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UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ CURSO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA DE NEUROANATOMIA PLEXOS SIMONE RIBEIRO DA COSTA SOARES POUSO ALEGRE NOVEMBRO DE 2020 SIMONE RIBEIRO DA COSTA SOARES TRABALHO PESQUISA SOBRE PLEXOS VOLUME 1 Trabalho de pesquisa da disciplina de Neuroanatomia na UNIVÁS, sob a orientação da Professora Bruna Leonel Carlos. Versão Original POUSO ALEGRE NOVEMBRO DE 2020 SIMONE RIBEIRO DA COSTA SOARES TRABALHO PESQUISA SOBRE PLEXOS Trabalho de pesquisa da disciplina de Neuroanatomia na UNIVÁS, sob a orientação da Professora Bruna Leonel Carlos. Atividade proposta no plano de ensino para Turma P2 de Fisioterapia 2020. PROFESSORA AVALIADORA _________________________________________________ BRUNA LEONEL CARLOS AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por permitir que eu realize o sonho de me tornar uma fisioterapeuta. À professora Bruna por propor, incentivar e orientar. À vida por ser generosa gerando oportunidade em uma sociedade onde o ensino ainda é negado a muitos pelas condições econômicas e dificuldades de acesso principalmente neste ano de pandemia. RESUMO Plexos são compostos por fibras nervosas, ordenadas e combinadas que seguem para todo o corpo e se agrupam em um nervo. Fazem parte do Sistema Nervoso Periférico. (SNP). Estão localizados no tronco do corpo. Os plexos são divididos em plexo cervical, plexo braquial, lombar e sacral. Entre eles estão os nervos torácicos que é um conjunto de doze pares de ramos ventrais dos nervos torácicos que não formam plexos e se distribuem para as paredes do tórax e abdome. Cada um dos plexos é o responsável pelo trâmite das informações aferentes e eferentes entre o SNC e o SNP. Essas informações comandam os movimentos, decodificam as sensações, permitem ao corpo permanecer ereto, em equilíbrio e permitem que exista a interação do corpo com o meio ambiente. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8 2. PLEXOS ................................................................................................................................. 9 3. PLEXO CERVICAL .............................................................................................................. 9 3.1. RAMOS CUTÂNEOS ................................................................................................... 10 3.2. RAMOS MUSCULARES ............................................................................................. 11 3.2.3. RAMOS DO NERVO FRÊNICO ............................................................................... 13 3.2.4. RAMOS COMUNICANTES DO PLEXO CERVICAL ............................................ 13 4. PLEXO BRAQUIAL ............................................................................................................ 13 4.1. RAÍZES DO PLEXO BRAQUIAL ............................................................................... 14 4.2. TRONCOS DO PLEXO BRAQUIAL ........................................................................... 14 4.3. FASCÍCULOS DO PLEXO BRAQUIAL ..................................................................... 15 4.4. RAMOS TERMINAIS DO PLEXO BRAQUIAL ........................................................ 16 4.4.1. DO FASCÍCULO LATERAL ................................................................................. 16 4.4.2. DO FASCÍCULO MEDIAL ................................................................................... 17 4.5. DO FASCÍCULO POSTERIOR .................................................................................... 18 5. PLEXO LOMBOSSACRAL ................................................................................................ 19 6. PLEXO LOMBAR ............................................................................................................... 20 6.1. DISTRIBUIÇÃO DOS RAMOS TERMINAIS ............................................................ 20 6.1.1. NERVO ILIO-HIPOGÁSTRICO ........................................................................... 20 6.1.2. NERVO ILIOINGUINAL....................................................................................... 20 6.1.3. NERVO GENITOFEMORAL ................................................................................ 20 6.1.4. NERVO CUTÂNEO LATERAL DA COXA ......................................................... 21 6.1.5. NERVO FEMORAL ............................................................................................... 21 6.1.6. NERVO OBTURATÓRIO ..................................................................................... 21 6.2. TRONCO LOMBOSSACRAL ...................................................................................... 22 7. PLEXO SACRAL ................................................................................................................ 23 7.1. NERVO GLÚTEO SUPERIOR ..................................................................................... 23 7.2. NERVO GLÚTEO INFERIOR ...................................................................................... 23 7.3. NERVO CUTÂNEO POSTERIOR DA COXA ............................................................ 23 7.4. NERVO PUDENDO ...................................................................................................... 23 7.5. NERVO ISQUIÁTICO (NERVO CIÁTICO) ................................................................ 23 7.6. NERVO TIBIAL ............................................................................................................ 24 7.7. NERVO FIBULAR COMUM ....................................................................................... 25 7 8. APLICAÇÃO CLÍNICA ...................................................................................................... 25 8.1. LESÕES DO PLEXO CERVICAL ............................................................................... 25 8.2. LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL .............................................................................. 26 8.3. LESÕES DO PLEXO LOMBOSSACRAL ................................................................... 27 9. RESUMO DOS PLEXOS .................................................................................................... 29 9.1. O PLEXO BRAQUIAL ................................................................................................. 30 9.2. PLEXO CERVICAL ...................................................................................................... 34 10. RAMOS VENTRAIS DOS NERVOS TORÁCICOS ....................................................... 39 11. PLEXO LOMBAR ............................................................................................................. 40 12. PLEXO SACRAL .............................................................................................................. 