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Semiologia em Urologia

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CATARINA ALIPIO
MEDICINA UNIMES
PROPEDÊUTICA
UROLÓGICA
4º período - 2020
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
03/08/2020 - Propedeutica - aula 
inicial:!
Propedêutica: 
- Anamnese: dialogar com seu paciente é… 
✓ Escutar atentamente. 
✓ Avaliar seus problemas. 
✓ Compreender e valorizar os seus problemas. 
✓ Responder as suas dúvidas de maneira simpática e 
educada. 
‣ Mais de 60% do diagnóstico é dada por essa 
conversa, chamada de anamnese, em que a partir 
dela, já é possível possuir hipóteses diagnósticas. 
- Exame físico: 
• Examinar o paciente. 
- Polaciúria: aumento da frequência de micção em um 
intervalo de tempo. 
- Hematúria: urina misturada com sangue. 
- Disúria: dor/ardência no ato da micção (é um 
sintoma). 
Anamnese: 
1) Identificação: 
- Nome, data de nascimento, idade, profissão, 
sexo, raça, procedência e naturalidade, estado 
civil, data de atendimento e horário, cor… 
- Objetivos: saber quem é o paciente, prováveis 
problemas a serem enfrentados e sugestões 
hipotéticas acerca do tipo de pessoa que 
estamos dialogando. 
A. Fonte de encaminhamento: 
• Veio espontaneamente para a consulta. 
• Solicitação por outra pessoa (via autoridade 
escolar, companhia de seguros, mandato 
judicial). 
B. Fonte da anamnese: pessoa que vai responder 
às perguntas. 
• Próprio paciente, família, amigos, polícia, 
carta de encaminhamento e registro médico 
anterior. 
B. Fidedignidade da fonte: 
• Motivação, conhecimento, memória e 
confiança sobre tudo o que o paciente 
relatou. 
- O que leva o paciente ao médico: 
2) Queixa ou queixas principal e duração: 
- Um ou mais sintomas. 
- O que leva o paciente ao médico. 
- Deve possuir uma duração. 
- Outras preocupações ou dúvidas. 
3) HDA: ampliação da queixa principal. 
- Fornecer um relato cronológico completo e 
claro. 
- Relatório desde do início da queixa até o dia 
atual da consulta. 
4) HPP: história patológica pregressa. 
- Eventos anteriores da consulta, que podem ou 
não estarem relacionados com a queixa atual do 
paciente. 
- Doenças anteriores. 
- Traumatismos antigos. 
- Internações médicas. 
Exame físico: obedecer os requisitos. 
- Possui uma sequência de eventos que deve-se seguir. 
1. Condições essenciais para abordagem geral do 
paciente: 
• Ambiente calmo. 
• Boa iluminação. 
• Paciente relaxado. 
• Exposição total do abdome (com lençóis cobrindo 
genitálias). 
2. Atenção especial: 
• Paciente em decúbito dorsal horizontal. 
1
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
• Travesseiro debaixo da cabeça e abaixo dos 
joelhos. 
• Braços estirados ao longo do corpo ou sobre o 
tórax. 
• Bexiga vazia. 
• Ficar à direita do paciente em pé. 
3. Cuidados especiais: 
• Unhas cortadas. 
• Mãos aquecidas. 
• Estetoscópio aquecido. 
4. Ritmo de abordagem: 
• Movimentos lentos. 
• Sem movimentos rápidos. 
• Sem movimentos inesperados. 
• Distraia os pacientes (converse, pergunte…). 
• Pacientes ansiosos: ponha-os para se examinar 
com suas próprias mãos. 
5. Monitoração do paciente: 
• Face do paciente. 
• Sinais de desconforto. 
• Local da dor (hipersensibilidade) = último local a 
ser examinado. 
- Sequência de eventos propedêuticos: 
1) Inspeção: olhar o paciente e fazer um levantamento 
da região a ser examinada. 
‣ Região lombar (onde ficam os rins). 
‣ Flancos. 
‣ Hipogastrio (onde fica a bexiga). 
• Médico: de pé, a direita do paciente. 
- Olhar o abdome em posição tangencial. 
• Verificar peristaltismo (peristalse) 
- Exame físico do abdome: 
❖ Contorno do abdome: forma (morfologia). 
- Achatado, arredondado, profuso (convexo), 
escafoide (escavado). 
- Analisar os flancos (abaulamentos, saliências 
locais e se possui presença de hérnias inguinal 
femoral. 
❖ Simetria do abdome: 
- Massa abdominal inferior. 
• Tumor ovariano. 
• Tumor uterino. 
• Bexigoma. 
❖ Pele do abdome: 
- Cicatrizes : localização, números e forma. 
- Estrias: formatos e números. 
- Feridas operatórias. 
- Veias dilatadas: cirrose hepática ou obstrução 
de veia cava inferior. 
- Erupções. 
- Lesões dermatológicas, inflamações e 
descamações. 
❖ Umbigo: 
- Localização. 
- Inflamação. 
- Hérnia. 
➡ Em pessoas magras podem ser visíveis… 
- Peristalse. 
- Obstrução intestinal. 
- Pulsações aórticas (erigástricas). 
- Aneurisma aórtico: aumento da pulsação/ 
aumento da pressão do pulso. 
6) Ausculta: 
• Avaliar a motilidade intestinal e avaliar os ruídos 
intestinais. 
• Auscultar antes de palpar e de percutir. 
• Traçar uma linha longitudinal que inicia no 
apêndice xifoide, passando pelo umbigo até o 
pubis. E uma linha transversal passando pelo 
umbigo, dividindo o abdome em 4 quadrantes. 
• Ruídos intestinais: 
- Frequência: 5 a 35 min. 
2
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
- Características: 
• Normais: 
- Borbulhamentos. 
- Cliques. 
