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Trabalho - Método Feldenkrais (2020)

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FACULDADE PAULISTA DE ARTES
ANA CAROLINE CABRAL ASSUNCION RECALDE
MICAELEN DE OLIVEIRA SILVA
PIETRO MACHICAO PERRUCCI
VANESSA DA SILVA OLIVEIRA
MÉTODO FELDENKRAIS
SÃO PAULO
2020
Moshe Feldenkrais
Feldenkrais nasceu na Rússia, mudou-se para Israel com 15 anos, em
seguida para os Estados Unidos e instalou-se na França. Estudou matemática e fez
doutorado em física. Praticava judô e jogava futebol, tendo sido o responsável pela
criação do primeiro clube de judô no território francês. Sendo judeu, refugiou-se na
Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial.
Começou a estudar o movimento em Londres, após iniciarem-se problemas
no joelho, provavelmente adquiridos em uma lesão pela prática do futebol. Estudou
movimento, anatomia e neurofisiologia como autodidata. Estudou ao lado de
Matthias Alexander e, posteriormente, seguiu seu caminho sozinho
(STRAZZACAPPA, 2012).
Método
Strazzacappa (2012) aponta que o trabalho de Feldenkrais parte do princípio
de que agimos de acordo com a nossa auto-imagem (FELDENKRAIS, 1977) e não
com as reais possibilidades do corpo. Feldenkrais (1977) destrincha a auto-imagem
em três pilares: a herança biológica do indivíduo, que parte da capacidade e forma
de seu sistema nervoso, sua estrutura óssea, tecidos, glândulas, pele, sentidos, sua
hereditariedade física, a parte mais imutável; a educação, que se estabelece a partir
do pertencimento do indivíduo em uma determinada sociedade, regada de conceitos
e linguagem próprios, que variam de acordo com o local onde a pessoa nasceu.
Esta segunda parte influencia grande parte do desenvolvimento do indivíduo e
determina a direção da auto-educação, que é o elemento mais ativo deste processo,
este terceiro aspecto influencia o modo como a educação externa é adquirida.
(FELDENKRAIS, 1997). De acordo com Feldenkrais (1977), a auto-educação é o
pilar que está “em nossas mãos”, é onde a autonomia do indivíduo lida com os
processos vividos na educação, ambas não são completamente independentes.
No conceito de auto-imagem de Feldenkrais (1977), estão envolvidos quatro
componentes na ação: movimento, sensação, sentimento e pensamento. A partir do
momento que uma pessoa executa uma ação, movimento, ela sabe que está a
mover-se e percebe sua posição física, onde envolve-se o pensamento. Ao passar
por sentimentos como felicidade, por exemplo, ou por sensações proveniente de,
por exemplo, tocar ou ouvir, também estão envolvidos os outros componentes. De
acordo com Feldenkrais (1977) a medida destes componentes varia de acordo com
a ação e com o indivíduo.
Feldenkrais (1977) desenvolve a prática de seu método em lições, que
consistem em exercícios que envolvem o corpo todo e suas potencialidades. A
bacia é vista por Feldenkrais como o centro motor do movimento do ser humano e a
cabeça é o centro de orientação (STRAZZACAPPA, 2012).
Uma ação se torna fácil de ser realizada e os movimentos se tornam
leves, quando os músculos grandes do centro do corpo fazem a parte
principal do trabalho, e os membros somente dirigem os para a
finalidade do esforço. (FELDENKRAIS, 1977, p. 121)
Feldenkrais (1977) defende que o movimento é satisfatório se for possível
interrompê-lo, inverte-lo e continuá-lo para algum movimento completamente
diferente. Ele fala sobre a eliminação de ações supérfluas de movimento forçado e
desnecessário e, para fazer isso, é necessário reconhecer a posição estável. Esta
posição estável, de acordo com Feldenkrais (1977), é um lugar onde o corpo, além
de se estabilizar, pode iniciar um novo movimento.
Do ponto de vista dinâmico, cada postura estável é uma de uma série
de posições que constituem o movimento. Movendo-se de um lado
para o outro, um pêndulo passa pela posição de estabilidade em
velocidade máxima. Quando ele está na posição estável, na metade
do seu caminho, permanece lá, sem mover-se, até que alguma força
de fora seja aplicada sobre ele. (FELDENKRAIS, 1977, p. 99)
Em seu método, Feldenkrais não tinha a intenção de normalizar os corpos
dos indivíduos, mas de estabelecer um equilíbrio corporal de acordo com as
possibilidade de cada um (STRAZZACAPPA, 2012). Para Feldenkrais (1977) à
tendência social à uniformidade cria diversos conflitos com as características
individuais, ele aponta que a supressão da identificação do indivíduo com as
necessidades da sociedade faz com que se crie máscaras que apresenta a si e aos
outros, com o receio de não se encaixar.
