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AVALIAÇÃO PROJETIVA DA PERSONALIDADE

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AVALIAÇÃO PROJETIVA DA PERSONALIDADE (FREUD 
APLICADO) 
 
 
 
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 
 
ART 1 - Avaliação psicológica é definida como um processo estruturado de 
investigação de fenômenos psicológicos, compostos de métodos, técnicas e 
instrumentos, com o objetivo de prover informações a tomada de decisão, no 
âmbito individual, grupal ou institucional, com demandas, condições e finalidades 
específicas - (resolução CFP 09/2019). 
 
Psicodiagnóstico ​- Avaliação com propósitos clínicos, pressupõe a utilização de 
vários recursos além dos testes, para abordar dados psicológicos de forma 
sistemática, científica, orientada para resolução de problemas; entender o 
fenômeno psíquico implica em discernir aspectos, características e relações que 
compõe um todo, por meio da observação, avaliação e intervenção. À forma de 
aproximação dos fenômenos são determinadas pelas percepções, experiências e 
teorias; 
 
Características​: É feito um contrato entre o paciente e o psicólogo, possui um 
tempo limitado, são levantadas hipóteses previamente, que serão confirmadas ou 
não; 
 
Objetivos: ​Organizar os elementos presentes no estudo psicológico de forma a 
obter uma compreensão do “cliente”, considerando as condições socioculturais, 
familiares a fim de ajudá lo; 
 
O enfoque teórico vai ser determinante para a escolha do objeto de estudo (na 
compreensão da organização e funcionamento do psiquismo) podendo ser o 
comportamento, afeto, cognição; 
 
A saúde e desajustamento da personalidade são compreendidas como resultado 
do conjuntos de forças em interação: processos intrapsíquicos, dinâmica familiar, 
desenvolvimento e maturação, aspectos socioculturais; 
 
Fatores estruturantes do processo compreensivo: 
● Elucidar o significado das perturbações: Compreender de forma profunda os 
termos da apreensão dos conteúdos inconscientes da vida mental, 
questionando quais são os sintomas e os motivos inconscientes que o 
mantém; 
● Ênfase na dinâmica emocional inconsciente: Dinâmica encoberta dos 
conflitos, estrutura e organização latente da personalidade, fenômenos 
transferenciais e contratransferenciais; 
 
 
Considerações de conjunto para o material clínico: 
● Múltiplos aspectos da personalidade, ambiente familiar e social; 
● O contexto em que encaminha a investigação; 
Busca de compreensão psicológica globalizada do “cliente”: ​Estruturas 
psicológicas e as disfunções dinâmicas inseridas no arcabouço sadio da 
personalidade, interação com o mundo interno; 
 
Seleção dos aspectos centrais do caso: ​Discernir os dados significativos para o 
estudo do caso, as angústias e fantasias inconscientes podem ser responsáveis 
pela manutenção das perturbações; 
 
 
Predomínio do julgamento clínico: ​Uso dos recursos da mente do psicólogo para 
avaliar os dados do caso, formação profssional, sensibilidade humana e 
experiência na clinica, utilizar os instrumentos de avaliação a serviço do julgamento 
clínico; 
 
 
Subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico: ​Flexibilidade 
para enfocar e tratar das situações mentais emergentes e a prevalência do uso de 
metodos e tecnicas exame fundamentais na associação livre. 
 
 
 
 
Psicodiagnóstico interventivo - Integração de processos avaliativos e 
terapêuticos, a situação diagnóstica traz à tona de forma concentrada aspectos 
centrais da personalidade essenciais do indivíduo, para a compreensão de seus 
conflitos e tensões. ​O processo é dividido em algumas partes​; 
● Encaminhamento: Pressuposição que os problemas apresentados tem uma 
explicação psicológica; 
● Primeiro contato e entrevista inicial: É estabelecido o enquadre que, 
esclarece a natureza e limites que serão desempenhados por cada um, o 
local em que as entrevistas serão realizadas, horários e duração do 
processo, além dos honorários; 
● Investigação das queixas: latente e manifesta; 
● Anamnese: História de vida e dos sintomas; 
● Levantamento de hipóteses; 
● Planejamento, seleção e aplicação de instrumentos de avaliação 
psicológica: Identificar recursos que permitam estabelecer uma relação 
entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas. Existem três tipos de 
instrumentos (teste de nível intelectual e aptidões, testes de personalidade, 
entrevistas semi dirigidas); 
● Levantamento qualitativo e quantitativo dos dados; 
● Integração das informações frente às hipóteses diagnósticas e referências 
teóricas; 
● Encerramento: Comunicação dos resultados, devolutiva e informe escrito. 
 
 
 
 
 
TESTES PSICOLÓGICOS 
 
Resolução CFP Nº 002/2003 
Resolução CFP Nº 06/2019 
 
Definem e regulamentam o uso, a elaboração e a comercialização de testes 
psicológicos; 
 
Definição de testes psicológicos: ​Procedimentos sistemáticos de observação e 
registro de amostras de comportamento e respostas de indivíduos com o objetivo 
de descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos, 
compreendidos tradicionalmente nas áreas, emoções/afetos, cognição/ 
inteligência, motivação, memória, personalidade, psicomotricidade, atenção, 
percepção, dentre outras, nas suas mais diversas formas de expressão, seguindo 
padrão definido pela construção dos instrumentos; 
 
SATEPSI​ - Sistema de avaliação de testes psicológicos; 
 
Aprimorar os instrumentos e procedimentos técnicos de trabalho dos psicólogos e 
de revisão periódicas das condições dos métodos e técnicas utilizados na 
avaliação psicológica, com o objetivo de garantir serviços com qualidade técnica e 
ética à população que usaria desses serviços; 
 
CCAP - ​Comissão consultiva em avaliação psicológica. 
 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE TESTES 
 
Validade - ​Se o teste mensura o que se propõe; 
Precisão/ fidedignidade - ​O escore obtido na aplicação deve se aproximar ao 
escore verdadeiro do sujeito, “confiabilidade”; 
Padronização: ​Uniformidade tanto no procedimento quanto na pontuação do teste, 
garantir o mesmo resultado; 
Adaptação para a população alvo: ​O teste deve corresponder à realidade em 
que está sendo utilizado, adaptação à realidades sociais, econômicas e políticas; 
 
 
BATERIA DE TESTES 
 
Fatores para a seleção 
● Encaminhamento e objetivos; 
● Idade cronológica; 
● Nível socioeconômico; 
● Casos com algum tipo de deficiência; 
● Contexto espaço - temporal do psicodiagnóstico; 
 
 
Não devem ser aplicados no primeiro contato; 
Aplicação dos instrumentos que possam causar menos ansiedade para os que 
possam causar um grau maior de ansiedade; exemplo: não começar com um teste 
de QI em casos de queixas escolar; 
 
Testes com respostas corretas: ​Avaliam o funcionamento cognitivo, 
conhecimento, habilidades ou capacidades; 
 
Testes nos quais não há respostas corretas: ​São usados para o levantamento 
de motivações, preferências, atitudes, interesses, opiniões, reações e 
características; 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO PROJETIVA DA PERSONALIDADE 
 
 
Avaliação psicológica é um processo complexo que exige dos profissionais da 
psicologia habilidades e conhecimentos que permita identificar o constructo a ser a 
avaliado e dessa forma selecionar a melhor forma de medir. Ao determinar quais 
instrumentos seriam os mais adequados para o contexto específico que pretende 
avaliar é necessário reunir as informações obtidas e integrá las de forma a 
contribuir para a compreensão do funcionamento do indivíduo e sua relação com a 
sociedade. 
 
