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auditoria e pericia ambiental - livro (1)

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Prévia do material em texto

Auditoria e Perícia Ambiental 
 
2ª
 e
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çã
o 
Auditoria e Perícia 
Ambiental 
Sheila de Lira Franklin 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Sheila de Lira Franklin 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
F834a Franklin, Sheila de Lira. 
Auditoria e perícia ambiental / Sheila de Lira Franklin ; revisão 
Rafael Dias de Carvalho Moraes; ilustração Eduardo Bordoni e 
Fabrício Ramos. – 2. ed. – Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2018. 
148p. : il. 
 
1 Auditoria ambiental - Brasil. 2. Proteção ambiental. 3. 
Impacto ambiental - Avaliação - Brasil. 4 .Gestão ambiental. 5. 
Ensino à distância. I. Moraes, Rafael Dias de Carvalho. II. 
Bordoni, Eduardo. III. Ramos, Fabrício. IV. Título. 
 
CDD 363.700981 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins – CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
 
Palavra da Reitora 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSOEAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo o 
momento, ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSOEAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora.
Auditoria e Perícia Ambiental 
4 
 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
5 
 
 
Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ......................................................................................................... 07 
Plano da disciplina ........................................................................................................................ 09 
Unidade 1 – Licenciamento Ambiental e o Processo de Acompanhamento de 
Controle Ambiental no Brasil. .................................................................................................... 11 
Unidade 2 – O Papel da Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos - ACV no 
Processo de Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais ............................................ 31 
Unidade 3 – A ISO e o Sistema de Gestão Ambiental – SGA ............................................... 49 
Unidade 4 – Auditoria Ambiental ............................................................................................. 69 
Unidade 5 – Perícia Ambiental .................................................................................................. 91 
Unidade 6 – Recuperação de Áreas Degradadas .................................................................. 113 
Considerações finais ..................................................................................................................... 137 
Conhecendo a autora ................................................................................................................... 139 
Referências ...................................................................................................................................... 141 
Anexos.............................................................................................................................................. 143 
Auditoria e Perícia Ambiental 
6 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Prezado aluno, o livro de auditoria e perícia ambiental trata de uma área nova 
e promissora das ciências ambientais, que surgiu graças ao fortalecimento de 
políticas de proteção ao meio ambiente e da necessidade das empresas em 
melhorarem seus resultados em relação à sustentabilidade ambiental (fatores 
essenciais para a conquista de mercados consumidores e para a redução de 
problemas com os órgãos ambientais). 
O crescimento acentuado da área industrial nos diversos países, torna 
indispensável à sensibilização da sociedade, do setor empresarial e do governo 
para a preservação ambiental. Neste contexto, o campo da auditoria e perícia 
ambiental destaca-se na área de prevenção e solução de problemas ambientais de 
toda ordem, estabelecendo uma relação dinâmica entre as novas necessidades de 
sustentabilidade. 
O material é uma síntese de relevantes tópicos abordados em auditoria e 
perícia ambiental. Esperamos contribuir para a ampliação de seus conhecimentos, 
levando a uma maior compreensão dos temas: auditoria e perícia ambientais e, do 
emprego dessas ferramentas fundamentais para a redução de impactos ambientais 
e melhoria contínua dos processos de produção potencialmente impactantes ao 
meio ambiente. 
O material didático divide-se em seis unidades. A primeira aborda o processo 
de licenciamento ambiental e de acompanhamento do controle ambiental, 
identificando itens que são exigidos pelas legislações vigentes e os diferentes 
instrumentos de acompanhamento ambiental empregados pelo governo e 
empresas. A segunda aborda a avaliação do ciclo de vida dos produtos, ferramentafundamental na identificação das áreas, processos e impactos ambientais, e que 
orienta ações de auditoria ambiental. A terceira unidade apresenta os conceitos de 
sistema de gestão ambiental e detalha o processo de implantação da SGA. A quarta 
unidade apresenta os diferentes tipos de auditoria relacionados à área ambiental e 
detalha todas as etapas do processo de uma auditoria ambiental. No quinto 
capítulo são apresentados conceitos em perícia ambiental e seu papel nos 
processos judiciais. Já o sexto capítulo apresenta diferentes ferramentas de 
recuperação de áreas degradadas e aborda diferentes riscos ambientais. 
Sucesso! 
Auditoria e Perícia Ambiental 
8 
Auditoria e Perícia Ambiental 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
 
Prezado aluno, 
Uma nova etapa se inicia. Nesta disciplina, você terá a oportunidade de 
conhecer a área de auditoria e perícia ambiental. Os temas abordados são 
instrumentos de gestão ambiental empregados para redução dos impactos 
ambientais causados por atividades humanas potencialmente impactantes. Na 
área ambiental, as auditorias ambientais são fundamentais para se atingir um 
controle ambiental eficiente. Já as perícias ambientais compreendem instrumentos 
técnicos científicos e elucidam crimes ambientais e a extensão de seus impactos 
adversos. O que auxilia as decisões judiciais sobre penalidades a serem aplicadas 
aos casos. Esta disciplina foi elaborada com o objetivo de oferecer a abordagem de 
temas relevantes e atuais na área de auditoria a perícia ambiental. Este livro foi 
preparado com intuito de ser um importante aliado para o enriquecimento do seu 
conhecimento, contribuindo para sua formação e atuação profissional! Sucesso! 
Unidade 1: Licenciamento ambiental no Brasil e o processo de 
acompanhamento e suas etapas. Nesta unidade, você vai conhecer o arcabouço 
legal da Política Nacional de Meio Ambiental, bem como o processo de 
licenciamento ambiental, estudo de impacto ambiental e relatório de impacto 
ambiental e o processo de avaliação de impactos ambientais. Objetivos: 
Reconhecer a necessidade de avaliar impactos ambientais e a sua relação com as 
auditorias e perícias ambientais. 
 
Unidade 2: O papel da avaliação do ciclo de vida dos produtos – ACV no 
processo de avaliação de aspectos e impactos ambientais. Nesta unidade, você 
vai conhecer uma das ferramentas que auxiliam processos de auditoria ambiental, 
identificando aspectos e impactos ambientais. Objetivos: Apresentar e discutir 
como a metodologia e suas diferentes empregabilidades na área ambiental. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
10 
 
Unidade 3: A ISO e o sistema de gestão ambiental – SGA. Nesta unidade, 
você vai conhecer os princípios básicos da ISO 14001, seus objetivos, requisitos 
necessários a sua implantação e impactos positivos para os setores que os adotam. 
Será também discutido o uso da ISO em diferentes políticas públicas de proteção 
ambiental. Objetivo: apresentar a ISO 14001 e detalhar as diferentes etapas de 
implantação do sistema de gestão. 
Unidade 4: Auditoria ambiental. Nesta unidade, você vai conhecer os 
diferentes tipos de auditorias ligadas à área ambiental e todas as etapas que 
constam em uma auditoria desde a seleção dos profissionais que irão compor a 
equipe de auditores até o fechamento da auditoria e entrega do relatório final de 
auditoria. Objetivos: apresentar diferentes tipos de auditorias, suas etapas, 
planejamento e condução. 
Unidade 5: Perícia ambiental. Nesta unidade, serão apresentados os 
conceitos de danos ambientais e da aplicação da perícia ambiental como 
instrumento de investigação técnico científico, contribuindo para comprovar 
impactos ambientais significativos passivos de penalidades legais. Objetivos: 
Caracterizar os diferentes danos ambientais, áreas de atuação da perícia ambiental 
e abordar seu relevante papel em processos judiciais. 
Unidade 6: Recuperação de áreas degradadas. Nesta unidade, você terá a 
oportunidade de conhecer um pouco sobre riscos ambientais, indicadores e 
desempenho ambiental e sobre o processo de recuperação de áreas degradadas, 
alternativas e planejamento de ações na área. Objetivos: abordar a degradação 
ambiental, dificuldades para a recuperação e alternativas de recuperação de áreas 
degradadas. 
 
Bons estudos! 
Auditoria e Perícia Ambiental 
11 
1 Licenciamento Ambiental e o Processo de Acompanhamento de 
Controle Ambiental no Brasil 
Auditoria e Perícia Ambiental 
12 
 
Caro aluno, 
Nesta unidade, vamos estudar o processo de licenciamento ambiental no 
Brasil e suas etapas; EIA E RIMA; Avaliação de impactos; Identificação de Aspectos e 
impactos ambientais. 
 
Objetivos da Unidade: 
 Apresentar o histórico de políticas ambientais relacionadas ao processo de 
licenciamento ambiental no Brasil; 
 Discutir sobre a necessidade de realizar o controle ambiental, 
caracterizando as diferentes ferramentas empregadas no processo. 
 
