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•Unicelulares – Protozoários são organismos unicelulares mais primitivos do que os animais e não importa quão complexo seja o seu corpo, todas as diferentes estruturas estão contidas em uma única célula. • Eucariontes – Os protozoários são eucarióticos, ou seja, sua informação genética está armazenada nos cromossomos contidos em um envelope nuclear. • Os protozoários, à semelhança de outras células eucarióticas, apresentam núcleo, retículo endoplasmático, mitocôndria, corpúsculo de Golgi e lisossomos. Além disso, como sua existência é independente, possuem diversas outras estruturas subcelulares ou organelas, com distintas características de organização e funções. → Locomoção ● Flagelo - Estrutura fina, filiforme, exterioriza-se em pontos definidos na célula de acordo com a espécie ou estágio do protozoário. - São em número variado, dependendo da espécie. - Em algumas espécies encontra-se aderido ao corpo do protozoário, ao longo de seu comprimento, de modo que quando o flagelo se movimenta a membrana celular (película) é empurrada e forma uma membrana ondulante. ● Cílios - Pêlos finos e curtos, cada um deles emergindo de um corpo basal. - Recobrem a maior parte da supercífie corpórea. - Agitação numa única direção. - CILIADOS ● Pseudópodes - Prolongamentos do citoplasma. - Movimento ocorre a medida que o restante do citoplasma flui para dentro deste prolongamento. - Capacidade fagocítica. - AMEBÓIDES ● Sem estrutura de locomoção - Parasitos intracelulares - APICOMPLEXAS ou ESPOROZOÁRIOS - OBS: são capazes de realizar movimentos por deslizamento. → Nutrição: Em geral, a alimentação do protozoário parasita ocorre por meio de pinocitose ou de fagocitose. Em ambos os casos, o mecanismo é o mesmo: a membrana celular engloba gradativamente a gotícula ou o objeto. Depois disso, a partícula é transportada para o interior da célula, onde a fusão com lisossomos ocasiona sua digestão. Por fim, o material não digerido é expelido da célula → Reprodução ● Assexuada: Célula-mãe origina células-filhas idênticas. Pode ocorrer por fissão binária, brotamento, endodiogenia e esquizogonia. – Em geral, os protozoários que se dividem apenas de forma assexuada têm um curto período de geração e como não podem trocar material genético contam com mutantes para prover as variantes necessárias para a seleção natural. - Fissão binária: Núcleo se divide igualmente dando origem a duas células idênticas à mãe. - Brotamento:novas células dentro da célula-mãe. - Endodiogenia: Dentro da célula mãe ocorre a formação das células filhas (núcleo e citoplasma) e só depois se rompe a membrana citoplasmática da mãe. - Esquizogonia: núcleo se divide sucessivamente e ocorre formação de milhões de células menores. ● Sexuada: Ocorre troca de material genético. - Gametogonia ou Esporogonia: Alguns merozoítas se diferenciam em gametócitos A fusão dos macrogametas com microgametas → zigoto Protozoário faz reprodução assexuada somente ou assexuada e sexuada. Não existe somente sexuada. → Ciclo de vida ● Monoxeno: necessita de 1 hospedeiro. ● Heteroxeno: necessita de +1 hospedeiro. → Classificação: através das estruturas de locomoção. ● Filo Sarcomastigophora: subfilo sarcodina e mastigophora. ● Filo Aplicomplexa ● Filo Cilliophora ↳ Tritrichomonas ● 4 flagelos:três flagelos anteriores livres e um quarto que se dirige até a parte posterior e é associado à membrana ondulante. ● Axóstilo: do pólo anterior ao posterior, dá rigidez à célula e projeta-se formando o espinho terminal. ● Núcleo deslocado T. Foetus (espécie) ● Bovinos - genitais ● Felinos - intestino ● Suínos - digestivo (antigo T. Suis) T. Gallinae ● Aves - digestivo T. Vaginalis ● Humanos - genitais ⤿ T. Foestus de Bovinos (+ importante!) - monomórfico (único formato) - trofozoíto (nome da célula) - transmissão mecânica - coito - contaminação por fômites e IA - doença venérea ● Fêmeas: Alterações reprodutivas como morte embrionária, aborto. Queda na produção de terneiros. ● Machos: normalmente assintomático. E por isso são os principais transmissores. ↳ Giardia Lamblia/intestinalis/duodenalis (espécie) ● Hospedeiro: humanos, cães e bovinos. ● Localização: intestino delgado ● Formas evolutivas: cisto e trofozoíto - Trofozoíto: formato piriforme, com presença de 2 núcleos, 8 flagelos e 2 axóstilos. Presença de discos suctórios (ventosas) Discos que servem para se fixar à mucosa. Formam um atapetamento da mucosa intestinal . - Cisto: forma ovóide, caracterizada pela presença de 4 núcleos. ● Oral-fecal ● Trofozoítos eliminados nas fezes não são resistentes no ambiente mas os cistos sim. ● Ou seja, os cistos são a forma infectante. ● A eliminação dos cistos é intermitente! ● Ação mecânica obstrutiva pelo atampetamento da mucosa. ● Atrofia das microvilosidades : diminui abs de nutrientes. ● Ambas formas podem ser eliminadas. Família Trypanosomatidae ● Gênero Leishmania ● Gênero Trypanosoma. Tripanossomídeos • Parasitos Heteroxenos - Hospedeiros muito variados - Formas evolutivas muito distintas - Ambiente intracelular (Amastigota) - Ambiente extracelular (Diversas formas) - Reprodução assexuada • Caracterização - Formas COM flagelo aparente (extracelulares) - Forma SEM flagelo aparente (intracelular) Cinetoplasto = análogo à mitocôndria. • Estágios de vida As formas podem ser facilmente diferenciadas pela relação entre o Cinetoplasto e o Flagelo. - Cinetoplasto: mitocôndria especial, muito rica em RNA e que promove a energia para movimentação do flagelo; - Flagelo: é a estrutura responsável pelo movimento dos tripanossomas. Representa a porção anterior do protozoário. Família Trypanosomatidae • Gênero Trypanosoma • Espécies: - Trypanosoma cruzi - Trypanosoma evansi - Trypanosoma vivax • Hospedeiros: mamíferos • Vetores: hemípteras e moscas T. Cruzi - Seção Stercoraria (Contaminação do hospedeiro vertebrado pelas fezes do hospedeiro invertebrado) - Hospedeiros: Humanos, primatas, cães e gatos - Vetores: barbeiros - Doença de chagas Forma tripomastigota - Forma infectante - Cinetoplasto terminal + membrana ondulante - Hospedeiro Vertebrado - Extracelular Forma Epimastigota - Cinetoplasto próximo ao núcleo - Vetor: Barbeiros (Triatomíneos hematófagos) - Forma Extracelular - Divisão por fissão binária Forma amastigota - Encontrada no tecido - Intracelular - Forma oval, sem flagelo - Hospedeiro Vertebrado - Multiplicação por fissão binária Barbeiro pica o humano e defeca na região, como essa mordida causa prurido, o humano coça e acaba empurrando as fezes contaminadas para dentro da ferida. A forma tripomastigota penetra e se transforma em amastigota se multiplicando se forma assexuada. Ao se multiplicar, se a imunidade do hospedeiro estiver baixa, ele pode ir para diversos tecidos. Quando acha necessário, o trypanossoma se transforma novamente em tripomastigota e volta para o sangue. Normalmente o humano não desenvolve a sintomatologia na fase aguda (tripomastigota), desenvolve principalmente na fase crônica (amastigota se multiplicando e invadindo novas células). A doença crônica, então, pode voltar a ser aguda em um momento de baixa imunidade, então tem-se forma tripomastigotas na circulação. Caso um barbeiro não infectado pique esse humano infectado, ele vai sugar o tripomastigota que estava circulando no sangue do humano. Dentro do intestino do barbeiro ele se transforma em epimastigota e começa a se multiplicar. Quando acha necessário, se transforma em tripomastigota e acaba sendo eliminada nas fezes do barbeiro e o ciclo se repete. A transformação entre tripomastigota e amastigota no humano vai de acordo com a