 
 
 
 ​O QUE É PERSONALIDADE?Definições: 
 
Allport (1937) - ​Psicossociológica: personalidade é o valor da impressão social 
que o indivíduo provoca, “personalidade agressiva”, “personalidade submissa”; 
 
Psicológica - ​Tem um lado orgânico e um lado aparente, está vinculada a 
qualidades específicas do indivíduo, e pode ser descrita e mensurada 
objetivamente. Comportamentos, características e ajustamentos únicos de um 
indivíduo a vida, é integrada, dinâmica e moldada por hereditariedade, maturidade, 
identificação, valores e papéis culturais; 
 
Ponto de vista dinâmico: 
 
● Personalidade é um organismo vivo, em um meio físico e social, que reage 
a necessidades internas assim como a estímulos ambientais; 
● Visam modificar o meio externo (conduta) por meio da descarga motora 
(hetero plásticas); 
● Visam modificar o próprio organismo (imagens, afetos, autoplásticas); 
 
 
CRITÉRIOS DE SAÚDE PSÍQUICA - ADAPTABILIDADE 
 
 
Ações regulares: ​Certa tolerância a mudanças internas e externas, certa 
variabilidade de mecanismos psíquicos postos em ação para fazer frente a tais 
mudanças, certa riqueza de trocas intrapsíquicas e interindividuais; 
 
A personalidade é ao mesmo tempo agente de mudança e o agente de 
resistência à mudança; 
 
Do ponto de vista clínico - ​Os problemas geram um sofrimento, é preciso saber o 
que ocorreu e suas causas para então responder ao pedido de ajuda da forma 
mais adequada e ética; 
 
 
TESTES PROJETIVOS 
 
Características: 
 
● Avaliar a adaptação do sujeito e suas nuances; 
● Material pouco estruturado e instruções liberadoras (respostas livres); 
● Situação não habitual suscita angústia e reações visando um equilibrio; 
● Modo habitual de reagir, reduzir o novo ao conhecido; 
● Regressão a formas mais primitivas de reação; 
● Pelos testes projetivos podemos verificar a flexibilidade na transição das 
reações, os bloqueios, pontos de fixação; 
 
Projeção e conceitos: 
 
Psicanálise - ​“Operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro - 
pessoa ou casa - qualidades, sentimentos, desejos e mesmos”objetos” que ele 
desconhece ou recusa nele. Trata se aqui de uma defesa de origem muito arcaica, 
que vamos encontrar em ação principalmente na paranóia, mas também em 
modos de pensar “normais”, como a superstição.” (Laplanche e Pontalis, 1980); 
 
Testes e procedimentos: 
● TAT (adultos) e CAT (crianças entre 5 até 12 anos) - ​Organização 
psicodinâmica, conflitos, ansiedades e defesas; 
● HTP (crianças de 8 anos e adultos) - ​Avaliação da personalidade e sua 
interação com o meio ambiente; 
● D - E (procedimento de desenhos e histórias, gráficos temáticos) - ​Não 
é um teste, é um procedimento clínico que auxilia nas entrevistas 
diagnósticas; 
 
 
Métodos projetivos - ​1939 L.K. Frank publicou um artigo com o nome de “os 
métodos projetivos para o estudo da personalidade” em que os “métodos 
projetivos” aparece para explicar o parentesco entre três provas psicológicas: teste 
de associação de palavras de Jung, teste de manchas de tinta de Rorschach e tat 
de Murray; 
 
 
Psicologia projetiva 
 
Influências - Psicanálise​: determinismo psíquico. ​Gestalt​: estudo dos sistemas 
perceptivos , para se compreender as partes, é preciso, antes, compreender o 
todo, refere se ao processo da forma, de configurar “o que é colocado diante dos 
olhos, exposto ao olhar.” 
 
Amplia a noção de projeção feita pela psicanálise e uma expressão simbólica de 
nossa estrutura de personalidade; 
 
Interesse pelas relações do homem com os outros ao mesmo tempo que pelas 
relações do homem com o seu mundo vivenciado; 
 
 
ENTREVISTA PSICOLÓGICA 
 
 
Gestalt:​ Cada indivíduo possui uma configuração de personalidade única; 
 
A entrevista consiste em: historia pessoal, nivel de inteligencia, estrutura 
emocional, contexto familiar, ansiedades básicas, contexto sócio cultural, defesas, 
fatores hereditários; 
 
Todo sistema implica em um fracasso de um sistema; que considera herança e 
constituição, história prévia real ou imaginária, situação desencadeante, que 
somando se geram conflitos e angústias, que desencadeiam sintomas por motivos 
que podem ser tantos manifestos como latentes; 
● Idade; 
● Diferentes significados para cada parte envolvida (pessoas); 
● Momento da busca de ajuda; 
● Egossintônico ou egodistônico; 
 
Objetivos da entrevista inicial: 
● Obter dados completos do comportamento total do entrevistado durante a 
entrevista; 
● Como a pessoa se comporta na entrevista representa como ele estabelece 
vínculo consigo, com os outros e seus sintomas; 
● O que e como é verbalizado; 
● Motivos da procura; 
● Grau de coerência e discrepância no discurso e no comportamento; 
● Bom rapport (facilitar a comunicação e colaboração); 
● Grau de implicação do sintoma; 
● Planejamento dos próximos passos do processo psicodiagnóstico; 
 
 
 
Conjunto de competências do entrevistador (Cunha): 
 
● Disponibilidade para o outro; 
● Ajudar no desenvolvimento da aliança terapêutica; 
● Esclarecimentos; 
● Confrontar esquivas e contradições; 
● Tolerar ansiedades evocadas na entrevistas; 
● Reconhecer transferências; 
● Compreender processos contratransferenciais; 
● Assumir iniciativa em situações de impasse; 
 
Avaliar para dar seguimento e planejar o atendimento: 
 
● Queixa manifesta e latente; 
● Capacidade egóica da pessoa; 
● Estruturas mais ou menos patológicas; 
● Mecanismos de defesa utilizados; 
● Capacidade intelectual, simbolização e abstração; 
● Carga afetiva manifesta dos problemas apresentados; 
● Modalidade relacional; 
● Manifestações transferenciais; 
● Histórico clínico, social e de desenvolvimento; 
● Motivação para o atendimento; 
 
 
Fantasia de doenças X fantasia de cura - Como cada pessoa envolvida enxerga a 
questão e as resistências e expectativas; 
 
Entrevista ludodiagnóstica: 
 
● Primeira entrevista com a criança; 
● Propiciar que a criança se expresse por meio do brincar, suas dificuldades, 
suas fantasias de doença e de cura, configuração de um campo 
determinado pelas variáveis internas de sua personalidade; 
● Os materiais podem ser ​estruturados - verifica a capacidade simbólica - 
Família de bonecos, animais, casinhas e carros, ou podem ser ​não 
estruturados - verifica a criatividade - Material gráfico, papel, cola, lápis, 
tinta, massa de modelar, blocos montar ; 
● Indicadores cognitivos - Construções espaço - temporais e causas 
expressas na organização da experiência vivida, cenas com sentido social, 
acompanhadas de verbalização ou não, noção temporal - não existe ainda 
ou não existe mais, vínculo causal - relação antecedente; 
● Indicadores afetivos - Simbolismo das relações afetivas, fantasias, tipos de 
ansiedades persecutórias ou depressivas, fase do desenvolvimento, relação 
transferencial; 
 
Indicadores para análise: 
 
Brincar - ​Não se processa em concordância com a realidade objetiva ou 
sequência lógica dos fatos, prevalece a associação livre, a fantasia espontânea 
determina a temática e o que acontecerá em cada momento, o objetivo é a 
atividade em si; 
 