Plano da Unidade: 
 Avaliação de impactos ambientais como exigência legal 
 Impactos ambientais 
 Licenciamento ambiental 
 SISNAMA e suas diferentes competências 
 Principais diferenças entre EIA e RIMA 
 Instrumentos de acompanhamento de avaliação de impacto ambiental. 
 
Bem-vindo à primeira Unidade de Estudo! 
 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
13 
 
Avaliação de impactos ambientais como exigência legal 
 
O processo de licenciamento ambiental é exigido pelos órgãos ambientais 
como requisito necessário para a concessão da licença ambiental, que permite o 
direito a execução de obras e atividades que potencialmente possam vir a causar 
danos ao meio ambiente. Durante o processo de licenciamento são exigidos: a 
elaboração e apresentação de EIA (estudo de impacto ambiental) e o RIMA 
(relatório de impacto ambiental). 
No Brasil e em outros países, a avaliação de impactos ambientais é cobrada 
legalmente pelos órgãos ambientais competentes através da elaboração do estudo 
de impacto ambiental (EIA). 
A avaliação de impactos ambientais (AIA) é um processo estruturado de 
procedimentos estabelecidos por lei, documentado por um parecer técnico e 
elaborado por uma equipe multidisciplinar, que tem como principal objetivo a 
análise da viabilidade ambiental de um empreendimento. O qual deve ser 
fundamentando com base no EIA (documento de caráter técnico científico) cuja 
decisão a respeito do empreendimento (que pode ser positiva ou negativa) é 
realizada pelo órgão ambiental competente. 
Dependendo da magnitude do empreendimento e de seus impactos 
ambientais, o licenciamento será realizado pelo IBAMA (esfera federal), órgãos 
estaduais ou municipais ligados à área ambiental. 
O documento EIA, exigido durante o processo de licenciamento ambiental 
apresenta desde informações sobre a empresa, como número de CNPJ, 
responsável técnico e localização do empreendimento, a informações complexas 
sobre o meio ambiente, com análise do meio físico, biótico e antrópico. Neste 
documento estão contidas informações sobre o empreendimento, impactos 
positivos e adversos ao meio ambiente e um conjunto de medidas estratégicas 
para possível redução (mitigação), correção e prevenção de impactos ambientais. 
Dependendo do país, estado ou município, a AIA será produto de diferentes 
conjuntos de aspectos legais, administrativos e políticos. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
14 
 
Impactos ambientais 
 
Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, 
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria 
ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam 
a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e 
econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a 
qualidade dos recursos ambientais. 
É válido ressaltar que os impactos das atividades humanas sob o meio 
ambiente podem ser positivosou adversos. Sendo os positivos associados ao meio 
antrópico, tais como criação de centros recreativos, ações em âmbito de 
saneamento básico, educação, saúde, lazer, iluminação pública, pavimentação de 
áreas públicas, geração de emprego, entre outros. Os impactos adversos referem-
se aos prejuízos a fauna, flora, meio físico e antrópico. 
Os impactos ambientais podem ser ainda variáveis em relação ao valor, ordem, 
dinâmica, espaço, horizonte temporal e plástica. 
 Ordem - diretos ou indiretos; 
 Dinâmica - temporário, cíclico ou permanente; 
 Espaço - local, regional, global; 
 Horizonte Temporal - curto, médio ou longo prazo; 
 Plástica - reversível ou irreversível. 
 
O propósito da AIA é avaliar as consequências de algumas ações, para que 
possa haver a prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá 
sofrer a execução de certos projetos ou ações, ou logo após a implementação dos 
mesmos. Planejamento de ações preventivas e mitigadoras. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
15 
 
Licenciamento ambiental 
 
AIA – histórico 
Historicamente, a avaliação de impactos ambientais teve origem nos EUA com 
a LEGISLAÇÃO FEDERAL USA (NEPA) "National Environment Policy Act - aprovada em 
1969 → EIS – “Environmental Impact Statement”. Após o pioneirismo norte-
americano, outros países passaram a desenvolver políticas de proteção ambiental. 
Na América do Norte, os primeiros países a adotarem a AIA, depois dos EUA 
foram Canadá (1973), Nova Zelândia (1973) e Austrália (1974). 
Seguindo na DÉCADA DE 70, a Conferência de Estocolmo-72 serviu para 
difundir entre os representantes dos países participantes a ideia da criação de 
politicas públicas relacionadas ao meio ambiente. O que contribuiu para a 
aderência do modelo proposto por outros países desenvolvidos. 
Diferente do processo ocorrido nos países desenvolvidos, que desenvolveram 
por livre vontade e por pressão popular as suas politicas de proteção ambiental, os 
países em desenvolvimento passaram a desenvolver na década de 80 a essas 
politicas devido a exigências de organismos internacionais como ONU, BID e BIRD. 
O que levou na DÉCADA DE 80, a uma expressiva aderência da maioria dos 
países em desenvolvimento através da implantação de leis ambientais que exigem 
preparação prévia de estudos de impacto ambiental. 
 
EIA E RIMA 
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA, é considerado um documento técnico 
científico fruto de diversas investigações científicas e técnicas desenvolvidas por 
equipe multidisciplinar. O objetivo do estudo de impacto ambiental é a realização 
de um diagnóstico ambiental, com identificação, previsão e medição, interpretação 
e valoração ambiental, definindo medidas mitigadoras e programas de 
monitoramento. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
16 
 
A EIA presta-se às análises técnicas a serem elaborados para apresentação ao 
Órgão Licenciador. Acompanha sempre, por determinação legal, um relatório de 
impacto ambiental – RIMA. 
Entende-se por RIMA um documento que consubstancia o conteúdo do EIA de 
forma clara e concisa e em linguagem acessível à população, esclarecendo os 
impactos negativos e positivos causados pelo empreendimento em questão. 
O RIMA, é um resumo do EIA, deve ser elaborado de forma objetiva e 
adequado à compreensão por pessoas leigas. Sendo que, cópias do RIMA devem 
ser colocadas à disposição de entidades e comunidades interessadas. 
São descritos a seguir os principais documentos empregados em Processos de 
Licenciamento Ambiental no Brasil, que são o EIA/RIMA, o PCA/RCA e o PRAD. 
O EIA/RIMA denominado Estudos de Impactos Ambientais acompanhado 
do Relatório de Impacto Ambiental são aplicados aos empreendimentos e 
atividades impactantes citados no segundo artigo da Resolução CONAMA 001/86. 
O PCA/RCA denominado Plano de Controle Ambiental acompanhado do 
Relatório de Controle Ambiental é exigido para empreendimentos e, ou, 
atividades que não tem grande capacidade de gerar impactos ambientais. Porém, a 
estruturação dos documentos possuem escopo semelhantes aos do EIA/RIMA, no 
entanto, não são demandados altos níveis de especificidade em suas elaborações. 
Quanto ao PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradas instituído pelo 
Decreto Federal 97.632, de 10.04.1989, define em seu Artigo Primeiro que "Os 
empreendimentos que se destinam à exploração dos recursos.” 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
17 
 
 
 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
18 
 
SISNAMA e suas diferentes competências 
 
Primeiros estudos ambientais foram preparados para projetos de hidrelétricas 
(anos 70), o que não impediu impactos da usina hidrelétrica do Tucuruí, construção 
da Transamazônia, acidentes industriais diversos, crescimento da poluição nos 
centros urbanos, entre outros. 
A aderência do modelo no Brasil estabeleceu-se com a criação da 1ª lei 
ambiental que incluiu a AIA como um de instrumentos. A Lei Federal n. 6938, de 31 
de agosto de 1981 – Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA – criação do 
SISNAMA. 
De acordo com a PNMA, o SISNAMA é legalmente composto pela junção de 
tais elementos: 
 
 Órgão Superior - Conselho de Governo; 
 Órgão Consultivo e Deliberativo - Conselho Nacional do Meio Ambiente - 
CONAMA; 
 Órgão Central - Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da 
Amazônia Legal - MMA; 
 Órgão Executor - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA; 
 Órgão Seccionais - órgãos ou entidades da Administração Pública Federal 
e, ou, Estaduais. 
 Órgão Locais - órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle 
e fiscalização das atividades mencionadas no item anterior, respeitadas às 
respectivas jurisdições. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
19 
 
Estabelece como partes integrantes dos instrumentos da PNMA a AIA, o 
licenciamento ambiental e o estudo de impacto ambiental. 
 