imunidade. ● Doença associada às péssimas condições de habitação: presença do vetor ● Reservatórios (animais que guardam o trypanossoma cruzi em sua circulação mas não ficam doente): marsupiais (gambás), quirópteros (morcegos), roedores, leporídeos, carnívoros (canídeos); ● Doença crônica debilitante de caráter incurável e impacto social; ● Cardiopatias : mortalidade de adultos ● Distúrbiosdigestivos ● Maioria dos casos (60-70%): inespecíficos T. Evansi - Seção Salivaria (Contaminação do hospedeiro vertebrado se dá pela saliva do hospedeiro invertebrado) - Hospedeiros: mamíferos em geral • Equinos (mal das cadeira ou surra) - Vetores: Mutucas (tabanus) e Stomoxys - Reservatórios – capivaras Forma Tripomastigota Única – núcleo bem visível – Cepas brasileiras sem cinetoplasto – membrana ondulante – grânulos no citoplasma Um equino contaminado é picado por uma mutuca ou por mosca hematófaga. Essa mosca leva o trypanossoma em sua forma tripomastigota com ela. Não há registros de multiplicação dentro do vetor. Os tripanossomas permanecem na probóscide dos vetores na forma tripomastigota e a transmissão depende diretamente da sobrevida destes no aparelho bucal dos insetos. Para que a transmissão seja realizada com sucesso, a alimentação do vetor no hospedeiro infectado deve ser interrompida, fazendo com que o inseto procure outro hospedeiro e inocule o parasito no mesmo. Quanto menor a diferença de tempo entre os repastos sanguíneos, maiores são as possibilidades de passagem do parasita para um novo hospedeiro. Quadro clínico agudo e crônico: Fase aguda - febre intermitente, anemia progressiva (pois o tripanossoma batenas hemácias e acaba marcando elas com antígeno, fazendo-as serem destruídas pelo baço), letargia e alterações hemostáticas. Os animais afetados agudamente podem morrer dentro de semanas ou poucos meses. Fase crônica (+comum)- Podem durar anos. Durante a fase crônica, estes flagelados podem invadir o sistema nervoso central (SNC) levando a uma lesão progressiva e agravamento dos sinais clínicos, consequentemente observa-se nos animais infectados caquexia, edema, incoordenação motora e paralisia de posterior. T. Vivax - Seção Salivaria - Hospedeiros: Ruminantes - Vetor: Tabanídeos e Stomoxys Forma Tripomastigota Única – núcleo grande e arredondado. – Extremidade arredondada - Transmissão mecânica - Circulação: tripomastigota - sinais clínicos parecidos com evansi - no RS não tem muitos casos, porém são pouco diagnosticados. • Gênero Leishmania - l. chagasi ou infantum (complexo donovani) - l. braziliensis Forma Promastigota - Cinetoplasto anterior ao núcleo - Vetor: Mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) - Extracelular - Se encontra no vetor Forma Amastigota - Forma oval, sem flagelo - Intracelular - Hospedeiro Vertebrado - Multiplicação por fissão binária Formas no Hospedeiro Vertebrado (Homem, mamíferos domésticos e silvestres)- Amastigota Forma no Hospedeiro Invertebrado (Mosquito palha, Birigui) - Promastigota Quando o flebotomíneo pica o humano, ele inocula pela saliva a forma promastigota. Quando os macrófagos do sistema imune fagocitam essa forma, ela se transforma em amastigota e começa a se multiplicar. Esses macrófagos ficam circulantes e podem se romper, liberando essas amastigotas que podem contaminar outros macrófagos. Pode-se ter um flebotomíneo não contaminado picando um ser humano contaminado, ingerindo uma forma amastigota. Dentro do inseto se transforma rapidamente em promastigota, que se dividem de forma assexuada e podem ir pro ap. bucal do inseto pronto para ser difundido para outros hospedeiros. L. Chagasi • Leishmaniose visceral. • Proliferação em macrófagos. • Formas amastigotas no fígado, baço e medula óssea. • Casos graves: sinais clínicos e mortalidade pode alcançar de 70 a 90%. • Cães