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Controle de Corrosão - O controle de corrosão envolve detalhadamente todas as medidas tomadas em cada etapa do processo, levando em consideração desde o projeto até a fabricação, instalação e utilização do equipamento. - Os métodos de controle da corrosão geralmente são divididos nas seguintes categorias: Controle no estágio do projeto; Controle pela influência no metal; Controle pela influência no meio; Controle com revestimentos. Controle no Estágio do Projeto: Nessa etapa são especificados os seguintes critérios: Os materiais de construção; O projeto da instalação, do processo e dos equipamentos; As condições do processo; A prática de operação. Aspectos considerados: Seleção de materiais; Compatibilidade dos materiais; Mudanças possíveis nas condições do processo; Geometria dos componentes; Fatores mecânicos; Métodos de proteção; Facilidade de manutenção; Fatores econômicos. Na escolha dos materiais também se deve levar em considerações alguns fatores, que são importantes dentro do processo, tais como: Propriedades químicas; Propriedades mecânicas; Propriedades físicas; Disponibilidade; Fabricabilidade; Custo. Com relação à compatibilidade dos materiais, são considerados os efeitos que podem ser gerados dentro do processo, tais como: Contato direto entre metais dissimilares; Inversão possível de polaridade; Transferência de partículas de um metal para o fluído; Influência de possíveis correntes de fuga. Usar isolamentos, metal mais nobre com a área menor do par galvânico, tintas sobre ambos os materiais para evitar o contato metal/meio ou revestimentos metálicos. Mudanças necessárias nas condições do processo: Temperatura; PH; Concentração das Espécies Agressivas; Velocidade de Fluído. Importância da Geometria dos componentes; A forma geométrica, tanto interna quanto externa costuma facilitar a manutenção. Observações: Geometrias complexas devem ser evitadas; As geometrias devem ser tais que se obtenham condições uniformes no meio; Evitar formas geométricas que retenham combinações corrosivas e contaminantes sólidos e usar aquelas que facilitem o acesso; Usar tubulações com formato suavo; Evitar reduções repentinas de diâmetro; estas devem ser graduais; Projetar pontos de drenagem para os tanques por exemplo. - Tomar cuidados na fabricação das juntas, tais como: Ligação mecânica com rebites; Soldagem, brazagem e; Adesivos. Fatores mecânicos: - Existem algumas formas de corrosão que reduzem a resistência mecânica dos componentes, tais como: Corrosão sob tensão; Corrosão sob fadiga; Falhas causadas pelo hidrogênio gerado durante o processo corrosivo; Corrosão por atrito; Corrosão; Erosão e corrosão-cavitação. 1. É importante evitar: Evitar materiais propensos à corrosão sob tensão; Corrosão sob fadiga; À fragilização pelo hidrogênio; Usar materiais com resistência à corrosão intergranular (existência de caminhos ativos → corrosão sob tensão). - Informar os procedimentos de fabricação e os tratamentos térmicos dos materiais a serem utilizados. Decapagem apropriada; Tratamento de alívio de tensões; Usar técnicas de soldagem apropriadas; Cuidar do estado superficial ( rugosidades por exemplo são concentradores de tensões). 2. Acabamentos superficiais: Especificar as características da superfície; Evitar superfícies rugosas ( retenção de pós, umidade e concentradores de tensões); Preferir cantos arredondados e superfícies planas; Preferir superfícies inclinadas ( secagem e autolimpeza); Definir o acabamento desejado se é prevista a aplicação de tintas ou outros revestimentos. 3. Sistemas protetores: - Especificar o sistema de proteção a ser usado, tais como: Proteção catódica ou anódica; Revestimentos; Inibidores de corrosão etc. Caso seja escolhida a: 1. Proteção anódica ou catódica: - A estrutura que será protegida deve ser projetada de forma a permitir a instalação de anodos de sacrifício ou inertes. 