• Anormais: 
- Borborigmos: são borbulhamentos 
prolongados e intensos (famoso “roncar do 
estômago”). 
• Hiperperistalse. 
• Ausculta: 
- Obstrução intestinal: silêncio 
abdominal. 
- Diarreia (aumenta o borbulhamento). 
- Peritonite. 
- Iléo paralítico. 
7) Percussão: 
• Objetivos: 
- Avaliar a distribuição e a intensidade dos gases 
no abdome. 
- Identificar massas sólidas e/ou líquidas. 
- Avaliar áreas de macissez. 
- Delimitar áreas que mudam do timpanismo para 
a macissez. 
• Do umbigo até o pubis. 
➡ Paciente de pé e de costas, observar a última 
costela dele, onde a última costela encosta na 
coluna (ângulo costovertebral): punho-percussão 
para pesquisa do sinal de Giordano, que se 
positivo, sugere enfermidade no rim. 
8) Palpação: superficial ou profunda. Paciente em 
DDH. 
❖ Superficial: 
- Indicação: 
✓ Identificação de áreas de hipersensibilidade 
abdominal (hiperestesia). 
✓ Identificar área de resistência muscular (ex: 
áreas com processos inflamatórios). 
✓ Identificar alguns órgãos (visceromegalias). 
Vísceras habitualmente são impalpáveis. 
Vísceras palpáveis = visceromegalias. 
✓ Identificar massas abdominais. 
- Técnica: 
✓ À direita do paciente e com as mãos 
aquecidas. 
✓ Mão e antebraço em posição horizontal. 
✓ Dedos: unidos, juntos e retos. 
✓ Movimentos delicados e leves, nos 4 
quadrantes do abdome. 
✓ Levantar a mão na mudança do quadrante 
(não alisar o abdome do paciente). 
‣ Tentar diferenciar defesa voluntária (simulação) 
do espasmo muscular involuntário. 
‣ Pedir para relaxar. 
‣ Examinar na respiração. 
‣ Respirar pela boca com a mesma entreaberta. 
❖ Profunda: 
- Indicação: 
• Identificar massa abdominal: 
- Fisiológica: útero gravídico. 
- Inflamatória: diverticulite do cólon. 
- Vascular: aneurisma da aorta abdominal. 
- Neoplásica: câncer de cólon. 
- Obstrutiva: bexigoma/ dilatação de alça 
intestinal. 
• Caracterizar a massa abdominal: 
✓ Local. 
✓ Tamanho. 
✓ Forma. 
✓ Consistência. 
✓ Sensibilidade ao toque. 
✓Mobilidade. 
✓ Pulsação. 
- Técnica: semelhante à anterior. 
3
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
• Palpação difícil para obesos (usar as duas 
mãos). 
- Área de inflamação peritoneal (irritação 
peritoneal parietal): 
• Como pesquisar? 
- Orientar o paciente a tossir (ver o local de 
onde dói). 
- Mapear o local da dor com palpação suave 
com os dedos (análise topográica). 
- Rechaço: descompressão brusca positiva 
para buscar a dor. 
03/08/2020 - Genitalia masculina: !
Anatomia da genitália masculina: 
‣ Pênis. 
• Via comum para eliminar urina e esperma (sêmen). 
• Nele passa a uretra que por ela passa a urina e o 
esperma. 
‣ Bolsa escrotal ou bolsa testicular. 
‣ Testículos: esquerdo mais baixo que o direito. 
‣ Epidídimos. 
‣ vesículas seminais. 
‣ Próstata. 
➡ Eventos propedêuticos: inspeção e palpação 
Inspeção: 
- Tamanho: 
• Flácido (< 4cm) ou ereto (< 7cm): ALTERADO. 
- Pele: pode ser eventualmente acometida por… 
✓ Escoriações. 
✓ Irritações.✓ Fissuras. 
✓ Vesículas (herpes). 
✓ Verrugas. 
✓ Inflamação. 
- Postite: inflamação do prepúcio (pele que 
recobre e protege a glande). 
- Balanite: inflamação da glande. 
- Meatite: inflamação do meato que fica 
externamente à glande. 
✓ Feridas. 
✓ Úlceras. 
- Uretra: canal que se estende até a glande e expulsa 
tanto a urina quanto o esperma. 
• Fica na face ventral do pênis. 
• Meato uretral externo: termina na extremidade 
distal da glande. 
- Estenose do meato uretral externo: deve ser 
corrigida na fase inicial da criança. 
- Anomalias do meato uretral externo: 
• Hipospádia: desembocadura anômala do 
meato uretral externo, na parte inferior do 
órgão. 
• Espispádia: meato uretral externo, de uma 
maneira, anômala, desemboca na face dorsal 
do pênis. 
- Prepúcio: habitualmente, vai até a glande e a cobre. 
• Inflamação + prurido. 
• Excesso de prepúcio (redundância). 
• Meato prepucial (“boca do prepúcio”, por onde a 
glande entra e sai fácil). 
4
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
- Estenose: não permite que a glande seja exposta 
—> fimose: dificuldade em expor a glande, o 
meato prepucial não permite que a glande seja 
exposta. 
• Acarreta em acúmulo de esmegma (deve ser 
eliminado!) E consequentemente em uma 
alteração histológica local, que a longo prazo 
pode levar ao câncer de pênis. 
• Postectomia: retirada do prepúcio, para 
exposição da glande, tratamento da fimose. 
• Lesões (vegetações). 
• Parafimose: garroteamento do pênis. 
Palpação: 
- Palpar corpos cavernosos (dorso lateral). 
- Pode encontrar… 
• Nódulos. 
• Espessamento. 
➡ Fratura de pênis: caracterizada por estalido e dor 
aguda. O pênis rígido com a túnica albugínea 
estendida, no ato sexual, se estica demais e acaba 
rompendo. Observa-se um hematoma, que fica por 
baixo da pele, pelo rompimento da albugínea e 
saída do sangue dos corpos cavernosos. 