Jogo - ​Pode se processar em concordância com a realidade objetiva e sequência 
lógica, segue regras comuns e não da imaginação individual, se concentra na 
competição; 
 
 
Critérios de análise Efron e Col (1995) 
- 8 indicadores 
 
Escolha de brinquedos e jogos 
 
● Aproximação ao material lúdico, observação à distância, sem participação 
ativa; 
● Dependente; espera indicações do entrevistador; 
● Evitativa;aproximação bruta ou à distância; 
● Intervenção brusca sobre os materiais; 
● Intervenção caótica e impulsiva; 
● Aproximação à partir de um tempo de reação inicial para estruturar o campo 
e desenvolver uma atividade; 
● Tipo de brinquedo escolhido; qual foi a escolha da criança 
 
 
Modalidade das brincadeiras: 
 
Plasticidade: 
 
● Riqueza de recursos egóicos para expressar situações diferentes, expressa 
a mesma fantasia ou defesa por meio de mediadores diferentes ou uma 
grande riqueza interna por meio de poucos elementos que comprem 
diversas funções; exemplo: Paulo, 7 anos, ao longo de toda hora de jogo 
mostra sua onipotência como defesa. Em um primeiro momento dizendo ser 
o Zorro, e em seguida, alimentando todos os animais no cesto; 
● Pode expressar um amplo espectro de sua vida emocional, que se 
manifesta de forma integrada, numa sequência fluente, sem a necessidade 
de recorrer a mecanismos de isolamento ou de controle obsessivo,um 
mesmo objeto mudar de função vinculado diversas fantasias de maneira 
adaptativa, sem produzir respostas tão originais que se tornam 
incompreensíveis para o entrevistador ou impeçam a comunicação e a 
expressão do que realmente deseja transmitir; exemplo: Suzana, 5 anos, 
utiliza uma xícara para dar de comer a sua boneca, expressa assim sua 
fantasia oral. Pouco depois a xícara adquire outro significado, colocado de 
cabeça para baixo, passa a servir como assento para boneca. Vemos a 
capacidade da criança de modificar a função dos objetos, adequando as 
necessidades; 
● Essa plasticidade será algo patológica, se a mudança fosse brusca e 
constante, e o objeto não conservasse os atributos que lhe são atribuídos 
em nenhum momento; 
 
 
Rigidez: 
 
● Utilizado diante de ansiedades muito primitivas para evitar a confusão; 
● Adere a certos mediadores de forma exclusiva e predominante para 
expressar a mesma fantasia; 
● O objetivo é o de controlar a identificação projetiva no depositorio, conservar 
os limites e manter a dissociação, dado que qualquer situação desorganiza 
e provoca confusão. Essa defesa empobrece o ego e dá como resultado 
uma brincadeira monótona e pouco criativa, não é adaptativa e geralmente 
aparece em crianças neuróticas; 
● Exemplo: Daniel, 10 anos, durante 20 minutos faz quadrados em papel 
glacê, começa depois a fazer um quadrado com as tiras que cortou do 
papel, entrelaçando as, a tarefa tomou todo o tempo que tinha pelo cuidado 
excessivo; 
● Se expressa também, pela impossibilidade de modificar os atributos 
outorgados ao objeto, exemplo: Suzana, 5 anos, pega quatro xícaras iguais 
e atribui a cada uma delas uma função, com base em uma pequena 
diferença. Durante trinta minutos do jogo, conserva rigidamente os papéis e 
com grande cuidado para não confundir as xícaras. Quando uma xícara fica 
mais escondida, Suzana entra em pânico e começa a chorar; 
 
 
Estereotipada e perseverante: 
 
● Mais patológicas do funcionamento egóico; 
● Desconexão com o mundo externo cuja a única funcionalidade é a 
descarga, exemplo: Juan Carlos, nove anos, durante a hora de jogo recortou 
um mesmo elemento multiplicado sem introduzir nenhuma variável; 
 
 
Personificação: 
 
● Capacidade de assumir e desempenhar papéis através da brincadeira; 
● As crianças transformam seus brinquedos ou a si mesmas em personagens 
imaginários ou não, de acordo com sua faixa etária, expressando afeto, 
relações e conflitos; 
 
Motricidade: 
● Verificar adequação da motricidade à etapa de desenvolvimento; 
● Como a criança se organiza com os materiais e com espaço; 
● Comunicação postural e gestual; 
 
 
Criatividade: 
 
● Capacidade da criança de construir um novo objeto ou transformar um já 
existente; 
● Capacidade de relacionar elementos novos nos brinquedos a partir de 
experiências anteriores; 
 
 
Tolerância à frustração e adequação à realidade: 
 
 
● Relação com aceitação ou não das instruções e enquadramento da hora do 
jogo, assim, como aceitação, dos limites, do próprio papel, do papel do 
outro, da separação dos pais, do tempo do início e do fim da entrevista, do 
resultados dos jogos; 
● Aceita o desenvolvimento da atividade lúdica, pela maneira de enfrentar as 
dificuldades inerentes a atividade que se propõe a realizar; 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DO TAT 
 
 
Hipótese projetiva: 
 
● As respostas do indivíduo a estímulos ambíguos traduzem qualidades 
significativas e relativamente constantes da personalidade do indivíduo; 
● Tendência psicológica, de interpretar situação ambígua tendo como ponto 
de referência suas próprias experiências passadas e suas necessidades do 
momento; 
 
 
​1935 - Morgan e Murray - A method for investigating fantasies: the thematic 
apperception test - ​Foi utilizado inicialmente como parte de um estudo da 
natureza e dos princípios que governam o comportamento humano; 
 
 
TAT - TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA 
 
O teste consiste em apresentar ao examinando uma série de pranchas que 
reproduzir cenas que , por seus contornos imprecisos e temas não explícitos, são 
suficientemente ambíguas para provocar a projeção da realidade interna do 
sujeito; 
 
Os estímulos sugerem temas relacionados a temores, desejos, dificuldades, 
pressões fundamentais da dinâmica subjacente da personalidade do sujeito; é 
preciso contar uma história do que é visto, considera se o tempo vazio (distância 
entre percepção e pensamento), é preenchido por representações arcaicas e 
recursos da linguagem e aspectos simbólicos; 
 
 
Material: 
● 31 pranchas numeradas de 1 até 20, sendo divididas entre, 11 pranchas 
universais, H homens com mais de 14 anos, F mulheres com mais de 14 
anos, R meninos com menos de 14 anos, M meninas com menos de 14 
anos; 
 
 
Aplicação: 
● Murray - ​20 pranchas em duas sessões de uma hora; 
● Atualmente - ​De 10 à 12 pranchas, a escolha é feita de acordo com a 
hipótese diagnóstica; 
● Séries básicas - H: 1,2,3RH, 4, 6RH, 7RH, 10, 11, 13, 16 e M: 1,2,3RH, 4, 
6(RH/MF), 7 (RH/MF), 13(RH/MF); 
 
 
Instrução: 
“Este é um teste para contar histórias. Eu tenho aqui algumas pranchas que vou 
lhe mostrar. Quero que você faça uma história para cada uma delas, conte o que 
está acontecendo agora, fale o que as pessoas estão sentindo, pensando, como é 
a relação entre eles e como termina a história. Você pode fazer a história que 
quiser, ao final de um título, compreende? Então aqui está a primeira prancha, 
Você tem cinco minutos para fazer a história; 
 
Observação: 
 
Registrar tudo o que for dito, incluindo as interjeições iniciais; controlar o tempo de 
forma discreta (para não pressionar), solicitar o término da história somente 
quando o tempo estiver próximo de cinco minutos, registro do comportamento não 
verbal e do climo emocional do encontro, caso apareçam perguntas sobre os 
detalhes da figura responder “pode ser o que você quiser”; 
 
A prancha 11 é uma prancha mais indefinida mas deve ser solicitada uma história; 
a prancha 16 está em branco, solicita que a pessoa imagine que exista uma cena, 
depois descreva e conte a história; 
 
 
Inquérito: 
 
● É feito após cada história; 
● As perguntas tem como função complementar informações solicitadas nas 
instruções e que não foram fornecidas espontaneamente; 
● Referência apartir do herói, o que sente, o que pensa, como são os 
relacionamentos dele; 
● Caso não tenha sido dado, perguntar sobre qual é o título? 
 
