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Puberdade O que é? É o período de transição entre infância e vida adulta, em que ocorrem eventos controlados por fatores neuroendócrinos que modulam: • crescimento somático • desenvolvimento gonadal • características sexuais secundárias • capacidade de reprodução Nas meninas podem ter inicio a partir dos 8 anos. Estadiamento de Turner e Marshal Pelos: ➢ P1: ausência de pelos pubianos. ➢ P2: pelos finos e lisos na borda dos grandes lábios. ➢ P3: aumento na quantidade de pelos nos grandes lábios e na sínfise púbica, pelos mais escuros e crespos. ➢ P4: pelos escuros, crespos, grossos, nos grandes lábios, na sínfise púbica e períneo. ➢ P5: pelos terminais abundantes em sínfise, períneo e raiz das coxas. Mamas: ➢ M1: ausência de desenvolvimento mamário, estagio infantil. ➢ M2: aparecimento do broto mamário. ➢ M3: crescimento de mama e aréola, sem separação de contornos. ➢ M4: projeção da papila e aréola acima do contorno da mama. ➢ M5: projeção apenas da papila e retorno da aréola ao contorno da mama. Estirão de crescimento O pico de crescimento costuma acontecer por volta dos 12 anos de idade. • Estirão de crescimento: Velocidade máxima de crescimento10cm/ano. Tempo necessário para um bom estirão≥2 anos • Parada de crescimento: Velocidade de crescimento <2cm /ano. Idade óssea = 14 anos Após o nascimento há uma elevação inicial das gonadotrofinas, os níveis de FSH, do LH e dos esteroides ovarianos declinam e permanecem muito baixos por cerca de 6 a 8 anos. Após esse período, ressurge a estimulação do hormônio GnRH, por aumento da amplitude e da frequência dos pulsos de liberação das gonadotrofinas hipofisárias. O aumento dos episódios noturnos desses hormônios, especialmente o LH, estimula a secreção gonadal em ambos os sexos, levando ao desenvolvimento puberal, à maturação folicular à espermatogênese. Os sinais físicos de puberdade nas meninas costumam seguir, uma certa ordem de aparecimento: • telarca (surgimento de mamas); • pubarca ou adrenarca (surgimento de pelos pubianos, axilares, etc.); • estirão de crescimento; • mudança do padrão corporal; • menarca Puberdade Precoce Crianças com puberdade precoce (PP) iniciam seu desenvolvimento puberal antes do esperado para sua idade (antes dos 8 anos de idade para meninas e dos 9 anos para meninos). “Aparecimento precoce de mamas e pelos (passagem do estágio de Tanner 1 para 2); aceleração da velocidade de crescimento; maturação esquelética (idade óssea maior do que idade cronológica, com aceleração progressiva); e padrão puberal de secreção de gonadotrofinas e esteroides sexuais” A precocidade sexual é compatível com a vida reprodutiva normal, sem ocorrência de menopausa prematura, crianças altas no primeiro momento e baixa estatura adulta por fusão prematura das epífises. A puberdade é dividida em: • PP dependente de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas): também conhecida com PP central (PPC) ou verdadeira: o Ela é isossexual e dependente do eixo HHG • PP independente de GnRH: ou pseudopuberdade precoce ou puberdade precoce periférica (PPP): o É incompleta, isossexual e maturação sexual depende de esteroides gonadais e não do eixo HH; o Tumores ovarianos, doenças adrenais e síndrome de McCune- Albright representam a maioria dos casos de precocidade periférica em meninas. Classificação de puberdade: • Puberdade precoce central (PPC) • Pseudopuberdade precoce (PPP) o Isossexual; o Heterossexual; • Precocidade sexual incompleta: o Telarca precoce; o Pubarca precoce; Puberdade precoce central Tem como causa a maturação precoce do eixo hipotálamo-hipófise-ovário levando a produção de gonadotrofinas e esteroides sexuais, o hormônio LH é secretado de forma pulsátil de maneira espontânea e com grande amplitude, elevando sua concentração plasmática, a PPC corresponde a 80% dos casos. • Impacto na estatura final • Impacto psicossocial Possíveis causas: • Idiopáticas (maioria) – fatores genéticos e ambientais podem contribuir; • Tumores hipotalâmicos (glioma), hidrocefalia, malformações