Resoluções Conama 
RESOLUÇÃO N. 001/86 – dispõe sobre estudo prévio de impacto ambiental 
RESOLUÇÃO N. 237/97 – dispõe sobre licença e licenciamento ambiental 
RESOLUÇÃO N. 303/02 – dispõe sobre parâmetros, definições e limites de 
preservação permanente 
RESOLUÇÃO N. 305/02 – dispõe sobre o licenciamento ambiental, estudo de 
impacto ambiental e relatório de impacto no meio ambiente de atividades e 
empreendimentos com organismos geneticamente modificados e seus derivados 
RESOLUÇÃO N. 308/82 – licenciamento ambiental de sistemas de disposição 
final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte. 
 
Re. Conama 001/86 
Critérios técnicos para elaboração do EIA e do RIMA; 
Adoção em todos os estados da federação. 
 
Estabelece as atividades que dependem de EIA/RIMA 
 Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 
 Ferrovias; 
 Portos e terminais de petróleo e produtos químicos; 
 Aeroportos; 
 Oleodutos, gasodutos, minerodutos entre outros. 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
20 
CONAMA 09/1987 
Dispõe sobre audiências públicas. 
 
Decreto federal n. 99.274 de 06 de junho de 1990 
 Regulamenta a AIA como parte integrante do licenciamento ambiental. 
 
Re. Conama 237, de 19 de dezembro de 1997 
 Regulamenta aspectos do licenciamento ambiental estabelecidos na PNMA 
 Tipos de licença: LP,LI e LO 
 Prazos de concessão variáveis; 
 Diferentes prazos de validade; 
 Renovação da LO – antecedência mínima 120 dias antes o término do 
prazo validade. 
 
Lp – licença prévia 
Li – licença de instalação 
Lo – licença de operação 
Diretrizes para a elaboração do EIA/RIMA para o EIA informações gerais 
1. caracterização do empreendimento; 
2. área de influência; 
3. diagnóstico ambiental; 
4. análise dos impactos ambientais; 
5. medidas mitigadoras; 
6. programa de monitoramento; 
7. elaboração do rima. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
21 
 
Suspensão ou cancelamento da licença ambiental 
O órgão ambiental, mediante decisão motivada, poderá modificaras 
condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma 
licença, quando ocorrer violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou 
normas legais, omissão ou falsa descrição de informações relevantes que 
subsidiaram a expedição da licença ou superveniência de graves riscos ambientais 
e de saúde. 
 
Principais diferenças entre EIA e RIMA 
 
O EIA é um documento técnico científico a ser avaliado pelo órgão ambiental 
que de conter: diagnóstico ambiental, identificação, previsão, interpretação e 
valoração, definições de medidas preventivas e corretivas e programas de 
monitoramento. Já o RIMA é um resumo do EIA que é desenvolvido com o objetivo 
de levar informações a sociedade, cuja construção e redação deve ser simples e 
objetiva, com linguagem informal e acessível ao público leigo. 
 
Etapas do processo de AIA 
Para realização de avaliação de impactos ambientais realiza-se uma triagem de 
informações, as quais são importantes para determinar se um projeto é 
reconhecido por legislações vigentes como potencialmente impactante ao meio 
ambiente e se necessita ou não da realização de um estudo detalhado de impactos 
ambientais. Vale ressaltar que, as legislações federal, estadual e municipal devem 
ser observadas. 
 
Elaboração do estudo de impacto ambiental 
Atividade central do processo de AIA, a ser desenvolvida por equipe técnica 
multidisciplinar. No Brasil, o EIA é realizado por empresas de consultoria ambiental, 
que devem ser devidamente cadastradas junto aos órgãos ambientais. Todos os 
custos ligados ao processo de licenciamento ambiental, tais como: solicitação de 
EIA, custos com a elaboração de estudo de impactos ambientais. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
22 
 
Análise técnica do estudo de impacto ambiental 
É realizada por órgãos ambientais onde os analistas preocupam-se em verificar 
o detalhamento do diagnóstico ambiental bem como seus aspectos técnicos e a 
conformidade do EIA em relação aos termos de referência e à regulamentação ou 
procedimentos aplicáveis. 
 
Consulta pública 
A consulta pública tem o objetivo esclarecer aos interessados os objetivos do 
empreendimento, bem como seus impactos positivos e negativos e formas de 
controle e mitigação dos danos ambientais. O mecanismo legal mais utilizado é a 
audiência pública. 
 
Decisão 
A decisão é realizada pelo órgão ambiental competente e visa conceder à 
empresa solicitante a licença ambiental do empreendimento. 
 
Monitoramento 
O monitoramento é a etapa de implementação de medidas preventivas e 
mitigadoras de impactos ambientais negativos pela empresa. 
 
Acompanhamento 
Para que o EIA seja seguido com sucesso é necessário que as empresas criem 
estratégias para realização de controle ambiental. No EIA existe um capítulo 
destinado a Plano de Gestão Ambiental. 
As empresas podem realizar gestão ambiental através de ações de controle 
ambiental. Uma empresa pode delegar a responsabilidade (dependendo do 
tamanho da empresa) a cargo de um funcionário com formação na área ambiental 
ou criar, dependendo de sua viabilidade e necessidade um departamento 
específico para tratar das questões ambientais, constituído por equipe 
multidisciplinar. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
23 
 
Uma gestão ambiental eficiente pode ser atingida com maior eficiência 
através de um sistema de gestão ambiental, que falaremos com maiores detalhes 
no capítulo sistema de gestão ambiental. 
Sendo importante ressaltar que o processo de avaliação de impactos 
ambientais deve ser contínuo, ou seja, não deve terminar com a apresentação do 
EIA ao órgão ambiental competente. 
A avaliação contínua de impactos ambientais é fundamental para a eficiência 
do controle ambiental. O que é realizado por meio de Gestão Ambiental. 
Um dos capítulos integrantes do estudo de impacto ambiental vem a ser o 
planejamento ambiental. Neste capítulo a empresa elabora um plano de ações e 
estratégias para monitorar o meio ambiente. 
O Planejamento ambiental envolve a adoção das seguintes medidas: Gestão 
ambiental, Monitoramento ambiental. Auditoria ambiental e Implantação de 
sistemas ISO. 
O acompanhamento ideal do plano de avaliação de impactos ambientais 
documentado no EIA envolve a fiscalização dos órgãos ambientais competentes 
através e pelo controle ambiental realizado pelas empresas. O acompanhamento 
ambiental também pode ser realizado pelas empresas através de auditorias 
visando obter a máxima qualidade ambiental. 
Por serem caras as auditorias ambientais e implantação de sistemas ISO e 
seguirem rigorosos critérios internacionais de qualidade, as empresas esbarram em 
altos custos para implantação de sistemas de gestão ambiental com certificação. 
Os altos custos com o processo fazem com que a maioria das pequenas e médias 
empresas não possua programas de gestão ambiental eficientes. 
 
A avaliação de impactos ambientais nas empresas 
Entende-se por impactos ambientais qualquer modificação do meio ambiente, 
benéfica ou adversa. Na linguagem industrial diz respeito a modificações. Na 
linguagem industrial diz respeito a modificações que possam ocorrer nos aspectos 
ambientais da organização. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
24 
 
Aspectos ambientais 
Entende-se por aspectos ambientais os elementos das atividades, produtos ou 
serviço de uma organização que pode interagir com o meio ambiente causando 
impactos significativos. O termo aspectos ambientais é definido pela NBR 
14001/2004, a qual daremos ênfase no livro. 
 
Instrumentos de acompanhamento de avaliação de 
impacto ambiental. 
 
As empresas realizam monitoramento ambiental e controle/análise de 
documentação, o qual pode ser feito por ações de supervisão interna ou auditorias. 
A fiscalização das condições ambientais é realizada pelos órgãos ambientais 
(que avaliam o grau de cumprimento dos requisitos legais), determinam se o 
controle ambiental das empresas está de acordo com os critérios estabelecidos 
pelas normas e legislações vigentes e detecta e documenta violações dos 
requisitos legais. Caso sejam verificadas irregularidades em relação ao 
cumprimento da lei, as empresas são notificadas, sendo solicitadas mudanças 
cabíveis e autuadas como medida educativa. 
No processo de licenciamento ambiental o monitoramento é obrigatório. O 
monitoramento se refere à coleta sistemática e periódica de dados previamente 
selecionados. 
 