➡ Doença de Peyronie: tecido cicatricial fibroso 
dentro do pênis que causa ereções curvas e 
dolorosas. Causada por lesão peniana repetida, 
normalmente durante relação sexual ou atividade 
física 
• Placas fibrosas. 
➡ Tumor de pênis: muito frequente, principalmente 
em pacientes com fimose, higiene precária e 
grande acúmulo de esmegma. 
➡ Priapismo: situação clínica que acomete o pênis 
do paciente e promove um ereção prolongada, 
dolorosa e desacompanhada de desejo sexual. 
Fazer punção para esvaziar os corpos cavernosos. 
• Pesquisar secreção (ordenhar da base até a 
glande). 
10/08/2020 - Propedeutica dos Orgaos 
Genitais Externos: 
Constituição dos órgãos genitais externos: 
- Pênis. 
- Bolsa escrotal (bolsa testicular ou saco). 
- Testículos (dentro da bolsa escrotal). 
- Epidídimos (dentro da bolsa escrotal). 
‣ No exame físico da bolsa escrotal, os eventos 
propedêuticos são: inspeção e palpação. 
Inspeção: 
- Habitualmente, do ponto de vista anatômico, o 
testículo esquerdo é mais baixo que o direito 
(explorar por torção de testículo). 
A. Contorno: 
- Arredondado (normal). 
B. Pele: 
- Erupções (placas). 
- Cistos. 
- Câncer de pele. 
• Pigmentação. 
C. Volume: 
• Normodesenvolvido. 
- Mais comum. 
• Hipodesenvolvido. 
- Unilateral: não acha o estímulo dentro da bolsa, 
procurar/ palpar o testículo no “caminho” da bolsa. 
Distopia testicular. 
• Criptorquidia: testículo existe, está no seu 
trajeto normal, mas ele não chegou na bolsa 
escrotal. 
- Orquidopexia: processo cirúrgico para 
colocar o testículo na bolsa escrotal. 
• Testículo não descido: testículo ectópico, fora 
do lugar (bolsa escrotal) e fora de seu trajeto 
normal (ex: dentro do abdome). 
5
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
- Orquiectomia: retirada/ remoção do 
testículo. 
• Anorquia: não possui um testículo. 
- Bilateral: hipogonadismo / hipogonadotrófico. 
• Hiperdesenvolvido. 
‣ Pode ser unilateral ou bilateral. 
✓ Hidrocele. 
✓ Hérnia inguinal ou inguinoescrotal. 
✓ Hérnia inguinal encarcerada. 
- Hérnia inguinal estrangulada. 
- Outras situações: 
• Câncer. 
• Hematocele. 
• Piocele. 
• Orquite. 
- Distopia testicular. 
Hiperdesenvolvimento da bolsa escrotal: 
- Hidrocele: água na bolsa escrotal. 
✓ Massa cística. 
✓ Aparecimento progressivo. 
✓ Crescimento lento. 
✓ Não redutível. 
✓ Indolor. 
✓ Trans iluminação positiva (+). 
✓ Ausculta negativa (-). 
✓ Consegue-se passar os dedos acima dessa massa. 
• Cirurgia de inversão da vaginal (hidrocelectomia): 
inversão da vaginal para retirada do líquido, com 
abertura e fechamento da bolsa escrotal. 
- Sufixo “tomia”: abrir e fechar a região, portanto, 
nessa cirurgia faz-se uma escrototomia. 
• Causas: traumatismo, infecção, manipulação 
cirúrgica do cordão espermático, mas a mais 
comum é idiopática. 
- Hérnia Inguinal ou Inguinoescrotal: 
✓ Massa inguinoescrotal cística. 
✓ Em posição de DDH, possível redução da dor 
(devolve a massa para a cavidade abdominal). 
✓ Processo repetitivo (diariamente). 
✓ Teste da trans iluminação (TI) negativa (-) - luz não 
atravessa a massa. 
✓ RHA positiva (+). 
✓ Certo grau de dor algumas vezes. 
- Hérnia inguinal encarcerada: 
✓ Massa inguinoescrotal. 
✓ Permanência prolongada. 
✓ Dificuldade de redução (retorno à cavidade 
abdominal) mesmo com compressão normal 
habitual. 
✓ Fáceis de dor. 
✓ Pode evoluir para sepsemia. 
- Hérnia inguinal estrangulada: 
✓ Massa inguinoescrotal. 
✓ Permanência prolongada. 
✓ Irredutível. 
✓ Dolorosa. 
✓ Trans iluminação negativa (-). 
✓ Náuseas. 
✓ Vômitos. 
✓ Parede de gazes e fezes (constipação). 
✓ Comprometimento vascular. 
- Câncer: massa testicular indolor, pois normalmente, 
o testículo é hipersensível. 
• Processo insidioso, lento, aumento da bolsa 
escrotal, indolor, TI negativa, endurecido. 
- Hematocele: sangue na bolsa escrotal. 
• Procedimento cirúrgico: orquiectomia. 
• Laparotomia: abrir o abdome para alguma 
correção ou exploração. 
- Piocele: pus na bolsa escrotal. 
- Orquite: inflamação do testículo. Altera a morfologia/ 
inspeção da bolsa escrotal. 
6
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
- Distopia testicular: ausência de testículo na bolsa 
escrotal ou bolsa testicular após o nascimento. 
• Criptorquidia: testículo fora da bolsa escrotal, 
porém no seu trajeto. 
• Ectopia: testículo fora da bolsa escrotal, porem 
fora do seu trajeto normal. 
• Anorquia e testículo intra-abdominal são de de 
difícil identificação. 
Pele: 
✓ Rugosidade da pele. 
✓ Estruturas tortuosas. 
✓ Múltiplas dilatações das veias. 