hipotalâmicas, infecções, traumas e irradiação • Síndromes genéticas – neurofibromatose tipo 1 • Causas secundárias: o HAC Puberdade precoce periférica Ocorre aumento dos esteroides sexuais por produção ovariana ou pelas suprarrenais, não está associada a produção de gonadotrofinas hipofisárias, apresentação clínica é variável e corresponde a 15 a 20% dos casos. A elevação crônica dos esteroides pode ativar o eixo HHO pela sensibilização de receptores centrais. Causas: • Tumor ou cisto ovariano; • Tumor adrenal feminilizante; • Síndrome de McCune- Albright • Iatrogênica (esteroides sexuais exógenos) • Hipotireoidismo primário • HAC – pode levar ao desenvolvimento isso ou heterossexual. Precocidade sexual isolada ou incompleta Telarca precoce: desenvolvimento mamário uni ou bilateral, sem desenvolvimento de outros caracteres puberais e sem aceleração do crescimento comum em meninas abaixo de dois anos (E2 transitório ou > sensibilidade mamária) investigar causa iatrogênica podem regredir, persistir ou progredir não devem ser tratados com medicamentos (controle da evolução do desenvolvimento puberal e da estatura até o início da puberdade normal) Pubarca precoce (Adrenarca prematura) Desenvolvimento de pelos pubianos <8 anos, inalterada ou com progressão lenta até a puberdade. Não desenvolve mama, mas pode ocorrer discreto ↑ na velocidade de crescimento Pode evoluir para pubarca, axilarca e odor característico nas axilas. Mais comum em crianças negras, hispânicas e obesas. Ativação da suprarrenal, com ↑ discreto de androstenediona, DHEA e SDHEA. Associada ao baixo peso ao nascimento e ↑ do IMC (> risco de anovulação, hirsutismo e hiperinsulinemia no menacme). *Casos mais exuberantes, investigar HAC forma tardia e tumores adrenais Menarca prematura: É um evento raro diagnóstico diferencial: presença de corpo estranho, infecções, trauma, abuso sexual e neoplasia. A ocorrência isolada parece estar associada a sensibilidade endometrial a pequenas doses de estrogênio, mas deve ser cuidadosamente investigada. O estradiol sérico deve manter-se em níveis pré-puberais Diagnóstico: • História clínica o Queixa ▪ Caracteres sexuais secundários (quais em qual ordem) ▪ Aumento do crescimento (perda de roupa e sapatos muito rápido) o Anamnese ▪ caracterizar sintomas atuais e pregressos ▪ outros sintomas – cefaleia, poliúria, polidpsia ou alteração visual ▪ antecedentes de doenças do SNC (traumatismo craniano, epilepsia, malformações ou sequelas de infecção) ▪ exposição a esteroides sexuais exógenos ▪ cefaleia recorrente ou dor abdominal sem causa ▪ cronologia do aparecimento dos eventos puberais ▪ história familiar o Exame físico ▪ Estadiamento de Tanner e Marshal ▪ Peso e estatura atuais (percentil), IMC ▪ Velocidade de crescimento ▪ Cálculo do canal familiar (altura estimada): altura do mais (cm) + altura da mãe (cm) menos treze divido por 2, variação de 10 cm para mais ou para menos. ▪ Manchas café com leite. o Exames laboratoriais ▪ Estudo hormonal básico: • LH, FSH, Estradiol ▪ Estudo hormonal complementar: • Androgênios: • Pubarca precoce ou suspeita HAC (17 OHP e testosterona) • tumor adrenal ou ovário (SDHEA e androstenediona) ▪ TSH – para hipotireoidismo ▪ Teste do GnRH – para diferenciar PPC de PPP • Estrogenização do epitélio vaginal – citologia; Diagnóstico por imagem ➢ Raio X de mão e punho não dominantes, observar a idade cronológica e a idade compatível com o raio X da paciente - Método de Greulich-Pyle➢ US pélvico o Relação corpo-colo > 2/1 o Comprimento uterino maior que 3,4 a 4,0 cm o Presença de eco endometrial (100% especificidade, mas com sensibilidade entre 42-87%) o Volume ovariano: > 1,78 cm³ entre 0-6 anos o > 1,96 cm³ entre 6-8 anos o > 2,69 cm³ entre 8-10 anos RNM ou TC de crânio e sela túrcica: Avaliar SNC nos casos de PPC Evolução rápida Associada a sintomas neurológicos e cefaleia Permite identificar malformações ou tumores Preferir RNM RNM abdominal – suspeita de tumor adrenal ou ovário Tratamento Quando tratar? Ter pelo menos 2 dos critérios: - Aparecimento dos caracteres sexuais