Feldenkrais (1977) defende que quando o desenvolvimento da consciência é
completo, as atividades do corpo se tornam harmoniosas. Ele ressalta que o homem
se torna capaz de satisfazer suas paixões, deixando as ações mais humanas, a
medida em que a percepção se torna maior.
Orientadores das práticas do grupo
Gabriela D’Elia
Gabi é dançarina com formação em Psicologia pela PUC-SP. Busca integrar
o ser humano em seu potencial. Em sua trajetória percorreu por outros espaços,
países, culturas, línguas, corpos e movimentos. Iniciou sua trilha profissional na arte
em 2002, com a formação do Grupo Babado de Chita, no qual atuou até 2015.
Integrou também o P.U.L.T.S. Teatro Coreográfico. Experimenta e investiga várias
maneiras de conhecimento e pesquisa corporal, como o Método Feldenkrais, a
Técnica Klauss Vianna e o Contato Improvisação. Atua no Núcleo Feldenkrais Brasil
desde o início de 2011, onde é coordenadora e educadora, promovendo a
divulgação do Método e sua prática.
Hans Machado
Formado em psicologia pela USP e Feldenkrais Practioner pelo mestre
americano Jerry Karzen, Hans se dedica há mais de 20 anos na pesquisa e criação
de estratégias para promover a integração pessoal pelo movimento. É um dos
pioneiros da educação somática no Brasil e trouxe a Formação Internacional
Feldenkrais para o país através do Núcleo Feldenkrais, do qual é fundador. Com a
colaboração de Gabriela D’Elia e Fabiano Gonçalves, desenvolveu, em 2018, a
Formação Feldenkrais Teiativa.
Em seu percurso vale destacar também as práticas em Ving Tsun Kung Fu,
Movimentos Gurdjieff, Meditação Mindfulness aliada a Movimentos de Integração,
Psicologia do desenvolvimento e a intimidade com a Mata Atlântica. Realiza
trabalhos educativos e terapêuticos.
Atualmente divulga o Método Feldenkrais em seus aspectos práticos, suas
bases científicas e filosóficas. Além de palestras e cursos, está escrevendo dois
livros, um sobre as bases do Método Feldenkrais e outro sobre a Pedagogia
Teiativa.
Experiências práticas individuais
As aulas práticas foram realizadas com profissionais do Núcleo Feldenkrais,
através da programação online “Brilhando na quarentena”.
Ana Caroline Cabral Assuncion Recalde
Orientação: Hans Machado
Exercício: O exercício teve como enfoque a distribuição da força pelos pés.
Começamos deitados com as costas no chão, alternadamente deveríamos apoiar os
pés no chão e pressioná-los contra a superfície para sentir os pontos de apoio.
Depois de realizar repetições para aguçar as percepções desta ação,
deveríamos erguer os braços acima da cabeça - encostados no chão - e repetir o
mesmo exercício, pensando desta vez em perceber quais eram as reverberações
dos pontos de pressão dos pés no restante da coluna até o fim da caixa torácica.
Impressões: Logo de início notei que ao pressionar o chão, o arco dos meus pés
fica levemente erguido do chão, ao contrário de quando estou em pé, onde sinto
todo o meu pé espalhar-se completamente pela superfície; ainda neste momento
destaco a ativação dos músculos da parte posterior da panturrilha e, eventualmente,
dos músculos da parte medial da coxa.
Ao erguer os braços senti a reverberação desta ação chegar até uma parte
da costela, que fazia uma leve expansão junto de uma pequena contracapa do
diafragma. Tudo isto precisava estar em confluência com a respiração, fazendo-me
perceber a ativação de grandes músculos a partir dos ajustes dos pontos de
pressão que, acredito eu, auxiliam o entendimento do que Feldenkrais diz sobre
posição estável.
Micaelen de OliveiraSilva
Orientação: Gabriela D’Elia
Exercício: Os exercícios giraram em torno dos membros cabeça, ombros e pernas
procurando trazer a respiração como componente inerente das movimentações. A
sonorização também se fez presente como agente auxiliar para uma melhor
"visualização" da respiração.