2. Proteção por revestimento: - Deve-se considerar a praticabilidade e a compatibilidade destes com o meio e com a estrutura. Observação: - Se o uso de inibidores for escolhido, os inibidores não devem interferir no processo. Manutenção: - A manutenção regular deve ser feita de maneira simples e econômica. Fatores econômicos: - Deve-se levar em consideração um balanço dos custos globais nessa etapa, tais como: Custo inicial dos materiais; Custo de manutenção; Custo devido às paradas das linhas de produção para manutenção ou substituição de peças Custo dos métodos de proteção a serem utilizados etc. Controle pela influência no metal: - Esta etapa é iniciada logo após a seleção do metal, e ela tem como objetivo controlar a variação do potencial neste meio. - Leva-se em consideração a proteção catódica e anódica, que são muito usados para proteção de estruturas e tubos submersos e subterrâneos. Proteção Catódica: - É uma técnica usada para controlar a corrosão de uma superfície metálica, tornando-a o cátodo de uma célula eletroquímica. Um método simples de proteção conecta o metal a ser protegido a um "metal de sacrifício" mais facilmente corrosível para atuar como o ânodo. - De modo geral, existem duas formas de proteção catódica: 1. Proteção catódica por corrente impressa: - São utilizados anodos de um tipo que não se dissolve facilmente em íons metálicos, porém, sustenta uma reação alternativa, a oxidação dos íons de cloreto dissolvidos. A energia é fornecida por uma unidade de alimentação CC externa. Vantagens: Controle fácil da corrente; Vida do sistema longa ( até > 20 anos); Pode ser usada para proteção de instalações de grande porte; Econômica para I > 5A. Desvantagens: Interação ( por corrente de fuga) possível com outras estruturas; Instalação sujeita a disponibilidade de rede de energia elétrica; Requer manutenção elétrica e inspecção regular; Custos constantes com o consumo de energia elétrica; Sujeita a corte no fornecimento de energia elétrica. 2. Proteção catódica por anodos de sacrifício: Caso o revestimento de zinco seja riscado ou danificado localmente e o aço é exposto, as áreas circundantes de revestimento de zinco formam uma célula galvânica com o aço exposto e protegem-no contra a corrosão. Esta é uma forma de proteção catódica localizada - o zinco atua como um ânodo de sacrifício. Vantagens: Não requer fonte de corrente externa; Facilidade de instalação; Perigo de falha mínimo; Facilidade para ter uma distribuição uniforme de corrente; Interação ( por corrente de fuga) com instalações vizinhas mínima; Econômica para proteger instalações pequenas ( I < 5A); Manutenção fácil e custos baixos. Desvantagens: Rendimento do anodo alto na instalação mas diminui com o tempo; Não econômica para estruturas de grande porte; Em eletrólitos de alta resistividade, o rendimento é baixo; Se o rendimento é alto, é necessário trocar os anodos com frequência; Regulagem precária. Proteção Anódica: - Tem como característica a formação de óxidos protetores insolúveis na superfície, o que resulta na passivação do metal, e consequentemente na desaceleração do processo corrosivo. Vantagens: Para metais que se passivam; Para meios corrosivos fortes ou fracos; Corrente inicial elevada e depois baixa; Uniformidade da distribuição de corrente; Custo de investimento alto ( potenciostato); Baixo custo de operação; Evitar usar este método de proteção em meios contendo Cl- ( destruição das camadas de óxidos). Aplicações típicas da proteção anódica: Tanques de armazenagem de H2SO4; Digestores alcalinos na indústria do papel; Trocadores de calor em aço inoxidável para H2SO4. Controle pela influência do meio: A agressividade de um determinado meio pode ser amenizada ao alterar ou regular um dos parâmetros seguintes: Composição do meio Velocidade do meio Temperatura ou adicionando ao meio inibidor de corrosão. Dentro desse estágio, são levados em consideração vários fatores, tais como: Composição do meio Velocidade do meio Temperatura e; Inibidores de corrosão. Os inibidores se dividem em: Inibidores anódicos; Inibidores catódicos; Inibidores de adsorção; Inibidores em fase vapor. Revestimentos: Finalidade dos revestimentos metálicos: Decorativa: Au, Ag, Ni, Cr; Resistência ao atrito : In; Resistência à oxidação em contatos elétricos : Sn, Au, Ag; Endurecimento superficial: Cr; Resistência à corrosão: Cr, Ni, Al, Zn, Cd, Sn. Aplicações Utilizadas: Cladeamento; Imersão a quente; Metalização; Redução química; Deposição em fase gasosa (CVD: Chemical Vapor Deposition); Evaporação a vácuo; Cementação; Eletrodeposição. Revestimentos inorgânicos não-metálicos: São divididos em duas classes: Os que são produtos de reações com o metal substrato, e os que são depositados diretamente sobre o metal substrato.
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