secundários < 8 anos - Teste do GnRH indicativo de ativação do eixo HHO - IO (idade óssea) ≥ 2 anos IC - Altura predita ≤ 150cm - Altura predita 10 cm < que a altura predita pela média parental - Alterações psicológicas significativas ou - Idade de início antes de 5 anos Objetivos de tratamento? Identificar etiologia e tratar a causa quando possível Diagnosticar e tratar eventuais doenças intracranianas Adiar a maturação até a idade normal Atenuar e diminuir os caracteres sexuais secundários já estabelecidos Maximizar a estatura adulta final Evitar casos de abuso sexual e reduzir problemas emocionais Tratamento clínico: 1ª escolha - Análogos agonistas do GnRH de ação prolongada (aGnRH) -uso mensal (leuprolida 3,75mg ou goserelina 3,6mg) -uso trimestral (leuprolida 11,25mg ou goserelina 10,8mg) Agentes progestacionais Apoio psicológico Controle de tratamento: Clínico – 3/3 meses a 6/6 meses Verificar: Altura, Peso, exame do local da aplicação, Velocidade de crescimento, Estadiamento puberal Idade óssea semestral Laboratorial - Teste de estímulo com GnRH ou Dosagem de LH após aplicação do aGnRH O ideal é fazer o tratamento até 11 anos de idade cronológica ou até 12 anos de idade óssea. Puberdade Tardia Considera-se desenvolvimento puberal atrasado o não surgimento de caracteres sexuais secundários até os 14 anos (> que 13 anos) de idade para meninas (e até os 13 anos para meninos) ou a não ocorrência de menarca até os 16 anos, quando esses caracteres sexuais são presentes ou após os 3 amos da telarca. Quando os sinais de desenvolvimento somáticos são discordantes em relação a IO. Em casos de ausência de características sexuais desenvolvidas, é possível pressupor a ausência de esteroidogênese, isto é, um quando de hipogonadismo (confirmado com baixos de estradiol sérico). Para saber se é um hipogonadismo é hipogonadotrófico ou hipergonadotrófico é observado os níveis de FSH, podendo ainda investigar níveis séricos de prolactina (PRL), hormônios tireóideos, esteroides ovarianos e adrenais, ultrassonografia pélvica, radiografia para idade óssea, avaliação global para doenças sistêmicas e, eventualmente, exames de imagem do crânio. Pode ser ainda um caso de atraso constitucional do desenvolvimento puberal. Hipogonadismo hipogonadotrófico Se o FSH e o LH estiverem baixo, ou seja, pré- puberais caracteriza-se esse um quadro de hipogonadismo hipogonadotrófico. Acredita-se que o defeito está na hipófise ou no hipotálamo. “Recomenda-se que qualquer paciente com amenorreia primária e baixos níveis de gonadotrofinas, com ou sem elevação da prolactina, realize investigação da região hipotálamo-hipofisária por tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética (RNM), a fim de descartar a presença de lesões tumorais.” Corresponde a 30% dos casos de puberdade tardia. Possíveis causas: Tumores SNC (craniofaringioma, germinomas, gliomas e astrocitomas) Lesões do SNC (infecções, defeitos congênitos, hidrocefalia etc) Deficiência isolada de gonadotrofinas (ex. Sd. Kallman) Patologias genéticas Anorexia nervosa Doenças crônicas e desnutrição Atividade física excessiva Hipotireoidismo A etiologia mais comum de hipogonadismo hipogonadotrófico é idiopática, mas a hipofunção hipotalâmica pode resultar de várias lesões (congênitas – estenose do aqueduto ou ausência da base selar, sela túrcica vazia- ou adquiridas – tumores) suprasselares e anormalidades genéticas. Tumores que devem ser investigados: • prolactinoma • adenoma hipofisário cromófobo e • craniofaringiomas Amenorreia hipotalâmica funcional: presença de secreção anormal de GnRH pelo hipotálamo. • Leva a alteração do pico de LH e de sua secreção, ausência de crescimento folicular, anovulação, baixo nível de estradiol e nível de FSH frequentemente maior que o de LH. • A desnutrição, anorexia nervosa e perda de peso excessiva podem causar retardo puberal. Má absorção intestinal, fibrose cística, alcoolismo e drogas podem ser possíveis causas. • Além disso meninas que praticam esportes com muita exigência física associados a alimentação inadequada