Identificação de aspectos e impactos 
A identificação de aspectos e impactos envolve o conhecimento do processo, 
sendo necessário o estabelecimento de um fluxo de processo para identificar 
aspectos associados a cada atividade. Avaliar o ciclo de vida da atividade ou 
produto é de crucial relevância, já que a partir dessa análise é possível visualizar 
todo o sistema, identificando aspectos ambientais associados com cada entrada, 
transformação ou saída. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
25 
 
A identificação de aspectos e impactos ambientais envolve, portanto, 
planejamento, elaboração e aplicação de checklist específico contendo 
informações que possam levantar informações acerca do processo, conformidades 
com as normas e legislações vigentes, pontos críticos, mudanças necessárias, entre 
outros. 
Para que a triagem de dados seja eficiente, é importante elaborar previamente 
um questionário padrão ( com base nas especificidades da área da empresa a ser 
inspecionada) e após a aplicação do mesmo os resultados devem ser analisados 
criteriosamente. De acordo com os dados levantados com a pesquisa devem ser 
elaboradas ações de gestão ambiental. 
 
No quadro 1 são exemplificados aspectos e impactos de atividades industriais. 
 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
26 
 
 
Estamos encerrando a unidade. Sempre que tiver uma dúvida entre em 
contato com seu tutor virtual através do ambiente virtual de aprendizagem e 
consulte sempre a biblioteca do seu polo.É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
27 
 
Exercícios - Unidade 1 
 
1.Na prática o conceito operacional de impacto ambiental acaba sendo: 
 
a) O efeito adverso sobre o ecossistema de uma ação induzida pelo homem. 
b) A diferença entre a provável situação futura de um indicador ambiental 
(com o projeto proposto) e sua situação presente. 
c) Qualquer alteração no meio ambiente em um ou mais de seus 
componentes, provocada por uma ação humana. 
d) A mudança de um parâmetro ambiental, num determinado período e 
numa determinada área, que resulta de uma dada atividade, comparada 
com a situação que ocorreria se essa atividade não tivesse sido iniciada. 
e) O impacto ambiental é caracterizado como sendo o efeito de ações 
humanas sobre o meio ambiente somando ao efeito de fenômenos 
naturais, como tempestades, enchentes, incêndios florestais e outros. 
 
2.O monitoramento ambiental fornece informações sobre os fatores que 
influenciam, exceto: 
 
a) O estado de conservação 
b) O estado de preservação 
c) O planejamento ambiental 
d) O estado de recuperação ambiental 
e) N.D.R.A 
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28 
 
3.Não podem ser considerados como impactos ambientais adversos: 
a) corte de lenha e espécimes nativas sem autorização oficial; 
b) trânsito de barcos a motor, ruído de aeroporto 
c) pesca e caça, vandalismo; 
d) utilização de energias limpas e redução de consumo de água; 
e) presença excessiva de cartazes nas ruas e excesso de lixo. 
 
4.Desenvolvimento sustentável é definido como “o desenvolvimento que satisfaz 
as necessidades das presentes gerações, sem comprometer a capacidade de as 
futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”. A partir da definição, 
assinale a alternativa que indica quais são as dimensões básicas da 
sustentabilidade. 
a) Ecológica, cultural e social. 
b) Econômica, social e cultural. 
c) Econômica, social e ambiental. 
d) Social, cultural e histórica. 
e) Econômica, ambiental e histórica. 
 
5.Assinale a alternativa que não representa uma das atividades técnicas mínimas a 
serem desenvolvidas pelo estudo de impacto ambiental: 
a) Elaboração de programa de acompanhamento e monitoramento de 
impactos; 
b) Diagnóstico ambiental da área de influencia do projeto; 
c) Analise de impactos ambientais do projeto; 
d) Definição de medidas mitigadoras de impactos negativos; 
e) Estabelecimento de objetivos e metas ambientais do projeto. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
29 
 
6.São modalidades de recuperação previstas no meio ambiente exceto: 
a) Remediação 
b) Reabilitação 
c) Restauração 
d) Revilitação 
e) Restruturação 
 
7.Em relação ao EIA analise as questões abaixo e em seguida marque a opção 
correta. 
1- O Estudo de Impacto Ambiental deverá contemplar alternativas tecnológicas e 
locacionais, bem como medidas mitigadoras para a redução do impacto ambiental. 
2. Independentemente de quem seja o empreendedor, a responsabilidade pelas 
despesas de elaboração do Estudo de Impacto Ambiental é do Poder Público. 
3. O Estudo de Impacto Ambiental é exigível para todos os licenciamentos 
ambientais. 
 
Está (ão) correta (s) apenas: 
a) a afirmativa 1. 
b) a afirmativa 3. 
c) as afirmativas 1 e 2. 
d) as afirmativas 1 e 3. 
e) as afirmativas 2 e 3. 
 
8.Um impacto ambiental positivo esperado na fase de operação de uma rodovia é: 
a) Aumento dos índices de acidentes com a população local. 
b) Introdução de espécies para proteção de taludes. 
c) Geração de empregos diretos e indiretos. 
d) Perturbação e evasão da fauna pelas explosões de pedreiras. 
e) Dinamização de processos erosivos em solos expostos. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
30 
 
9. Diferencie aspecto ambiental de impacto ambiental: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10. Apresente as principais diferenças entre EIA e RIMA. 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
31 
2 O Papel da Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos - ACV no Processo de Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
32 
 
Caro aluno, 
Nesta unidade, vamos estudar ACV conceitos; Metodologia; Etapas; Aplicação 
 
 
Objetivos da Unidade: 
 Apresentar a origem do ACV e suas aplicabilidades em estudos 
ambientais; 
 Abordar suas etapas; 
 Caracterizar seu emprego nas empresas; 
 Outras aplicações. 
 
 
Plano da Unidade: 
 Conceitos da ACV 
 Etapas da ACV 
 Aplicabilidades da ACV 
 Vantagens e desvantagens 
 Uso no governo 
 Uso na Rotulagem ambiental 
 Identificação de aspectos ambientais 
 
Bem-vindo à segunda Unidade de Estudo! 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
33 
 
Conceitos da ACV 
 
A avaliação do ciclo de vida – ACV, do inglês Life Cycle Assessment – LCA, é 
um método utilizado para avaliar o impacto ambiental de bens e serviços. A análise 
do ciclo de vida de um produto, processo ou atividade é sistemática e quantifica os 
fluxos de energia e de materiais no ciclo de vida do produto. 
A avaliação de ciclo de vida dos produtos permite a estimativa dos impactos 
potencias cumulativos resultantes de todos os estágios do processo produtivo, 
frequentemente incluindo impactos não considerados nos outros processos 
tradicionais de análise. 
A avaliação do ciclo de vida dos produtos auxilia no desenvolvimento de uma 
avaliação das consequências ambientais associadas com um dado produto, 
ajudando a selecionar produtos e processo menos impactantes ao meio ambiente. 
As informações podem ser usadas juntamente com outros fatores, tais como 
custos e dados de performance, para a seleção dos produtos e processos. 
A ACV permite fazer comparações diretas entre produtos e processos. Sendo 
aplicável e consistente por diferentes equipes de avaliação. 
Abrange os estágios de ciclo de vida do produto ou processo e os aspectos 
ambientais relevantes definidos nos objetivos. É suficientemente simples para 
permitir avaliações relativamente rápidas e baratas. 
Seu uso na indústria pode ser utilizado no desenvolvimento de uma avaliação 
sistemática das consequências ambientais associadas com um dado produto. 
Também pode ser útil para analisar possibilidades de substituições ambientais 
associadas com um ou mais produtos ou processos específicos, ou na 
quantificação das emissões ambientais. 
A ACV avalia os efeitos dos consumos de materiais e das emissões ambientais 
sobre o meio ambiente e sobre o homem, auxilia na identificação de áreas de 
oportunidade para uma maior eficiência econômica, na concepção e no 
desenvolvimento de produtos. É uma ferramenta de avaliação de aspectos e 
impactos ambientais e é indispensável no processode auditorias ambientais. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
34 
Portanto, a ACV é uma técnica para avaliação dos aspectos ambientais e dos 
impactos potenciais associados a um produto, compreendendo as etapas que vão 
desde a retirada da natureza das matérias-primas elementares que entram no 
sistema produtivo (berço) até a disposição do produto final (túmulo). 
São exemplos de etapas que podem ser avaliados: a produção de energia, os 
processos que envolvem a manufatura, as questões relacionadas com as 
embalagens, o transporte, o consumo de energia não renovável, os impactos 
relacionados com o uso, ou aproveitamento e o reuso do produto ou mesmo 
questões relacionadas com o lixo ou recuperação / reciclagem. 
A ACV pode ser de grande utilidade para o desenvolvimento de produtos, a 
escolha de tecnologias, a identificação da fase do Ciclo de Vida em que os impactos 
ocorrem, a seleção de indicadores ambientais relevantes para avaliação de projetos 
e a reformulação de produtos ou processo. 
A técnica da Avaliação do Ciclo de Vida tem limitações, que devem ser 
consideradas tanto na elaboração dos estudos quanto no uso dos seus resultados. 
A Avaliação do Ciclo de Vida deve ser efetuada seguindo o estabelecido em 
normas internacionais normas. 
A norma ISO 14020 contém princípios básicos, aplicáveis a todos os tipos de 
rotulagem ambiental, recomenda que, sempre que apropriado, seja levada em 
consideração a análise de Ciclo de Vida-ACV. 
 