reservatórios. Em humanos acometem fígado, baço e medula óssea. O cão é considerado reservatório pois ele aguenta bem mais leishmania sem ter sintoma. hepato e esplenomegalia, atrofia da medula óssea, leucopenia, plaquetopenia, anemia, desidratação e morte. L. Brasilisensis • Inoculação dos promastigotas – picada. • Parasito incubado na células da pele, onde multiplicam-se sob forma de amastigotas no local da picada. • Lesões iniciais. – Leishmaniose cutânea Controle: • Diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos, redução na populacão de flebotomíneos, identificação dos reservatórios infectados, atividades de educação em saúde. • Leishmaniose canina é mais resistente ao tratamento do que a de humanos. • Até 2016 – todos os cães + eram sacrificados. • Primeiro e, por enquanto, único medicamento liberado para o tratamento de cães infectados – Miltefosina. (Não existe cura parasitológica estéril para a Leishmaniose Visceral Canina. O declínio da carga parasitária reduzirá o potencial de infecção dos flebotomíneos e, consequentemente, a transmissibilidade da doença.) • Coleira repelente e vacina (eficácia ?). ● Sem organelas externas de locomoção ● Parasitos obrigatórios ● Apresentam uma estrutura denominada “complexo apical” que se prende ou penetra na célula hospedeira. Reprodução ● assexuada (proliferativa): endodiogenia ou esquizogonia ● Sexuada (diferenciação) ● Maioria intracelular no epitélio intestinal Reprodução assexuada Endodiogenia: formação concomitante de duas ‘células-filhas’ no citoplasma da ‘célula-mãe’, por brotamento interno; ● Rápida (fase aguda das infecções): formação de taquizoítos ● Lenta (fase crônica das infecções): formação de bradizoítos Esquizogonia (=Merogonia): replicação múltipla do DNA antecede a formação de inúmeras ‘célulasfilhas’ - formação de merozoítos em enterócitos (ciclos entero-epiteliais). Ação patogênica - lise celular devido ao excesso de protozoários dentro. Esses merozoítos procuram outras células para habitar. - momento de sinal clínico Reprodução sexuada - após assexuada - Formação de gametas e fecundação: somente em enterócitos! Quando o oocisto é liberado nas células ele está não esporulado, ou seja, precisa ser maturado, esporulado. Esporogonia e esporulação: Formação (esporogonia) e maturação (esporulação) de oocistos para infecção. Resumo: Liberação de oocisto imaturo nas fezes. Oocisto sofre esporulação, então ele pode virar um oocisto esporulado, com 4 esporocisto, cada um com 2 esporozoítos. Nesse momento ele é infectante. Digamos então que um hospedeiro ingeriu um oocisto infectante. Inicialmente, a camada externa do oocisto é rompida, liberando 4 esporocistos dentro do hospedeiro. Posteriormente, ocorre ruptura da parede dos esporocistos liberando esporozoítos. Então, tem-se 8 esporozoítos infectantes. Os esporozoítos se reproduzem por reprodução assexuada, gerando merozoítos que infectam as células dos hospedeiros. Eles lotam a célula e causam lise celular, liberando milhões de merozoítos no intestino do hospedeiro, por exemplo. Cada merozoíto reinicia o ciclo assexuado se reproduzindo por esquizogonia ou fazem o ciclo sexuado por gamotogina. Para ocorrer gametogonia cada merozoíto penetra em uma célula e se transforma e microgametas masculinos ou macrogametas femininos. Micro fecunda macros e gera um oocisto que é eliminado no ambiente. ● Gênero Eimeria - Hospedeiros: mamíferos, aves, peixes, repteis, anfíbios. - Parasito de células do intestino delgado e grosso. - Ciclo Monoxeno - Oocistos não esporulado → esporonte central - Oocisto esporulado contem 4 esporocistos cada um com 2 esporozoítos. - No laboratório se observa a eimeria sem esporulação. Oocistos imaturos eliminados pelas fezes → Esporulação (25-30o C, UR 70-80%, O2) → 04 esporocistos cada um com 02 esporozoítos = 08 esporozoítos Ingestão do oocisto esporulado → Destruição da parede externa → Rompimentos dos esporocistos → Penetração dos esporozoítos em células epiteliais do intestino → Esquizogonia de 1a geração formando merozoítos → Rompimento celular → Invasão de novas células epiteliais → Esquizogonia de 2a geração formando merozoítos → Rompimento celular → Merozoítos de 2a geração invadem novas células epiteliais e dão início à gametogonia (fase sexual) → Macro e Microgametócitos → Fertilização do Macrogameta → Zigoto = Oocisto → Rompimento celular → Luz intestinal → Fezes → Oocistos no meio. PPP = 7 dias Eimeria em bovinos - eimeria bovis e eimeria zuernii - alterações gastrointestinais - sinais clínicos: diarréia com sangue (lise dos enterócitos na multiplicaçãoassexuada dentro do intestino) - animais jovens (adultos transmitem) Eimeria em aves - coccidiose aviária - E. tenella → Cecos - E. necatrix → Intestino médio e cecos - E. brunetti → Intestino delgado posterior e cecos - E. maxima → Intestino médio - E. acervulina → Intestino delgado anterior - E. mitis → Intestino delgado posterior e cecos - E. praecox → Intestino anterior Invasão e ruptura das células da mucosa intestinal. - Perda da capacidade absortiva do intestino → menor ganho de peso - Hemorragia - Portas de entrada para agentes secundários. Sinais clínicos: - Diarreia (sanguinolenta). - Letargia, penas arrepiadas, perda da pigmentação de pele, cristas e barbela. - Diminuição do consumo de ração. - Desuniformidade. - Mortalidade. ● Gênero Isospora - Hospedeiros: aves (principalmente passariformes) - Parasito de células do intestino delgado e grosso. - Ciclo Monoxeno! - Oocistos não esporulado → esporonte central - Oocisto esporulado contem 2 esporocistos cada um com 4 esporozoítos. - Corpo de Stieda (extremidade afilada dos esporocistos) ● Gênero Cystoisospora - Hospedeiros: mamíferos = suínos, cães, gatos, homem. - Parasito de células do intestino delgado e grosso. - Ciclo heteroxeno facultativo! Se houver um hosp. intermediário geralmente é um roedor. Nesse hospedeiro ele perfura a parede do intestino e migra para diversos tecidos através da corrente sanguínea e ficam lá naquele tecido até o hospedeiro ingira esse roedor. É mais difícil de horrer. - Oocistos não esporulado → esporonte central - Oocisto esporulado contem 2 esporocistos cada um com 4 esporozoítos. - Não possui Corpo de Stieda Coccidiose (isosporose) suína - causad por cystoisospora - Caracteriza-se por diarreia persistente que afeta os leitões, principalmente, entre 5 a 15 dias de idade. A falta de higiêne na baia pode fazer os tetos da porca encostarem em fezes contaminadas da mãe, fazendo os filhotes ingerirem junto com o leite. Diarréia significa que a reprodução assexuada e sexuada já está ocorrendo. - Ás vezes coletamos fezes no 1° dia e não acharmos cistos. Isso ocorre pois o leitão ainda está na fase de reprodução assexuada ainda, ou seja, não está eliminando oocistos em quantia suficiente. - Geralmente dura até 15 dias pois o sis. imune do leitão se desenvolve esses protozoários. - Diarreia fétida, amarela, consistência variando de cremosa a pastosa; - Desidratação. - Leitegadas desiguais no desmame ● Gênero Cryptosporidium - Hospedeiros: Mamíferos, peixes, aves, repteis. - Este coccídeo é considerado um parasito intracelular extracitoplasmático (se adere as vilosidades intestinais e epitélio respiratório). Na eimeria e isospora não tem contaminação cruzada. - Oocistos com formato subesférico e muito pequenos. Quando esporulados contem 4 esporozoítos, sem apresentar esporocistos. - Pode promover a auto infecção já que se torna infectante antes mesmo de ir pro ambiente. Formação de 2 tipos de oocistos: - parede delgada - autoinfecção - parede espessa Localização: intimamente ligado às microvilosidades