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Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O ERRO sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. Erro de tipo(fato) Art. 20 Inevitável (escusável) Exclui o dolo e a culpa Evitável (inescusável) Exclui o dolo, mas não a culpa Erro determinado por terceiro § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Erro sobre a pessoa § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. UEG - Cadete (PM GO) Quanto ao erro de tipo é CORRETO afirmar que, se se tratar de erro previsível, o agente a) poderá ter sua pena diminuída. b) responderá por crime culposo, se houver o tipo previsto na lei. c) poderá responder por crime doloso. d) poderá responder por crime doloso somente na prática de crime ambiental. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/cadete-pm-go-2005 IADES - Analista Judiciário (TRE PA)/Judiciária O erro sobre os elementos do tipo penal está previsto no art. 20, caput do CBP. De acordo com os ensinamentos relacionados ao erro de tipo essencial ou incriminador, é correto afirmar que: a) não há distinção entre o erro de tipo escusável e o inescusável. b) reconhecendo o juiz que o agente, ao praticar a conduta, incorreu em erro de tipo essencial, seja ele escusável ou inescusável, tal reconhecimento terá o condão de excluir o dolo e a culpa. c) se o erro do agente é invencível, a exclusão da tipicidade é a medida que se impõe. d) o erro é vencível quando qualquer pessoa no lugar do agente incidiria no mesmo erro. Se o erro é vencível, excluem-se o dolo e a culpa. e) se o erro é invencível, admite-se a punição por crime culposo. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/analista-judiciario-tre-pa-judiciaria-2014 INCAB (ex-FUNCAB) - Escrivão de Polícia Civil (PC RO) O erro de tipo essencial invencível exclui: a) o dolo e a culpa. b) somente o dolo. c) somente a culpa. d) a potencial consciência da ilicitude. e) a culpabilidade. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/escrivao-de-policia-civil-pc-ro-2014 Erro sobre a ilicitude do fato Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, SE INEVITÁVEL, ISENTA DE PENA; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. Erro de proibição (ilicitude) Art. 21 Inevitável (escusável) Exclui a culpabilidade (isento de pena) Evitável (inescusável) Redução de pena de 1/6 a 1/3 Coação irresistível e obediência hierárquica Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. Coação: forçar alguém a fazer algo. Coação irresistível Física Exclui a conduta (atípico) Moral (art.22) Exclui a culpabilidade obediência hierárquica Ordem NÃO manifestamente ilegal Superior hierárquico CEBRASPE (CESPE) - Papiloscopista (PC PB) Considera-se causa de exclusão da culpabilidade a) o estrito cumprimento do dever legal. b) a coação moral resistível. c) a coação física. d) o erro de proibição inevitável. e) a semi-imputabilidade. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/papiloscopista-pc-pb-2009 VUNESP - Cabo da Polícia Militar São Paulo/Graduação Acerca da coação moral irresistível e da obediência hierárquica, é correto afirmar que a) a obediência hierárquica dá-se também no convívio familiar. b) a obediência hierárquica tem como um de seus requisitos que a ordem não seja manifestamente ilegal. c) a inexigibilidade de conduta diversa é causa supralegal de excludente da tipicidade. d) na obediência hierárquica não é necessário que a ordem seja oriunda de superior hierárquico. CEBRASPE (CESPE) - Oficial Policial Militar (PM DF) Julgue o item subseqüente, relativo à parte geral do Código Penal. Existem duas espécies de coação irresistível: a coação física irresistível — que importa na exclusão do crime por ausência de conduta — e a coação moral irresistível — que importa na exclusão da culpabilidade em face da inexigibilidade de conduta diversa. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/oficial-policial-militar-pm-df-administracao-2006 IADES - Perito Criminal (PC DF)/Ciências Biológicas/2016 No que se refere à imputabilidade penal, em regra, o direito penal brasileiro adota o sistema a) biopsicológico. b) psicológico. c) psicanalítico. d) biológico. e) biopsicanalítico. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/perito-criminal-pc-df-ciencias-biologicas-2016 Exclusão de ilicitude Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. Estado de necessidade Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir- se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. REQUISITOS PARA A CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE NECESSIDADE • Perigo atual. (no momento, não cabe tempo iminente) • Direito próprio ou alheio. • Perigo não causado voluntariamente pelo agente. • Inevitabilidade de comportamento. (sem alternativas) • Razoabilidade do sacrifício.(proporcional; de menor ou igual valor em relação ao bem jurídico que se quer proteger) Legítima defesa Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 REQUISITOS DA LEGÍTIMA DEFESA • agressão humana; (animais atacam. Atenção! Animais podem ser usados como verdadeiras armas – nesse caso, haverá agressão humana) • agressão injusta; (conduta ilícita) • atual ou iminente; (no momento ou prestes a acontecer) • agressão a direito próprio ou de terceiro; • meios necessários;(meios a sua disposição, não precisa ser equivalente) ❖OBSERVAÇÕES IMPORTANTES ❖Não cabe legitima defesa se a agressão já ocorreu.(vingança) ❖Não cabe legitima defesa se a agressão for futura. (mal vindouro) ❖Não cabe legitima defesa da honra. (caso do marido traído) ❖Não cabe legitima defesa contra estado de necessidade. (quem está em estado de necessidade não comete injusta agressão) ❖Não cabe legitima defesa contra quaisquer causas de excludentes da ilicitude reais. ❖Cabe legitima defesa real contra legítima defesa putativa. (descriminantes putativas excluem a culpabilidade, logo o fato é típico, e ilícito) Legítima defesa X estado de necessidade Estrito cumprimento do dever legal É a ação praticada por um dever imposto por lei. É necessário que o cumprimento seja nos exatos ditames dalei. Do contrário, o agente incorrerá em excesso. Exemplos: policial que prende foragido da justiça, vindo a causar-lhe lesões devido à sua resistência; soldado que, em tempos de guerra, executa inimigo; a execução efetuada pelo carrasco, quando o ordenamento jurídico admite (pena de morte emcaso de guerra declarada). Exercício regular de direito É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta autorizada em lei. Art. 23, III, parte final, do Código Penal: “Não há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de direito.” Exemplos: - Tratamento médico ou intervenção cirúrgica. - Ofendículos (Exercício regular do direito de defesa da propriedade). TÍTULO III DA IMPUTABILIDADE PENAL Inimputáveis Art. 26 - É ISENTO DE PENA o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE ENTENDER o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser REDUZIDA DE UM A DOIS TERÇOS, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado NÃO ERA INTEIRAMENTE CAPAZ DE ENTENDER o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Menores de dezoito anos Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Emoção e paixão Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão; EMBRIAGUEZ Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: Embriaguez (intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool ou substância com efeitos análogos) Fases do álcool 1- fase do macaco: EUFORIA. 2- fase do Leão: AGITAÇÃO E AGRESSIVIDADE (alteração das funções intelectuais e juízo crítico). 3- fase do porco: DEGRADAÇÃO.(inicia-se com sono podendo chegar ao coma) Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Espécies de embriaguez Voluntária culposa patológica ACIDENTAL COMPLETA Exclui a imputabilidade INCOMPLETA Diminuição de pena de 1/3 a 2/3 preordenada Agrava a pena IADES - Oficial Policial Militar (PM DF)/Capelão/Católico/2017 Considere um cidadão que se embriaga com o objetivo de cometer um crime. Nessa hipótese, segundo a legislação penal vigente e a doutrina em relação ao tema, há embriaguez a) acidental por força maior. b) voluntária. c) culposa. d) acidental por caso fortuito. e) preordenada. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/oficial-policial-militar-pm-df-capelao-catolico-2017 TÍTULO IV DO CONCURSO DE PESSOAS Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (TEORIA MONISTA OU UNITÁRIA) § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, SALVO quando elementares do crime. CASOS DE IMPUNIBILIDADE Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
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