43 13. PLEXO LOMBOSSACRAL .............................................................................................. 45 14. PLEXO COCCÍGEO .......................................................................................................... 48 15. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 49 16. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 50 8 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho individual foi proposto em sala de aula na disciplina de neuroanatomia. Estudar este emaranhadode nervos foi um grande desafio por ser complexo e extenso e com muitos nomes e associações. Parti então do princípio que seguir um livro para nortear a pesquisa, constituiu-se na forma mais assertiva de tratar o tema. O livro escolhido foi Neuroanatomia Aplicada de Murilo S. Menezes, terceira edição, Editora Guanabara Koogan Ltda, Grupo Editora Nacional, 2011. A pesquisa então, constitui-se na cópia fiel do capítulo 06 do livro, seguido de um resumo que foi elaborado com base em pesquisas extras no Atlas Netter e em sites diversos. Entender o processo das sensações, o complexo proprioceptivo, as vias eferentes e aferentes é o objetivo central. A rapidez com que estas informações percorrem o corpo entendendo as sensações, disparando comandos, produzindo movimentos, é sem sombra de dúvidas, uma descoberta muito interessante. 9 2. PLEXOS Definição: é uma expressão que se origina do latim plexo e significa enlaçamento designando em anatomia a rede de vasos ou nervos, nesse caso nervos, do sistema nervoso periférico e autônomo. Os plexos inervam a pele, as estruturas articulares e os músculos. É subdividido em três porções que são: cervical, braquial e lombossacral. Estão situadas nos dois lados (paralelamente) à coluna vertebral e em alguns ramos ventrais dos nervos espinhais que subdividem em ramos terminais. (ALFREDO, L. J. et al, 2011). 3. PLEXO CERVICAL O plexo cervical é formado por uma série irregular de ramos comunicantes entre os ramos ventrais (maiores que os dorsais) dos 4 primeiros nervos cervicais, cada qual conectado com um ou mais ramos comunicantes cinza do gânglio simpático cervical superior. Alguns ramos comunicantes emergem próximo à coluna vertebral, entre os músculos pré-vertebrais, e outros partem dos tubérculos posteriores dos processos transversos, seguindo superiormente para os ramos do plexo posteromedial para a veia jugular interna recobertos pelo músculo esternocleidomastóideo. Figura 1. Ramos nervosos do plexo cervical Fonte: Neuroanatomia Aplicada, Murilo S. Menezes, página 61 10 3.1. RAMOS CUTÂNEOS Esses nervos aparecem no triângulo posterior do pescoço, formado entre os músculos esternocleidomastóideo. e trapézio, um pouco acima do ponto médio da borda posterior do músculo esternocleidomastóideo. O nervo occipital menor (C2, C3) é variável em tamanho, sendo às vezes duplo. Ele passa posterior e profundamente ao músculo esternocleidomastóideo, conecta-se abaixo do nervo acessório e ascende ao longo daquela borda para perfurar a fáscia profunda no ápice do triângulo posterior do pescoço. Nesse ponto ele se divide em ramos que inervam a pele e a fáscia muscular da: (1) parte lateral do pescoço; (2) superfície cranial da orelha externa e do processo mastoide, (3) adjacente ao couro cabeludo. Quando duplo, ele geralmente é o ramo menor que está em contato com o nervo acessor10. O nervo auricular maior (C2, C3 ou somente o C3) é geralmente o maior ramo cutâneo do plexo cervical, mas seu tamanho e território variam reciprocamente com o nervo occipital menor. Em seu trajeto contorna a borda posterior do músculo esternocleidomastóideo e passa sobre a superfície anterossuperior desse músculo, continua profundo ao platisma e em direção à parte inferior da orelha externa. Nesse ponto, divide-se em dois ramos: (1) ramo posterior - ascende sobre o processo mastoide, comunicando-se com o nervo occipital menor e o nervo auricular posterior e fornece inervação para a pele e fáscia dessa região; (2) ramo intermédio - passa a suprir a parte inferior da orelha externa em ambas as superfícies; (3) ramo anterior - passa pelo conteúdo da glândula parótida e sobre o ângulo da mandíbula, para inervar a pele e a fáscia sobre a parte posteroinferior da face. Nesse ponto apresenta comunicação com o nervo facial (VII par craniano) na glândula parótida e pode enviar ramos para o osso zigomat1co. O nervo transverso do pescoço (C2, C3) contorna horizontalmente as porções posterior e lateral do músculo esternocleidomastóideo, continua profundamente ao platisma e externamente à veia jugular. Divide-se em dois ramos, superior e inferior, próximo à margem inferior do músculo esternocleidomastóideo, emitindo ramos que inervam a pele e a fáscia do triângulo posterior do pescoço. O ramo posterior encontra a área de abrangência do nervo trigêmeo, na borda inferior do corpo da mandíbula, e comunica-se com o ramo cervical do nervo facial. O nervo supraclavicular (C3, C4) aparece na borda posterior do músculo esternocleidomastóideo como um grande tronco que desce pela parte inferior do triângulo 11 posterior do pescoço e se divide em nervos supraclaviculares medial, intermédio e lateral. Esses nervos perfuram a fáscia cervical profunda acima da clavícula, inervando a pele e a fáscia da parte inferior lateral do pescoço, descem superficialmente ao que corresponde ao terço medial da clavícula, profundamente ao platisma, para inervar a pele e a fáscia ao nível do ângulo esternal. O nervo medial também supre a articulação esternoclavicular, enquanto o nervo lateral, a articulação acromioclavicular. Os ramos dos nervos intermédio e lateral podem produzir um sulco ou perfurar a clavícula, mas somente alguns ramos do nervo lateral em geral passam profundamente ao músculo trapézio e o perfuram para alcançar a pele. 3.2. RAMOS MUSCULARES Esses ramos partem com os outros do plexo cervical profundamente ao músculo esternocleidomastóideo, passando também lateralmente, em direção ao triângulo posterior do pescoço, ou medialmente, em direção ao triâgulo anterior do pescoço, formado pelos músculos esternocleidomastóideos. 3.2.1 RAMOS LATERAIS A partir do ramo ventral do segundo nervo cervical, um ramo sensorial penetra na superfície profunda do músculo esternocleidomastóideo, promovendo comunicação com o nervo acessório profundo ao músculo. A partir do terceiro e quarto ramos ventrais dos nervos cervicais, estes cruzam o triângulo posterior do pescoço para penetrar na superfície profunda do músculo trapézio. Suprem com fibras sensoriais esse músculo e se comunicam com o nervo acessório. Ramos distintos inervam o músculo levantador da escápula pela entrada lateral no triângulo posterior do pescoço, suprindo os músculos escalenos médio e superior. 