● Uma situação que não tenha ficado clara; 
● Uso de palavras que não foram compreendidas; 
● Evitar o uso do “por que?”; 
● Questionar os motivos da situação; 
● Perguntar o que achou da atividade; 
 
Apresentação das pranchas provoca: 
 
● Atividade perceptual que culmina na visualização seletiva do estímulo; 
● Processo associativo que evoca conteúdos mnêmicos de experiências 
vividas e conhecimentos; 
● Fantasias; 
● Respostas emocional; 
 
Na análise do material considera se a personalidade como resultante da interação 
dinâmica dos componentes: 
● Humano universal​ - Próprio de todo gênero humano; 
● Cultural​ - Comportamentos próprios da comunidade social a que pertence; 
● Grupal​ - Características do grupo; 
● Idiossincrático​ - Aspectos singulares; 
 
 
PRANCHAS BELLACK ANZIEU FRANÇA 
1 - Menino diante do 
violino 
Relação com figuras 
parentais; auto 
realização; auto imagem 
Ideal de ego; auto 
realização 
Ambições e 
expectativas; 
imagens dos pais 
2 - Cena campestre Relações familiares; 
autonomia - 
dependência; gravidez; 
papel dos sexos 
Harmonia ou desacordo 
familiar; oposição entre 
dois tipos de feminino 
(rural/urbano,virgindade/
maturidade, 
braçal/intelectual) 
Aspirações pessoais, 
relacionamentos 
familiares 
3 RH - Personagem 
ambíguo, debruçado 
Atitudes frente angústia 
e depressão 
Punição, cansaço, 
suicídio, morte 
Frustrações e 
reações frente aos 
com revólver ao lado mesmos 
3 MF - Uma jovem 
apoiada na porta 
Depressão Moça infeliz Frustrações e 
reações frente aos 
mesmos 
4 Mulher segurando 
um homem que 
parece querer se 
desvencilhar dela 
Relações homem e 
mulher; ciúmes 
triangular, problema 
sexual 
Casal em desacordo ou 
ameaçado em seu 
relacionamento 
Conflitos que o sujeito 
vive na realidade e a 
forma como enfrenta 
5 Mulher por uma 
porta aberta 
Mãe controlando uma 
atividade; medo de ser 
seguido; “voyeurismo” 
Ansiedade Relacionamento mãe 
e filho 
6 RH - Mulher idosa 
dando as costas a 
um jovem 
Relação mãe e filho, 
temas edipianos 
Relação mãe e filho 
desacordo ou proteção 
Comportamento 
frente a situação 
6 MF - Jovem 
olhando homem 
mais velho que 
parece familiar 
Relação pai e filha; 
relação homem e 
mulher; sedução e 
agressão 
Briga, ciúmes, 
chantagem 
Comportamento 
frente a figura paterna 
7 RH - Homem de 
idade olhando 
homem mais novo 
Relação pai e filho; 
atitude frente a 
autoridade masculina 
Relação pai e filho; 
ajuda, conselho, 
confissões, confidências 
Comportamentos 
intrafamiliares 
7 MF - Senhora 
sentada perto de 
uma moça 
Relação mãe e filha, 
atitude frente a 
maternidade 
 Comportamentos 
intrafamiliares 
8 RH - Intervenção 
cirúrgica 
Agressão, ambição, 
medo de mutilação 
Medo da morte do pai 
ou da própria 
Conflitos atuais, 
tensões e esforço 
para resolver 
8 MF - Mulher 
pensativa 
Temas de contemplação Mulher triste ou feliz Conflitos atuais, 
tensões e esforço 
para resolver 
9 HR - 4 Homens 
deitados na grama 
Relação entre homens; 
pulsões e medos 
homosexuais; injustiças 
sociais 
Fraternidade viril; 
homosexualidade 
latente; oposição ao 
meio 
Relação com grupo 
do mesmo sexo, 
trabalho, família, sexo 
9 MF - Duas 
mulheres na praia 
Rivalidade feminina, 
Hostilidade mãe e filha, 
suicídio 
Rivalidade feminina, 
Hostilidade mãe e filha, 
suicídio 
Relação com grupo 
do mesmo sexo, 
trabalho, família, sexo 
10 - Cabeça de 
mulher no ombro do 
homem 
Relação homem e 
mulher 
Relação homem e 
mulher 
Conflitos amorosos e 
sexuais 
11 - Cena fantástica, 
pré histórica 
Medos infantis ou 
primitivos e ansiedade 
Angústia Fantasia e tendências 
sexuais agressivas, 
dificuldade de 
controle e respostas 
frente a situações 
perigosas 
12 RM - Banco à 
beira do rio 
Ideias depressivas e de 
suicídio 
Sonhos infantis 
12 H - Homem idoso 
esticando a mão 
sobre o rosto de um 
jovem 
Relação homem jovem 
com idoso, 
homossexualidade 
Dominância, hipnotismo, 
roubo 
Atitude frente aos 
adultos e terapeuta, 
papel passivo e 
homossexualidade 
12 F - Moça com 
uma velha 
Concepção de figura 
materna 
Conflitos de geração Filha frente ao 
controle da mãe 
13 R -Menino 
sentado à porta 
Histórias infantis Imagem de si; solidão, 
abandono 
 
14 Homem na janela Medo da escuridão; 
tendências suicidas, 
interesse estético 
Contemplação do 
mundo exterior; fuga; 
roubo; visita amoroso 
Ambições, 
preocupações; 
expectativas; suicídio 
15 Homem no 
cemitério 
Atitude frente à morte; 
tendências depressivas 
Atitude frente à morte; 
tendências depressivas 
Atitude frente à morte 
e perda de membros 
da família 
16 Prancha em 
branco 
Projeção livre Imagem ideal de si Aspiração e desejo 
17 RH - Homem 
subindo em uma 
corda 
Medo, fuga, imagem 
corporal, competição 
Força viril Desejo de triunfo, 
nível de aspiração, 
exibicionismo 
17 MF - Mulher na 
ponte e homem 
trabalhando 
Tendências suicidas Sonhos da moça, 
oposição entre um 
mundo ensolarado e 
submundo 
Frustração, auto 
punição, depressão, 
reação frente ao 
controle familiar 
18 RH Homem com 
mãos que o 
seguram 
Ansiedade, medo de ser 
atacado 
Ataque, socorro, prisão, 
homossexualidade, 
ideias paranoides 
Atitudes frente à 
condutas anti sociais 
18 MF - Mulher com 
as mãos em torno 
da garganta de outra 
Atitude frente à 
agressão, ajuda, 
conflitos entre mãe e 
filha 
Ataque, socorro, relação 
mãe e filha 
Agressividade, 
relação com a figura 
materna ou feminina 
19 Cabana sob a 
neve 
 Cena fantástica, 
geralmente pesadelo 
Sentimentos e 
desejos de conforto, 
frustração, segurança 
20 Homem sob a luz 
de um poste 
Medo de escuro, 
ameaça 
Solidão, abandono, 
sonhos 
Problemas íntimos, 
preocupações, 
tendências sexuais 
ou agressivas 
 
