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Gabryell G. Machado de Rezende – MED UFR Eletrocardiograma Ondas, intervalos e segmentos Estímulo elétrico • Nó sinusal – feixe internodal – para no nó atrioventricular – feixe de His – ramo direito e esquerdo – fibras de Purkinje (depolarização ventricular) Significado das ondas e intervalos • Ondas – significam despolarização e repolarização dos átrios e ventrículos Ex.: Onda P, Complexo QRS e Onda T • Intervalos – distância que vai do início de uma onda até o final ou início de outra onda Ex.: Intervalo PR e Intervalo QT • Segmento – distância que vai do final de uma onda até o início de outra onda (“parte reta ______”) Ex: Segmento ST e Segmento PR Onda P – despolarização dos átrios (contração atrial) Intervalo PR – onda P + Segmento PR (retardo fisiológico no nó atrioventricular – evita que o átrio contraia quase ao mesmo tempo que o ventrículo) Complexo QRS – despolarização ventricular (início da contração ventricular – sístole) Onda T e segmento ST – repolarização ventricular (A sístole ventricular compreende o intervalo do início do QRS até próximo ao final da onda T. O período de relaxamento isovolumétrico é representado pelo final da onda T. A fase de enchimento rápido é representada pelo início da linha isoelétrica após a onda T) Onda P • Representa a despolarização atrial • Representa o estímulo elétrico proveniente do nó sinusal • Presente em todo ECG normal • A primeira parte da onda corresponde a despolarização do átrio direito e a segunda do esquerdo ▪ Duração normal: <0,12s (três quadrados pequenos) ▪ Amplitude normal: até 0,25 mv (2,5 quadrados pequenos) ▪ Morfologia: positiva na maioria das derivações Gabryell G. Machado de Rezende – MED UFR Importância clínica: • Avalia se o ritmo é ou não sinusal. • Avalia sinais de sobrecarga atrial direita e/ou esquerda. • Pode sugerir patologias como valvopatia mitral, tricúspide, hipertensão pulmonar e sistêmica severas. • Se ausentes, pode-se haver presença de fibrilação atrial ou flutter atrial. Intervalo PR • Inclui a onda P (despolarização atrial) e o segmento PR (atraso fisiológico ao passar pelo nó atrioventricular, passar pelo feixe de His e fibras de Purkinje até chegar ao miocárdio ventricular) Duração normal: 0,12 a 0,20 s (3 a 5 quadrados pequenos) – varia com a frequência cardíaca Importância clínica ▪ Bloqueio atrioventricular ▪ Avaliar infradesnivelamento – pode sugerir pericardite quando associado a outros achados ▪ PR curto – avaliar síndromes de pré-excitação (ex. Síndrome de Wolff Parkinson White) Normal PR curto PR longo Segmento PR • Linha isoelétrica que une o final da onda P com o início do complexo QRS. • Suas alterações são avaliadas junto com o intervalo PR Complexo QRS • Representação elétrica da despolarização ventricular – contração ventricular Onda Q • Primeira deflexão negativa • Corresponde ao vetor de despolarização septal Onda R • Primeira deflexão positiva • Corresponde ao vetor resultante da despolarização das paredes livres dos ventrículos Onda S • Reflexão negativa após onda R • Corresponde à despolarização das regiões basais dos ventrículos Sobrecarga Atrial Esquerda Sobrecarga Atrial Direita Gabryell G. Machado de Rezende – MED UFR Onda R’ - caso haja no complexo uma segunda onda + Morfologia - vai variar dependendo da variação Onda R começa pequeno em V1 e vai aumentado até V6 Onda S começa em grande em V1 e vai diminuindo até V6 Duração: 0,06 a 0,10 (até 3 quadrados). Maior que 0,11 segundos é alargado e menor que 0,06 é estreito Amplitude: 5 e 20 Importância clínica • Avaliar presença de bloqueio de ramo • Avaliar áreas eletricamente inativas que surgiram infarto prévio • Avaliar sinais de sobrecarga ventricular direita/esquerda • Avaliar síndrome de pré-excitação Bloqueio de Ramo Direito Bloqueio de Ramo Esquerdo Segmento ST • Ocorre após o término da despolarização ventricular (contração) e antes do início da repolarização • Dever ser reto e na mesma linha do PR prévio - não pode passar de 0,5 mm de diferença e com leve concavidade para cima Importância clínica • Síndromes coronarianas agudas - Supradesnivelamento – necessita de reperfusão • Pode sugerir lesão de órgão-alvo quando associado a outros achados de sobrecarga ventricular importante • Pode sugerir intoxicação medicamentosa/impregnação digitálica – ex. digoxina (infradesnivelamento) Normal Gabryell G. Machado de Rezende – MED UFR Intoxicação por digitálicos – infradesnivelamento “colher de pedreiro” Infradesnivelamento do segmento ST Supradesnivelamento do segmento ST Onda T • Corresponde à repolarização ventricular • Em geral, onda T deve ter a mesma direção (positiva ou negativa) que a onda de maior amplitude do complexo QRS Morfologia: ascendente lento e descendente rápido. Importância clínica: • Normal: • Pode sugerir distúrbio eletrolíticos importantes, como hipercalemia (exame de potássio alto deve fazer ECG) Hipercalemia – V3 • Alterações isquêmicas – onda T discordante do QRS Isquemia aguda Intervalo QT • Começa no início do QRS e termina no final da onda T • Principal medida de repolarização ventricular. • Complexo QRS + segmento ST + onda T = intervalo QT • Normal – 350 a 440 ms (9 a 11 quadradinhos) Gabryell G. Machado de Rezende – MED UFR Ou 300 / número de quadrados grades FC= 300/ 4 FC= 75 bpm • Varia muito de acordo com a frequência cardíaca, e deve ser corrigido por ela (fórmula de Bazett) Fórmula de Bazett (QT corrigido) Valor normal QTc: Homem - <0,45 s Mulher - <0,46 s Importância clínica • Arritmias - Síndromes com QT longo e QT curto podem precipitar arritmias • Medicações - Podem estar alterados na presença do uso de medicações com potencial arritmogênico Cálculo da frequência cardíaca Ritmo regular 1500 / número de quadradinhos entre 2 ondas R FC = 1500/20 FC= 75 bpm Ritmo irregular Contar números de QRS na derivação D2 longo e multiplicar por 6 (o ECG padrão exibe o registro de 10 s) 19 QRS em 10 segundos FC= 19 x 6 FC= 114 bpm Ponto J • Representa o exato momento de transição do complexo QRS ao segmento ST. Onda Ta • Representa a repolarização atrial, mas não é vista pois ocorre no mesmo tempo que o complexo QRS. 4 quadrados grandes Gabryell G. Machado de Rezende – MED UFR Onda U • Nem sempre aparece na ECG • Consiste na repolarização tardia dos músculos papilares • Quando ocorre, está localizada após a onda T (repolarização ventricular) • Ocorre mais frequentemente em situações de hipopotassemia Padrão do ECG de acordo com a FC
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