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DIP (Direito Internacional Público) ✗ Direitos Humanos de Primeira Geração: trata de Direitos Civis e Políticos, reclamados pelos indivíduo; exemplos: direito à vida, à liberdade e à segurança; a não ser jamais submetido à escravidão, à servidão, à tortura e a penas cruéis ou degradantes; ; à livre circulação e à escolha de seu domicílio; credor é o Estado; ✗ Direitos Humanos de Segunda Geração: trata de Direitos Econômicos, sociais e culturais; exemplo: direito ao trabalho e à previdência social, à igualdade salarial por igual trabalho, ao descanso e ao lazer, à saúde, à educação, aos benefícios da ciência, ao gozo das artes, à participação na vida cultural da comunidade; credor é o Estado; ✗ Direitos Humanos de Terceira Geração: protegem os interesses de titularidade coletiva ou difusa; exemplo: direito à paz, ao meio ambiente, à copropriedade do patrimônio comum do gênero humano; credor indefinido; ✗ o dever de não-intervenção: → intervenção = intromissão de um Estado nos negócios peculiares, internos ou externos, de outro Estado soberano com o fim de impor a este a sua vontade; → intervenção se caracteriza pela imposição da vontade exclusiva do Estado que a pratica e pela relação entre dois ou mais Estados soberanos; → todo Estado tem o direito de tomar, dentro dos limites estabelecidos pelo direito internacional e pela Carta das Nações Unidas, todas as medidas visando à sua defesa e conservação (autodefesa); → PORÉM, não pode tomar medidas capazes de atingir outro Estado que não o ameace militarmente = não se justifica a prática de atos contra Estado cujo desenvolvimento possa ser considerado uma ameaça futura, como a “guerra preventiva”; ✗ Intervenção para a proteção dos direitos humanos: só podem ser realizadas por organizações internacionais com representatividade suficiente de acordo como ambiente geopolítico existente; ✗ Responsabilidade de proteger: → a responsabilidade decorrente da soberania impõe que o Estado soberano, localizando o indivíduo como referencial, exerça sua autoridade sobre o mesmo e o proteja; → o Estado que não exerce propositalmente ou que perde a condição de exercer sua autoridade para se fazer responsável por sua população, perde o Direito de Soberania e cria - para a sociedade internacional - a obrigação de proteger tal população; → o “Direito de Soberania” surge do “Princípio da Não intervenção”, mas sucumbiria com a falta do exercício responsável de tal soberania - motivando a intervenção; → a noção de responsabilidade de proteger indica duas “linhas de defesa” para os indivíduos: a) a primeira, imediata e fundamental, é o Estado soberano que obriga sua população a cumprir a ordem estatal, mas usa a mesma ordem para proteger seus indivíduos e, consequentemente, toda a população; b) a segunda linha, responsável mediata, é a sociedade internacional através de seus organismos multilaterais e baseado em tratados internacionais universais ou regionais; 1ª) ESTADO LINHA DE DEFESA 2ª) SOCIEDADE INTERNACIONAL → responsabilidade e a competência impositiva dos organismos internacionais é residual, ou seja, só tem fundamento diante da recusa ou a falência do Estado soberano; ✗ Critérios para intervenção militar (OBS: lembrar que para justificar uma intervenção, deve- se atender a TODOS os critérios; se não atender a um deles, já não se justifica) → JUSTA CAUSA: já estão ocorrendo ou se está na iminência de ocorrerem gravíssimas consequências para uma população; → AUTORIDADE CERTA: intervenção deve ser decidida e conduzida por OI com reconhecida legitimidade; → INTENÇÃO CORRETA: não apoiada em objetivos geopolíticos ou interesses particulares de um Estado. Proteção humana tem que ser a causa evidente; → ÚLTIMA INSTÂNCIA: coação militar somente após todas as outras possibilidades (Soluções Pacíficas) terem falhado; → MEIOS PROPORCIONAIS: escala, duração e intensidade das ações previstas devem estar ajustadas ao objetivo de proteger vidas e DH fundamentais; → GRANDES CHANCES DE SUCESSO: caso vá provocar mais sofrimento para a população ameaçada, sua realização perde o sentido. ✗ Meios diplomáticos de solução pacífica de controvérsia → a) As negociações diretas: estado A e estado B estão em conflito e sentam frente a frente para, entre eles, decidirem a situação; → b) Congressos e conferências: estado A e estado B estão em conflito e esse conflito debatido no g4, g8, etc; → Bons ofícios: um terceiro estado coloca os dois estados em conflito para negociarem um acordo, porém, sem participar e sem interferir; somente coloca-os frente a frente; → Mediação: aqui, um terceiro estado coloca os dois estados