 
Interpretação: 
 
Impressão do todo e análise do comportamento não verbal; 
 
Análise parcial - ​É feita uma análise de prancha por prancha; 
 
Análise formal - ​Recursos egóicos, considerando tempo, estrutura da história, 
comportamentos e linguagem; 
 
Análise de conteúdo: 
● Herói - ​Sexo, sentimentos e características implícitas e explícitas; 
● Necessidades do herói - ​Impulso básico que determina a ação, busca 
satisfação; 
● Concepção de ambiente​ - Caracterizar e explicar se favorável ou não à 
satisfação da necessidades do herói; 
● Outras figuras e relações ​- Descrever quais são, caracterizar o tipo de 
relação estabelecida, se é positiva, negativa, ambígua; 
● Conflito principal​ - Apontar as duas forças em oposição presentes na 
história,; 
● Ansiedade​ - Depressiva, paranoide, confusional, estão relacionadas a quais 
aspectos; 
● Defesas​ - Recursos do sujeito frente às ansiedades emergentes; 
● Adequação do superego​ - Manifestação do impulso e consequências para 
o herói, pode ser rígido, atuante, flexivel, frágil; 
● Desfecho​ - Tema da história e tipo de solução dado ao tema, examinar a 
interação entre a pressão do ambiente e necessidade, grau de sucesso ou 
fracasso do herói; 
 
 
Síntese parcial: 
 
É escrito um texto sobre os principais aspectos psicológicos da pessoa em que 
está sendo aplicado o teste; 
 
Integração entre a norma temática da prancha e a análise formal, de modo que 
possam verificar os recursos egóicos que o sujeito apresentou para lidar com a 
ansiedade suscitada pela prancha. Nível de integração entre ego e a forma com 
que lida com a temática apresentada; 
 
Dinâmica emocional, em que seja estabelecida uma relação entre suas 
necessidades, conflitos, ansiedades e defesas, com a forma que percebe o 
ambiente​, ​com as figuras significativas, solução dos conflitos; 
 
 
Síntese global: 
 
Características relevantes do material em termos de dinâmica e estrutura de 
personalidade (aspectosintelectuais, auto imagem, recursos egóicos, conflitos 
centrais, concepção de ambiente, principais necessidades, ansiedades e defesas 
preponderantes, atuação do superego e perspectivas), enriquecidas pelos dados 
obtidos no início da aplicação e pelas observações do comportamento na situação 
do teste; 
 
Lista de necessidades: 
 
 
 
NECESSIDADES DESCRIÇÃO 
Afiliação Aproximação de um outro aliado e ter prazer em 
cooperar e retribuir 
Agressão Superar pela força a oposição 
Altruísmo Ser compassivo e gratificar as necessidades de um 
objeto desamparado 
Auto defesa física Evitar dor, doença e morte; escapar de situações 
perigosas, tomar medidas preventivas 
Auto defesa psiquica Evitar humilhação, situações embaraçosas, 
condições que possam levar ao menosprezo, deixa 
de agir por medo de fracasso 
Autonomia Resistir à coerção e à restrição, evitar ou desistir de 
atividades prescritas por autoridade dominantes, 
agir segundo as próprias, não têm 
responsabilidades e nem vínculos 
Contra reação Dominar ou compensar um fracasso por meio de 
um empenho renovado, superar fraquezas e 
reprimir o medo 
Deferência Admirar e apoiar um superior, submeter se de bom 
grado à influência de alguém admirado 
Defesa Ataques, críticas, acusação, esconder ou justificar 
uma má ação 
Divertimento Agir por pura diversão, sem propósito 
Dominação Controlar seu ambiente 
Entendimento Fazer ou responder perguntas gerais: Especular, 
analisar, formular, generalizar 
Exibição Ser visto e ouvido 
Humilhação Submeter se passivamente a uma força externa 
Ordem Buscar limpeza, arrumação, organização, equilíbrio, 
precisão 
Realização Realizar alguma atividade difícil de forma rápida e 
independente 
Rejeição Excluir, abandonar, expelir ou permanecer 
indiferente a um objeto inferior 
Segurança Ser cuidado, apoiado, sustentado, protegido, 
aconselhado 
Sensualização Buscar e sentir prazer com impressões sensuais 
Sexo Buscar e desenvolver um relacionamento erótico 
 
 
Defesas: 
 
Projeção - ​Operação segundo a qual o sujeito expulsa de si qualidades, 
sentimentos, desejos e localiza no outro (pessoa ou coisa). Ex: inveja projetada, 
ciúme delirante, ódio racial (projeção sobre a raça, de características deformadas 
na própria personalidade); 
 
Introjeção - ​Operação segundo a qual o sujeito faz passar de um modo 
fantástico, objetos e qualidades do outro para dentro de sei. Está estreitamente 
relacionada com a identificação.Ex: o menino que imita o pai, identificação no luto 
para lidar com a perda; 
 
Regressão - ​Operação segundo a qual o sujeito retorna a etapas ultrapassadas de 
seu desenvolvimento. Ex: adolescente cujo namorado nao parece, vai a lanchonete 
e como em demasia, ou adulto fixado no C.E age de modo dependente em relação 
à esposa-mãe; 
 
Negação -​ Operação segundo a qual o sujeito, embora formule um de seus 
desejos, pensamentos ou sentimentos, nega que lhe pertençam. Ex: alguém 
prejudica uma pessoa e esta afirma que não tem raiva nem guarda mágoa, mas 
evita sempre encontrá-lo; 
 
 
Recusa​ (da realidade) - Mecanismo em que o sujeito recusa a realidade de 
uma percepção traumatizante. Ex: diante da perda do filho, a mãe mantém seu 
quarto intacto, ou pessoa que sofre acidente de carro e não se lembra de nada; 
 
 
 
Racionalização -​ Operação segundo a qual o sujeito apresenta uma 
explicação lógica para uma atitude, ação, idéia, ou sentimento, anulando-os 
verdadeiros motivos.Ex: parar a terapia por falta de dinheiro; 
 
 
Repressão - ​ Operação psíquica que tende a fazer desaparecer da consciência 
um conteúdo desagradável ou inoportuno, ideia, afeto, etc.Ex: menino que reprimi 
ódio pelo pai no C.E; 
 
 
Sublimação - ​Operação segundo a qual desejos, intenções e impulsos são 
desviados de objetivos sexuais para finalidades não sexuais e socialmente 
valorizadas. Mecanismo mais evoluído.Presente na criação artística, produções 
intelectuais e realizações culturais. Ex: exibicionismo infantil é sublimado por meio 
de atividade profissional de modelo fotográfico; 
 
Possibilidade de desfechos: 
 
● Solução adaptada; 
● Compromisso viável; 
● Dependente de ajuda exterior; 
● Hipotético; 
● Moralização 
● Solução auto punitiva ou de fracasso; 
 
Existe a satisfação de impulsos e ausência de solução; 
 
 
SUPEREGO: 
 
Rígido - ​O herói é punido de forma drástica e definitiva pelo menor deslize; 
Atuante - ​Punição compatível com a ofensa; 
 
 
Flexível - ​Permite certos deslizes sem consequências maiores; 
 
Frágil - ​Não apresenta qualquer punição aos atos antissociais do herói; 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DO EGO: 
 