✓ Na palpação, há a sensação de um saco de minhocas 
, indolor. 
- Pensar em varicocele: veia cheia de sangue, que 
promove dilatação anormal dela. 
• Incidência de 5a 8% de homens adultos. 
‣ Mais frequente no testículo esquerdo ou quase 
sempre. 
‣ Mais frequente do lado esquerdo, pois a veia 
gonadal/ espermática esquerda mais longa. 
‣ Defeito no mecanismo valvular. 
‣ Dilatação das veias do plexo pampiniforme, 
com acúmulo de sangue. 
‣ Pode causar infertilidade, pois altera a 
espermatogênese. 
‣ Testículo desse lado costuma ser menor. 
‣ Examinar paciente de pé e deitado. 
Palpação: 
‣ Testículo. 
‣ Epidídimos. 
‣ Deferentes. 
➡ Mãos aquecidas. 
➡ O aspecto do saco varia com a temperatura (músculo 
darto). 
➡ Palpação suave, criteriosa e cuidadosa. 
➡ Monitorizar as fáceis do paciente. 
- Palpação do testículo: 
• Formato: ovoide. 
• Tópico: intra-escrotal. 
• Comprimento: 4, 3, 2.5 cm. 
• Consistência: semelhante à borracha. 
• Sensibilidade: costuma ser hipersensível. 
➡ Paciente de 25 a 40 anos, com nódulo testicular 
indolor, pensar em TUMOR, até que se prove o 
contrário. 
- Palpar cordão espermático (vasos e deferentes). 
- Epidídimos (póstero-lateral ao testículo): 
• Cabeça (ficar atento à cistos). 
• Corpo. 
• Cauda (porção mais afilada). 
- Examinar o OIE (fenda). 
- Na região inguinal avaliar os linfonodos (câncer depênis, doenças infecciosas e inflamatórias). 
- Palpação do testículo: 
• Torção testicular: 
✓ Geralmente quadro agudo. 
✓ Mais incidente em homens jovens. 
✓ Orquialgia severa. 
✓ Irradiação inguinal e abdome inferior. 
✓ Pele do escroto avermelhada. 
✓ Testículo com alteração topográfica. 
✓ Dor intensa. 
✓ Cordão espessado e sensível. 
✓ Diagnóstico diferencial com orquite. 
✓ Pode ser consertado manualmente. 
17/08/2020 - Dor em urologia:!
Tipos de dor em urologia: 
- Dor de origem renal: 
❖ Inicia no rebordo costal posterior (abaixo da 
costela). 
7
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
❖ Se estende por baixo do rebordo costal. 
❖ Geralmente é próximo ao ângulo costovertebral 
(ângulo da costela com a coluna). . 
❖ Pode se irradiar para o umbigo. 
• Pesquisa do sinal de Giordano: punho percussão. 
Se a manobra evidenciar sinal de dor aguda, em 
pontada, no paciente, o sinal de Giordano é 
positivo, o que indica grande probabilidade 
doença renal. 
• Dor visceral súbita provocada por uma distensão 
aguda da cápsula renal: 
- Se inicia de uma hora para outra. Rim inflamado 
se estende, distendendo a cápsula fibrosa e 
desencadeando a dor aguda. 
✓ Súbita. 
✓ Constante. 
✓ Persistente. 
✓ Surda. 
✓ Fraca. 
• Pielonefrite: doença do rim com inflamação que 
provoca essa dor renal. 
- Do ureteral: 
❖ Caracteriza-se por cólica intensa. 
❖ Origem no ângulo costovertebral. 
❖ Irradiação em torno do tronco: 
- Para o quadrante inferior do abdome. 
- Para coxa e testículos (no homem). 
- Para coxa e grandes lábios (na mulher). 
• Dor súbita e abrupta. 
• É provocada por uma distopia abrupta do ureter 
ou da pelve renal. 
- Ex: litíase no ureter, provoca obstrução do fluxo 
da urina. Urina começa a se acumular pelo 
ureter, distendendo-o e podendo se encaminhar 
até a pelve renal, distendendo o rim. 
• Causas da cólica renal (e/ou uretral): 
➡ Cálculos urinários. 
➡ Coágulo sanguíneo. 
➡ Tumor ureteral. 
➡ Fibrose retroperitoneal. 
- Dor suprapúbica (acima do pubis ou região 
hipogástria): 
• Causas: 
- Dismenorreia (causa, em mulheres, por 
exemplo). 
- Causas vesicais: 
• Infecção provocando dor surda constante, 
podendo se manifestar no abdome. 
• Cistalgia (dor na bexiga) = infecção aguda 
(cistite). 
- Encontrada por dor a palpação profunda. 
- Distensão súbita exagerado: dor excruciante. 
• RUA: retenção urinária aguda. 
- Paciente com problemas urológicos e de 
uma hora para outra ele não consegue 
urinar. 
- Usa-se sonda (cateterismo vesical de 
demora) para esvaziar a bexiga. 
- Distensão crônica visceral: indolor. 
• Retencionista crônico, acomodação do 
paciente em esvaziar a bexiga de forma 
inadequada (mega bexiga). 
- Dor prostática: 
• Sentida no períneo e no reto, as vezes. 
Disúria: 
- Micção dolorosa/ dor na micção/ sensação de 
queimação (inflamação ou irritação). 
‣ Disúria total: dor durante todo o ato de micção. 
‣ Disúria inicial: sensação de queimação ocorre 
mais no inicio do ato de micção. 
‣ Disúria terminal: ardor no ato da micção ocorre 
mais no final. 
- No homem: provoca dor típica na glande ou 
próximo à glande. 
- Na mulher: provoca desconforto interno na uretra 
(pressão interna). 
8
Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
• Caso a mulher diga que está com uma queimação 
externa, pensar em irritação/ inflamação, ou volvo 
vaginite. 
