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IVAS Quadro Clínico das IVAS virais Rinossinusite viral aguda, também denominada virose ou ainda mais popularmente resfriado, é a doença infecciosa mais frequente na infância. Exame Físico 1ª FASE – febre, muitas vezes acompanhada de cefaleia e mialgias; nos 2-3 primeiros dias, além da febre, os sintomas são dor de garganta, espirros, coriza clara, inapetência e prostração. 2ª FASE – febre, dor de garganta e inapetência tendem a desaparecer; secreção nasal mais espessa (verde ou amarela), tosse e obstrução nasal persistem. Exame da cavidade nasal (otoscópio com especulo de maior diâmetro): verificar a coloração da mucosa (hiperemiada) e o aspecto da secreção (hialina>mucoide> purulenta). Exame da cavidade oral: hiperemia da orofaringe com secreção pós-nasal mucoide ou purulenta. Exame endoscópico com fibra ótica flexível pode ser realizado em caso de dúvida diagnostica. Rinossinusite Inflamação da mucosa nasossinusal, podendo ser classificada em aguda (até 12 semanas), recorrente (6 ou mais episódios agudos ao ano, sem sintomas nas intercrises) e crônica (mais de 12 semanas) Sinais e sintomas Obstrução / congestão nasal ou secreção nasal anterior/posterior Tosse e dor/pressão facial podem estar associados Exame endoscópico nasal: secreção mucopurulenta do meato médio e/ou edema de mucosa no meato médio e/ou pólipos nasais Tomografia dos seios paranasais: alterações de mucosa nasal no complexo ostiomeatal e/ ou seios paranasais podem ser visualizados AGUDA Diagnóstico Historia+ exame clinico As culturas para diagnóstico de RSAB ( bacteriana) realizadas por endoscopia nasal no nível de meato médio. Radiografia simples não é indicada Tratamento A antibioticoterapia é indicada para resolução mais rápida dos sintomas e para se evitar complicações orbitárias ou intracranianas A associação do corticosteroide intranasal tópico com a antibioticoterapia é recomendada no tratamento da RSA. CRÔNICA Inflamação da mucosa nasossinusal com duração superior a 12 semanas caracterizada por 2 ou mais sintomas, um dos quais deve ser obstrução ou congestão nasal ou secreção nasal anterior ou posterior, associados a dor facial, tosse ou alterações na endoscopia nasal ou na TC dos seios paranasais Conduta Endoscopia nasal e a TC dos seios da face são importantes, e o tratamento visa principalmente a determinar as causas da recorrência ou da cronificação com os tratamentos específicos. Tratamento O corticosteroide tópico intranasal é considerado, como no adulto, o principal medicamento no tratamento da RSC na criança. A antibioticoterapia é utilizada nos episódios de agudização da sinusite crônica, devendo cobrir os mesmos germes da aguda, porém com maior prevalência para o S. aureus, anaeróbios e fungos, e por tempo prolongado. Diagnóstico Diferencial Corpos estranhos nasais e atresia de coana unilateral – sintomas unilaterais, facilmente diferenciados pela história clinica Rinite alérgica – não apresenta rinorreia purulenta ou febre Adenoidite – quadro clinico semelhante Tonsilites e Faringites As infecções em tonsilas palatinas e faringe são mais frequentemente de origem viral, mas podem ser causadas por bactérias, sobretudo o estreptococo beta-hemolítico do grupo A. VIRAL Coriza, obstrução nasal, espirros, rouquidão, aftas (coxsackie ou herpes) e sintomas do TGI BACTERIANA Início súbito, febre > 38ºC, dor de garganta e achados do exame físico que incluem hiperemia, hipertrofia e exsudato tonsilar, junto com linfadenopatia cervical anterior e subângulo mandibular dolorosa. Diagnóstico Dados clínicos e epidemiológicos +exame cultural ou teste rápido. Mononucleose Edema difuso dos tecidos linfáticos do anel de Waldeyer, região cervical, axilar e inguinal; odinofagia intensa (pode causar desidratação e aumento das tonsilas palatinas e faríngeas – obstrução de VAS) Diagnóstico Cultura de material obtido nas tonsilas, hemograma completo (leucocitose e linfocitose), pesquisa de linfócitos atípicos e testes sorológicos (anti-VCA) Tratamento *Alivio dos sintomas com analgésicos/ antitérmicos *Hidratação *Reavaliação clínica em 48-72 horas (casos que não houver remissão da febre) Tratamento *Penicilina e amoxicilina (VO, 10 dias); Para aqueles que não aderem ao tratamento oral – penicilina G benzatina. Tratamento Cirurgico Tonsilectomia - remoção das tonsilas palatinas tem sido realizada muito mais por obstrução da VAS do que por infecções recorrentes. Laringites Estridor inspiratório Disfonia Coriza e congestão nasal Febre baixa Tosse ladrante Etiologia Parainfluenza 1, 2 e 3, VSR, adenovírus, Influenza Infecções bacterianas secundarias Tratamento Nebulização com adrenalina Corticoide – prednisolona ou dexametasona Otite Média Aguda Presença de liquido (efusão) preenchendo a cavidade da orelha media sob pressão, com início abrupto dos sinais e sintomas causados pela inflamação dessa região É causada por vírus respiratórios e/ou infecção bacteriana no espaço da orelha média, como resultado da resposta do hospedeiro à infecção. VÍRUS Sincicial respiratório Adenovírus BACTÉRIA Streptococcuspneumoniae Haemophilusinfluenzae não tipável Moraxellacatarrhalis Sinais e Sintomas Otalgia Choro excessivo Febre Alterações no sono Irritabilidade Membrana timpânica com hiperemia e otorreia aguda (define diagnostico - é necessária a presença de efusão ou líquido na cavidade da orelha média) Otoscopia Sinais de alteração da membrana timpânica: mudanças de translucidez, forma, cor, vascularização e integridade. Achado mais significativo: abaulamento da membrana timpânica (sensibilidade de 67% e especificidade de 97%) Tratamento Mais de 80% dos casos têm resolução espontânea, com melhora sem antibiótico Tratar a dor: analgésicos Antibiótico – em casos de OMA bilateral ou unilateral, em crianças com 6 meses de idade ou mais, com sinais e sintomas graves ( otalgia e temperatura alta – 39º) ou caso os sintomas já persistam há > 48h OU em casos de OMA bilateral em crianças < 24 meses, sem sinais ou sintomas graves - AMOXICILINA
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