Boa - ​O indivíduo mantém um bom nível de vocabulário e de riqueza de conteúdo 
das histórias, há um uso adequado de defesas, que não impedem a emergência 
de aspectos mais pessoais, os desenhos são realistas, apresentando soluções 
adequadas; 
 
Razoável - ​Em indivíduos que permitem o aparecimento do conflito, mas sem que 
haja uma elaboração quer pelo aumento de defesas, quer pela superficialidade 
com que lida com a problemática (desenhos iniciais fantásticos ou dependentes de 
elementos externos); 
 
Fraco - ​A emergência do conflito é impedida através do uso intenso de 
mecanismos de defesa. O relato em geral é pobre e descritivo, hesitante, 
contraditório. O indivíduo reluta em entrar em contato consigo mesmo; 
 
 
HTP - HOUSE, TREE, PERSON 
 
Desenho da árvore; 
 
1928 - Emile Jucker (conselheiro de orientação profissional, Suíça) - ​Utilizava 
desenhos como instrumentos de investigação da personalidade; acreditava na 
existência de uma correspondência simbólica entre a árvore e o ser humano, e que 
através do desenho seus orientandos poderiam expressar aspectos de sua 
problemática emocional; à interpretação tinha bases puramente intuitivas; 
 
1949 - Karl Koch - “o teste da árvore” - ​Bases mais objetivas, estudo estatístico 
e sistemático, propondo interpretações, instruções: “desenhe uma árvore frutífera, 
da melhor maneira possível”, “desenhe uma árvore diferente da primeira”; 
 
Renée Stora (França) - ​Propõe modificações das instruções de Koch, “desenhe 
qualquer árvore, como lhe agrade mais, exceto um pinheiro”; a exclusão do 
pinheiro foi tomada de uma das primeiras instruções formuladas Koch. Stora 
mantém essa exclusão porque considerava o desenho do pinheiro estereotipado 
para a sociedade europeia. Acreditava também que pedir para que se desenhasse 
uma árvore frutífera seria sugerir um efeito; 
 
 
Desenho da figura humana: 
 
1926 - Florence Goodenough (EUA) - ​Desenvolveu uma técnica de avaliação da 
inteligência à partir do desenho da figura humana; 
 
1949 - Karen Machover - ​Baseando se ​nos estudos de Goodenough observou que 
a figura humana além de indicar o nível intelectual, era sensível também aos 
aspectos da área afetivo emocional. Essa ideia levou a desenvolver a técnica do 
desenho da figura humana como técnica projetiva, com a finalidade de investigar 
os aspectos da psicodinâmica envolvidos com a auto imagem e a imagem corporal. 
Solicitava ao sujeito para que fizesse o desenho de uma figura do sexo oposto. 
Após cada desenho a técnica incluía um questionário com perguntas referentes as 
figuras desenhadas; 
 
 
Desenho da casa: 
 
1947 - Françoise Minkowska - ​Precursora na utilização do desenho da casa como 
instrumento de investigação, aplicou em um elevado número de crianças 
refugiadas de diversas origens que chegaram à França depois da segunda guerra 
mundial; instrução “desenhe uma casa”, entregava se lápis coloridos.A 
interpretação se fundava exclusivamente na “apreciação clínica”; 
 
1947/48 - John Buck - ​Psicologo do”Lynchberg State Colony”, na Virginia, EUA, 
apresenta a bateria HTP, constituída dos desenhos de uma casa, uma árvore e da 
figura humana, das formas acromáticas e cromáticas; 
 
Material - ​Sulfite, protocolo de interpretação, lápis, lápis colorido, cronômetro; 
 
Instruções - “​Eu quero que você desenhe uma casa (árvore e pessoa). Pode 
desenhar o tipo que quiser, faça o melhor que puder, pode apagar o quanto quiser 
e levar o tempo que precisar. Apenas faça o melhor possível”; 
 
Inquérito - ​É feito posterior a todos os desenhos, oportunidade de projetar 
sentimentos e necessidades através de expressão verbal; 
 
Aspectos adaptativos e expressivos: 
 
Processo adaptativo - ​Avaliação do material, comparando com a idade, sexo e 
nível social do sujeito, para isso é necessário que o material gráfico corresponda à 
idade, sexo, nível social, econômico e cultural; 
 
Processo expressivo - ​Corresponde a estruturação gráfica do desenho 
(organização do desenho), abordagens dos aspectos formais: como; 
Tamanho: ​A relação entre o tamanho do desenho e do espaço da folha indica o 
espaço ocupa no meio ambiente, fornece dados a respeito da auto estima do 
sujeito, grau de expressividade, no meio (real ou imaginário), relação dinâmica 
entre o sujeito e o meio ambiente; 
● Pequeno - ​Sentimento de inadequação e de inferioridade frente às 
demandas do meio, retraimento e pressão ambiental, inibição, dificuldade de 
lidar com o ambiente; 
● Muito pequeno - ​Constrição, depressão, isolamento, não quer ou não pode 
enfrentar a realidade; 
● Grande - ​Sentimento de expansão, maior valorização de si; 
● Muito grande - ​Agressividade, valorização de si compensatória; 
● Grande ultrapassando as margens - ​Expansividade que desrespeita os 
limites, pode ser a realização compensatória de sentimento de constrição 
ambiental; 
 
Pressão: ​Indica nível de energia do sujeito; 
● Forte - ​Energia, vitalidade, indivíduos assertivos, agressividade; 
● Fraca - ​Baixa energia, falta de confiança em si, receio ou cautela em se 
colocar no meio ambiente, repressão da agressividade; 
 
 
Traços: ​Associado ao controle e segurança; 
● Longos e contínuos - ​Comportamento controlado, esforço dirigido, 
perseverança; 
● Curtos e interrompidos - ​Comportamento impulsivo, inconstância, 
instabilidade, vulnerabilidade; 
● Avanços e recuos - ​Sensibilidade, emotividade, hesitação, ansiedade; 
 
Detalhes: 
● Ausência - ​Isolamento emocional, depressão, vazio afetivo; 
● Excesso - ​Característica de obsessivo compulsivo, ansiedade; 
 
 
Simetria: 
● Presença - ​Necessidade de sentir se seguido mantendo controle rígido; 
● Ausência - ​Dado não relevante; 
 
 
Movimento: 
● Presença - ​Indício de vida interior rica, bom nível intelectual; 
● Excesso - ​Instabilidade emocional; 
 
 
Sequência - ​A análise da sequência poderia fornecer pistas sobre as associações 
que o sujeito faz de forma inconsciente e dados sobre o desenvolvimento 
emocional; 
 
Significado das cores - ​As pirâmides coloridas de Max Pfister 
 
● Vermelho - ​Afetividade, extroversão, afeto impulsivo, resposta afetiva 
imediata, fácil estimulação, facial estimulação; 
● Laranja - ​Fortes necessidades emocionais, cuja satisfação implica na 
extrojeção do impulso, de forma direta ou sublimada, exuberância afetiva, 
sensibilidade afetiva, cor da sensualidade e liderança; 
● Amarelo - ​Descarga descontrolada do impulso, expressão estável do afeto; 
● Verde - ​Esfera do contato e sensibilidade, internalização das experiências, 
auto regulação (homeostase); 
● Azul - ​Controle do tipo racional; 
● Violeta - ​Tensão e ansiedade, turbulência interna; 
● Marrom - ​Nível de energia, dinamismo, ações, oposição, resiste a 
excitações novas e não habituais, controle, perseverança, obstinação, 
resistência passiva; 
● Preto - ​Inibição e bloqueio, repressão, depressão; 
● Cinza - ​Vazio afetivo, negação; 
● Branco - ​Vulnerabilidade na estrutura da personalidade, fácil perturbação 
do equilíbrio emocional, afrouxamento dos dispositivos de inibição e de 
autocontrole, imprevisibilidade, ruptura; 
 