Etapas da ACV 
 
 
Como etapas da avaliação do ciclo de vida dos produtos tem-se inicialmente a 
necessidade de definição de objetivo e escopo do estudo, bem como a realização 
da análise do inventário, incluindo o que e quanto é gasto em cada etapa da 
produção. Sendo realizado o levantamento da avaliação de impacto (classificação, 
valoração = interpretação) para que possíveis soluções sejam apresentadas, 
visando maiores ganhos econômicos e ambientais. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
35 
 
Na etapa de definição dos objetivos e abrangência é importante descrever o 
sistema a ser estudado, bem como realizar a definição dos limites do sistema, a 
definição das unidades do sistema e o estabelecimento da função e da unidade 
funcional do sistema. 
Os procedimentos de alocação, os requisitos dos dados, as hipóteses de 
limitações, a avaliação de impactos ambientais, quando necessárias, a metodologia 
a ser adotada, o tipo e o formato do relatório importante para o estudo e a 
definição dos critérios para a revisão crítica, se necessário. 
 
Análise do inventário 
É importante considerar a necessidade de uma estratégia cuidadosa na 
preparação para a coleta de dados, a própria coleta de dados e as metodologias 
selecionadas, o refinamento dos limites do sistema, a determinação dos 
procedimentos de cálculo e os procedimentos de alocação. 
 
Avaliação do impacto do ciclo de vida 
A norma ISO 14042 propõe uma estrutura para o processo de avaliação, 
incluindo basicamente três etapas: Classificação: os dados são classificados e 
apurados nas diversas categorias selecionadas (conforme meio receptor e efeitos 
ambientais); Caracterização: os dados são modelados por categoria de forma que 
cada um possa ter o seu indicador numérico (com base em estudos científicos). 
Ex. medida efeito tóxico, efeito acidificante etc., e valoração = interpretação. 
 
Interpretação da ACV (ISO 14043) 
Na última etapa da ACV os resultados obtidos nas fases de inventário e 
avaliação de impacto são analisados de acordo com o objetivo e o escopo 
previamente definidos para o estudo. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
36 
 
As conclusões obtidas após a análise dos resultados possibilitam a 
identificação de pontos críticos do ciclo de vida do produto que necessitam de 
melhorias, permitindo a implementação de estratégias de produção, como a 
substituição e recuperação de materiais e a reformulação ou substituição de 
processos, visando à preservação ambiental. 
 
Aplicabilidades da ACV 
 
Uso na indústria 
Seu uso na indústria contribui para o desenvolvimento de uma avaliação 
sistemática das consequências ambientais associadas com um dado produto. 
Através da sua aplicação também pode ser realizada a análise das trocas 
ambientais associadas com um ou mais produtos ou processos específicos para 
obter dos tomadores de decisão (estado, comunidade e outros) aprovação para 
alguma ação planejada. 
Outro exemplo de aplicação é a quantificação das emissões ambientais para o 
ar, água e terra em relação a cada estágio do ciclo de vida ou ao processo que mais 
contribui. 
Também pode ser aplicado na avaliação dos efeitos dos consumos de 
materiais e das emissões ambientais sobre o meio ambiente e sobre o homem, na 
identificação de áreas de oportunidade para uma maior eficiência econômica, ou 
na concepção e desenvolvimento de produtos. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
37 
 
Etapas do ciclo de vida de um bem ou produto 
 
 
Atividades nos cinco estágios de ciclo de vida de um produto: 
1. Extração 
2. Matéria-prima 
3. Produção 
4. Uso 
5. Descarte 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
38 
 
Várias empresas têm identificado grandes vantagens econômicas em avaliar e 
monitorar o meio ambiente, indo além das exigências legais ou daquelas 
estabelecidas nas normas de sistemas de gestão ambiental, como a NBR ISO 14001. 
A ACV permite a estimativa dos impactos potenciais cumulativos resultantes 
de todos os estágios do processo produtivo, frequentemente incluindo impactos 
não considerados nos outros processos tradicionais de análise. A inclusão desses 
impactos permite uma visão mais abrangente dos aspectos ambientais dos 
produtos ou processos e um quadro mais apurado das efetivas trocas ambientais 
na seleção de produtos. 
Dessa forma, a ACV ajuda os tomadores de decisão a selecionar seus produtos 
e processos de forma a causar o menor impacto ao meio ambiente. Essas 
informações podem ser usadas juntamente com outros fatores, tais como custos e 
dados de performance, para a seleção dos produtos e processos. 
Os dados da ACV identificam as transferências dos impactos ambientais de um 
meio para outro (por exemplo, a eliminação de uma emissão para o ar acarretando 
uma emissão de efluentes para a água) ou de um estágio do ciclo de vida para 
outro (por exemplo, do uso ou reuso do produto para a fase anterior de aquisição 
de matérias-primas). 
Se uma ACV não for realizada, tais transferências podem não ser identificadas 
e apropriadamente incluídas nas análises, já que estão fora dos escopos típicos das 
análises tradicionais ou do foco dos processos de seleção de produtos. 
Ao se fazer uma seleção, por exemplo, entre duas alternativas de produtos 
utilizando-se critérios puramente ambientais, pode-se ser tentado a escolher a 
alternativa 1, porque gera menos resíduo sólido que a alternativa 2. No entanto, 
depois da realização de um estudo de ACV, é possível concluir que a alternativa 1 
acarreta, na realidade, maior impacto ambiental para todo o ciclo de vida quando é 
medido o impacto nos três meios (ar, água e terra) (exemplo: pode causar mais 
emissões químicas durante a fase de manufatura). 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
39 
 
A indústria tem utilizado essa ferramenta, para diversos usos, tais como: o 
desenvolvimento de uma avaliação sistemática das consequências ambientais 
associadas com um dado produto. Também é empregado na análise das trocas 
ambientais associadas com um ou mais produtos ou processos específicos para 
obter dos tomadores de decisão (estado, comunidade e outros). 
Pode ser utilizado para a aprovação para alguma ação planejada ou para 
quantificação das emissões ambientais para o ar, água e terra em relação a cada 
estágio do ciclo de vida ou ao processo que mais contribui. Pode ainda contribuir 
para avaliar os efeitos dos consumos de materiais e das emissões ambientais sobre 
o meio ambiente e sobre ohomem ou para identificar de áreas de oportunidade 
para uma maior eficiência econômica ou na concepção e desenvolvimento de 
produtos. 
A ACV facilita o gerenciamento ambiental na indústria, uma vez que 
sistematiza as questões associadas ao sistema de produção, melhora a 
compreensão do processo de produção e facilita a identificação de prioridades 
para tomadas de decisão. 
É importante ressaltar ainda que uma pequena ou média empresa talvez não 
tenha condições de conduzir um estudo deste tipo. Porém, ainda assim, a ideia e o 
conceito da ACV podem ser aplicados pelas pequenas e médias empresas ao 
conceberem e desenvolverem os seus produtos ou serviços. 
Ainda assim, a ACV possibilita que as pequenas e médias empresas levem em 
consideração não apenas os aspectos ambientais da sua fase na cadeia de 
fornecimento, mas também das fases anteriores e posteriores, fornecendo 
produtos ou serviços melhores do ponto de vista ambiental, com os consequentes 
benefícios diretos e indiretos. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
40 
 
Uso do ACV no Governo 
 
Os governos de diversos países têm utilizado a ACV no estabelecimento de 
suas políticas ambientais. 
O uso da ACV auxilia na definição de políticas mais consistentes, evitando que 
impactos ambientais sejam transferidos para outra fase do ciclo de vida do produto 
ou serviço. 
A Áustria, o Canadá, a Finlândia, a França, a Alemanha, o Japão, a Holanda, a 
Noruega, a Suécia e os Estados Unidos da América são países que adotam em suas 
políticas públicas a ACV. 
 
