microrganismos invasores. As bactérias capazes de 
produzir a enzima hialuronidase, glicosidase que 
hidrolisa o ácido hialurônico (GAG), têm grande 
poder de invasão, uma vez que podem reduzir a 
viscosidade da substância fundamental dos tecidos 
conjuntivos. 
 
 
 
- O sangue transporta até o tecido conjuntivo os vários 
nutrientesnecessários para suas células e leva de volta 
para órgãos de desintoxicação e excreção (fígado, rim 
etc.) produtos de refugo do metabolismo celular. 
 
Tipos de Tecidos Conjuntivos 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
 
 Tecido Conjuntivo propriamente 
dito 
- São duas classes: Frouxo e Denso. 
→ Tecido Conjuntivo Frouxo: 
- Suporta estruturas sujeitas a pressão e atritos 
pequenos; 
- Tipo muito comum que preenche espaços entre grupos 
de células musculares, suporta células epiteliais e forma 
camadas em torno dos vasos sanguíneos; 
- É também encontrado nas papilas da derme, na 
hipoderme, nas membranas serosas que revestem as 
cavidades peritoneais e pleurais e nas glândulas; 
- As células mais numerosas são os fibroblastos e 
macrófagos, mas todos os outros tipos celulares do 
tecido conjuntivo também estão presentes, além de 
fibras dos sistemas colágeno e elástico; 
- Tem uma consistência delicada, é flexível, bem 
vascularizado e não muito resistente a trações. 
 
→ Tecido Conjuntivo Denso: 
- Adaptado para oferecer resistência e proteção aos 
tecidos; 
- É formado pelos mesmos componentes encontrados no 
tecido conjuntivo frouxo, porém, existem menos células 
e uma clara predominância de fibras colágenas; 
- Menos flexível e mais resistente à tensão que o Frouxo; 
- Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado: Quando as 
fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma 
orientação definida. As fibras formam uma trama 
tridimensional, o que lhes confere certa resistência às 
trações exercidas em qualquer direção. Encontrado, por 
exemplo, na derme profunda da pele; 
- Tecido Conjuntivo Denso Modelado: Feixe de colágeno 
paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos. 
Respondem as forças de tração exercidas em um 
determinado sentido. Ex.: Tendões, estruturas alongadas 
e cilíndricas que conectam os músculos estriados aos 
ossos; 
 
 Tecido Elástico 
- Composto por feixes espessos e paralelos de fibras 
elásticas; 
- O espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas 
de colágeno e fibrócitos; 
- As fibras elásticas lhe conferem cor amarela e grande 
elasticidade; 
- Não é muito frequente no organismo e está presente 
nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no 
ligamento suspensor do pênis. 
 Tecido Reticular 
- Muito delicado e forma uma rede tridimensional que 
suporta as células de alguns órgãos; 
- Constituído por fibras reticulares intimamente 
associadas a fibroblastos especializados chamados de 
células reticulares; 
- Cria um ambiente especial para órgãos linfoide e 
hematopoéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos 
linfáticos, e baço); 
- Estrutura trabeculada semelhante a uma esponja, 
dentro da qual as células e os fluidos se movem 
livremente; 
Eduarda Lima (UFCA – T31) 
 
- Ao lado das células reticulares, encontram-se células do 
sistema fagocitário mononuclear que estão 
estrategicamente dispersas ao longo das trabéculas, 
monitorando o fluxo de materiais e removendo 
organismos invasores por fagocitose. 
 
 Tecido Mucoso 
- Consistência gelatinosa graças à preponderância de 
ácido hialurônico com pouquíssimas fibras; 
- A principal células desse tecido são os fibroblastos; 
- O tecido mucoso é o principal componente do cordão 
umbilical, sendo referido como geleia de Wharton. No 
adulto, é restrito à polpa jovem dos dentes.

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