3.2.2. RAMOS MEDIAIS Nervo cervical ou suboccipital - Formado desde o contorno que une os ramos ventrais anteriores do primeiro e segundo ramos cervicais até o arco posterior do atlas e inferior à artéria vertebral. Inerva os músculos reto posterior da cabeça e oblíquos superior e inferior, além de ramos para o semiespinal reto posterior menor da cabeça. Ainda um pequeno ramo junta-se à divisão dorsal do segundo nervo cervical para o músculo oblíquo inferior. O ramo une o nervo hipoglosso à medida que esse emerge do crânio. Poucas fibras sensoriais desse ramo passam superiormente ao nervo hipoglosso para inervar o crânio e a dura- 12 máter da fossa craniana posterior (ramos meníngeas). A maioria das fibras descem para o nervo hipoglosso e formam três ramos desse nervo, os quais, provavelmente, não contêm nenhuma fibra nervosa do próprio nervo hipoglosso. (a) Ramo para a tireoide, (b) ramos gênio-hióideo, (c) a raiz superior da alça cervical parte anteriormente do nervo hipoglosso para a artéria carótida interna. Desce na frente da artéria carótida interna e comum e junta-se à raiz inferior da alça cervical para formar o contorno superficial dessa artéria. A alça envia ramos para os músculos esterno-hioide, esternotíreo-hióideo e omo-hioide. A raiz superior da alça cervical pode, ocasionalmente, partir do nervo vago. Nesse caso, as fibras dos ramos ventrais dos dois primeiros nervos cervicais passam mediante comunicação com o nervo vago, e não com o nervo hipoglosso. Um ramo pequeno inerva o músculo reto lateral e anteriorda cabeça e o músculo longo da cabeça. Dos ramos ventrais do segundo e terceiro ramos cervicais, cada um desses envia um fino ramo em direção caudal, junto com a veia jugular interna para se unir na sua superfície anterior. Eles formam a alça cervical com a raiz superior e inervam os músculos infra-hióideos, exceto o músculo tíreo-hióideo. Desse modo, os ramos mediais dos três primeiros ramos ventrais dos nervos cervicais se comunicam para suprir a faixa paramediana dos músculos, desde omenta até o esterno, e também se comunicam com o nervo hipoglosso, nervo motor da língua, imediatamente superior a essa faixa. A partir do segundo, terceiro e quarto ramos ventrais dos nervos cervicais, pequenos ramos suprem os músculos intertransverso, longo do pescoço e longo da cabeça. A partir do terceiro, quarto e quinto ramos ventrais dos nervos cervicais, o nervo frênico parte principalmente do quarto, mas recebe ramos do terceiro (diretamente ou por meio do nervo esterno-hioide) e do quinto (diretamente ou a partir do nervo subclávio como acessório do nervo frênico). O nervo frênico desce junto ao músculo escaleno anterior, posterolateralmente à veia jugular interna, passando anteriormente para a pleura cervical, entre a artéria e a veia subclávia (anterior à primeira parte da artéria subclávia à esquerda e à segunda parte à direita), desviando-se medialmente em frente da artéria torácica interna (ocasionalmente posterior a ela no lado esquerdo). Os nervos descem pelo tórax para o músculo diafragma, separando-se da cavidade pleural somente pela pleura mediastinal. No mediastino superior, o nervo esquerdo está entre a artéria carótida comum e a artéria subclávia, e cruza o arco aórtico anterior em direção ao nervo vago; o nervo direito está situado junto à veia braquiocefálica direita e veia cava superior, e não 13 está em contato com o nervo vago. Ambos os nervos passam abaixo do mediastino médio entre a pleura e o pericárdio, na base do pulmão, e logo alcançam o músculo diafragma junto com a veia cava inferior. A maioria das fibras dos nervos frênicos perfura o diafragma e o inerva na superfície inferior, mas somente passam sobre a superfície pleural. 3.2.3. RAMOS DO NERVO FRÊNICO Temos: (1) muscular para o diafragma; (2) sensorial para a pleura mediastinal e diafragmática e para o pericárdio (ramo pericardial); (3) sensorial para o peritônio diafragmático e, provavelmente, para o fígado, vesícula biliar, e inferior à veia cava para o ramo frênico abdominal. O nervo frênico acessório parte do quinto ou quinto e sexto ramos ventrais dos nervos cervicais e passa, profunda e inferomedialmente, ao músculo esternocleidomastóideo para se juntar ao nervo principal na parte inferior do pescoço ou do tórax. Parte comumente para o músculo subclávio, mas pode estar ausente. Além disso, para esse nervo, o nervo frênico pode receber fibras nervosas da alça cervical e do tronco simpático cervical. No abdome ele se comunica com o plexo celíaco. 3.2.4. RAMOS COMUNICANTES DO PLEXO CERVICAL Para as fibras que partem do plexo cervical para o nervo acessório e hipoglosso, no contorno entre o primeiro e o segundo ramos ventrais dos nervos cervicais, parte um ramo para o nervo vago, e outro ramo comunicante cinza passa do gânglio cervical superior do tronco sim - pático do primeiro ao quarto ramo ventral. 4. PLEXO BRAQUIAL Os nervos do membro superior originam-se do plexo braquial, estendem-se da região cervical para a axila e fornecem fibras motoras e sensoriais. A porção supraclavicular do plexo braquial está localizada no trígono lateral do pescoço, enquanto a porção infraclavicular encontra-se na axila. O plexo braquial é formado pela união dos ramos ventrais dos nervos espinais de CS a C8 e Tl, e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio. Por vezes, há uma pequena contribuição de C4 na formação plexular. 14 Esses ramos ventrais, a partir de suas origens, apresentam um entrelaçamento de fibras nervosas, constituindo-se em um verdadeiro emaranhado, o que permite denominá-los de plexo. 4.1. RAÍZES DO PLEXO BRAQUIAL As raízes do plexo braquial são os ramos ventrais dos nervos espinais. A raiz do quinto nervo espinal cervical (CS) forma o nervo dorsal da escápula, que inerva os músculos romboides maior e menor. As raízes de CS, C6 e C7 formam o nervo torácico longo, que se dirige para inervar o músculo serrátil anterior. E, por fim, a raiz de Tl emite o primeiro nervo intercostal, que acompanha a primeira costela e inerva os músculos intercostais. Além disso, de todas as raízes originam-se ramos terminais que se dirigem para inervar os músculos escalenos e longo do pescoço. Assim, percebemos que o plexo braquial não inerva somente o membro superior, mas também músculos das regiões cervical e torácica e, ainda, alguns da região dorsal. 4.2. TRONCOS DO PLEXO BRAQUIAL Os ramos ventrais de CS e C6 unem-se para formar o tronco superior. O ramo ventral de C7 continua-se como tronco único e forma o tronco médio, e os ramos ventrais de C8 e Tl formam o tronco inferior, que se localiza superiormente à primeira costela e posterior à artéria subclávia. Do tronco superior ocorre a formação dos nervos subclávio e supraescapular, que se dirigem para os músculos subclávio, supraespinal e infraespinal. Cada um dos três troncos se bifurca em uma divisão anterior e posterior, dorsalmente à clavícula. As três divisões posteriores unem -se para formar o fascículo posterior, que inerva as estruturas da parte posterior domembro superior, ou seja, extensoras, e, ainda, músculos da cintura escapular. As divisões anteriores dos troncos superior e médio unem-se e formam o fascículo lateral, e, por conseguinte, a divisão anterior do tronco inferior formará o fascículo medial, que irá inervar as porções anteriores, flexoras do membro superior. 