- Já o relato de queimação interna, pressão na uretra e 
desconforto interno, pensar em cistite e/ou uretrite, 
tanto no homem quando na mulher. 
- Causas de disúria: 
✓ Cistite. 
✓ Uretrite. 
✓ Litíase (cálculo). 
✓ Corpo estranho. 
✓ Prostatite. 
✓ Tumor de bexiga (diagnóstico por exclusão). 
Sintomas e sinais urinários: 
a. Urgência urinária ou miccional: 
• Desejo 4 I’s: 
➡ Intenso. 
➡ Incomum. 
➡ Imediato. 
➡ Inadiável. 
b. Incontinência urinária: 
• Perda involuntária de urina. Urina sai sozinha, 
sem percepção do paciente. 
• Incontinência urinária verdadeira: 
- Fístula vesico-vaginal (urogenital): 
comunicação anormal entre a bexiga e a vagina 
levando a uma perda contínua de urina através 
do canal vaginal. 
• Toda urina que o rim produz e vai para a 
bexiga, vai para a vagina, saindo a urina pela 
vagina. 
• Causa mais comum: iatrogênica (acidente 
médico). 
- Ectopia do meato uretral:  implantação do 
ureter fora do seu local na bexiga ou fora dela. 
• Ureter não desemboca na bexiga. 
- Extrofia vesical: defeito congênito que consiste 
de uma má formação da bexiga e uretra, na qual 
a bexiga fica exposta para fora do abdome. 
• Grau máximo da epispádia. 
- Epispádia: meato uretral externo abre-se na 
parte dorsal da uretra. Falha de 
desenvolvimento, ocasionando uma abertura 
(parte de cima do pênis em meninos). 
c. Urgência-incontinência: 
• É uma incontinência de urgência (micção 
involuntária). 
• Paciente tem vontade de urinar, saí correndo e no 
caminho acaba urinando. 
• Acontece muito em quadros de cistite. 
d. Incontinência urinária de esforço: 
• Perda involuntária da urina provocada pelo 
aumento da pressão abdominal. 
• Por tosse, espirro, riso e esforço físico. 
• Esfíncter incompetente. 
• Cirurgia de suspensão para corrigir (“redinha”). 
e. Incontinência paradoxal ou transbordamento: 
• Bexiga hipotônica, ou seja, que está sempre cheia. 
• Paciente sem micção, sem desejo miccional… 
Enurese: 
- Paciente que urina na cama a noite, sem perceber. 
- Geralmente em crianças. Até 2/3 anos é considerado 
normal. 
• Após essa idade, pesquisar alguma causa orgânica. 
- Não é comum. Se persistir além dos 5/6 anos, pensar 
em infecção urinária, estenose da uretra distal 
(mulheres), válvula de uretra posterior ou bexiga 
neurogênica. 
Polaciúria: 
- Aumento da frequência urinária (anormal). Paciente 
ruins muitas vezes, com intervalo anormal. 
• Geralmente, sai pequenas quantidades de urina 
por micção, e o paciente não consegue esvaziar 
toda a bexiga. 
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Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
- Intervalo de uma micção para outra < 2 horas. 
- Causas: 
✓ Vesical. 
✓ Obstrução do colo vesical. 
✓ Obstrução abaixo do colo vesical. 
Noctúria: 
- Paciente que acorda a noite para urinar (interrupção 
do sono). 
- Ocorre por esvaziamento incompleto da bexiga, por 
obstrução na saída da urina. 
Nictúria: 
- Paciente que faz mais de 1x micção ou micções 
durante a noite. 
• Aumento da frequência urinária noturna. 
- Predominância de volume noturno sobre o diurno. 
- Causas: 
‣ Alterações renais. 
‣ Excesso de ingestão de líquidos ao deitar. 
‣ Ingestão de café e/ou bebidas alcoólicas (efeito 
diurético). 
‣ Insuficiência cardíaca leve, retenção de líquidos 
(edema). 
Hesitação/ hesitância: 
- Retardo para início da micção. 
- Sinal de obstrução na saída da urina, principalmente 
em idosos. 
Hematúria: 
- Presença de sangue na urina. 
- Pode ser macroscópica ou microscópica. 
• Macroscópica: óbvia, visível a olho nu. 
- Aspecto: 
‣ Suave (vermelho claro). 
‣ Média (um pouco escuro). 
‣ Francamente vermelho. 
• Microscópica: diagnóstico mediante exame 
microscópico de urina (contagem de hemácias). 
- Normal: até 5mil. 
- Por tumor, trauma, infecção, entre outros. 
- Pode ser: 
• Inicial: sangue saí no inicio da micção. 
• Terminal: final da micção saí sangue. 
• Total: sangue sai durante todo o ato de urinar. 
- Importante perguntar ao paciente se vem 
acompanhado de dor. 
- Nem toda urina vermelha é hematúria. Pode ser 
medicamentos, alimentos, etc. 
17/08/2020 - Rins e Prostata:!
Rins: 
- Funções: manutenção… 
➡ Equilíbrio ácido-básico. 
➡ Equilíbrio do hidrossalino. 
➡ Produz substâncias reguladoras: da PA e do 
metabolismo mineral. 
➡ Promover excreção das escorias nitrogenadas. 
- Rins adultos: 
• Filtra por dia, por meio dos capilares glomerulares 
mais ou menos 150 litros de H2O plasmático/dia. 
• Mais ou menos 0,5% a 1% do ultrafiltrado 
plasmáticoé eliminado na urina. 
• Em 24 horas: 
- 0-50 ml = anúria (falência renal). 
- 0-400/500ml = oligúria. 
- 750-1500ml = normal. 
- > 3000ml = poliúria. 
- Funções tubulares importantes: 
❖ Acidificação (pH). 
❖ Densidade (peso da urina). 
• O exame da urina serve como avaliação do estado 
das vias urinárias (se tem alterações) e estuda o 
funcionamento renal (se tem algum distúrbio). 