através de filamentos - intracelular mas extracitoplasmático Patogenia: inflamação e atrofia do epitélio. - Diarréias auto limitantes em imunocompetentes - se o animal está saudável mas aparece nas fezes não tem problema. - Diarréias crônicas, debilitantes em imunocomprometidos – OPORTUNISTA. - causa diarréia somente por causa de alguma doença concomitante. - Não existe terapia eficaz - Invasão celular - Reprodução sexuada - endodiogenia Endodiogenia pode ser rápida (fase aguda de infecções, formação de taquizoítos) ou lenta (fase crônica, bradizoítos). Taquizoítos - formas livres - divisão rápida - fase aguda Bradizoíto - cistos tissulares - rodeados por envoltórios císticos - forma de divisão lenta - fase crônica Taquizoítos infectam células (fase aguda da doença). Com a resposta imune do hospedeiro, os taquizoítos diminuem seu metabolismo. Passam a se reproduzir por endodiogenia lenta originando bradizoítos que secretam parede cística formando o cisto tecidual. Oocistos (esporozoítos) - forma subesférica ou elipsóide - 1- 5 dias para esporulação no solo (esporogonia) Família Sarcocystidae - heteroxenos - hospedeiros definitivos e intermediários são vertebrados. - gêneros: toxoplasma, neospora, sarcystis. ● Toxoplasma Gondii - hospedeiros definitivos: felidae - hospedeiros intermediários: reino animal (homem e felinos, aves e répteis) - Oocistos quando esporulados possuem 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada. - parasita intracelular - parasita céls. epiteliais, musculares e nervosas Ciclo Taquizoítas causam toda a patologia da infecção - dividem-se rapidamente e agressivamente, destruindo tecidos. - podem cruzar a barreira hematoencefálica e transplacentária. - Quando o sistema imune consegue controlar a replicação dos taquizoítas, eles se diferenciam em bradizoítas e formam cistos teciduais. Cistos contendo bradizoítos latentes mantém a infecção por toda a vida - cistos - formam-se preferencialmente no cérebro, nos músculos esqueléticos e cardíaco e no globo ocular. - são altamente infectivos se ingeridos. - bradizoítas - marcam o início da fase crônica da infecção. - são resistentes a todas as drogas disponíveis atualmente. Oocisto - Não é infeccioso antes da esporulação. - Oocistos não esporulados esféricos. - Oocistos esporulados são elipsóides. - Os oocistos aparecem nas fezes dos gatos entre 2-5 dias após a ingestão de cistos teciduais ou entre 20-30 dias após a ingestão de oocistos. Felinos - Geralmente a infecção é subclínica. - Sinais clínicos relacionados a imunossupressão ou infecção concomitante. - Podem correr sinais digestórios, neuromusculares e oculares. Na infecção pré natal pode ocorrer aborto, natimortos, animais com encefalite. - Gatos infectados pela via transplacentária podem excretar oocistos até 3 - 4 semanas de idade. Auto-limitante no felino. - Adultos: raramente re-eliminam oocistos. Só se baixa demais a imunidade. - LIMPAR A CAIXA DE AREIA TODOS OS DIAS, POIS EVITAMOS DE DEIXAR O OOCISTO DAS FEZES ESPORULAR E INFECTAR. Oocisto esporulado libera os esporozoítos → penetram no epitélio intestinal e invadem vários tipos celulares → multiplicam-se → Taquizoítas são então liberados e irão invadir novas células → Disseminam-se por via sanguínea ou linfática, invadindo o tecido muscular, nervoso e vísceras. → Fase aguda da doença. Quando a resposta imune torna-se mais potente, o parasita passa a se dividir mais lentamente e formam-se cistos teciduais contendo formas conhecidas como bradizoítas. Fase crônica em que se perpetua a infecção. Situações de risco ● Primo-infecção de fêmea prenhe ovina: transmissão fetal com lesões no SNC: abortos, natimortos, filhotes fracos, problemas de coordenaçãolocomoção Saúde pública: Prevalência de antianticorpos elevada (70 -80% da população tem anticorpos). Baixa