 
Aspectos de conteúdo - ​Observação o que a pessoa desenha, investigação dos 
elementos do desenho, partes do desenho; 
 
Casa 
● Estimula associações conscientes e inconscientes; 
● Como local de moradia, é cana das relações interpessoais mais satisfatórias 
ou frustrantes, frequentemente representa o lar, como é agora, como foi no 
passado ou como gostaria que fosse no futuro; 
● Vista como um retrato do próprio sujeito, pode fornecer ao examinador 
informações sobre as relações do sujeito com a realidade e fantasia, sobre 
os contatos que faz com o meio, sobre a maturidade e ajustamento 
psicossocial; 
● Parece ainda, misturar uma disputa de associações, referentes ao lar e as 
relações intrafamiliares mais internas; 
● Elementos - Teto, telhado, sotão, paredes, tijolos aparentes, porta, 
caminho, cerca, escada, janelas, chaminé, fumaça; 
 
Árvore: 
● Estimula associações novas conscientes e inconscientes, aspectos mais 
primitivos, maior afastamento da própria realidade; 
● Expressão gráfica da experiência de equilíbrio entre seus recursos para 
obter satisfação e concepção do ambiente; 
● Contato com a realidade; 
● Pressões interpessoais; 
● Equilíbrio pessoal; 
● Elementos: Solo, raízes, tronco, superfície do tronco, galhos, copas, flores, 
frutas; 
 
Pessoas: 
● Associações mais conscientes que os outros desenhos; 
● Expressão direta da auto imagem corporal, indivíduos paranoicos podem se 
recusar a fazer; 
● Conceito de indivíduo e seu papel social; 
● Atitudes sociais; 
● Relações interpessoais; 
● Elementos: Cabeça, rosto, boca, olhos, nariz, orelha, cabelos, pelos, 
sombrancelhas, pescoço, braços… 
 
 
PROCEDIMENTO DE DESENHOS ESTÓRIAS (D - E) - Walter Trinca 
 
 
Pode ser aplicado em pessoas de ambos os sexos, de 3 ou 4 anos até adultos, de 
qualquer nível mental, socioeconômico e cultural; 
 
Material - ​Folhas de sulfite em branco, lápis, lápis de cor, sem borracha; 
 
Finalidade - ​Investigação diagnóstica da personalidade, ampliar o conceito da 
dinâmica da personalidade de crianças, adolescentes e adultos, de uma forma 
mais aprofundadas do que ocorre em uma entrevista psicológica comum, associa o 
TAT e desenho livre; 
 
Aplicação - ​Individual: O sujeito realiza uma série de cinco desenhos, após cada 
desenho livre, solicita se que o sujeito conte uma história a respeito do mesmo, 
fazer o inquérito e solicitar que seja dado um título; 
 
Sequência - ​Permite um esclarecimento progressivo dos conteúdos conflitivos e 
maior aproximação afetivas a estes; 
 
 
 
PROCEDIMENTO DE DESENHO DE FAMÍLIA COM ESTÓRIAS 
 
 
É aplicado devido às hipóteses iniciais demonstrarem que as dificuldades e/ou 
sofrimento apresentado em relação com as vivências do indivíduo frente à 
dinâmica familiar; 
 
É recomendado a aplicação após as primeiras entrevistas; 
 
Objeto mediador, favorecendo o processo de associação livre e consequentemente 
a comunicação das questões centrais do caso; 
 
Consiste em uma sequência de quatro desenhos de família com as respectivas 
histórias e títulos, a cada conjunto de desenho história denomina se de unidade de 
produção; seguem a segunda ordem: uma família qualquer, uma família que você 
gostaria de ter, uma família que alguém não está bem,sua família; 
 
Interpretação: 
 
Análise formal - ​Grafismo, atitude frente à atividade, tempo de latência, 
linguagem, constelação da família apresentada; 
 
Análise de conteúdo - ​Perguntas 
● Qual é a temática central da história? Sobre o que ela versa? Sobre união e 
apoio entre os membros ou necessidade de separação e busca de 
identidade? Sobre rivalidade ou relação de dependência? 
● Qual é a estrutura da família apresentada? (relacionada a temática e a 
família real do sujeito); 
● Qual é a figura de maior identificação? Buscar identificar as características 
emocionais (explícitas e implícitas), os sentimentos e impulsos (amorosos 
ou destrutivos); 
● Quais outras figuras significativas aparecem? (figuras maternas, paternas, 
fraternas ou outras), identificar as características, sentimentos e impulsos 
principais destas; 
● Qual tipo de vínculo e forma de integração estabelecida entre os 
personagens? Os vínculos podem ser positivos, negativos, ambivalentes; 
● Como é caracterizado o ambiente no qual a família é retratada; observar se 
este se apresenta favorável ou não a satisfação das demandas dos 
personagens significativos (tanto do personagem central - alvo de maior 
identificação, como das demais figuras); 
● Quais são as fantasias inconscientes predominantes e conflitos subjacentes 
a estes? 
● Que tipo de ansiedade é predominante na história (persecutória, depressiva, 
confusional); 
● Há solução do conflito? De que forma se dá? Quais são as defesas 
utilizadas na busca desta solução ou amenização das ansiedades 
suscitadas? 
 
 
Tipos de ansiedade: 
 
● Persecutória - ​Aflora quando há o temor de ser destruído pelo objeto ou 
objetos maus. O ego é frágil, fica a mercê do objeto; 
● Depressiva - ​Ambivalência, tem se que os próprios impulsos destrutivos 
acabem destruindo o objeto que é amado e do qual se depende; 
● Confusional - ​Gera indiscriminação e dificuldade em perceber as valências 
positivas ou negativa. O que pode resultar em uma conduta dependente; 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICADORES PSICOPATOLÓGICOS NAS TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
 
Desenvolvimento: 
 
A passagem evolutiva dos níveis mais primitivos de funcionamento mental aos 
níveis neuróticos e a possibilidade de estabelecer vínculos objetais; 
 
Repressão - Possibilidade de clivagem entre a vida consciente e inconsciente, 
porosidade, comunicação do ego com fantasias ou recordações reprimidas; 
 
Permite contato com a realidade, mesmo no desenvolvimento saudável, áreas do 
funcionamento permanecem em modos primitivos de vinculação; 
 
 
Posição esquizo paranóide: 
 
● Do primeiro ao quarto mês; 
● Aspectos mais primitivos do desenvolvimento; 
● Relações onipotentes com objetos parciais; 
● Angústia de ser atacado ou destruído; 
● Delírios de perseguição, de ser roubado, desconfiança exagerada; 
● Relações inconscientes desejadas - Controle dos objetos, fuga à 
frustração (dependência infantil), fragmentação; 
● Ansiedades, medos e sentimentos - Características, exclusão, 
isolamento, fragmentação e retaliação; 
● Mecanismo de defesa - Escotomização, domínio do objeto, inclusive por 
introjeção voraz, identificação projetiva, negação, idealização; 
 
 
Posição depressiva: 
● Após o quarto mês, com ápice na época do desmame; 
● Aspectos mais amadurecidos do desenvolvimento; 
● Relações ambivalentes com objetos totais; 
● Angústia em destruir o objeto amado; 
● Tristeza, culpa, amor exagerado, luto; 
● Bipolar, depressão em geral; 
● Relações inconsciente desejadas - ​Contato com objeto, tolerância à 
frustrações, integração; 
● Ansiedades, medos e sentimentos - ​Destrutivos e agressivos, inclusão e 
dependência, culpa; 
● Mecanismo de defesa - Dissociação e negação, controle, triunfo, desprezo 
do objeto, repressão, reparação e projeção; 
● Corresponde ao momento do desenvolvimento das funções; discriminação, 
juízo de realidade, princípios de realidade, repressão como mecanismo 
evolutivo, pensamento simbólico; 
 