15 Figura 2. Formação esquemática do plexo braquial e seus ramos. O fascículo posterior aparece em amarelo Fonte: Neuroanatomia Aplicada, Murilo S. Menezes, página 64 4.3. FASCÍCULOS DO PLEXO BRAQUIAL Os fascículos são denominados lateral, medial e posterior devido à sua relação topográfica com a artéria axilar, assim posicionando-se lateral, medial e posterior à essa estrutura vascular. Os ramos terminais produzidos pelos fascículos são infraclaviculares. Temos: (1) fascículo lateral do plexo braquial, que apresenta três ramos: o nervo peitoral lateral, o nervo musculocutâneo e a raiz lateral do nervo mediano; (2) fascículo medial do plexo braquial, que apresenta cinco ramos: o nervo peitoral medial, nervo cutâneo medial do braço, nervo cutâneo medial do antebraço, nervo ulnar e a raiz medial do nervo mediano; (3) fascículo posterior do plexo braquial, que apresenta cinco ramos: o nervo subescapular superior, nervo toracodorsal, nervo subescapular inferior, nervo axilar e o nervo radial. 16 Figura 3. Plexo braquial Fonte: Neuroanatomia Aplicada, Murilo S. Menezes, página 65 4.4. RAMOS TERMINAIS DO PLEXO BRAQUIAL 4.4.1. DO FASCÍCULO LATERAL O nervo peitoral lateral supre o músculo peitoral maior e envia um ramo para o nervo peitoral medial, que inerva o músculo peitoral menor. O nervo musculocutâneo perfura o músculo coracobraquial e segue entre os músculos bíceps braquial e braquial inervando-os e, finalmente, emerge lateralmente ao tendão do músculo bíceps braquial como nervo cutâneo lateral do antebraço. A raiz lateral do nervo mediano recebe a raiz medial do nervo mediano, proveniente do fascículo medial do plexo, lateralmente à artéria axilar, formando o nervo mediano. No braço, esse nervo situa-se lateralmente à artéria braquial e posteriormente à borda medial do músculo bíceps braquial; na porção distal dessa região, posiciona-se medialmente à referida artéria, após cruzá-la anteriormente; cabe ainda ressaltar que, nessesegmento do membro superior, não emite ramos. No antebraço, passa posteriormente à aponeurose bicipital e lança um ramo para o músculo pronador redondo; em seguida, aloja-se posteriormente ao músculo flexor superficial dos dedos e emite o nervo interósseo anterior. Este inerva os músculos flexor longo do polegar, 17 pronador quadrado e a porção lateral do flexor profundo dos dedos. Assim, notase que o nervo mediano inerva os músculos anteriores (flexores) e pronadores do antebraço, exceto o músculo flexor ulnar do carpo e a metade medial do músculo flexor profundo dos dedos. Inerva, ainda, cinco músculos da mão, a saber: abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar, oponente do polegar e os lumbricais, primeiro e segundo, e sua porção sensorial. Na mão, inerva a metade lateral da palma, face palmar do primeiro, segundo e terceiro dedos e metade do quarto dedo e, finalmente, a face dorsal das falanges média e distal do segundo e terceiro dedos e metade lateral do quarto. 4.4.2. DO FASCÍCULO MEDIAL O nervo peitoral medial supre o músculo peitoral menor e parte do músculo peitoral maior. O nervo cutâneo medial do braço dirige-se à pele da região medial do braço e partes proximal e medial do antebraço. Na maioria das vezes, esse nervo se comunica com o nervo intercostobraquial, suprindo a pele do assoalho da axila e regiões proximais do braço. O nervo cutâneo medial do antebraço está localizado entre os vasos axilares e supre a pele da face medial do antebraço. O nervo ulnar no braço, medialmente à artéria braquial, atravessa o septo intermuscular medial e continua-se distalmente em íntimo contato com a artéria colateral ulnar superior; segue posteriormente ao epicôndilo medial e atinge o antebraço, alojando-se entre os músculos flexor ulnar do carpo, que o recobre, e flexor profundo dos dedos, inervando o primeiro e a metade medial do segundo. Alcança a mão, passando anteriormente ao retináculo dos flexores, e, em seguida, divide-se em dois ramos terminais: superficial e profundo. O ramo profundo supre a maioria dos músculos da mão, tais como: músculo adutor do polegar, porção profunda do flexor curto do polegar, os interósseos, o terceiro e quarto lumbricais, abdutor do quinto dedo, flexor curto do quinto dedo e o oponente do quinto. O ramo superficial inerva, com fibras sensoriais, o contorno medial do quinto dedo e os lados do quarto e quinto dedos. 18 Figura 3. Trajeto do nervo ulnar Fonte: Neuroanatomia Aplicada, Murilo S. Menezes, página 66 A raiz medial do nervo mediano junta-se à raiz lateral do nervo mediano (fascículo lateral) para formar o nervo mediano, suprindo as regiões citadas anteriormente. 4.5. DO FASCÍCULO POSTERIOR O nervo subescapular superior inerva o músculo subescapular. O nervo toracodorsal, que segue inferolateralmente, dirige-se para o músculo Iatíssimo do dorso (grande dorsal). O nervo subescapular inferior, que passa profundamente aos vasos subescapulares, envia ramos para os músculos subescapular e redondo maior. O nervo axilar, que se dirige para a face posterior do braço pelo espaço quadrangular junto com os vasos circunflexos posteriores do úmero, curva-se ao redor do colo cirúrgico do úmero e logo se distribui aos músculos deltoide e redondo menor. Emite um nervo cutâneo, o nervo cutâneo lateral superior do braço, para a pele que recobre o músculo deltoide. O nervo radial, no braço, contorna o úmero passando no sulco radial, acompanhado pela artéria braquial profunda; emite ramos para os músculos tríceps braquial e ancôneo e três ramos cutâneos: o cutâneo lateral inferior do braço, o cutâneo posterior do braço e o cutâneo posterior do antebraço. Próximo ao epicôndilo lateral, dividese em ramos superficial e profundo. O ramo 19 superficial segue sob o músculo braquiorradial, atinge o dorso da mão, inervando a metade lateral, e distribui-se no dorso do polegar e região das falanges proximais dos dedos indicador e médio. Por outro lado, o ramo profundo perfura o músculo supinador, inervando-o, e, em seguida, inerva os músculos extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, extensor do indicador, extensor ulnar do carpo, extensor longo do polegar, extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar. Importante ressaltar que os músculos braquiorradial e os extensores radiais longo e curto do carpo recebem inervação do nervo radial antes da divisão em ramos superficial e profundo. 5. PLEXO LOMBOSSACRAL O plexo lombossacral é constituído pelas raízes ventrais dos nervos espinais de Tl2, Ll, L2, L3, L4, LS, Sl, S2, S3 e S4. Na sua trajetória, subdivide-se em uma porção lombar (plexo lombar), formada de T12 a L4, e uma porção sacral (plexo sacral), constituída de L4 a S4. Figura 4: Plexo lombar Fonte: Neuroanatomia Aplicada, Murilo S. Menezes, página 67 20 6. PLEXO LOMBAR O plexo lombar, localizado no interior do músculo psoas maior, corresponde à porção superior do plexo lombossacral. É comumente constituído pelas divisões anteriores dos quatro primeiros nervos lombares, podendo receber uma contribuição do último nervo torácico em 50% dos casos. 