podem levar ao retardo puberal. • O estresse psicológico pode ser considerado uma causa de amenorreia hipotalâmica funcional. Atraso constitucional de puberdade: é um evento fisiológico mais frequente em meninos. Clinicamente difícil de diferenciar da deficiência de GnRH congênita. • Pode ser feito radiografia já que a maturação sexual é proporcional a maturação óssea que passa a ser mais demorada também (2 a 4 anos mais lenta que a idade cronológica). • Costuma apresentar casos na família por padrão genético. Tumores e doenças infiltrativas: costuma acometer o hipotálamo e a hipófise, o que pode diminuir a secreção de GnRH ou destruir os gonadotrófos levando a amenorreia. • Pedir RNM de pacientes que apresentam: o defeitos no campo visual; o cefaleia; o galactorreia; o outras evidências de disfunção hipotalâmica ou hipofisária Deficiência congênita do GnRH: rara, mas a amenorreia pode estar associada a deficiência completa de GnRH. o 50% dos casos apresentam anosmia concomitante, caracterizando a síndrome de Kallman que está ligada ao cromossomo X. • Além de liberação inadequada de GnRH pode ocorrer: ▪ Discinesia; ▪ Movimentos oculares aberrantes; ▪ Rim unilateral; ▪ Surdez neurossensorial unilateral. o Há outras causas genéticas autossômicas, como: ▪ síndrome de Laurence- Moon-Bardet-Biedl (obesidade, retardo de crescimento, imaturidade sexual, deficiência mental, diabete insípido, polidactilia). Hiperprolactinemia: rara na amenorreia primária, quando presente necessário fazer RNM para excluir: • adenomas hipofisários; • tumores causando: o lesão direta na hipófise; o lesão compressiva na hipófise; Hipogonadismo Hipergonadotrófico Nesses quadros o FSH e o LH estão altos (níveis puberais ou maiores), o problema costuma ser nas gônadas. Geralmente por acidentes cromossomais que provocam alterações funcionais nos ovários, sendo necessário fazer o cariótipo. Corresponde a 43% dos casos de atraso puberal. Causas mais frequentes: Disgenesia gonadal – monossomia do X e mosaicos (Sd. Turner) Após rádio e quimioterapia Ooforite autoimune Disgenesia gonadal (ou displasia gonadal): ausência de células germinativas, de estruturas foliculares e de atividade endócrina. • Causa amenorreia por falência ovariana; • Gônada formada por simples rudimentos de cordões celulares (gônada em fita); Disgenesia gonadal pura (síndrome de Swyer): pode ocorrer quando há: • Cariótipo 46, XY com testículo que não produz testosterona, estradiol e AMH. Genitália externa com fenótipo feminino; • Cariótipo 46, XY sem o gene SRY resultando em genitália externa com fenótipo feminino; • Síndrome de Ullrich-Turner em que há ausência parcial ou total de um dos cromossomos X; • Cariótipo 46, XX com gônadas ausentes ou ovários em fita sem atividade hormonal. • 1/3 dos pacientes possuem problemascardiovasculares (coarctação da aorta) e rim em ferradura. Além dessas, o diabete e a tireoidite de Hashimoto também são comuns Síndrome de Sohval ou disgenesia gonadal mista: • Fenótipo feminino, masculino ou ambíguo; • Gônadas em fita de um lado e/ou testículo disgenético intra-abdominal; • Cariótipo em geral 45X/46XY; • Podem ocorrer deleções ou anormalidades estruturais no cromossomo X. Síndrome de Turner: • Cariótipo 45 X (60% dos casos) ; • Exemplo clássico de disgenesia gonadal; • Anormalidades fenotípicas como: o Baixa estatura; o pescoço alado; o implantação baixa das orelhas; o linfedema de palmas das mãos e planta dos pés; o malformações urinárias e cardiovasculares o tórax em escudo; o implantação baixa de cabelos; o cúbito valgo; o afastamento dos mamilos; o 4ª e 5º metacarpianos curtos) • Ovários não funcionais ou com vida média curta; • Esteroidogênese insuficiente; • Genitália feminina, pré-púbere com órgãos infantilizados; • Há pacientes com essa síndrome, mas com o cariótipo em mosaico (45X/46XY), diagnosticado apenas com biopsia gonadal; (20% dos casos) • Há pacientes também com a síndrome de Noonan – com os mesmos estigmas da síndrome de Turner, mas com cariótipo normal; • Há ainda a síndrome de Roeslle – 45 X, sem malformações