Buscar

Torção gástrica em cães

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Torção gástrica em cães
	A síndrome dilatação vólvulo gástrica (DVG), também conhecida popularmente como torção gástrica, é uma enfermidade comum em cães, principalmente em raças de grande porte. É uma enfermidade grave, com alto risco de óbito caso o tratamento (normalmente cirúrgico) não seja realizado rapidamente. 
Essa afecção ocorre quando o estômago se enche excessivamente de conteúdo e gás, provocando uma rotação do estomago sobre o eixo mesentérico (órgão em formato de leque que dá suporte ao jejuno e íleo) (Imagem 1). 
Imagem 1: esquema de como ocorre uma torção gástrica. 
Por ser uma enfermidade que necessita de uma intervenção rápida, as consequências da falta desse atendimento podem gerar necrose da parede do estomago, acidose metabólica, hipocalcemia, ruptura do estomago e óbito. A DVG em cães é fatal em 60% dos casos. 
	Essa síndrome pode acometer qualquer animal, inclusive gatos, porém grande maioria dos relatos ocorrem em cães de porte grande e/ou gigante, cães de raça de tórax profundo, alimentação excessiva e com exercícios após as refeições (exercício pós-prandial). 
Os tutores, principalmente de raças grandes/gigantes devem ficar atentos aos seguintes sinais e sintomas: inquietação, náusea, excesso de produção de saliva (sialorreia), ânsia de vomito não produtiva, aumento do volume da região abdominal (devido a fermentação de alimentos e produção de gases), angustia respiratória, palidez na gengiva. O animal deve ser socorrido RAPIDAMENTE, já que o quadro pode evoluir para óbito em até 12 horas após seu início. 
O tratamento consiste primeiramente na descompressão do estômago, através de uma agulha ou sonda, além do monitoramento do animal até sua estabilização. O tratamento cirúrgico (recomendado) é realizado principalmente para não possibilitar o ressurgimento dessa enfermidade. A técnica mais utilizada é a de fixar o estômago na parede abdominal na sua posição anatômica normal, conhecida como gastropexia; porém, a escolha da técnica depende da preferência e conduta de cada profissional e da familiaridade do cirurgião com a mesma. 
No pós operatório é necessário a monitoração da hidratação desse animal e do equilíbrio acido básico. Muitos pacientes se tornam com hipocalcemia (baixa taxa de cálcio no sangue) após a cirurgia e necessitam de suplementação de potássio. Após 24 a 48 horas, pode se ofertar pequenas quantidades de água e alimento pastoso com baixo teor de gordura. 
Geralmente o prognóstico é reservado, evoluindo para mau, principalmente se ocorrer peritonite (inflamação do peritônio) e necrose. A necrose aumenta 10 vezes a chance de óbito.
Podemos prevenir a torção gástrica com pequenas atitudes e muita atenção com seu animal, principalmente se ele tiver predisposição para essa enfermidade. Para os animais que se alimentam rapidamente, podemos diminuir a quantidade de alimento ofertado, fracionando a quantidade ou colocando em comedouro ‘lento’ (também conhecido como comedouro educativo – Imagem 2). Podemos também optar por rações ricas em fibras, evitando ao máximo ração com alta taxa de fermentação. Durante a alimentação, evitar com que o animal consuma grande quantidade de água e evitar QUALQUER tipo de esforço e exercício físico após as refeições. Por fim, como abordamos anteriormente, caso o animal já tenha apresentado quadro prévio de torção gástrica, a cirurgia preventiva (gastropexia) se faz necessária. 
Imagem 2: Exemplos de comedouros para que o cão coma mais devagar.
- CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO VETERINARIO
- CONSULTE CANIS IDONEOS
- NÃO PEÇA CONSULTA ONLINE
- NÃO FAÇA RECEITAS CASEIRAS
- SE ADOTAR ALGUM ANIMAL, SEJA RESPONSÁVEL 
	- DENUNCIE MAUS TRATOS

Outros materiais