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Epidemiologia e Medidas de Saúde

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EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
Epidemiologia: estudo da distribuição das doenças nas populações e os fatores que influenciam ou determinam essa distribuição.
QUEM foi acometido pela doença? QUANDO a doença ocorreu? De ONDE surgiram os casos?
CURVA EPIDÊMICA 
Número de caso ao longo dos dias. Permite avaliar a magnitude da doença, a forma da curva dá uma pista sobre a forma de transmissão e se a doença e o período de incubação são conhecidos, a curva ajuda a deduzir o provável momento da exposição ao agente que levou ao adoecimento.
O achatamento da curva epidêmica de propagação do novo coronavírus significa um menor contágio num período de tempo. 
DEFINIÇÕES 
EPIDEMIA: elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, caracterizando de forma clara um excesso em relação à frequência esperada.
· Elevação anormal de casos de sífilis no Brasil.
· Diagrama de controle que diagnostica uma epidemia, de
 acordo com o número de casos e os cálculos esperados.
ENDEMIA: presença habitual de uma doença, dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado. 
· Malária (99% dos casos na Amazônia), Doença de Chagas, Febre Amarela...
PANDEMIA: uma epidemia de grandes proporções geográficas. Atinge vários países, inclusive mais de um continente.
· Gripe Suína (H1N1), Covid-19.
SURTO: tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica delimitada ou a uma população institucionalizada.
· Surto de esporotricose (micose) no Rio Grande do Norte.
MEDIDAS DE MORBIDADE
INCIDÊNCIA
Frequência de casos novos de determinada doença em uma população e período determinados.
· Medidas de ocorrência: o que, pessoa, lugar, tempo.
· Cada indivíduo deve ser observado em dois momentos
· Sempre relacionada a um período de tempo
· Mede risco
· Mais utilizada para doenças e eventos de curta duração (agudos)
Incidência Acumulada = (casos novos em um dado período / população sob risco de adoecer no início do período) x1000
· Mede o risco de adoecer em um dado local e período. Toda a população sob risco tem que ter sido observada durante todo o período.
Densidade de Incidência: expressa a dinâmica da doença, o risco médio de desenvolver a doença em um determinado período e local.
PREVALÊNCIA
Frequência de casos existentes de determinada doença em uma população e período determinados.
· Casos existentes x1000 / total de pessoas na população no mesmo período
· Não mede risco
· Mais utilizada em doenças e eventos de longa duração (crônicos)
· Influência da duração da doença
Prevalência pontual: prevalência de uma dada doença em certo ponto de tempo.
Prevalência no período: prevalência de uma doença em um dado período de tempo que pode ser arbitrariamente selecionado.
MEDIDAS DE MORTALIDADE
TAXA DE MORTALIDADE: permite comparar o mesmo local em períodos diferentes de tempo.
· (N° de óbitos / população total) x1000
· Pode ser calculada por sexo, idade, causa...
· Indica o risco de morte de determinada doença
Mortalidade Proporcional: não requer saber o tamanho da população exposta ao risco de morrer. É uma das principais fontes de informação de saúde e é o tipo mais confiável de dados.
· (Total de óbitos por uma causa específica/ total de óbitos ocorridos no mesmo local e período) x1000 
· NÃO indica o risco de morte de determinada doença.
MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA 
Dividida em: mortalidade perinatal, infantil neonatal e pós-neonatal.
PERINATAL: (óbitos fetais + óbitos de nascidos vivos com <7 dias de idade) x1000/ nascidos vivos + óbitos fetais (22 semanas ou mais)
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL: óbitos entre < de 1 ano/ nascidos vivos
MORTALIDADE MATERNA: número de óbitos por causas maternas em um determinado ano e local dividido pelo total de nascidos vivos no mesmo ano e local. 
· Causa materna: morte da mulher durante a gestação ou no período de até 42 dias após seu término, independente da duração ou localização da gravidez. (exceto causas acidentais).
· Reflete a qualidade da assistência à saúde da mulher.
· A maioria das mortes maternas é evitável.
· Existem problemas com o numerador: subestimação do número de óbitos maternos, por causa do subregistro e da subinformação.
VALIDADE DE TESTES DE DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO
TESTE DE RASTREAMENTO / TRIAGEM: usado para identificar indivíduos assintomáticos que podem ter uma doença. Ele deve ser seguro, relativamente barato e ter sensibilidade e especificidade comprovadas.