6.1. DISTRIBUIÇÃO DOS RAMOS TERMINAIS 6.1.1. NERVO ILIO-HIPOGÁSTRICO O nervo ilio-hipogástrico é constituído pelas raízes ventrais dos nervos espinais de T12 e Ll. Na sua trajetória, o nervo ilio-hipogástrico passa lateralmente em torno da crista ilíaca entre os músculos transverso e obliquo interno do abdome, dividindo-se em um ramo ilíaco (lateral), que se dirige à pele da parte lateral do quadril, e em um ramo hipogástrico (anterior), que desce anteriormente para a inervação da pele da parede anterolateral do abdome e dorso. 6.1.2. NERVO ILIOINGUINAL O nervo ilio inguinal é formado apenas pela raiz ventral do primeiro nervo lombar (Ll). Na sua trajetória, segue inferiormente ao nervo ilio-hipogástrico, com o qual pode comunicar- se. O nervo ilioinguinal segue junto ao funículo espermático através do canal inguinal para a inervação da pele da região inguinal, órgãos genitais externos e face medial da coxa. 6.1.3. NERVO GENITOFEMORAL O nervo genitofemoral, constituído pelas raízes de Ll e L2, emerge da superfície anterior do músculo psoas maior, percorre oblíqua e inferiormente sobre a superfície desse músculo até dividir-se em um ramo genital, em direção ao músculo cremaster, para suprir a pele do escroto, no homem, ou seguindo ao pudendo feminino, e outro ramo femoral para a pele da parte superior e an - terior da coxa e pele do trígono femoral. 21 6.1.4. NERVO CUTÂNEO LATERAL DA COXA O nervo cutâneo lateral da coxa, formado pela junção das raízes ventrais dos nervos espinais L2 e L3, passa obliquamente cruzando o músculo ilíaco até dividir-se em vários ramos distribuídos à pele do lado anterolateral da coxa 6.1.5. NERVO FEMORAL É formado na intimidade do músculo psoas maior, inferiormente ao processo transverso da quinta vértebra lombar (LS). É o maior ramo do plexo lombar, originado a partir da divisão posterior das fibras nervosas sensoriais e motoras provenientes do segundo (L2), terceiro (L3) e quarto (L4) nervos lombares. Emerge da borda lateral do músculo psoas maior, segue inferiormente até entrar no trígono femoral, lateralmente à artéria e veia femoral, onde se divide em ramos terminais. Os ramos motores acima do ligamento inguinal destinam-se à inervação dos músculos da face anterior da coxa, músculo quadríceps da coxa, músculos sartório, pectíneo, além da inervação dos músculos psoas maior, ilíaco e iliopsoas. Os ramos sensoriais compreendem os ramos cutâneos anteriores da coxa, para inervação da superfície anterior e medial da coxa, e o nervo safeno, para a face medial da perna e pé. O nervo femoral, em conjunto com o nervo obturatório, representa os ramos terminais do plexo lombar 6.1.6. NERVO OBTURATÓRIO O nervo obturatório origina-sedas três divisões anteriores do plexo lombar a partir do segundo, terceiro e quarto nervos lombares. Emerge da borda medial do músculo psoas maior, próximo ao rebordo pélvico. No seu trajeto, passa lateralmente aos vasos hipogástricos e ureter, descendo através do canal obturatório em direção ao lado medial da coxa. No canal, o nervo obturatório divide-se em ramos anterior e posterior. Os ramos motores da divisão posterior inervam o músculo obturador externo, o músculo obturador interno e o músculo adutor magno. Os ramos motores da divisão anterior inervam os músculos adutor longo, adutor curto, pectíneo e o músculo grácil. Os ramos sensoriais do ramo anterior do nervo obturatório destinam -se à inervação da articulação do quadril e de uma pequena área de pele sobre a parte interna média da coxa. 22 Figura 5. Plexo Sacral Fonte: Neuroanatomia Aplicada, Murilo S. Menezes, página 68 6.2. TRONCO LOMBOSSACRAL O ramo inferior de L4 une-se a LS para formar o tronco lombossacral. Os ramos motores colaterais formados destinam-se à inervação do músculo quadrado lombar, músculos intertransversais, a partir de Ll e L4, e o músculo psoas maior, a partir de L2 e L3 23 7. PLEXO SACRAL A porção sacral do plexo lombossacral localiza-se anteriormente ao músculo piriforme, sobre a parede posterior da pelve. É constituído pelo tronco lombossacral e raízes ventrais dos nervos espinais Sl, S2, S3 e S4. 7.1. NERVO GLÚTEO SUPERIOR O nervo glúteo superior, constituído por L4, LS e Sl, passa acima do músculo piriforme, através do forame isquiático maior, em direção às nádegas, onde inerva o músculo glúteo médio, músculo glúteo mínimo e músculo tensor da fáscia lata. 7.2. NERVO GLÚTEO INFERIOR O nervo glúteo inferior, formado por LS, Sl e S2, estende-se lateral e inferiormente para a região glútea. Passa inferiormente ao músculo piriforme, através do forame isquiático maior. O nervo glúteo inferior atravessa o ligamento sacrotuberal e distribui-se para a região glútea medial, inferiormente, para inervar o músculo glúteo máximo. 7.3. NERVO CUTÂNEO POSTERIOR DA COXA O nervo cutâneo posterior da coxa corresponde a um ramo colateral com raízes oriundas das divisões anterior e posterior de S 1 e S2 e das divisões anteriores de S2 e S3 para a inervação da pele da face posterior da coxa. 7.4. NERVO PUDENDO O nervo pudendo, formado pela junção das raízes ventrais dos nervos espinais S2, S3 e S4, é responsável pela inervação da pele e dos músculos do períneo e órgãos genitais externos. 7.5. NERVO ISQUIÁTICO (NERVO CIÁTICO) O nervo isquiático, ou popularmente conhecido como nervo ciático, é o maior nervo do corpo. É formado pelas raízes ventrais dos nervos espinais L4, LS, S l, S2 e S3. Consiste em dois nervos, reunidos por uma mesma bainha: o nervo fibular comum, formado pelas quatro divisões posteriores superiores do plexo sacral, e o nervo tibial, formado por todas as cinco divisões anteriores. O nervo isquiático deixa a pelve através do forame isquiático maior, quase sempre inferiormente ao músculo piriforme, e desce entre o trocanter maior do fêmur e a 24 tuberosidade isquiática ao longo da superfície posterior da coxa para a fossa poplítea, onde termina nos nervos tibial e fibular comum. No seu trajeto pela face posterior da coxa, emite ramos musculares para inervação dos músculos isquiotibiais: músculo semimembranáceo, músculo semitendíneo, cabeça longa do músculo bíceps femoral, além do músculo adutor magno. 