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Avalia os leucócitos e os quantitativos de cada um dos leucócitos. Podemos identificar: Processos infecciosos Diferenciar quadro viral de bacteriano Diferenciar se a inflamação é aguda ou crônica Vai auxiliar no diagnóstico de leucemia e definir a sua classificação. Série Leucocitária nos fornece uma informação primária do nº total de leucócitos. Leucocitose: valor a cima da referência; aumento dos leucócitos. Indica processo infeccioso agudo bacteriano. Leucopenia: valor abaixo da referência; redução dos leucócitos Avaliar os valores absolutos! Não olhar para porcentagem! – A porcentagem é uma aproximação, uma média de 100 leucócitos, não é confiável. É mais seguro a análise em torno de todas as células, por isso é o valor absoluto que interessa. Tipos de Neutrófilos: Neutrófilo é subdividido em segmentado e bastonete! Segmentados: normalmente é a célula mais abundante. Ficam reduzidos em uma infecção crônica e sua elevação indica infecção aguda e bacteriana. Bastonetes: normalmente estão ausentes no sangue periférico. Eles só aparecem quando há agudização do processo inflamatório. Quando há piora do quadro, a medula não consegue enviar Segmentados, então envia Bastonetes (mais imaturo que os segmentados). Dessa forma, a quantidade de bastonetes vai nos fornecer informações sobre piora ou melhora do quadro. Piora do quadro clínico – elevação bastonetes Melhora do quadro clínico – redução dos bastonetes. Neutrofilia: elevação do nº de neutrófilos. Indica processo infeccioso agudo, provavelmente bacteriano. Neutropenia: redução do nº de neutrófilos. Metamielócitos e Mielócitos são células mais imaturas, são precursores. Mielócito é mais imatuto que o Metamielocito. Podem aparecer após os bastonetes. A elevação dessas células também indica piora do quadro clínico e agudização do processo inflamatório. Desvio à esquerda: elevação das células imaturas. Eosinófilos: costumam estar elevados em infecções parasitárias e situações alérgicas. Basófilos: muito pouco na corrente sanguínea. Relacionado com doenças alérgicas. Linfócitos Típicos: aumenta seus níveis em processos infecciosos virais e em processos crônicos. Em alguns casos pode ocorrer sua elevação em infecção bacteriana. Linfócitos Atípicos/ Reativos: aumenta seus níveis em processos infecciosos agudos e virais. Pode ocorrer em crônicos também. Monócitos: seu aumento está relacionado com processos infecciosos crônicos, independente se é viral ou bacteriano. Se transforma em macrófago na corrente sanguínea. LEUCOPENIA Redução na quantidade de leucócitos! Hepatite, mononucleose, HIV, Rubéola, Toxoplasmose, Tuberculose HIV provoca linfopenia e leucopenia Arboviroses induzem linfocitose atípicos e leucopenia. Sulfanomidas e sulfonas Corticóides Doenças que fazem leucopenia, por si só como as doenças do colágeno, cirrose (grau II e III), ingesta de álcool, quando o paciente faz alguma infecção que normalmente responderia com leucocitose, ele não tem repertório e continua leucopênico. Pacientes cirróticos, por exemplo, normalmente são leucopênicos. Caso ele adquira uma infecção bacteriana, o ideal seria uma leucocitose, mas eles continuam leucopênicos. LEUCOCITOSE Leucocitose Linfocítica Leucocitose Neutrofílica: mais comum. Presente em processos agudos, por infecções bacterianas ou inflamações Infecções bacterianas agudas são a principal causa! Pneumonia, otite, amigdalite, meningite, sinusite, erispela, osteomielite e pielonefrite são causas frequentes de leucocitose com neutrofilia. Processos inflamatórios, pancreatite aguda, colecistite ou apendicite. IAM, exercício extenuante, pós-operatório de grandes cirurgias. IAM = isquemia inflamação aguda Exercício físico extenuante = leucócitos e neutrófilos ficam na periferia dos vasos, no centro ficam as hemácias. O fluxo no centro é mais rápido do que na periferia. O fluxo sanguíneo lento facilita a migração dos leucócitos para os tecidos. Com o exercício intenso, o fluxo é mais intenso. Então, os leucócitos e neutrófilos que estavam na periferia vão para o centro. Logo, ao dosar vai ser identificado uma neutrofilia e leucocitose. Mas é uma situação normal, fisiológica. Medicamentos: fator de crescimento hematopoiético (GCSF) DESVIOS Desvio à esquerda: Aumento do número de bastonetes e segmentados, acima do permitido para idade, ou de forma imaturas como metamielócitos, mielócitos e pró- mielócitos. Quanto mais para esquerda eu vou, mais células jovens estão na corrente sanguínea. Desvio à esquerda escalonado: proporcionalidade entre as células (mais jovens em menor quantidade do que as mais maduras). O