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- Exame de urina serve como uma avaliação 
presuntiva da função renal. 
- Anatomia dos rins: 
Próstata: 
- É um órgão glandular e fibromuscular. 
- Possui forma arredondada e cordiforme (formato de 
amêndoa). 
- Medidas: 
• Peso: +/- 20 a 30 gramas. 
• Comprimento: +/- 2,5cm, e volume +/- de 20cm 
cúbicos. 
- Topografia: 
• Abaixo da bexiga. 
• Atrás do púbis. 
• Na frente do reto. 
- Consistência: elástica, semelhante a borracha. 
- Sensibilidade: costuma ser indolor. 
- Superfície lisa. 
- No exame de próstatas compressão pode 
desencadear a sensação de vontade de urinar. 
- Sulco mediano ou chanfradura: presente entre os 
dois lobos laterais. 
- Vista posterior: 
- Vista anterior: 
- Vista lateral: 
- Na infância, a próstata é pequena. Na puberdade aos 
20 anos, ela cresce cerca de 5 vezes. Aos 50 anos, 
ela tona-se hiperplásica. 
- Dor na próstata: 
• Sentida no reto e períneo. 
- Avaliação da próstata: 
1. Anamnese. 
2. Toque retal (T.R). 
3. Exames laboratoriais. 
- Ultrassom e ressonância magnética. 
- Toque retal deve durar menos que meio minuto. 
Avaliar… 
‣ Formato. 
‣ Comprimento. 
‣ Largura. 
‣ Superfície. 
‣ Lobos laterais. 
‣ Sulco ou 
chanfradura. 
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Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
‣ Consistência. 
‣ Sensibilidade. 
• Indicação do toque retal: 
- Pacientes idosos e de meia idade, para avaliação 
da próstata. 
- Avaliar… 
• O tônus do esfíncter anal, se está… 
- Contraído (hipertônico): FIA. 
• Fibrose. 
• Inflamação. 
• Ansiedade. 
- Relaxado (hipotônico): 
• Neuropatia. 
• Superfície retal, se possui presença de 
irregularidade, nódulos (pólipo, câncer…) ou 
endurecimento da parede ( fibrose, processo 
inflamatório e doenças malignas). 
• Nas mulheres, é mais raro, mas pode se fazer 
para avaliar massas pélvicas. 
- Toque bimanual. 
• Pesquisar carcinomas assintomáticos. 
- Sempre observar o material que aparece na 
luva: consistência, sangue e cor. 
• Procedimento médico: cuidados especiais. 
- Conscientizar o paciente sobre o exame. 
- Explicar como é feito. 
- Explicar que causa desconforto. 
- Explicar que causa constrangimento. 
- Explica que pode dar vontade de evacuar. 
- Pode ter vontade de urinar. 
- Pode doer. 
24/08/2020 - Exame de Urina: 
Exame de urina: 
- Consistem em um exame útil e importante. 
- Serve para dar um diagnóstico e para direcionar um 
estudo. 
- Indicado para: 
✓ Pacientes com sinais e sintomas urológicos. 
✓ Pacientes com exame de fita positivo (+) para Hb, 
leucócitos, proteínas ou nitrito. 
- As falhas nos resultados podem ser devido à coleta 
inadequada, avaliação inadequada, análise tardia, 
exame incompleto ou examinador inexperiente. 
- Visão do observador/ interpretante do exame: 
❖ Informações negligenciadas. 
❖ Informações mal interpretadas. 
❖ Inobservância de informações significativas. 
- Momento da coleta: 
• A 1ª amostra da urina de manha é a mais útil, pois 
promove: 
- Análise das proteínas (paciente com proteinúria 
ortostática - paciente que acorda de manha normal, 
mas com o passar das atividades diárias, a densidade 
de proteína narina vai aumentado). 
• Avaliação presuntiva da função renal. 
• Proteínas metalizadas durante a noite. 
• Avalia densidade específica: serve como 
avaliação da função renal presuntiva. 
- Exemplos: pacientes com DM, DI e anemia 
falciforme. 
Coleta da urina: 
- Existem métodos de coleta para homens, mulheres e 
crianças. 
- Momento da coleta. 
- Obs: coleta após refeições ou após algumas horas em 
pé, a urina se apresenta alcalina: 
• Promove o rompimento de hemácias, que acabam 
saindo na urina. 
• Cilíndricos desintegrados. 
• Facilita a colonização de bactérias (rápida 
multiplicação). 
- Coleta em casa é inadequada (devido ao transporte) 
e demora para ser examinada. 
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- A coleta deve ser realizada antes do exame genital e 
antes do exame retal. 
- Dispositivos de coleta: Condon, cateter de demora, 
bolsa de drenagem. 
• São inapropriados para coleta devido à fácil 
colonização por bactérias. 
- Coleta SEGURA: 
❖ Amostra colhida algumas horas após uma 
refeição. 
❖ Deve ser examinada dentro de 1 hora após a 
coleta. 
❖ O estado de hidratação pode interferir na 
concentração dos constituintes urinários. 
- Métodos de coleta especial para: 
• Hematúria (sequencial). 
• Proteinúria. 
• ITU (infecção do trato urinário) —> coleta 
especial para diagnóstico: exame de urina do jato 
médio com assepsia prévia, com pelo menos de 2 
a 3 horas da urina na bexiga. 
- Urocultura (contagem de colônias) com 
antibiograma (para saber qual a bactéria e qual 
ATB necessário). 
• Mais de 100mil colônias a cada 1ml de urina 
—> caracteriza ITU. 
- Coleta para homens: 
➡ Lavar as mãos com água e sabão. 
➡ Abrir o vidro estéril. 
➡ Retrair o prepúcio. 
➡ Fazer assepsia rigorosa com antisséptico (lenço 
umedecido). 