7.6. NERVO TIBIAL O nervo tibial é formado pelos cinco primeiros ramos ventrais do plexo sacral, L4, LS, Sl, S2 e S3, recebendo, dessa maneira, fibras dos dois segmentos lombares inferiores e dos três segmentos sacrais superiores da medula espinal. O nervo tibial constitui o maior componente do nervo isquiático na face posterior da coxa. Geralmente, inicia seu trajeto próprio na porção superior da fossa poplítea e desce verticalmente, através desse espaço e da face posteromedial da perna, para a superfície dorsomedial do tornozelo, a partir do qual seus ramos terminais, nervos plantares, medial e lateral, continuam em direção ao pé. Os ramos motores do nervo tibial estendem-se para os músculos gastrocnêmio medial, gastrocnêmio lateral, plantar, sóleo, poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos do pé e flexor longo do hálux. Um ramo sensorial, o nervo cutâneo medial da sura, reúne-se ao nervo cutâneo lateral da sura, ramo do nervo fibular comum para formar o nervo sural, formado por Sl e S2, responsável pela inervação da pele da face posterior da perna e face lateral do pé. Os ramos articulares dirigem-se para as articulações do joelho e tornozelo. Os dois ramos terminais emitidos pelo nervo tibial são: nervo plantar medial e nervo plantar lateral. Os ramos motores do nervo plantar medial inervam o músculo flexor curto dos dedos, abdutor do hálux, flexor curto do hálux e primeiro lumbrical. Os seus ramos sensoriais são responsáveis pela inervação da pele da face medial da planta do pé, as superfícies das falanges distais do hálux, segundo, terceiro e quarto dedos do pé, incluindo suas respectivas faces plantares. O nervo plantar lateral emite ramos motores para todos os pequenos músculos do pé, exceto para aqueles inervados pelo nervo plantar medial; e os ramos sensoriais para a face lateral da planta do pé, superfície plantar do primeiro e metade do segundo dedos laterais e para as falanges distais do quarto e quinto dedos dos pés. 25 7.7. NERVO FIBULAR COMUM O nervo fibular comum, constituído pela junção das quatro divisões posteriores do plexo sacral, L4, LS, Sl e S2, deriva suas fibras dos dois segmentos lombares inferiores e dos dois segmentos sacrais superiores da medula espinal. Junto com o nervo tibial, corresponde a um dos componentes do nervo isquiático até a porção superior da fossa poplítea. Nesse local emite ramos sensoriais pelos nervos articular superior e articular inferior para a articulação do joelho e o nervo cutâneo lateral da sura, que se junta ao nervo cutâneo medial da sura, do nervo tibial, para formar o nervo sural, responsável pela inervação da pele da face posteroinferior da perna e da face lateral do pé e do quinto dedo. Ainda na fossa poplítea, o nervo fibular comum inicia seu trajeto independente, descendo inferiormente ao longo da face posterior do músculo bíceps femoral, cruzando obliquamente a face posterior do joelho em direção à face lateral da perna, onde se curva anteriormente entre o músculo fibular longo e a cabeça da fibula, dividindo-se em três ramos terminais: o nervo recorrente articular e os nervos fibulares superficial e profundo. O nervo articular recorrente acompanha a artéria tibial anterior recorrente, sendo responsável pela inervação da articulação tibiofibular e do joelho, além de emitir um ramo para o músculo tibial anterior. O nervo fibular superficial desce ao longo do septo intermuscular para emitir ramos motores para os músculos fibulares longo e curto e ramos sensoriais para a face anteroinferior da perna e ramos cutâneos terminais para o dorso do pé, parte do hálux e lados adjacentes do segundo ao quinto dedos até as segundas falanges. O nervo fibular profundo segue inferiormente em direção ao compartimento anterior da perna, onde emite ramos motores que se dirigem para os músculos tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro. Os ramos articulares inervam as articulações tibiofibular inferior e do tornozelo. Os ramos terminais dirigem-se para a pele dos lados adjacentes dos dois primeiros dedos e para o músculo extensor curto dos dedos do pé. 8. APLICAÇÃO CLÍNICA 8.1. LESÕES DO PLEXO CERVICAL Lesões que afetam as raízes do plexo cervical podem provocar síndrome dolorosa. O espaço discal C3 a C4 é o mais comumente envolvido, mas a compressão daraiz de CS também pode causar dor na região facioauricular ou retroarticular. A inervação motora do diafragma 26 também pode ser afetada, e até o espaço discal de C2 a C3 pode ser envolvido. São raros os relatos clínicos desses casos, embora a limitação sensorial, nessas áreas de inervaçãodo plexo cervical, tenha sido observada. Em 1.000 casos de compressão discal (anterior e posterior) ou processos similares, somente 1 O ocorrências dessa síndrome foram encontradas. Parestesia ou episódios de dor em forma de choques afetaram a orelha externa, a região pré-auricular, occipital inferior e áreas da mandibula; queixas principalmente durante a rotação ou extensão da cabeça foram as mais comuns. A análise dos forames de onde emergem os nervos C2 e C3 de pacientes com compressão da raiz de C3 e do gânglio indicaram dor irradiada, alteração de sensibilidade do dermátomo C3. O couro cabeludo e a área sobre a orelha externa e o ângulo da mandíbula também foram afetados. O diagnóstico pode ser obtido pelo exame físico, que apresenta analgesia ou hipoalgesia na área do dermátomo C3. Estudos de imagem são sugestivos, mas inconclusivos. Relatos cirúrgico-patológicos apresentam a raiz de C3 e a porção medial do gânglio comprimidos pelas vértebras C2 e C3 ou por um esporão da articulação vertebral, ou então a parte lateral do gânglio fica esticada e achatada devido à artrose que atinge C2 e C3. A compressão da raiz do C3 e do gânglio, embora incomum, pode ocorrer. Dor de cabeça associada a lesões cervicais é chamada de cefaleia cervicogênica, e envolve a região occipital, mas não a região orofaríngea. Porém, alguns pacientes ocasionalmente apresentam associação entre as duas. 8.2. LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL Os traumatismos correspondem à causa mais frequente de lesão do plexo braquial. Independentemente do local da lesão, o tipo de paralisia apresentada é sempre flácida. As disfunções do plexo braquial geralmente são classificadas como paralisias do plexo braquial superior e paralisias do plexo braquial inferior, caracterizadas, respectivamente, por lesões dos ramos ventrais de CS e C6 e dos ramos ventrais de C8 e Tl. O ramo ventral de C7, geralmente, é comprometido somente nas lesões totais. Nas paralisias que comprometem os ramos ventrais dos nervos espinais provenientes do quinto e sexto nervos cervicais, ocorrem disfunções dos músculos rotadores laterais e abdutores da articulação glenoumeral, bem como perda de função dos músculos flexores do braço, antebraço e músculos supinadores. Paralelamente, pode ocorrer paralisia parcial dos músculos extensores das articulações do cotovelo, do punho e da mão. 27 As lesões do plexo braquial inferior que afetam as raízes ventrais dos nervos espinais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo espinal torácico são representadas por disfunções dos músculos flexores longos dos dedos da mão e dos músculos flexores do carpo. Geralmente, o indivíduo adquire mão em garra, causada pela atrofia dos músculos intrínsecos da mão. As lesões podem vir acompanhadas por distúrbios de sensibilidade na região medial do antebraço e mão. 8.3. LESÕES DO PLEXO LOMBOSSACRAL Lesões da medula