prevalência da doença clínica (surtos são esporádicos). Infecção pós-natal:assintomática ou sub-clínica. Transmissão ● Ingestão de oocistos maduros (contendo esporozoítas) eliminados pelas fezes de gatos ● Ingestão de cistos (contendo bradizoítas) presentes em carne crua ou mal cozida (porco, carneiro) ● Ingestão de leite cru (não pasteurizado) contendo taquizoítas ● Transplante de órgãos ou transfusão sanguínea → taquizoítas ● Transmissão placentária → taquizoítas ● Gênero Neospora - Hospedeiros definitivos: Cães, coiotes. Possíveis HD.: raposas, lobos, graxaim-do-campo, cachorro do mato. - Hospedeiros intermediários: várias espécies de mamíferos (bovinos são os mais importantes); HI silvestres: cervídeos, gambás, capivaras e outros roedores. - oocistos subesféricos e quando esporulados apresentam 2 esporocistos contendo 4 esporozoítos. Os hospedeiros intermediários infectam-se pela ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos esporulados. Pouco se sabe sobre o seu desenvolvimento e distribuição, mas taquizoítos e cistos são encontrados nos tecidos do HI → Transmissão transplacentária.O cão se infecta ao ingerir os tecidos dos animais contendo cistos de Neospora. Efeito da neosporose na reprodução • Morte embrionária (1° terço da gestação – normalmente não detectado – retorno ao cio). • Abortos (2° terço da gestação) • Nascimento de bezerros persistentemente infectados (2 e 3° terço da gestação) • Nascimento de bezerros com sinais nervosos (3° terço da gestação) • Nascimento de bezerros fracos e inviáveis (3° terço da gestação) • Nascimento de bezerros saudáveis (3° terço da gestação) Por que a infecção causa aborto as vezes? Trimestre gestacional + magnitude de parasitemia + imunidade. Controle • Não há transmissão bovino a bovino (a não ser transplacentária) • Evitar a entrada de fêmeas positivas no rebanho • Remover os tecidos potencialmente infectados do ambiente. • Descarte de vacas positivas • Cães podem eliminar oocistos por mais de uma ocasião • Evitar acesso de cães ao alimento e água dos bovinos ● Gênero Sacocystis S. cruzi: cães e bovinos S. neurona: gambás e equinos S. hirsuta: gatos e bovinos S. hominis: homem e bovinos S. bertrami: cães e equinos - Os oocistos esporulados contêm 2 espocistos com 4 esporozoítos cada. - Nos tecidos do hospedeiro intermediário há formação de cistos. - Já sai nas fezes esporulado Cistos Oocistos - esporulação intestinal - infectantes nas fezes Os sinais clínicos são extremamente variáveis, dependendo da localização do S. neurona no encéfalo ou na medula espinhal. - em consequência da lesão neuronal direta provocada pelo parasita ou danos secundários provocados pela resposta inflamatória A mieloencefalite protozoárica equino (MEP) tem a característica de causar nos equinos incoordenação motora decorrente da propiocepção e fraqueza muscular, atrofia muscular assimétrica e paralisia de nervos cranianos. - babesia, rangelia, theileria - piriformes (piroplasma), redondos ou ovais. - parasitam eritrócitos, linfócitos ou outras células sanguíneas dos mamíferos. Família Babesidae ● Gênero Babesia (piroplasma, nuttalia) → Características - mundial (áreas de ocorrência de carrapatos) - hemólise - ciclo heteroxeno: definitivos são invertebrados (reprodução sexuada), intermediários são vertebrados (r. assexuada) - localização: intra-eritrocíticos. Dependendo da espécie, podem parasitar linfócitos e outras células sanguíneas. → Classificação - Pequenas: merozoítos com 1 a 2,5mu - circulação em vasos capilares - Grandes: merozoítos com 2,5 a 5mu - circulação periférica → Espécies: babesia canis, gibsoni, vitalli, bovis, caballi, bigemina, equi,.. → Hospedeiros → Ciclo no hospedeiro vertebrado O carrapato ao sugar o sangue do hospedeiro inocula esporozoítos ➜ penetram nas hemácias ➜ passar a ser