- Hexaclorofeno, álcool lotado, cloreto de 
benzalcônio. 
➡ Urina um pouco fora do vidro (para lavar a uretra). 
➡ Em seguida, urinar dentro do vidro (+/- 50 - 
100ml) e tampa o vidro. 
➡ Terminar de urinar para fora do vidro. 
➡ Em resumo: fora —> dentro —> fora. 
- Coleta para mulheres: 
➡ Semelhante os homens. 
➡ Geralmente precisa de ajuda. 
➡ Ideal: posição de litotomia. 
➡ Mesa especial. 
➡ Assepsia importante na genitália (vulva/ meato 
uretral). 
➡ Vidro estéril, urina do jato médio. 
➡ Desprezar o 1º jato e o 2º jato é o jato médio (+/- 
50 - 100ml dentro do recipiente). 
➡ O resto urinar fora. 
➡ Mesma sequência para os homens. 
- Coleta em crianças: 
• Menina: caso precise, pode ser feita coleta com 
todos os cuidados de assepsia, e coleta com 
cateterização. 
• Menino: cateterismo deve ser evitado, usar os 
coletores plásticos no meato uretral com assepsia 
prévia. 
- Forma de coleta MAIS correta: punção supra púbica 
(isento de contaminação de urina perineal e secreção 
uretrovaginal). 
• Mecanismo de punção: 
✓ Hidratação. 
✓ Assepsia, anti-sepsia. 
✓ Campos estéreis. 
✓ Pápula anestésica intradérmica, linha média +/- 
2xm acima do púbis. 
✓ Agulha calibre 22. 
✓ Seringa de 10ml. 
✓ Introdução perpendicular e aspiração contínua 
simultânea. 
✓ Colocação em vidro estéril. 
Propedêutica: 
- O exame de urina estuda as propriedades físicas e 
químicas da urina e também estuda/ analisa o 
sedimento urinário (sedimentoscopia). 
• Macroscópicos: cor, aspecto e densidade. 
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- Testes químicos: 
➡ Fitas regentes (dipsticks): açúcar, densidade, Hb, 
leucócitos, nitritos, pH, proteínas. 
- Quimicamente impregnada. 
- Usar só dentro do prazo de validade. 
- Usar em urina fresca/ temperatura ambiente. 
- Controle de qualidade = padronização 
apropriada. 
- Aspecto macroscópico: 
• Cor da urina: 
- Normal: amarelo citrino. 
- Variações: por medicamentos, por ex. 
✤ Amarelada (fenazopiridina —>Pyridium). 
✤ Amarelo-laranja (rifampicina p/ TB urinária —
> Antibiótico). 
✤ Amarronzada (nitrofuratoína —> 
Macrodantina). 
✤ Marrom avermelhada (metronidazol/ L-dopa/ 
L-metildopa). 
✤ Vermelha (beterraba —> liberação de 
betacianina). 
- Outras situações: 
✤ Laxantes a base de fenoftaleína. 
✤ Corantes vegetais (vermelho do Congo). 
✤ Mictasol (urina azul = antiséptico urinário). 
✤ Excreção de pratos concentrados. 
• Aspecto: 
- Normal: límpido. 
- Alterado: 
• Turvo: por eliminação de PO4amorfo (em 
grande quantidade) ou por piúria (leucócitos 
da urinária). 
• Leitosa (quilúria). 
• Hemorrágico. 
• Densidade: 
- É a concentração da urina. 
- Avaliada pelo hidrômetro, refratômetro e 
dipsticks. 
- Serve para medir o estado de hidratação no pós 
operatório e avaliação presuntiva da função 
renal. 
Pode estar presente na urina… 
1. AÇÚCAR: exame preciso e específico. 
• Glicosúria: ocorre na maioria dos pacientes co 
DM. 
• Manifestações clínicas: 
- ITU. 
- Necrose papilar renal. 
- Normal: 1003 —> 1030. 
- Disfunção neurovesical. 
- DE, disfunção erétil (alterações da sexualidade). 
2. HEMOGLOBINA: 
• Densidade da urina < 1008 lisa as hemácias e 
liberam a Hb na urina. 
• Presença de Hb na urina serve para triagem de 
hematúria. 
• Se usa a análise microscópica. 
3. ACIDEZ: oscila de 5,0 a 8,0. 
➡ Ocorre em pacientes com alteração de ácido úrico 
(cálculo). 
- Paciente não consegue alcalinizar a urina. 
- pH só vai até no máximo 6,5. 
- O uso de bicarbonato inibe formações de novos 
cálculos. 
➡ Pacientes com cálculos de cálcio, nefrocalcinose 
ou ambas situações. 
- Usar acidificante urinário. 
➡ Pacientes com ITU, bactéria que decompõem a 
ureia. 
- pH > 7,0. 
4. PROTEINÚRIA: 
• Aceitável até +/- 30 a 150mg/ 24 horas. 
• Febre prolongada. 
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• exercícios físicos excessivos (proteinúria 
transitória). 
• Proteinúria ortostática. 
• Aumentos (proteinúria) persistentes, pensar em 
câncer, glomerulopatia ou nefropatias. 
- Proteína glomerular = > 2g/ litro. 
- Proteinúria tubular = até 2g/ litro. 
- Aumento de albumina urinária = sugere lesão 
glomerular. 
• Proteínas na urina: 30 a 150mg/dia. 
- Albumina: +/- 20% a 40% do total. 
5. NITRITOS: 
• Se presente na urina (+), pensar em ITU. 
• Se houver dúvidas, proceder comprovação 
microbiológica, pois existem situações com falso 
positivo ou falso negativo. 
- Caso paciente apresente ou não a clínica. 
6. CÉLULAS EPITELIAIS: 
• Ausente e/ou presente sempre, mas em pequenos 
números (continua normal). Já grandes 
quantidades, é anormal. 