· Ex: Rastreamento do câncer do colo do útero – papa Nicolau
TESTE DE DIAGNÓSTICO: usado para determinar a presença ou a ausência de uma doença quando o indivíduo apresenta sinais ou sintomas de uma enfermidade.
VALIDADE DOS TESTES 
Habilidade de diferenciar quem tem ou não a doença. É dividida em:
· Sensibilidade: capacidade de o teste identificar aqueles que apresentam a doença
· Especificidade: capacidade de o teste identificar corretamente aqueles que não apresentam a doença.
Devemos ter outra fonte para compararmos os resultados obtidos. Comparar os resultados com algum “padrão-ouro”. Ex: biópsia.
FALSOS-POSITIVOS / NEGATIVOS
Positivos: todas as pessoas que foram rastreadas como positivas são chamadas de volta para testes mais sofisticados e caros. As consequências do resultado são:
· A sobrecarga no sistema de saúde
· A ansiedade e preocupação provocadas nas pessoas que souberam de sua classificação
Negativos: a importância dos falsos negativos depende da natureza e da severidade da doença, da efetividade das medidas de intervenção disponíveis e se essa intervenção é mais efetiva quando for realizada no início da história natural da doença. As consequências são:
· A falsa tranquilidade
· O início mais tardio do tratamento
VARIÁVEIS CONTÍNUAS 
São aquelas em que não há um resultado positivo ou negativo (ex: glicemia). Nesses casos, deve-se estabelecer um ponto de corte, uma tomada de decisão. 
Não existe uma linha exata que defina quem são os diabéticos e os não diabéticos, eles estão misturados. Dessa forma, é necessário tomar um valor como base para determinar os doentes.
Quanto maior o ponto de corte, maior a especificidade e menor é a sensibilidade do teste. 
A escolha de um ponto de corte para o rastreamento depende da importância que damos aos falsos-positivos e aos falsos-negativos para a doença em questão. 
· No caso da diabetes, o ponto de corte com o mínimo de erro é maior ou igual a 128mg/dL.
QUANDO USAR CADA TESTE 
SENSÍVEIS: doenças graves, mas tratáveis, e exclusão de doenças (rastreamento).
NEGATIVOS: quando um resultado falso-positivo pode ocasionar danos físicos, morais ou financeiros e quando o tratamento requer medidas mais agressivas ou invasivas.
VALOR PREDITIVO E CONFIABILIDADE
Valor preditivo: probabilidade de um resultado positivo ou negativo corresponder verdadeiramente. 
Se o mesmo teste for aplicado em populações diferentes, a que tem maior prevalência da doença apresentará um maior valor preditivo positivo. 
A especificidade tem um efeito maior que a sensibilidade no valor preditivo positivo, porque lidamos com doenças pouco frequentes, então, a maioria da população fica à direita da linha vertical (falso positivo e verdadeiro negativo). Assim, uma mudança na direita afeta um número de pessoas maior do que se a mudança fosse na esquerda.
CONFIABILIDADE
· Variação Intra-sujeito: variabilidade inerente ao indivíduo testado. Os valores obtidos na medição de várias características humanas variam ao longo do tempo e mesmo durante um período de tempo curto.
EX: alterações nas leituras da pressão sanguínea durante 24h.
· Variação Intra-observador: variabilidade inerente ao indivíduo que avalia o teste. Algumas vezes um mesmo observador realiza interpretações diferentes de um mesmo teste em dois momentos distintos.
EX: radiologista que avalia o mesmo grupo de radiografias em dois momentos diferentes pode interpretar de forma diferente numa 2ª vez.
· Variação Inter-observador: variação entre observadores. Dois observadores não produzem o mesmo resultado.
EX: avaliaçãode lâminas para pesquisas. Dois microscopistas avaliam o mesmo gruo de lâminas e podem produzir ou não o mesmo resultado.
PRECISÃO (reprodutibilidade) X ACURÁCIA (validade)
Precisão: as mensurações se assemelham em medidas repetidas?
Acurácia: a variável representa o que realmente deveria representar? 
Independente do quão sensível e específico um teste possa ser, se seus resultados não puderem ser reproduzidos, ele será de pouca utilidade.

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