Uso na rotulagem ambiental 
 
A Rotulagem Ambiental é um mecanismo de comunicação com o mercado 
sobre os aspectos ambientais do produto ou serviço com o objetivo de diferenciá-
lo de outros produtos. Ela pode se materializar por meio de símbolos, marcas, 
textos ou gráficos. 
Em virtude da proliferação de rótulos e selos ambientais no mercado e da 
necessidade de se estabelecerem padrões e regras para o seu uso adequado, é que 
a Organização Internacional de Normalização (ISO) desenvolveu normas para a 
rotulagem ambiental. Como passo inicial estabeleceu uma classificação para os 
diversos tipos de rotulagem: 
Tipo I – Programas de terceira-parte, baseados em múltiplos critérios, 
voluntários, que atribuem uma licença autorizando o uso de rótulos ambientais em 
produtos para indicar a preferibilidade ambiental global de um produto dentre 
uma categoria de produtos baseada em considerações de ciclo de vida; 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
41 
 
Tipo II – Autodeclarações ambientais informativas; 
Tipo III – Programas voluntários que fornecem dados ambientais 
quantificados de um produto, sobre categorias preestabelecidas de parâmetros, 
estabelecidos por uma terceira-parte qualificada e baseada numa avaliação de ciclo 
de vida, e verificada por essa ou outra terceira-parte qualificada. 
Tipo IV – Rótulos ambientais monocriteriosos, atribuídos por uma terceira-
parte, referem-se apenas a um aspecto ambiental, sem serem baseados em 
considerações de ciclo de vida. 
Tipicamente, os Programas de Rótulos Ambientais do tipo I envolvem a 
definição de categorias de produtos e critérios para a atribuição dos rótulos para 
estas categorias. Normalmente, estas definições são estabelecidas por entidades 
independentes ou por grupos de assessoramento técnico. Para cada categoria 
definida, é efetuada alguma análise de ciclo de vida, a qual pode variar em termos 
de profundidade, em função da complexidade do produto ou dos processos 
envolvidos. 
Os parâmetros diferenciadores (uso de energia, toxicidade etc.) serão 
utilizados para definir os critérios de atribuição do rótulo ecológico. Definidos os 
critérios, as empresas interessadas em participar submetem os seus produtos para 
a realização de ensaios e verificações de modo a se assegurar à conformidade do 
produto aos critérios. Se aprovados, as empresas pagam os custos da licença do 
uso do rótulo do programa por um período definido. 
O uso do Rótulo Ecológico é restrito aos produtos aprovados, e o seu uso 
normalmente é acompanhado pela entidade que gerencia o programa. 
Ao se implementar a abordagem do ciclo de vida no estabelecimento dos 
critérios dos rótulos ambientais do tipo I, o uso da avaliação do ciclo de vida 
apresenta algumas dificuldades e limitações. Estas estão relacionadas à grande 
extensão dos estudos, ao seu alto custo, à necessidade de obtenção de dados nem 
sempre disponíveis e ao prazo longo para que resultados sejam alcançados. As 
dificuldades mencionadas resultariam na inviabilização, pelo menos em muitos 
casos, do desenvolvimento dos critérios de atribuição dos selos. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
42 
 
A solução para o problema é o princípio da consideração do ciclo de vida. Por 
este princípio, é recomendado pela norma ISO 14024 que o estabelecimento dos 
critérios ambientais para atribuição dos rótulos ambientais deste tipo seja feito 
levando-se em consideração o ciclo de vida do produto, sem que haja necessidade 
de se conduzir uma avaliação do ciclo de vida completa do produto. 
Isso é conseguido mediante uma apreciação do ciclo de vida do produto, onde 
se identificam as fases críticas do ponto de vista dos impactos potenciais, as quais 
serão objeto de estudo, mais aprofundados. 
Esta apreciação é efetuada com a participação das partes interessadas, que a 
devem validar. 
A consideração do ciclo de vida deve incluir uma avaliação de significância do 
conjunto dos impactos para embasar a seleção dos que serão utilizados na 
definição dos critérios. 
O processo participativo das partes interessadas nesta etapa do processo de 
estabelecimento dos critérios é a chave para se assegurar que são apropriados e a 
sua legitimidade. Uma das formas empregadas com esse fim é a constituição de 
comitês com representantes das partes interessadas que conduzem o trabalho do 
estabelecimento dos critérios, inclusive da consideração do ciclo de vida. 
Por outro lado, as autodeclarações apresentam mais flexibilidade para serem 
utilizadas. Contudo, também devem levar em consideração a avaliação do ciclo de 
vida quando for cabível, para que se possa assegurar que essas declarações são de 
fato relevantes do ponto de vista ambiental. 
Muitas empresas utilizam o conceito utilizado é o do “pensamento” baseado 
no ciclo de vida (“Life Cycle Thinking”) e não mais a exigência da utilização integral 
da ACV. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
43 
 
Identificação de aspectos e impactos ambientais 
 
A ACV permite fazer comparações diretas entre produtos e processos. Sendo 
aplicável e consistente para diferentes equipes de avaliação. Após a identificação 
dos impactos é realizado uma ampla correlação entre impactos e legislações 
aplicáveis. Sendo então listados os impactos mais significativos e traçados os 
planos para a empresa que possui sistema de gestão ambiental trabalha com o 
princípio de melhorias contínuas. 
Uma empresa que controla os riscos ambientais é capaz de reduzir 
gradativamente os riscos ambientais. 
A ACV contribui para identificar as transferências dos impactos ambientais de 
um meio para outro (por exemplo, a eliminação de uma emissão para o ar 
acarretando uma emissão de efluentes para a água) ou de um estágio do ciclo de 
vida para outro (por exemplo, do uso ou reuso do produto para a fase anterior de 
aquisição de matérias-primas). 
 
Ficamos por aqui. Estamos encerrando a unidade. Sempre que tiver uma 
dúvida entre em contato com seu tutor virtual através do ambiente virtual de 
aprendizagem e consulte sempre a biblioteca do seu polo. Não deixe de estudar o 
material complementar. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
44 
 
Exercícios - Unidade 2 
 
1.Em relaçãoà metodologia de ACV podemos afirmar que: 
a) É utilizada somente em indústrias. 
b) Pode ser implementada tanto no sistema industrial como introduzida 
em políticas ambientais. 
c) Consiste em uma ferramenta específica para abordagem holística do 
processo de produção. 
d) Pode ser construída sem a realização e análise de inventário. 
e) Consiste em uma ferramenta complexa e cara. 
 
2.A rotulagem ambiental diz respeito apenas aos _________________para a 
produção do produto, normalmente, baseada na análise do__________. Já na 
rotulagem de sustentabilidade, a análise também verifica itens referentes aos 
aspectos ____________e_______________. 
 
3. Quanto à classificação dos programas de Rotulagem Ambiental, podemos 
afirmar que: 
a) O Tipo III abrange autodeclarações ambientais informativas. 
b) O Tipo IV trata de programas voluntários. 
c) O Tipo IV refere-se a aspectos ambientais. 
d) O Tipo I abrange programas de terceira-parte, baseados em múltiplos 
critérios e voluntários. 
e) N.D.R.A 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
45 
 
4..A rotulagem ambiental a partir de uma autodeclaração ambiental é considerada 
rotulagem do tipo 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) IV. 
e) V. 
 
5.O uso da ACV pelo governo tem por objetivo: 
a) Comunicar ao mercado sobre os aspectos ambientais 
b) Auxiliar na definição de políticas mais consistentes 
c) Reduzir custos para as empresas 
d) Concepção do desenvolvimento dos produtos 
e) NDRA 
 
6.Qual o conjunto de normas da série ISO 14000 se aplica a Rotulagem Ambiental? 
a) ISO 14012 
b) ISO 14005 
c) ISO 14010 
d) ISO 14020 
e) ISO 14050 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
46 
 
7.O mecanismo de comunicação com o mercado sobre os aspectos ambientais do 
produto ou serviço com o objetivo de diferenciá-lo de outros produtos, e que pode 
se materializar por meio de símbolos, marcas, textos ou gráficos é conhecido como: 
 
a) Propaganda do meio ambiente. 
b) Rotulagem ambiental. 
c) Escrituração ambiental. 
d) Marketing do meio ambiente. 
e) N.D.R.A 
 
8.O uso do _____________é restrito aos produtos aprovados, e o seu uso 
normalmente é acompanhado pela entidade que gerencia o programa. 
 
9.Em que consiste a NBR ISO 14001? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
47 
 
10.Apresente um exemplo de como a ACV pode ser usada na indústria. 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
48 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
49 
3 A ISO e o Sistema de Gestão Ambiental - SGA 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
50 
 
Caro aluno, 
Nesta unidade, vamos estudar a ISSO 14001, seus conceitos e histórico. Os 
custos da implantação, SGA nas empresas. Além disso, o escopo da ISO 14001 e os 
termos e definições. 
 
 
Objetivos da unidade: 
 Apresentar a ISO 14001, seus conceitos e histórico; 
 Abordar seus objetivos; 
 Discutir suas diferentes empregabilidades. 
 