chamados de trofozoítos ➜ reprodução assexuada ➜ merozoítos. A hemácia se rompe ➜ merozoítos são liberados e penetram em novas hemácias ➜ multiplicação assexuada. ➜ Uma pequena parte dos merozoítos se transforma em gamontes. → Ciclo no hospedeiro invertebrado Ingestão de eritrócitos parasitados (merozoítos e gamontes) ➜ merozoítos são destruídos e os gamontes se diferenciam em macro e micro gametas ➜ gametogonia ➜ zigoto (oocineto – tem motilidade) ➜ hemolinfa ➜ diversos órgãos, ovários e glândula salivar ➜ esporogonia ➜ esporozoítos (formas infectantes). Transmissão transestadial: infecção do carrapato num estágio e transmissão pelo estágio seguinte. Importante em espécies parasitadas por carrapatos trioxenos. Transmissão transovariana: infecção do carrapato no estágio teleógina transmissão pela progênie. Importante em espécies parasitadas por carrapatos monoxenos. → Patogenia geral - Hemólise intra e extravascular - Hemoglobinemia, hemoglobinúria - Aumento de baço e fígado - Classificação: Hiperaguda, aguda, subclínica ou crônica. - Sinais clínicos: Anemia, anorexia, febre, letargia, mucosas pálidas. → Epidemiologia geral - Distribuição mundial com maior ocorrência em áreas tropicais e subtropicais. - Maior incidência no verão. - Anticorpos aparecem de 5 a 12 dias pós infecção. - Resposta imunológica fraca – necessita desafios constantes. → Babesia Bigemina - grande babesia - trofozoítos piriformes e bigeminados - frequente ocorrer altas parasitemias - HI: bovinos - HD: rhipicephalus microplus - Transmissão transovariana - Infecção telóginas (ultimas 24h) - Inoculada por ninfas e adultos → Babesia Bovis - pequena babesia - parasitemia baixa - HI: bovinos - HD: rhipicephalus microplus - Infecção: teleógina - Transmissão transovariana - Inoculada por larvas - Mais patogênica - Sinais neurológicos, febre alta e anorexia - Ficam nos capilares do SNC. → Babesia Caballi - grande babesia - aparecem 1 a 2 trofozoítos dentro da hemácia que podem ser arredondados ou piriformes. - HI: Equinos - HD: Dermacentor nitens → Theileria equi/babesia equi - pequeno piroplasma - podem aparecer trofozoítos pequenos ou arredondados ou piriformes. Aparecem 4 merozoítos ligados por 1 - extremidade. - Cruz de Malta - HI: Equinos, Asinos - HD: Rhipicephalus microplus - Esporozoítos ao serem inoculados penetram primeiramente nos linfócitos, se reproduzem e viram merozoítos e atingem hemácias. → Babesia canis/babesia vogeli - grande babesia - pode apresentar formas piriformes, redondas, ovais ou alongadas. - as hemácias normalmente são parasitadas por 2 trofozoítos, mas podem ser encontrados de 4 a 8. - HI: cães - HD: Rhipicephalus sanguineus → Babesia Gibsoni - pequena - forma varia de redonda a oval, ocupando menos de metade da hemácia - em geral aparece individualmente - HI: cães - HD: Rhipicephalus sanguineus ● Gênero Rangelia Vitalli Características - Nambiuvú, peste de sangue - pode ser encontrada nos eritrócitos, leucócitos e céls endoteliais dos capilares - Formato pleomórfico (oval, arredondado ou piriforme) - HI: cães - HI: Amblyomma e Riphicephalus Sanguineus - Cães que ficam no interior Sintomas: Sangramento persistente pelas narinas (epistaxe), cavidade oral, bordas e face externa das orelhas e locais de coleta de sangue, hemorragias no trato gastrintestinal (diarréia sanguinolenta, “nambiuvú das tripas”), petéquias nas mucosas vaginal e oral. O perfil hematológico de cães afetados por R. vitalli é de uma anemia hemolítica extravascular. A infecção por R. vitalli usualmente culmina com a morte do animal, se o paciente não for tratado a tempo e de forma adequada. ● Gênero Hepatozoon Canis Características - Leucócitos - HI: cães - HD: Rhipicephalus Sanguineus e Amblyomma - Normalmente não patogênico
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