espinal e da cauda equina podem comprometer as raízes do plexo lombossacral. Como o plexo lombossacral situa-se protegido na profundidade da cintura pélvica, suas lesões são menos comuns do que as do plexo braquial, situado mais próximo da superfície. Com isso, as lesões do plexo lombossacral são raras, porém podem ser decorrentes de fraturas do anel pélvico, fraturas do osso sacro, ferimentos por arma de fogo, tuberculose das vértebras, abscesso do músculo psoas maior e pressão decorrentes de tumores pélvicos, lesões das articulações do quadril e como consequência de implante de prótese do quadril. As lesões dos nervos ilio-hipogástrico, ilioinguinal e genitofemoral apresentam pouca importância clínica; entretanto, a perda da sensibilidade ou dor em sua distribuição pode ter valor na localização de lesões da medula espinal e lesões nas raízes nervosas dos nervos espinais. Sintomas como insensibilidade, formigamento e dor sobre a superfície externa e anterior da coxa, mais intensos durante a deambulação ou a permanência em pé, são encontrados nas lesões do nervo cutâneo lateral da coxa. A importância clínica desse quadro justificase pelo frequente acometimento desse nervo, sede de parestesia e, ocasionalmente, dor (meralgia parestésica de Roth). Sintomas como insensibilidade, formigamento e dor sobre a superfície externa e anterior da coxa, mais intensos durante a deambulação ou a permanência em pé, são encontrados nas lesões do nervo cutâneo lateral da coxa. A importância clínica desse quadro justificase pelo frequente acometimento desse nervo, sede de parestesia e, ocasionalmente, dor (meralgia parestésica de Roth). O nervo obturatório pode ser comprometido pelas mesmas causas que afetam o nervo femoral; é rara a paralisia isolada. Não é incomum a pressão exercida pelo útero gravídico e 28 lesão durante o trabalho de parto complicado. Os sintomas característicos são rotações externa e a adução da coxa prejudicadas acompanhadas da dificuldade de cruzar as pernas. As disfunções do nervo isquiático com seus dois ramos principais, nervo tibial e nervo fibular comum, igualmente comprometidos, representam o sintoma clínico mais importante entre as lesões que afetam o plexo sacral. Lesão do nervo isquiático pode resultar de uma herniação do disco intervertebral, luxações do quadril, lesão no parto, fraturas da pelve, tumores, ferimentos por armas de fogo ou brancas, introdução de drogas injetáveis no nervo ou próximo a ele. Podem ocorrer polineurites alcoólicas, por chumbo, arsênio ou infecciosa, bem como mononeurite devido à osteoartrite da coluna vertebral ou articulação sacroilíaca. Há disfunções dos músculos flexores plantares, músculos extensores do pé e dos dedos, além de distúrbios de sensibilidade que podem ocorrer na face posterior da coxa, perna e pé. A paralisia tibial isolada frequentemente é devida a lesão decorrente de ferimentos por armas de fogo ou brancas, acidentes automobilísticos ou fraturas da perna. A lesão do nervo tibial é menos comum do que a lesão do nervo fibular devido à sua localização mais profunda. As lesões do nervo fibular comum podem resultar de trauma direto, principalmente na região proximal da fíbula, fraturas da perna, compressão das pernas em posição de repouso, entre outras causas. 29 9. RESUMO DOS PLEXOS Um plexo assemelha-se a uma caixa de ligações elétricas em uma casa. Em um plexo, as fibras nervosas dos diferentes nervos espinhais são ordenadas e recombinadas, de maneira que todas as fibras que vão para um local específico do corpo se agrupam num nervo. Quatro plexos nervosos estão localizados no tronco do corpo: Os nervos espinhais no tórax não se juntam a um plexo. São nervos intercostais, localizados entre as costelas. Figura 6. Distribuição dos plexos Fonte: https://www.msdmanuals.com Adaptado por Simone Liga: cabeça, pescoço e ombros. Liga: tórax, ombros, braços, antebraços e mãos. Liga: costas, abdômen, virilha, coxas, panturrilhas. Liga: pelve, nádegas, genitais, coxas, joelhos, panturrilhas e pés. Formam o Plexo Lombossacral 30 9.1. O PLEXO BRAQUIAL Figura 7. Esquema dos ramos, fascículos, divisões, troncos e raízes Fonte: MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 31 Figura 8. Esquema do plexo braquial Fonte: NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. Criado por Simone 32 Figura 9. Território de Inervação Fonte: https://www.cursosresportes.com.br/ 33 Importante falar do território de inervação.Na zona lateral do ombro (1 - cinza) quem inerva é o nervo axilar. Toda a região posterior de braço e antebraço associados à região dorsal da mão na porção tenar é inervada pelo nervo radial (10 - rosa). (3 - verde) é o nervo cutâneo lateral do antebraço. Na mão, região anterior, superfície palmar (5 - amarelo) é o nervo mediano. Ele inerva a superfície palmar do polegar, segundo e terceiro e uma pequena parte do quarto e na região dorsal da última falange também inervado pelo mediano. Já o ulnar (6 – azul piscina) inerva tanto a região palmar e dorsal da porção hipotênar do quarto e quinto dedo. Em cima vemos o nervo supra escapular (11 – laranja) que inerva esta região mesmo, subescapular, tanto anterior quanto posterior. Figura 10. Quadro resumo Fonte: https://www.cursosresportes.com.br/ Território de inervação é diferente de dermátomo. Dermátomo é a área cutânea que corresponde a uma raiz nervosa. 34 Figura 11. Esquema dos dermátomos Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=1RF3jBaZByk 9.2. PLEXO CERVICAL Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva alguns músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. Possui três alças que se subdividem constituindo duas partes a superficial e a profunda. A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas e a profunda por fibras motoras. A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hioideos. O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce por diante do músculo escaleno anterior, passa junto ao pericárdio para se distribuir no diafragma. 35 Da primeira alça (C2 e C3), originam-se ramos superficiais que inervam a cabeça e o pescoço; da segunda alça (C3 e C4) originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax. Os ramos são superficiais ou profundos: os superficiais perfuram a fáscia cervical para inervar a pele, enquanto os ramos profundos inervam os músculos. Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries profundas mediais e laterais. Figura 12. Quadro resumo dos nervos Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Superficiais ascendentes: Nervo Occipital Menor (C2) – inerva a pele da região posterior ao pavilhão da orelha; Nervo Auricular Magno (C2 e C3) – seu ramo anterior inerva a pele da face sobre glândula parótida comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior inerva a pele sobre o processo mastoideo e sobre o dorso do pavilhão da orelha; Nervo Transverso do Pescoço (C2 e C3) – seus ramos ascendentes sobem para a região submandibular formando um plexo com o ramo cervical do nervo facial abaixo do 36 platisma; os ramos descendentes perfuram o platisma e são distribuídos ântero- lateralmente para a pele do pescoço, até a parte inferior do esterno. Superficiais Descendentes: Nervos Supraclaviculares Mediais (C3 e C4) – inervam a pele até a linha mediana, parte inferior da segunda costela e a articulação esternoclavicular; Nervos Supraclaviculares Intermédios – inervam a pele sobre os músculos peitoral maior e deltoide ao longo do nível da segunda costela; Nervos Supraclaviculares Laterais – inervam a pele das partes superiores e posteriores do ombro. Ramos Profundos – Séries Mediaias Ramos comunicantes com o hipoglosso, vago e simpático; os ramos musculares inervam os músculos reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da cabeça (C1 e C2), longo da cabeça (C1, C2 e C3), longo do pescoço (C2-C4), raiz inferior da alça cervical (C2-C3), músculos infra- hioideos (com exceção do tíreo-hioideo) e nervo frênico (C3-C5), que inerva o diafragma. Figura 13. Nervo frênico Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000 37 Ramos Profundos – Séries Laterais Os ramos profundos laterais do plexo cervical comunicam-se com as raízes espinhais do nervo acessório (C2,C3,C4) no músculo esternocleidomastoideo, trígono posterior do pescoço e parte posterior do trapézio; os ramos musculares são distribuídos para o músculo esternocleidomastoideo (C2,C3,C4) e para os músculos trapézio (C2,C3), levantador da escápula (C3,C4) e escaleno médio (C3,C4). Figura 14. Esquema do plexo cervical Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 38 Figura 15. Plexo cervical Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Figura 16. Plexo cervical e sua ligação com os músculos Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 39 10. RAMOS VENTRAIS DOS NERVOS TORÁCICOS Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela (nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais posteriormente, nos espaços intercostais. Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da costela correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria intercostais. As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax, denominando-se, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior. Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que medeie o umbigo e sínfise púbica. O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por outro lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da coxa. Figura 17. Nervos da parede abdominal anterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 40 Figura 18. Nervo espinhal torácico típico Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 11. PLEXO LOMBAR Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos processos transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos três primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um ramo anastomótico de T12, dando um ramo ao plexo sacral. L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o Nervo Ílio-hipogástrico, o Nervo Ílio-inguinal e a Raiz Superior do Nervo Genitofemoral. L2 se trifurca dando a raiz inferior do Nervo Genitofemoral, a Raiz Superior do Nervo Cutâneo Lateral da Coxa e a Raiz Superior do Nervo Femoral. L3 concede a Raiz Inferior do Nervo Cutâneo Lateral da Coxa, a Raiz Média do Nervo Femoral e a Raiz Superior do Nervo Obturatório. 41 L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a Raiz Inferior do Nervo Femoral e a Raiz Inferior do Nervo Obturatório. Figura 19. Ramos ventrais dos nervos espinhais Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 42 Figura 20. Plexo lombar e os músculos Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000 Figura 21. Nervo obituratório Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000 43 Figura 21. Nervo femoral e cutâneo lateral da coxa Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000 12. PLEXO SACRAL Ramos ventrais dos nervos sacrais e coccígeos. Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e coccígeo. Cada ramo ventral dos nervos sacraisrecebe um ramo comunicante cinzento proveniente de um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais como nervos esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas. A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo. O Nervo Isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano, pois suas fibras podem descer até os dedos dos pés 44 Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e músculo gêmeo superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para o músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o nervo esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4). Figura 22. Divisões anterior e posterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 45 13. PLEXO LOMBOSSACRAL Figura 23. Plexo lombossacral Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 46 Figura 24. Nervos do glúteo superior e glúteo Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Figura 25. Nervo Isquiático 47 Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Figura 26. Nervo Fibular Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Figura 27. Nervo Tibial Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 48 14. PLEXO COCCÍGEO O plexo coccígeo é formado por: Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral; Ramos ventrais do quinto nervo sacral; Nervo coccígeo. O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix. O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix. Figura 28. Plexo coccigeo Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 49 15. CONCLUSÃO Esta pesquisa trouxe a compreensão de que o plexo é o canal por onde passam informações nervosas para a um destino. Demonstrou as ramificações e as ligações e como o corpo transporta as informações que recebe nas extremidades e as conduz rapidamente ao SNC, que as devolve decodificadas e com comandos. Movimentos musculares e funcionamentos viscerais são dependentes do bom funcionamento deste canal de comunicação. Observo então que, acometimentos nos plexos gerarão perdas de postura, de locomoção, de sensibilidade, causa distúrbios neurológicos, motores e cognitivos e isso influencia na coordenação motora, no equilíbrio e na força. Tais eventos gerarão déficits funcionais que são mais graves ou não, de acordo com a lesão sofrida. Reflito então sobre a minha futura profissão como fisioterapeuta e concluo que esse tema é de extrema importância, porque permite entender os estímulos para os movimentos e ajuda a avaliar corretamente os déficits funcionais. Ajuda também a compreender a extensão e a causa da dor, tornando o diagnóstico preciso e a conduta terapêutica assertiva. 50 16. REFERÊNCIAS BROWN MO, Asbury AK. Diabetic neuropath. Ann Neurol 1984; 15:2-12. DYCK PJ, Thomas PK, Lambert EH, Bunge R. Peripheral neuropathy. Saunders, Philadelphia, 2 ed, 1985. HERRINGHAM WP. 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