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ANDERSON LIMA DIREITO PENAL DIREITO PENAL: É o conjunto de leis e princípios destinados a combater o crime e a contravenção penal, mediante a imposição de uma sanção penal. INFRAÇÃO PENAL: é a conduta tipificada pela legislação como ilícito penal; é gênero que comporta duas espécies; CRIME/DELITO e CONTRAVENÇÃO PENAL. SANÇÃO PENAL: é a consequência dada ao infrator de uma lei penal; é gênero e comporta duas espécies; PENA e MEDIDA DE SEGURANÇA (aplicada aos inimputáveis). DIFERENÇAS ENTRE CRIME E CONTRAVENÇÃO PENAL. CRIME CONTRAVENÇÃO PENAL Pena: reclusão ou detenção Pena: prisão simples Cabe a tentativa Não cabe a tentativa (art. 4º LCP) Ação penal: pública incondicionada ou condicionada e privada Ação penal: pública incondicionada. Pena privativa de liberdade: máximo 40 anos. Pena privativa de liberdade: máximo 5 anos. - SUJEITOS DA INFRAÇÃO PENAL: SUJEITO ATIVO: É AQUELE QUE COMETE A INFRAÇÃO PENAL. a) pessoa física: b) pessoa jurídica: crimes ambientais lei; art. 225 § 3º CF/88. c) animais. d) Menores de 18 anos. e) classificação quanto ao sujeito ativo: comum ou próprio. SUJEITO PASSIVO: É O TITULAR DO BEM JURÍDICO PROTEGIDO. (VÍTIMA) A) Pessoa física B) Pessoa jurídica C) Animais (sujeito passivo é a coletividade) D) Morto E) ESTADO: sempre será sujeito passivo. (SUJEITO PASSIVO CONSTANTE) Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. • PRINCÍPIO DA LEGALIDADE = reserva legal + anterioridade • PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL OU ESTRITA LEGALIDADE: somente lei federal, ordinária ou complementar, pode criar ou modificar crime. • PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: a lei incriminadora deve ser anterior ao fato. • PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE: a lei incriminadora deve ser clara, objetiva e precisa. • PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL (art. 5°, XL, CF/88) “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. De acordo com o Código Penal: "Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal." O dispositivo acima estabelecido diz respeito ao: a) lei penal no tempo. b) anterioridade da Lei. c) lei Excepcional ou temporária. d) inaplicabilidade de conduta criminosa. Um delegado de polícia baixou uma portaria prescrevendo como crime determinada conduta social. Os cidadãos que, a partir da portaria, agirem em desacordo com a mesma, não poderão ser presos, pois a medida colide com o princípio da: a) retroatividade da lei penal b) irretroatividade da lei penal c) reserva legal d) igualdade. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Abolitio criminis: ocorre quando o fato deixa de ser crime. Novatio legis incriminadora: é o contrário do abolitio criminis, pois nesse caso um fato que não era crime por força de lei federal ordinária ou complementar passa a ser crime. Parágrafo único A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. LEI TEMPORÁRIA OU EXCEPCIONAL LEI PENAL TEMPORÁRIA: é aquela que nasce com um prazo certo de vigência. LEI PENAL EXCEPCIONAL: é aquela que a duração relaciona- se com situações de anormalidade. ULTRATIVIDADE: aplica-se a lei mesmo depois de revogada. Obs: tanto a lei temporária como a excepcional SÃO AUTORREVOGÁVEIS, a primeira basta chegar o dia de seu termino já predeterminado e a segunda com o fim da situação de anormalidade. Por isso, são chamadas de leis intermitentes. IADES - Oficial Policial Militar (PM DF)/Administração/2017 Considere hipoteticamente que uma nova lei reduza a pena mínima de determinada infração penal. Mesmo havendo o trânsito em julgado, se o agente já não tiver cumprido a pena que lhe fora imposta, a lex mitior será aplicada. Nessa hipótese, trata-se de caso de a) abolitio criminis. b) princípio da continuidade normativo-típica. c) novatio legis in pejus. d) abolitio criminis temporalis. e) novatio legis in mellius. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/oficial-policial-militar-pm-df-administracao-2017 IADES - Soldado Policial Militar (PM DF)/Combatente/2018 Lei temporária estabelece que constitui delito a venda de bebidas alcoólicas no raio de dois quilômetros dos locais destinados à realização da Copa América no Brasil.Considerando hipoteticamente que João pratique tal delito no período de vigência da lei em comento, em suma, o juiz poderá condená-lo a) após o prazo de vigência da lei temporária, dado que o delito ocorreu durante a vigência desta. b) se a prática do delito for anterior à vigência da referida lei temporária. c) somente até a data de término de vigência da referida lei temporária. d) se a prática do delito for posterior à vigência da referida lei temporária. e) se a venda de bebidas alcóolicas ocorreu no raio de cinco quilômetros, visto que o delito aconteceu durante a vigência da lei temporária. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/soldado-policial-militar-pm-df-combatente-2018 Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO da AÇÃO OU OMISSÃO, ainda que outro seja o momento do resultado. Teoria da atividade: considera-se praticado o crime no momento da conduta. (ação ou omissão), foi a adotada pelo código penal. Teoria do resultado/evento: considera-se praticado o crime no momento de sua consumação. Teoria da ubiquidade/mista: é uma fusão da teoria da atividade e da teoria do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime tanto no momento da conduta quanto o do resultado. Territorialidade (PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA OU TEMPERADA.) Art. 5º - APLICA-SE A LEI BRASILEIRA, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, AO CRIME COMETIDO NO TERRITÓRIO NACIONAL. O território nacional é o espaço onde um Estado exerce sua soberania. Território nacional é a soma do espaço físico (geográfico) e do espaço jurídico (espaço físico por ficção, por equiparação extensão) § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as EMBARCAÇÕES E AERONAVES BRASILEIRAS, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as AERONAVES E AS EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a BORDO DE AERONAVES OU EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS DE PROPRIEDADE PRIVADA, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no LUGAR em que ocorreu a AÇÃO OU OMISSÃO, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir- se o resultado. Teoria da atividade: considera-se praticado o crime no momento da conduta. (ação ou omissão), foi a adotada pelo código penal. Teoria do resultado/evento: considera-se praticado o crime no momento de sua consumação. Teoria da ubiquidade/mista: é uma fusão da teoria da atividade e da teoria do resultado, ou seja, considera-se praticado o crime tanto no momento da conduta quanto o do resultado. Instituto AOCP - Assistente Social (PC ES)/2019 Segundo o art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria se produzir o resultado. Existem várias teorias acerca do lugar do crime. Qual é a Teoria adotada pelo Código Penal vigente? a) Teoria da Atividade. b) Teoria do Resultado. c) Teoria da Ubiquidade.d) Teoria do Assentimento. e) Teoria da Relatividade. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/assistente-social-pc-es-2019 Instituto AOCP - Assistente Social (PC ES)/2019 É importante a fixação do tempo em que o crime se considera praticado para, entre outras coisas, compreender a lei que deverá ser utilizada, aplicada, e estabelecer a imputabilidade do sujeito. Com relação ao tempo do crime, o Código Penal brasileiro adotou a a) Teoria da Relatividade. b) Teoria da Consumação. c) Teoria da Atividade. d) Teoria da Ubiquidade. e) Teoria da Habitualidade. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/assistente-social-pc-es-2019 Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no ESTRANGEIRO: I - OS CRIMES: (EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA) (PRINCÍPIO REAL, DA DEFESA OU DA PROTEÇÃO) a) contra a VIDA ou a LIBERDADE do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro OU domiciliado no Brasil; (principio da justiça universal) II - os crimes: (EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA) a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (princípio da justiça universal) b) praticados por brasileiro; (princípio da personalidade ativa) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (princípio da bandeira ou representação) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro FORA DO BRASIL, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:(EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. DIVERSA = ATENUA. IDÊNTICA = COMPUTADA (SUBTRAÍDA).
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