• Pode ser o início de uma enfermidade, devido à 
essa descamação das células —> 
acompanhamento. 
• Exame citológico: usa-se microscópio com 
contraste de fase, exame fresco e sem coloração. 
• Alterações morfológicas importantes: fazer 
citológico do sedimento urinário (amostra colhida 
especificamente para este fim), pouco informativo 
de modo geral. 
7. ERITRÓCITOS: hemácias. 
• Até um valor pré-concebido pelo laboratório, está 
sempre presente, acima desses valores é 
considerado anormal (hematúria ou sangramento 
no trato urinário). 
• Hematúria microscópica: 
- 3 a 12% (em diferentes amostras 
populacionais). 
- Não altera a cor da urina. 
- Diagnóstico mediante microscopia de… 
✓ Parenquimatosas renais (glomerular ou não 
glomerular). 
✓ Lesões do trato urinário. 
- Prova do dimorfismo eritrocitário: sensibilidade 
e especificidade maior que 95%. 
• Observa se a hemácia está normal ou 
anormal, com formatos, tamanhos ou tipos 
diferentes. 
• Menos de 30 mil hemácias, não se faz o 
exame. 
• Feita por observadores treinados. 
• Presença de hemácias dimórficas (alteradas), 
indicando lesão glomerular. 
• Algumas causas: 
✓ Exercícios físicos extenuantes. 
✓ Cistite. 
✓ Uretrite. 
✓ ITU. 
✓ Litíase. 
✓ Tumor das vias urinárias. 
✓ HPB, adenocarcinoma de próstata. 
✓ TB urinária. 
✓ Trauma. 
✓ Cistite enfisematosa. 
• Leitura/ considera hematúria: mais de 1 hemácia 
para campo com grande aumento. 
• Tipos de hematúria: 
➡ Inicial. 
➡ Terminal. 
➡ Total. 
- Leve. 
- Francamente hematúria. 
• Pode ser acompanhada por dor, coágulos e/ou 
febre. 
8. LEUCOCITÚRIA: 
• Leucócitos na urina até um valor pré-concebido. 
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Urologia - Felisberto Serra PROPEDÊUTICA
• Valores anormais sugerem processo inflamatório 
em algum segmento do trato urinário, que pode ser 
a manifestação laboratorial de uma infecção. 
➡ Nem toda ITU vem acompanhada de leucocitúria. 
➡ Nem toda leucocitúria é ITU. 
➡ Leucocitúria não é obrigatoriamente indicação de 
antibioticoterapia (reflexão). 
➡ Leucocitúria estéril —> sem infecção: exemplos. 
- Nefropatia túbulo- intersticial. 
- Cistite enfisematosa do trato urinário. 
- Calculose do trato urinário. 
- Processo inflamatório perivesical. 
- Processo operatório de cirurgia de próstata e 
vesículas seminais. 
- Quilúria. 
- Alguns processos febris em crianças. 
➡ Se possível pensar em fazer um Rx de abdome. 
➡ ITU com leucocitúria —> com infecção: 
- ITU habitual (comum). 
- Infecção para clamídia. 
- TB urinária. 
- Leucocitúria não pode ser radicalmente 
considerado como ITU!! 
• Para considerar leucocitúria como ITU, deverá 
isolar o MO: 
- Na maioria das vezes, leucocitúria é um sinal de 
ITU. 
- Piúria: leucócitos degenerados. 
• Piúria estéril ou leucocitúria estéril: são 
urinas com muitos leucócitos com cultura da 
urina negativa (sem infecção). 
• Bacteriúria assintomática: presença de 
grande quantidade de bactérias e ausência de 
leucócitos (sem processo inflamatório). 
• Outras causas de leucocitúria: 
- Tb do trato urinário. 
- Cistite intersticial. 
- Glomerulopatia. 
- Infecção inespecífica. 
9. CILÍNDROS: 
• São estruturas que se formam nos rins (túbulos 
renais). 
• Aparecem na urina até valores aceitáveis. Valores 
além do limite sugerem envolvimento renal. 
• Grandes quantidades de cilíndros: 
- Cilíndros leucocitários = sugerem processo 
inflamatório renal. 
- Cilíndros hemáticos = sugere hematúria 
glomerualr do parênquima renal. 
- Cilíndros bacterianos = infecção do parênquima 
renal. 
- Cilíndros hematínicos = contém hemoglobina 
alterada no seu interior. 
Sobre o exame de urina: 
- Exame de urina serve para avaliar: 
❖ Distúrbios da função renal. 
❖ Alterações das vias urinários. 
❖ ITU. 
❖ Sangramento do trato urinário (hematúria). 
- Outros elementos que são observáveis com 
microscópio com contraste de fase: 
• Bactérias, Trichomonas, Leveduras. 
- Exame de urina tipo I: 
• Urina clara, pH ácido, leucocitúria, micro-
hematúria, urocultura habitual negativa. 
- Exame microscópico da urina: estudo do sedimento 
urinário (sedimentoscopia). 
- Outras nomenclaturas: 
➡ > 1 hemácia por campo com lente de grande 
aumento = HEMATÚRIA. 
➡ > 5 leucócitos por campo com lente de grande 
aumento = LEUCOCITÚRIA. 
➡ Presença de 5 bactérias para campo com lente de 
grande aumento = BACTERIÚRIA. 
• Corresponde a 100mil bactérias por ml na 
urocultura quantitativa. 
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- Exame de urina: 
• Oferece informações sobre o funcionamento renal 
e estado das vias urinárias. 
- Urina matinal é ácida e concentrada devido à 
restrição hídrica noturna, mecanismos poupadores de 
água (secreção de hormônios antidiuréticos). 
- Duas funções tubulares importantes: 
• Densidade (concentração). 
• Acidificação (pH). 
- Exemplo: urina tipo I (matinal) = concentrada, ácida 
e sem proteinúria. 
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