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Sistema tributário nacional

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Direito Tributário: Sistema Tributário Nacional 
 
1. conceito: conjunto de normas organizadas que disciplinam a arrecadação (artigos 145 a 
156/CFRB) 
 
- artigos 157 a 162/CRFB: repartição de receitas tributárias (contempla o direito financeiro) 
• momento posterior à arrecadação: aplicabilidade da teoria dos círculos concêntricos → 
ente da unidade federativa maior após a arrecadação terá o dever de repassar para o 
ente da unidade federativa menor e nunca de forma inversa 
 
- quando o legislador constituinte organizou o STN, estruturou-se na CRFB o sistema dividido em 
3 bases: 
• poder de tributar: expressão da soberania (poder entregue ao Estado pelo povo, a fim 
de que possa organizar o povo em sociedade: artigo 1º, §único/CRFB) → soberania é 
desmembrada (exteriorizada) em vários poderes, levando em conta sua forma de 
atuação 
▪ conceito: poder que o Estado tem de impor a todas as pessoas o dever de 
contribuir 
 
• competência tributária: divisão do poder de tributar, que se dá em face do modelo de 
Estado adotado (federação: descentralização de poderes) → somente ente da federação 
possui competência tributária, ou seja, União, estados, municípios e Distrito Federal 
• limitações do poder de tributar: STF afirmou que limitações ao poder de tributar são 
garantias de direitos fundamentais, principalmente do direito de propriedade previsto 
no artigo 5º, inciso 22/CRFB, a fim de garantir a proteção ao contribuinte → elevação da 
estrutura das limitações do poder de tributar à categoria de cláusulas pétreas, com base 
no artigo 60, §4º/CRFB (não podem ser revogadas, nem mesmo por emenda 
constitucional superveniente, porém, é possível que seja acrescida qualquer limitação 
— emenda constitucional aditiva — com base no entendimento que quanto maior 
forem as limitações, maior é o nível de proteção garantida ao contribuinte) 
 
a) princípios: servem para disciplinar a incidência do poder de tributar, de modo que são regras, 
normas e postulados inseridos na CRFB indicando a cada ente como este deve tributar no caso 
concreto → devem ser observados pelos entes da federação, já que servem para a proteção do 
contribuinte 
• toda vez que um ente quiser instituir um tributo deve observar o princípio da legalidade, 
já que todo tributo só pode ser inserido por meio de lei e esta lei só poderá exercer 
efeitos futuros, não sendo possível retroagir (princípio da irretroatividade), devendo 
estabelecer um lapso temporal mínino necessário (princípio da anterioridade tributária) 
e não podendo comprometer todo o conteúdo econômico da propriedade (princípio da 
vedação ao confisco), sob pena de violar a segurança jurídica 
• sempre que se fala em princípio, pressupõe-se a utilização do poder de tributar, de 
forma que os princípios são considerados limitações do poder de tributar de conteúdo 
positivo 
 
b) imunidades: compreende uma não incidência constitucionalmente qualificada, de modo que 
se trata de uma proibição constitucional de tributação, já que o legislador constituinte observou 
que determinadas pessoas ou bens viabilizam direitos que a própria CRFB tutela como direitos 
fundamentais e individuais, como partidos políticos, entidades de educação e assistência sem 
fins lucrativos, entidades religiosas (liberdade ao culto religioso: artigo 5º, VI/CRFB), livros, 
jornais e periódicos (liberdade de manifestação de pensamento e acesso a cultura) → afasta de 
forma absoluta a incidência do poder de tributar, já que não comporta nenhum tipo de alteração 
• sempre que se fala em imunidade, pressupõe-se a ausência do poder de tributar, de 
forma que as imunidades são consideradas limitações do poder de tributar de conteúdo 
negativo 
 
» o artigo 146, inciso III, alínea b/CRFB afirma que cabe à lei complementar estabelecer normas 
gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, 
prescrição e decadência tributária → classificada como norma de eficácia limitada, pois há 
necessidade de intervenção legislativa para dar a plena eficácia ao dispositivo constitucional 
• dentro do entendimento de ordenamento jurídico estabelecido por Kelsen, no qual a 
CRFB encontra-se no topo hierárquico da pirâmide do ordenamento, quando se fala em 
norma de eficácia limitada observa-se que em tal caso, o legislador infraconstitucional 
deverá agir a fim de dar a plena eficácia ao dispositivo constitucional 
▪ como no Brasil, a atividade legiferante compreende uma faculdade e, não, uma 
obrigatoriedade, no caso em tela, o legislador poderá não agir → no caso de 
uma situação em que existem normas de eficácia limitada, a não atuação do 
legislador gera um quadro de insegurança jurídica, uma anomia (ausência de 
normas) 
▪ após a CRFB de 88, o legislador não editou nenhuma lei que disponha sobre o 
conteúdo do artigo 146, inciso III, alínea b/CRFB, assim, houve uma necessidade 
(para que não ocorra insegurança jurídica) da aplicação da teoria da recepção 
(verificação de normas infraconstitucionais editadas antes da atual CRFB e, que 
sendo com ela compatíveis, serão recepcionadas e integrarão o atual 
ordenamento jurídico), de modo que verificou-se a existência de lei que verse a 
respeito de normas gerais em matéria de legislação tributária 
- Código Tributário Nacional (lei 5.172/1966): editado à luz da Constituição de 
1946, sendo, portanto, uma lei ordinária em sua origem, já que na Constituição 
da época não existia a diferenciação entre uma lei aprovada com quórum de 
maioria absoluta e uma lei aprovada com quórum de maioria simples, sendo 
todas as leis aprovadas como leis ordinárias → apesar do fato de ser uma lei 
ordinária em sua origem, o CTN foi recepcionado com tratamento de lei 
complementar, a fim de que o mesmo possa regular o dispositivo que consta no 
artigo 146, inciso III, alínea b/CRFB

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