em conflito para negociarem um acordo porém o terceiro estado participa e interfere = media a negociação; → Sistema Consultivo: os dois estados em conflito pedem a opinião de outro(s) estado(s) sobre o que está acontecendo, sobre a situação; ✗ Soluções coercitivas de controvérsias → RETORSÃO: ato por meio do qual um Estado ofendido aplica ao Estado que tenha sido o seu agressor as mesmas medidas ou os mesmos processos que este empregou ou emprega contra ele (lei do talião); inspira-se no princípio da reciprocidade e no respeito mútuo, que toda nação deve ter para com as demais; é uma medida legítima; exemplos: aumento exagerado, por um Estado, dos direitos de importação ou trânsito estabelecido sobre os produtos de outro Estado; a interdição do acesso de portos de um Estado aos navios de outro Estado; a concessão de certos privilégios ou vantagens aos nacionais de um Estado, simultaneamente com a recusa dos mesmos favores aos nacionais de outro Estado; → REPRESÁLIA: medidas mais ou menos violentas empregadas por um Estado contra outro, que viola ou violou o seu direito ou o dos seus nacionais; distinguem-se da retorsão, por se basearem na existência de uma injustiça ou da violação de um direito; ao passo que a retorsão é motivada por um ato que o direito não proíbe ao Estado estrangeiro, mas que causa prejuízo ao Estado que dela lança mão. Deve atender a alguns princípios: a) as represálias só devem ser permitidas em caso de violação flagrante do direito internacional, por parte do Estado contra o qual são exercidas; b) devem constituir, apenas, atos de legítima defesa, proporcionais ao dano sofrido ou à gravidade da injustiça cometida pelo dito Estado; c) só se justificam como medida de necessidade e depois de esgotados outros meios de restabelecimento da ordem jurídica violada; d) devem cessar quando seja concedida a reparação que se teve em vista obter; e) seus efeitos devem limitar-se ao Estado contra o qual são dirigidas e não atingir os direitos de particulares, nem os de terceiros Estados; → EMBARGO: sequestro, em plena paz, de navios e cargas de nacionais de um Estado estrangeiro, ancorados nos portos ou em águas territoriais do Estado que lança mão desse meio coercitivo; → BLOQUEIO PACÍFICO: impedir, por meio de força armada, as comunicações marítimas, aéreas ou terrestres de um país ao qual se pretende obrigar a proceder de determinado modo; trata-se de um dos meios de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas pode recorrer para obrigar determinado Estado a proceder de acordo com a Carta. Pode objetivar impedir a entrada e saída dos navios pertencentes a nacionais do Estado bloqueado, com a permissão de livre entrada ou saída para as embarcações de nacionais dos outros Estados; ou impedir a entrada e saída de quaisquer navios, seja qual for a sua nacionalidade; → BOICOTAGEM: interrupção de relações comerciais com um Estado considerado ofensor dos nacionais ou dos interesses de outro Estado; A Carta das Nações Unidas prevê a aplicação da boicotagem como medida destinada a tornar efetivas suas decisões em casos de ameaça contra a paz internacional; → RUPTURA DE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS: a ruptura de relações diplomáticas ou cessação temporária das relações oficiais entredois Estados pode resultar da violação, por um deles, dos direitos do outro; pode, também, ser empregada como meio de pressão de um Estado sobre outro Estado, a fim de forçá-lo a modificar a sua atitude ou chegar a acordo sobre algum dissídio que os separe; ou é usada como sinal de protesto contra uma ofensa recebida, ou como maneira de abrigar o Estado contra o qual se aplica, a adotar procedimento razoável e mais conforme aos intuitos que se têm em vista. ✗ FUNÇÕES DAS MISSÕES DIPLOMÁTICAS (Deveres e Direitos) → DEVER DE LEALDADE: Respeitar leis e autoridades, não se imiscuindo na vida política interna e partidária do Estado acreditado. → DIREITO DE REPRESENTAÇÃO: Falar em nome do Estado acreditante, promover relações com demais representantes; promover intercâmbio econômico, cultural e científico e proteger seus nacionais. → DIREITO DE OBSERVAÇÃO: Inteirar-se, por todos os meios lícitos, da evolução dos acontecimentos no Estado acreditado e informar ao seu respectivo governo. OBS: acho o caso dar ao menos uma lida (acredito que não precisa se aprofundar porque o core tá nas fotos que vou mandar aqui abaixo) em alguns tópicos da apostila que estão nas respostas das questões do trabalho de DIP (prerrogativas e imunidades diplomáticas; funções consulares; exclusão de estrangeiros; asilo político; refúgio;).
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