somáticas, com retardo puberal. “Existe a necessidade de cariotipagem das pacientes com hipogonadismo hipergonadotrófico para detectar precocemente a presença do cromossomo Y, pois, há indicação de gonadectomia, pelo risco de cerca de 20% de malignização do testículo disgenético.” Síndrome dos ovários policísticos (SOP): • Paciente com distúrbio menstrual; • Apresentam desenvolvimento puberal; • Não é frequente amenorreia primária; Anormalidades dos receptores e deficiência de enzimas • Deficiência da enzima 17 alfa hidroxilase: Causa rara de hipogonadismo hipergonadotrófico em paciente com cariótipo 46 XX. o amenorreia primária sem telarca, hipernatremia, hipocalemia, elevação de hormônio adrenocortitrófico (ACTH) e progesterona; o Ocorre diminuição da produção de cortisol e uma superprodução de ACTH, corticosterona e deoxicorticosterona • Síndrome de insensibilidade androgênica (síndrome de Morris): Apresenta telarca sem desenvolvimento significativo de pelos pubianos e axilares, vagina encurtada. o Geneticamente XY; o Defeito no receptor de andrógeno localizado no cromossomo X; o Níveis testosterona está na faixa dos homens normais, o que os diferencia dos portadores da síndrome de Mayer-Rokitansky- Küster-Hauser; o Presença de AMH =estruras internas masculinas; o A testosterona convertida em estrogênio inicia a telarca, mas o desenvolvimento não é completo (mamilos são imaturos, e as aréolas, pálidas). • Síndrome dos ovários resistentes às gonadotrofinas (síndrome de Savage): defeito no receptor de FSH, apresenta folículos aparentemente normais na histologia. • Deficiência da 5 afla redutase (forma incompleta de insensibilidade aos andrógenos): pessoa não consegue converter testosterona de DHT causando falhas no desenvolvimento de órgãos DHT-dependentes. o Cariótipo XY o Amenorreia primária o No nascimento têm fisionomia feminina podendo apresentar genitália ambígua; o Na puberdade nota-se virilização secundária e aumento da produção de testosterona; o Ocorre também fortalecimento dos músculos, engrossamento da voz e padrão masculino de cabelo Atraso constitucional do desenvolvimento puberal Retardo global do desenvolvimento, atingindo ao mesmo tempo altura, idade óssea e puberdade Fatores genéticos, doenças crônicas e desnutrição Mais comum no sexo masculino Dosagens hormonais são normais para infância e o teste de GnRH = pré-púbere Afastado outras causas aguardar o desenvolvimento puberal tardio, porém espontâneo Diagnóstico: Objetivo = determinar se condição é tratada como atraso constitucional ou se representa patologia que precise ser investigada Anamnese Curva de crescimento Doenças neurológicas Infecções Desnutrição Patologias crônicas Medicamentos Hábitos alimentares Intensidade da atividade física e prática esportiva Exame Físico Peso Altura Estadiamento puberal Tanner e Marshal Percentual de gordura corporal Identificar estigmas da Síndrome de Turner Dosagens hormonais LH, FSH Valores elevados indicam causa periférica, valores baixos indicam causa central Prolactina TSH Androgênios Cariótipo Indicado em casos de gonadotrofinas elevadas (hipogonadismo hipergonadotrófico) disgenesias gonadais. Exames de imagem Idade óssea Diferença ≥ 2DP entre IO e IC (estímulo insuficiente) Ultrassonografia Malformações de genitália interna Tomografia e RNM Alterações no SNC Citologia hormonal Determina presença de estímulo estrogênico Tratamento Objetivo: induzir e manter o desenvolvimento puberal Promover o crescimento até a estatura final adequada Minimizar impacto psicossocial Adequado para etiologia – abordagem multidisciplinar em casos de anorexia e desnutrição Reposição hormonal – 3 fases: estimular desenvolvimento mamário e promover o estirão de crescimento (estrogênio isolado) Promover menstruação regular e mineralização óssea adequada (estrogênio associado a progesterona) Manutenção do desenvolvimento e da regularidade menstrual (estrogênio associado a progesterona) Disgenesia gonadal com Y = gonadectomia (risco de malignização).
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