 
Quadros psicopatológicos: 
 
Psicose 
 
Temor sem nome, a intensidade da dor psíquica e a incapacidade de tolerar 
frustração leva a um ataque ativo ao aparato psíquico; as funções perceptivas e 
dor fazem a ligação com a realidade externa; evita se a dor levando a destruição 
do aparato psíquico; 
 
Neurose 
 
O aparato psíquico fica preservado, mecanismos adaptativos da repressão, 
fracassos evolutivos centrados na elaboração da posição depressiva infantil; o 
conflito central busca reparar o objeto danificado (em fantasia) e lutar com os 
sentimentos ambivalentes; 
 
Diferentes organizações para lidar com esses conflitos: 
 
● Neurose obsessiva - ​Forma reativa, investimento no pensamento; 
● Neurose histérica - ​Conversão, corpo como símbolo; 
● Neurose fóbica - ​Evitação, afeto deslocado para outro objeto; 
 
 
Psicopatia: 
 
Pode encobrir personalidades neuróticas ou psicóticas; 
 
Elemento central - ​Utilização da comunicação e o contato com outras pessoas 
para identificações projetivas de ansiedades e conflitos que o ego não pode 
elaborar; 
 
O psicopata necessita de um depositário que sofram em seu lugar, pois os conflitos 
estão cindidos em sua personalidade, função de juízo e sentido de realidade 
parecem alcançados mas códigos de valores alterados (segue um código próprio, 
sem discriminação entre o bom e maus); 
 
Pensamento lógico preservado, mas usados não como meio de elaboração ou 
comunicação mas sim como evacuação de sentimento não elaborados; ocorre um 
fracasso do ego no processo de simbolização; 
 
 
INDICADORES DIFERENCIAIS DAS TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
Capacidade de discriminação entre - o interno e o externo, fantasia e realidade, 
bom e mau; 
 
● Captação concreta ou simbólica das​ ​instruções; 
● Congruências entre as características do objeto e as características 
atribuídas (eu x não eu); 
● Perda ou não de distanciamento social; 
● Características dos objetos simbólos (delimitação corporal mais ou menos 
definidas); 
● Adequação ou inadequação na diferenciação das escolhas positivas ou 
negativas (bom/mau, amor/odio); 
 
Desenvolvimento do pensamento simbólico - ​Criatividade e sublimação; 
 
Possibilidade de diferenciar no objeto características centrais das secundárias 
(capacidade de análise, síntese e abstração; diferencias bom e mau, integrar 
múltiplos aspectos, apego aos aspectos concretos dos objetos); 
 
Capacidade de aprendizagem criativa durante a elaboração do teste sequência 
progressiva; 
 
 
INDICADORES PATOLÓGICOS DAS TÉCNICAS GRÁFICAS 
 
Áreas de observação - ​Carácter geral do desenho, localização, tamanho, 
movimento expresso, tipos de traço, distorção, omissões, adições, ênfases; 
 
INDICADORES PSICOPATOLÓGICOS NAS TÉCNICAS TEMÁTICAS 
 
Produção projetiva - ​Criação pessoal que traduz fantasias inconscientes que 
norteiam contato com realidade interna e externa; 
 
Posição esquizo paranóide - ​Objetos incompletos, danificados, ideais 
polarizados, a serem reparados; 
 
Posição depressiva - ​Objetos completos e harmoniosos, integração amor/ódio, 
respostas mais organizadas, menos dúbias, em personalidade mais evoluída; 
 
 
Análise - ​Grau de organização da personalidade; 
 
Fracasso na integração - ​Hostilidade contra objetos internos e processos do 
pensamento; 
 
Ansiedade e angústias X Natureza das ofensas = Qualidade das relações de 
objeto; 
 
Análise do TAT : 
 
Impressão geral da produção + caracterização dos heróis e personagens; 
 
Motivos - ​Angústias básicas, quaisos problemas e sensações, dificuldades 
emocionais fundamentais do herói? 
 
Solução - ​Defesa: Qual natureza das soluções utilizadas em defesas aquelas 
angústias? Considerar que tema da prancha supõe uma pergunta projetiva; 
 
Organização - ​Indica o grau da patologia, qualidade da produção simbólica, 
riqueza, pobreza associativa, omissão, enfase de personagem, manutenção da 
logica narrativa; 
 
 
Depressão e melancolia: 
 
Esteriotipia da ideação - ​Apesar da troca de estimulos, persistem temas, estados 
de animo, problemas e desenlaces; 
 
Tema e preocupação central - ​Pureza, união espiritual (objetos bons idealizados), 
vida triste, condutas e sentimentos pesados (desesperanças); 
 
Perda da distância emocional com relação à prancha - ​O paciente se vê com 
demasiada emoção, lembra situações vividas, embora saiba que não é real; 
 
Personagens quietos, passivos, sem força, com mobilidade espacial; 
 
Humanização das personagens - ​Depende da intensidade da patologia; 
personagens permanecem em um estado doloroso, sem luta; situações mais 
graves pessoas desvitalizadas, sem identidade, corpo, vencidas por forças 
externas poderosas; 
 
Falta de luta, protesto ou hostilidade das personagens abandonadas - ​O 
paciente fala à partir do superego culpando a si mesmo pela má sorte; 
 
Sensação de culpa faz com que entenda “azar” (sensação de perseguição) mais 
em circunstancias do que em seres humanos; 
 
Inibição e lentidão das funções mentais e de ação; 
 
Relação inconsciente oral dependente com objetos doadores e salvadores, 
idealizados, sem elementos agressivos; 
 
Personagens mortas e moribundas; 
 
Distorção formal - histórias curtas, incompletas, vagas e estereotipadas; 
 
Distorções e ilusões perceptuais grosserias - Reiterações dos temas de castigo e 
culpa delirante; 
 
Absoluta perda de distância das lâminas - Maior lentidão, completa ausência de 
corporeidade e respostas de movimento; 
 
Defesa - ​Retração do ego (inibição), bloqueio de afeto (expressão de amor por 
submissão, ódio por desprezo), identificação introjetiva patológica (personagens 
que se auto atacam, não se protegem, submetendo se a aspectos super egóicos 
cruéis e punitivas; 
 
Depressão mais grave - Bom ajuste formal a instrução, sem incluir o vetor de vida 
emocional, histórias com situações complexas mas sem emoção; 
 
Relação distante e fria com as pranchas - Conteúdo emocional é relatado sem 
ressonância, exemplo: alguém que procura paz, ou está sozinho, sem falar os 
motivos; 
 
Relações objetais inconscientes - Atitudes oralmente ávidas, que frustradas, são 
neutralizadas pela indiferença emocional e ausência manifesta de necessidade 
afetiva de dar e receber; 
 
 
Esquizofrenia 
 
Delírios - ​Verbalização com certa criatividade, mas sem relação com o estímulo; 
 
Utilizam as lâminas como apoio a críticas abstratas e onipotentes frente ao mundo; 
 
Objetos inanimados com funções humanas - Personagens desumanizados 
(silhueta, espíritos, fantasma, marionetes controladas por forças); 
 
Onipotência mágica, sadismo intenso, primário - personagens severamente 
críticos frente aos quais os outros não podem fazer frente e se defender.

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