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Aluna: Kathleen Rodrigues Carvalho
Questão:
Manchete de jornal internacional, de Cururu Setentrional: “presidente da República pretende enviar para o Congresso reforma administrativa reconhecendo a Ordem dos Advogados do Brasil-OAB-como uma agência reguladora”
Diante dessa notícia sua namorada Pâmela Chimenes, perguntou-lhe:
A- É possível que essa notícia seja falsa?
Sim, pois não se pretende, evidentemente, classificar a OAB como uma agência reguladora – já se assinalou a sua natureza privada. Uma agência reguladora é uma pessoa jurídica de direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país. Por tais razões, a OAB, segundo jurisprudência consolidada do STF, é pessoa jurídica “ímpar” no ordenamento jurídico brasileiro. Assim, apesar de possuir todos os privilégios inerentes às autarquias e seguir o regime público, como o julgamento perante a Justiça Federal, imunidade tributária, privilégios processuais, não mais poderá ser considerada uma espécie de autarquia propriamente dita.
B- Qual a natureza jurídica da OAB? Ela integra a administração pública descentralizada?
Para se entender a natureza jurídica da OAB é preciso analisar a ADIN 3026-4/DF que tratou da constitucionalidade do § 1º do artigo 79 da lei 8906/1994 (Estatuto da OAB).
O STF ao analisar a constitucionalidade desses dispositivos deixou consignado alguns importantes posicionamentos sobre o tema. A OAB é uma espécie de Conselhos de Classe, responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício da advocacia. Ocorre que, o STF – Supremo Tribunal Federal -, na ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade – nº 3.026/DF, decidiu que a OAB é uma exceção, configurando como entidade “ímpar”, “sui generis”, sendo um serviço público independente, sem enquadramento nas categorias existentes em nosso ordenamento, muito menos integrante da Administração Indireta ou Descentralizada
Dessa forma, a OAB, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional, pois não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas e também institucionais.
Bibliografia.
https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/conheca-o-papel-das-agencias-reguladoras
https://jus.com.br/artigos/55999/o-julgamento-da-adi-3026-df-pelo-supremo-tribunal-federal-a-definicao-da-natureza-juridica-da-ordem-dos-advogados-do-brasil

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