Impressões: Em muitos momentos me dava conta da minha propriocepção e/ou da
falta dela quando por exemplo em um exercício era sugerida olhar para o teto e
fazer movimento de protrusão com os ombros. Assim, não era possível olhar para
esses membros, surgindo a corriqueira dúvida entre estar correto ou não. Desta
forma, ficava claro então a importância do autoconhecimento ao ponto de não
precisar olhar para determinada parte do corpo para saber exatamente o que ela
está fazendo, tamanho entendimento do próprio corpo. Ao passo deste
questionamento vinha também a orientação da condutora que sempre indicava
respeitar as próprias limitações e que poderia inclusive usar a movimentação na
imaginação. Também esta aula me deu tempo para entender a respiração e
movimentação se relacionando simultaneamente.
Pietro Machicao Perrucci
Orientação: Gabriela D’Elia
Exercício: A prática foi voltada à movimentos da cabeça, ombro, pescoço e um
pouco das pernas. Havíamos iniciado a partir de movimentos do ombro. Assim, em
leves impulsos individuais de cada ombro para cima, tendo em vista que estávamos
deitados de barriga pro alto. Após algumas repetições com ambos os ombros,
focamos no mesmo movimento só que com braços abertos. Assim, a movimentação
era mais sutil ainda.
Conectamos esse movimento com a rotação da cabeça de esquerda à
direita. Os ombros elevavam conforme a cabeça estava em oposição. À seguir,
entrelaçamos os dedos atrás da cabeça, estabilizando ombros. Só a cabeça movia.
À esquerda e direita. Fizemos bem devagar algumas vezes.
Depois disso, viramos nosso corpo de lado. Deslizamos a perna que estava
em cima, sobre a outra em direção ao abdômen num movimento bem curto,
vagarosamente. Assim, nossa cabeça, debruçada no braço de base também movia.
Com o nariz em direção ao abdômen. Fizemos essa vivência para ambos os lados.
Ao término, um breve descanso de cinco minutos seguido de conversa afim
de expressarmos nossas impressões.
Impressões: Pensamentos estavam em um bom ritmo, antes da prática devido
alguns problemas pessoais e conexo presente de pandemia. A ideia de mergulhar
dentro de si se percebendo é de muita importância pra mim. Comecei a focar no
“agora”, me acalmei.
Como para mim, que já sabe da extrema importância de viver a experiência
ainda tenho minhas dificuldades, acredito que essa prática deva ser benéfica à
todas as pessoas, ou pelo menos boa parte delas.
Vanessa da Silva Oliveira
Orientação: Hans Machado
Exercício: No exercício proposto foi trabalhado a distribuição da força dos pés.
Iniciamos deitados de costas para o chão, percebendo o modo como o peso do
corpo era distribuído, a sensação da gravidade e como a respiração fluia.
Em seguida apoiar um pé por vez no chão e pressioná-lo alternando a
intenção da força, revezando várias vezes os lados. Feito isso repetimos a ação,
porém no terceiro momento erguemos os braços acima da cabeça, a orientação
nesse momento foi de perceber como essa ação reverbera no corpo e pontuar se
houve alguma diferença com essa nova posição de braços.
Impressões: Inicialmente percebi que ao realizar o exercício de pressionar os pés
nesta posição me deu a impressão de falta de presença nos meus dedos, era como
se não tivesse força o suficiente, diferentemente de quando o faço em pé. Outra
descoberta foi na forma como piso com o pé direito, uso mais a borda interna e isso
faz minha “pisada” ficar para dentro e explica muito o porque as vezes sinto dores
no joelho, e o percebi no momento em que trocava o lado e comparava as
diferenças.
No momento de repetir o exercício com os braços acima da cabeça, senti
reverbera na axila esquerda um leve repuxar e na minha coluna lombar pouco
acima do sacro tendia a querer se movimentar ao pressionar o pé.
Algo que me atentei nessa prática foi como a minha percepção de
movimento, de sentir e entender como reverbera pelo meu corpo tem melhorado,
acredito que isso está totalmente relacionado às práticas que tenho vivenciado em
aula. Direcionar a atenção á parar para perceber e entender como cada movimento
acontece pelo meu corpo, cada qual proporcionando uma degustação diferente e
própria.
Referências
FELDENKRAIS, Moshe. Consciência pelo movimento. São Paulo: Summus, 1977.
STRAZZACAPPA, Márcia. Educação somática e artes cênicas: Princípios e
aplicações. Campinas: Papirus, 2012
Gabriela D’Elia. Disponível em: https://www.nucleofeldenkrais.com.br/gabriela-delia.
Acesso em: 19 mai. 2020.
Hans Machado. Disponível em:
https://www.nucleofeldenkrais.com.br/hans-machado. Acesso em 19 mai. 2020.

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