 
Plano da unidade: 
 ISO – histórico 
 Custos da implantação 
 SGA nas empresas 
 O escopo da ISO 14001 
 Termos e definições 
 
Bem-vindo à terceira Unidade de Estudo! 
 
Auditoria e Perícia Ambiental 
 
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ISO – histórico 
 
As medidas de redução de impacto envolvem investimentos em controle da 
poluição, nas áreas de prevenção, mitigação e correção. Sendo de fundamental 
relevância a educação continuada nas empresas para reduzir gradativamente os 
impactos ambientais e consequentemente os custos operacionais na área 
ambiental. 
A adição de algumas atitudes ecologicamente corretas pelos funcionários, ou 
alterações na gestão ambiental das empresas podem acarretar em maior 
lucratividade, incluindo até mesmo a venda de resíduos e a reincorporação destes 
em outras cadeias produtivas. 
Nas últimas décadas, o mercado tem se tornado economicamente globalizado 
e as mudanças vêm exigido das empresas uma visão proativa na área ambiental. A 
Comunidade Comum Europeia, por exemplo, adota padrões ISO em suas políticas 
públicas, o que torna essencial no processo de negociação com empresas 
internacionais, a adequação dos produtos e serviços prestados as exigências desses 
países. Ou seja, ou as empresas se adequam as exigências internacionais ou 
perdem contratos. 
A ISO (International Standardization Organization) é uma organização não 
governamental fundada em 1947, com sede em Genebra, na Suíça, que atua como 
uma federação mundial de organismos nacionais de normatização. No Brasil, a ISO 
tem como membro a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
O mercado consumidor tornou-se mais exigente e, somente a adequação as 
premissas exigidas na legislação vigente, não é suficiente para atender a população 
de forma homogênea. Neste processo, as questões ambientais tornam o controle 
ambiental um desafio permanente para o setor industrial. 
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Custos da implantação 
 
Os custos para adoção da norma ISO 14001 assemelham-se aos empregados 
na adoção da norma ISO 9000 de gestão da qualidade. Por serem elevados torna-se 
uma barreira para que muitas empresas adotem. Algumas empresas, devido a estes 
elevados custos, implementam sistemas de gestão básicos, os quais não são 
certificados, mas que buscam implantar mudanças que contribuam para uma 
melhoria de seus processos, produtos e para a sustentabilidade ambiental. 
O custo da gestão ambiental em uma empresa são variáveis, e as melhores 
alternativas tecnológicas empregadas no processo de prevenção de riscos 
ambientais garantem um controle mais eficiente. 
A aplicação de investimentos na obtenção de instrumentos de controle e 
monitoramento ambientais,assim como ações mitigadoras, corretivas e 
investimentos na área de educação continuada nas empresas tornam os gastos de 
empresas significativamente distintos. 
Uma empresa deve levar em consideração para aderência de melhores 
práticas a possibilidade de perda de clientes para grupos concorrentes que 
ofereçam produtos de melhor qualidade dentro de uma filosofia de 
responsabilidade social e ambiental. 
O controle ambiental também deve ser implantado por conta das penalidades 
ambientais que uma empresa pode receber, que podem corresponder a altos 
custos a empresa com multas e compensações ambientais, além de toda a 
repercussão negativa à empresa que eventos envolvendo impactos ambientais 
possam acarretar. Incluindo neste processo até mesmo a perda de credibilidade 
junto aos órgãos de fomento. 
Atualmente, os bancos exigem uma postura ecologicamente correto das 
empresas. A ausência de uma política interna ou da implantação de sistema de 
gestão ambiental – SGA pode ser suficiente para que um financiamento bancário 
não seja concedido. 
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São inúmeros os benefícios em relação à implantação de um sistema de 
gestão ambiental com certificação ISO. 
Os benefícios são classificados em quatro diferentes dimensões de benefícios 
que são: de produtividade, financeiros, sociais e de marketing. 
Dentre diferentes benefícios destacam-se a redução de gastos com matéria-
prima em relação à produção com escolhas de matérias-primas menos impactantes 
ao meio ambiente e com a redução de desperdício. A adoção do gerenciamento de 
resíduos com práticas de reciclagem e reuso contribuem reduzindo o volume dos 
resíduos a serem tratados e o valor dos gastos com tratamento e disposição final 
dos mesmos. 
Também podemos citar benefícios sociais, uma vez que melhoram a imagem 
(marketing) e o relacionamento com a sociedade, com o governo e os clientes de 
bens de consumo ou serviços prestados. 
 
A valoração ambiental 
A valoração ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental. A valoração 
ambiental indica um valor econômico aos recursos naturais. Seu cálculo baseia-se 
na abundância ou escassez do recurso, bem como tipo de atividade e estudo de 
impactos prováveis ao meio ambiente inerente a atividade. 
O avanço nessa relevante área ambiental é indispensável para mensurar um 
valor de cálculo de projetos de desenvolvimento considerando impactos 
ambientais relevantes. Uma das alternativas mais empregadas para se chegar à 
valoração ambiental é a partir da análise de ACV. 
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SGA nas empresas 
 
Gestão Ambiental nas Empresas 
A gestão ambiental nas empresas envolve em conjunto de técnicas, que 
envolvem o controle de processos de produção, instalações com vistas à produção 
mais limpa, com gerencia do meio ambiente não somente dentro das instalações, 
mas em toda a área de entorno. Os produtos e serviços prestados devem ser 
planejados prevendo toda sua vida útil, incluindo os impactos do pós-uso. 
O objetivo fundamental é atender aos requisitos do desenvolvimento 
sustentável, que visam à sustentabilidade ambiental e atendimento das 
necessidades humanas presentes e das futuras gerações. 
Para as empresas, o desenvolvimento sustentável corresponde à manutenção 
da produtividade das empresas com concordância com a necessidade de equilíbrio 
ambiental. Para tal, as empresas devem repensar materiais selecionados como 
matéria-prima, dando prioridade aos recicláveis. 
Com base na utilização de reciclagem, reuso e recuperação de materiais, para 
melhor eficiência no ciclo de vida dos recursos empregados, atendendo as 
necessidades da empresa, sem comprometer as necessidades futuras, ou seja, 
preservando o meio ambiente. 
O que indica que para atuar na área de gestão ambiental, uma empresa deva 
realizar a incorporação de valores e práticas que exigem reestruturação de política 
e valores, que de forma impreterível implica em gastos e necessidade da adesão de 
um Sistema de Gestão Ambiental – SGA. 
O termo ISO significa International Organization for Standardization 
(Organização Internacional para normatização). O termo ISO deriva do grego isos, 
que significa equal (igual, semelhante). Fundada em 23 de fevereiro de 1947 em 
Genebra, Suíça. 
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Normas Internacionais de adoção voluntária. A maioria as nações tem 
organismos-membro. Já publicou mais de 18000 normas internacionais 
Atualmente conta com 163 países membros. 
A série ISO 14000 define normas com padrão internacional de gerenciamento 
ambiental e discute 6 diferentes temas: sistemas de gestão ambiental, auditorias 
ambientais, avaliação de desempenho ambiental, rotulagem ambiental, aspectos 
ambientais nas normas de produto, análise do ciclo de vida do produto. 
A ISO criou a norma ISO 14001/2004, especificando requisitos para 
implantação do Sistema de Gestão Ambiental. 
 
O escopo da ISO 14001 
 
A ISO 14001 especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão 
ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e implementar uma política 
e objetivos que elevem em conta os requisitos legais e outros por ela subscritos e 
informações referentes aos aspectos ambientais significativos (ABNT 14001, 2004). 
Os requisitos da ISO 14001 podem ser objetivamente auditados. No Brasil a 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT adotou essa norma brasileira, 
dando-lhe o nome NBR ISO 14001, sendo a certificação desta norma específica para 
o sistema de gestão ambiental. 
Ciclo PDCA 
 
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O sistema de gestão ambiental trabalha com base em um ciclo PDCA, que se 
refere a planejar, fazer, verificar e agir. 
PLAN – Consiste na identificação do problema. Definido o problema e o 
reconhecimento de sua importância é realizado o planejamento da ação que será 
realizada. Nesta etapa é realizada a investigação das características especificas do 
problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista. Realizada a análise do 
problema, é identificada a causa fundamental do problema e elaborado um plano 
de ação para bloquear a causa fundamental. 
DO – Etapa que tem como função o bloqueio da causa fundamental do 
problema. 
CHECK – Etapa de realização de verificação do sucesso do bloqueio do 
problema. 
ACT - Padronização - previne contra o reaparecimento do problema. 
Conclusão – recapitular todo o processo de solução do problema para o trabalho 
futuro. 
 
