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RESUMO CONTRATO DE FACÇÃO/ SUBEMPREITADA

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Contrat� d� facçã�
Conceit�:
Em uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho, entendeu-se que “o contrato de
facção se destina ao fornecimento de produtos por um empresário a outro, a fim de que
deles se utilize em sua atividade econômica.”
Então, o contrato de facção se trata de um contrato comercial entre empresa
contratante e contratada, sendo que o objeto contratado é o produto acabado. Então,
neste modelo contratual, o contratante repassará ao contratado a realização de dada
atividade integrante da produção, efetuando o pagamento apenas pelas unidades
encomendadas e entregues.
Contrat� d� facçã� � Terceirizaçã�
O contrato de facção tem resultado em alguns questionamentos que são levados ao
judiciário, principalmente no âmbito trabalhista, gerando dúvidas se essa modalidade
não seria uma terceirização de serviços, o qual possui efeitos diferentes no âmbito da
justiça do trabalho.
Nas palavras de Sérgio Pinto Martins: “o contrato de facção é negócio jurídico entre
uma pessoa e outra para fornecimento de produtos prontos e acabados, em que não há
interferência da primeira na produção. A natureza do contrato de facção é híbrida, pois
existe prestação de serviços e fornecimento de bens. (…) O objetivo do contrato de
facção não é o fornecimento de mão de obra para se falar em terceirização de mão de
obra. (…) Se não existe exclusividade na confecção por parte da contratada, pois esta
presta serviços para outras empresas, não se pode falar em responsabilidade.(…) Não
há que se falar em fiscalização por parte da contratante em relação aos empregados da
contratada, pois não se trata de prestação de serviços em sentido estrito. Logo, não se
pode falar em responsabilidade subsidiária e na aplicação do inciso IV da Súmula 331
do TST (…)”
Então, há entendimento de que o contrato de facção se trata de um contrato comercial
entre empresa contratante e contratada, uma vez que o objeto contratado é o produto
acabado e não a mão de obra utilizada na sua produção propriamente dita, ou seja, não
seria o caso de uma terceirização.
Víncul� empregatíci�
Por meio do contrato de facção, os profissionais podem requerer judicialmente vínculo
empregatício, se a empresa seguir os seguintes pontos que a CLT caracteriza como
vínculo empregatício, são eles: serviço prestado por pessoa física, pessoalidade, não
eventualidade, subordinação e onerosidade.
Portanto, quanto da execução do contrato por facção, se a empresa não realiza
qualquer ingerência no desenvolvimento econômico da contratada, como por exemplo:
estabelecendo regras, cumprimento de horário, não configura vínculo empregatício, pois
a empresa só deve se ater a analisar a qualidade das peças produzidas, pois ao
contrário disso, o contrato de facção poderá ser descaracterizado, podendo ser
reconhecido o vínculo empregatício.
Contrat� d� subempreitad�
Conceit�:
O contrato de subempreitada ocorre quando a construtora responsável por realizar a
obra transfere essa obrigação para um terceiro.
A chamada subempreiteira pode assumir o serviço total ou parcialmente,
dependendo da extensão do acordo. Para PEDRO ROMANO MARTÍNEZ, a
subempreitada é uma empreitada de “segunda mão”, que entra na categoria geral
do subcontrato, e em que o subempreiteiro se apresenta como um “empreiteiro do
empreiteiro”,
Contudo, ela só será admitida mediante duas condições:
1. se o contrato não proíbe a transferência da realização da obra;
2. se o acordo não é personalíssimo.
Esse último caso é caracterizado quando o interesse pela obra só existe se ela for
realizada pela própria pessoa física ou jurídica.
Por exemplo, imagine uma construtora famosa pelo seu time de arquitetos. Nesse
caso, a pretensão do dono pode não se limitar ao edifício pronto, mas abranger
também a assinatura de que aquilo foi inteiramente realizado pela empreiteira.
Responsabilidade�:
Após a definição da subempreitada, as personagens da obra passam a ter as
seguintes responsabilidades:
Subempreiteiro
A relação do subempreiteiro não é estabelecida de maneira direta com o dono da
obra. As questões devem ser resolvidas entre quem transferiu e quem recebeu o
serviço.
Sendo assim, essa construtora é responsável por realizar a obra nas condições em
que foram transferidas pelo empreiteiro.
Além disso, deve manter suas obrigações trabalhistas em dia com os colaboradores
que contratar.
Empreiteiro:
O empreiteiro é o responsável pelo pagamento de seus próprios colaboradores e
pela obra junto ao dono. Assim, ele será cobrado pelo proprietário, ainda que os
problemas tenham sido causados pelo subempreiteiro.
Quanto aos direitos trabalhistas, a lei considerou o risco de fraudes nessa relação.
Afinal, não há vínculos formais entre a empreiteira e os trabalhadores da
subempreiteira.
O que garante os direitos trabalhista é o art. 455 da CLT, se o empregado não
receber o seu pagamento, ele deve cobrar primeiro ao subempreiteiro, pois ele é
seu empregador, mas se o subempreiteiro não pagar ele pode cobrar ao
empreiteiro, essa vai ser uma responsabilidade subsidiária. Mas o empregado pode
cobrar ao dono da obra? Bom, depende, na orientação jurisprudencial 191 do TST,
se o dono não for quem terceiriza o serviço ele não responde as dívidas
trabalhistas, o dono da obra só responde se ele for um construtor ou um
incorporador.
Sendo assim, a CLT possibilita o início de um processo judicial diretamente contra o
empreiteiro, caso a subempreiteira descumpra os direitos trabalhistas. Com efeito, a
construtora que transferiu o serviço terá direito ao ressarcimento dos valores pagos,
em um processo contra a empresa contratada.
Redação anterior (original): «Orientação Jurisprudencial 191 - Diante da inexistência de previsão legal, o
contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou
subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma
empresa construtora ou incorporadora
Problema�:
Os envolvidos devem tomar cuidado com alguns problemas que frequentemente
tumultuam essa relação. Por exemplo:
● falta de comunicação;
● erros ou ausência de pagamento;
● descumprimento da legislação;
● prejuízos causados a terceiros (como acidentes, danos ao patrimônio etc.);
● divergências sobre a execução do contrato;
● atrasos;
● dentre outros.
PEDRO ROMANO MARTÍNEZ2 , é uma empreitada de “segunda mão”, que entra na
categoria geral do subcontrato3 , e em que o subempreiteiro se apresenta como um
“empreiteiro do empreiteiro”,

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