aparecimento das células jovens é na ordem. Por exemplo, vai ter segmentado, bastão, metamielócito e mielócito. Não vai “pular”, por exemplo, o metamielócito e ter mielócito. Infecções bacterianas, cura das agranulocitoses, gestação, grande queimado e Politrauma. É o “normal/ideal” em relação ao não-escalonado. Desvio à esquerda não-escalonado: não vai seguir a hierarquia da ordem das células e nem a proporcionalidade. Por exemplo, metamielócito em maior quantidade do que o bastão. Por exemplo, não vai ter segmentado ou estará reduzido, mas vai ter bastões, metamielócitos e mielócitos. Associado a câncer, leucemia. Quanto maior o desvio à esquerda, pior o quadro do paciente! Blastos isolados em grande quantidade não é normal! Na Apendicite, por exemplo, quando tiver a presença de bastões, a cirurgia deve ser feita com urgência. Desvio à direita/ Neutrófilo Hipersegmentado: não é tão comum. Neutrófilo já maduro, está na corrente sanguínea há muito tempo e com intensa atividade mitótica. Então, ele começa a segmentar muito seu núcleo. Ocorre em infecções crônicas. Anemias megaloblásticas, infecções crônicas, IRC, uso de coriticóides e hidroxiuréia. O temo desvio a direita, está em desuso > 3% de neutrófilos com 5 ou mais lóbulos Hoje é valorizado o termo neutrófilo hipersegmentado REAÇÃO LEUCEMÓIDE MIELÓIDE Leucocitose com o sem a presença de células imaturas sugerindo leucemias, mesmo na ausência de anemia ou trombocitopenia. Leucemóide- contagem muito alta de leucócitos Mielóide- presença de desvio à esquerda, em direção ao mielócito; aumento de células jovens. Leucocitose 50 a 100 mil com discreto desvio: CA gástrico, CA de mama avançado, artrite reumatoide. Leucocitose igual com importante desvio â esquerda em tumores com metástase ósseas, tuberculose e eclampsia. Pseudoleucemia: bêbes com síndrome de Down Infecções piogênicas: S. aureus, Streo pneumoniae – esses patógenos estimulam uma leucocitose muito grande. OBS: não necessariamente vai ter um desvio à esquerda tão importante. Pode ter apenas presença de segmentados e bastões, por exemplo, em grande quantidade. Reação Leucemóide Mielóide X Leucemia: diferente da leucemia, na reação leucemóide mielóide não há blastos, o desvio à esquerda é escalonado, não há anemia e nem trombocitopenia. LINFOCITOSE Elevação dos linfócitos – contagem aumentada de linfócitos, superior a 4.000 células/ mm3 Para a sua definição deve ser utilizado sempre o número absoluto de linfócitos. A contagem absoluta dos linfócitos é bem maior na infância. Sendo que, em neonatos, podem ser encontrados contagens superiores a 15.000 sem que isso apresente anormalidade. Linfocitose Primária ou Clonal: clone de células iguais que vão se proliferando. Presente em leucemias e linfomas. Linfocitose Secundária ou Reacional: predominância de linfócitos atípicos ou predominância de típicos e atípicos ou predominância de típicos. Linfócitos atípicos: Infecções virais (EpsteinBarr,HIV, HTLV-1) Bartonella henselae cursa com lesão por inoculação e linfonodomegalia em local do trauma (mordida de gato) Linfócitos típicos e atípicos: dengue, hepatites virais, rubéola, sarampo, IAM, alergias, dentre outras. Linfócitos típicos: Infecções bacterianas agudas, tabagismo crônico, estresses, pós-vacinação, hipertireoidismo, CA de mama. Quanto mais linfócitos atípicos, maior a dificuldade do seu corpo em combater o vírus – por isso você está gerando mais células reativas! LINFOPENIA Redução na quantidade de linfócitos – contagem de linfócitos abaixo de 1.500/ mm3 Grave quando abaixo de 700/ mm3 Anormalidade na produção de linfócitos: Desnutrição, radiação, uso de corticosteroides, Doença de Hodgkin Anormalidade na circulação deles: Infecção bacteriana, viral, doença de Holdgkin Anormalidade na sua perda e destruição: HIV, Lúpus HIV destrói os linfócitos Lúpus produz auto anticorpos que destroem os linfócitos REAÇÃO LEUCEMÓIDE LINFOIDE Aumento do número de leucócitos + aumento do número de linfócitos. É menos comum Cuidado para não confundir linfócitos atípicos com blastos! Quando tem blasto é provável ser leucemia – proliferação excessiva das células jovens. Podem simular: Leucemia linfocítica Linfomas não-Hodking leucemizados Pode ocorrer em: Doenças infecciosas Tuberculose miliar Dermatite herpetiforme CA de estômago ou de mama Melanoma metastático PLASMOCITOSE Alta proliferação de linfócitos B – produzem anticorpos. Reacionais: Infecções virais Imunizações Infecções bacterianas LES Uso de estreptoquinase Reações inespecíficas a uso de medicamento Neoplásicas: Mieloma múltiplo – afeta as células B
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