 
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As informações podem ser usadas juntamente com outros fatores, tais como 
custos e dados de performance, para a seleção dos produtos e processos. 
A NBR ISO 14001 é aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações e 
adapta-se a condições geográficas, culturais e sociais diversas. Contém requisitos 
que podem ser auditados objetivamente para fins de certificação ou 
autodeclaração. 
Não substitui requisitos legais ou regulatórios. Leva em consideração as 
disposições da ABNT NBR ISO 9001:2000. Uma empresa não pode ser certificada 
com ISO 14001 sem antes ter recebido a certificação ISO 9001, que trata de 
qualidade. 
Uma das principais motivações de pequenas e médias empresas para a adoção 
da norma IS0 14001 é a melhora da reputação da imagem da organização. No 
entanto, a grande oferta de produtos e serviços no mercado tem tornado o 
público-alvo exigente, e as empresas buscam atingir os clientes com inovações de 
processos, políticas de responsabilidade ambiental e melhoria nos 
relacionamentos com stakeholders (partes interessadas – fornecedores, governo, 
clientes,sociedade). 
A ISO 14001 se aplica a qualquer organização que deseje. Além de estabelecer, 
implementar, manter e aprimorar um SGA. Embora a ISO possa ser implantada em 
qualquer organização, os custos operacionais de sua instalação e manutenção, 
tornam mais complexa sua adesão por partede pequenas empresas. 
A implantação do sistema de gestão ambiental permite a uma organização 
formular uma política e objetivos que levam em conta, infatizando a 
responsabilidade ambiental e o desenvolvimento sustentável. 
Aplica-se aqueles aspectos ambientais que uma organização pode controlar, 
influenciar. Não estabelece critérios específicos de desempenho ambiental que 
devem ser complementados para maior eficiência ambiental com outras 
ceritificações ISO. 
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Assegurar-se da conformidade com sua política ambiental. Demonstrar 
conformidade com a norma ao fazer uma autoavaliação ou buscar 
certificação/registro do seu SGA. 
 
Termos e definições 
 
Melhoria contínua 
A melhoria contínua é o processo recorrente de se avançar com o sistema da 
gestão ambiental, com o propósito de atingir o aprimoramento do desempenho 
ambiental geral, coerente com a política ambiental da organização. 
É importante observar que não há necessidade do processo ser aplicado 
simultaneamente a todas as áreas da atividade. 
Aspecto ambiental 
O aspecto ambiental é o elemento das atividades ou produtos ou serviços de 
uma organização que pode interagir com o meio ambiente 
Um aspecto ambiental significativo é aquele que tem ou pode ter um impacto 
ambiental significativo. 
Entende-se por impacto ambiental qualquer modificação do ambiente, 
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou parte, dos aspectos ambientais da 
organização (como já abordado no capítulo 2). 
A Prevenção de poluição é o uso de processos, práticas, técnicas, materiais, 
produtos, serviços ou energia para evitar, reduzir ou controlar (de forma separada 
ou combinada) a geração, emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou 
rejeito, para reduzir os impactos ambientais adversos. 
A prevenção da poluição pode incluir a redução ou eliminação de fontes de 
poluição, alterações de processo, produto ou serviço, uso eficiente de recursos, 
materiais e substituição de energia, reutilização, recuperação, reciclagem, 
regeneração e tratamento. 
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Requisitos do SGA 
O SGA deve refletir o ciclo PDCA. Pode ser aplicado a qualquer parte da 
organização ou suas atividades e integrado com outros sistemas de gestão (como 
por exemplo, sistema da qualidade) 
Para implantação do SGA, a organização deve estabelecer, documentar, 
implementar, manter e continuamente melhorar, um sistema de gestão ambiental, 
em conformidade com os requisitos. 
Dar norma e determinar como ele irá atender a esses requisitos. Definir e 
documentar o escopo de seu SGA. 
A alta administração deve definir a política ambiental e garantir que, dentro do 
escopo definido do seu SGA, ela seja apropriada à natureza, escala e impactos. 
Inclua um compromisso com melhoria contínua a prevenção da poluição. 
A política deve incluir um comprometimento com o atendimento a legislação 
ambiental e outros requisitos que a organização subscreva. Também deve ser 
fornecida a estrutura para que sejam atingidos os objetivos e metas ambientais. A 
política deve ser documentada, implementada e mantida. Esta também deve ser 
comunicada a todos os colaboradores da organização (incluindo àqueles que 
trabalhem na organização ou que atuem em seu nome) e deve ser divulgada e 
estar disponível para o público. Muitas organizações divulgam em sites oficiais da 
empresa sua política. 
No processo de avaliação ambiental tanto para implantação do SGA, como 
para acompanhamento do sistema implantado, é necessário identificar os aspectos 
ambientais. 
São utilizados procedimentos para identificar os aspectos ambientais das 
atividades, produtos, serviços, dentro do escopo da SGA, que a organização possa 
influenciar (devem ser considerados ou produtos, ou serviços e atividades novas ou 
modificadas). Em seguida são determinados os aspectos relacionados com os 
impactos significativos que devem ser considerados no estabelecimento de seu 
SGA. Esta informação deve ser mantida atualizada. 
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Busca-se seguir os requisitos legais para evitar problemas ambientais. No 
entanto, adesão a SGA visa o máximo de eficiência, são tomadas como referências 
as melhores práticas, utilizando-se procedimento para identificar e ter acesso a 
requisitos legais e outros requisitos. O procedimento deve determinar como esses 
requisitos se aplicam aos seus aspectos ambientais. 
Os programas para atingir objetivos e metas devem conter a designação da 
responsabilidade em cada nível e função pertinente da organização. Meios e 
prazos para a realização. Os programas devem prever a designação da 
responsabilidade em cada nível e função pertinente da organização, bem como a 
definição de meios e prazos para a realização das tarefas. 
Os objetivos e metas devem prever metas globais, sendo quantificados 
quando possíveis e verificados todos os requisitos legais, os impactos ambientais 
significativos e as opções tecnológicas que serão empregadas no controle 
ambiental e, ainda, os requisitos financeiros, empresariais e operacionais 
necessários. 
O conhecimento da visão das partes interessadas também é relevante, uma 
vez que muitas empresas são atraídas para fechar contratos com empresas 
baseando-se no seu compromisso ambiental, sendo importante detalhar os 
requisitos necessários para uma prevenção ambiental eficiente. 
É importante observar se a política, o objetivo e as metas são mensuráveis. Tal 
como o exemplo a seguir: 
 Política – conservar os recursos naturais; 
 Objetivo – minimizar o uso de água quando for praticável; 
 Metas: 
 Reduzir o consumo de água em 15%; 
 Reutilizar a água e instalar equipamento de reciclagem. 
 
Os objetivos e metas devem prever metas globais, sendo quantificados 
quando possíveis e verificados todos os requisitos legais, os impactos ambientais 
significativos e as opções tecnológicas que serão empregadas no controle 
ambiental e, ainda os requisitos financeiros, empresariais e operacionais 
necessários. 
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É necessário identificar necessidades de treinamento, treinar todo o pessoal 
cujo trabalho possa causar impactos significativos; e estabelecer procedimentos 
que façam com que as pessoas que trabalhem para a organização ou em seu nome 
estejam conscientes da importância da conformidade com a política e demais 
requisitos do SGA e das consequências do não cumprimento dos procedimentos 
padronizados. 
O controle de documentos envolve registros de documentos e devem ser 
controlados. Os documentos devem ser aprovados quanto à sua adequação antes 
do uso. Sendo necessária a identificação de revisões e alterações, versões 
atualizadas, legíveis e prontamente identificáveis. A SGA também prevê que sejam 
evitados utilizar documentos obsoletos e que os documentos de origem externa 
sejam igualmente identificados e controlados. 
O controle operacional visa identificar operações e atividades associadas com 
aspectos significativos e assegurando-se que elas são executadas sobe condições 
específicas com: procedimentos documentados, onde a ausência destes poderia 
levar a desvios, estipulação de critérios operacionais, estabelecer procedimentos 
relacionados a aspectos significativos de bens e serviços utilizados pela 
organização e comunicar procedimentos e requisitos relevantes para fornecedores. 
É necessário identificar necessidades de treinamento, realizando com todo o 
pessoal cujo trabalho possa causar impactos significativos e estabelecer 
procedimentos que façam com que as pessoas que trabalhem para a organização 
ou em seu nome estejam conscientes. 
A conformidade com a política e demais requisitos do SGA, bem como aos 
aspectos ambientais significativos associados com seu trabalho e de suas funções e 
responsabilidades em atingir a conformidade com os requisitos do SGA torna-se 
fundamental para maior credibilidade

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