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CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS Prof. Dr. CARLOS EDUARDO DE SOUSA Profª. Drª MARIA ELISABETH SOUSA FICHAMENTO: “O CONCEITO DE VULNERABILIDADE E SEU CARÁTER BIOSSOCIAL” FORTALEZA – CE 2021 FICHAMENTO: “O CONCEITO DE VULNERABILIDADE E SEU CARÁTER BIOSSOCIAL” Prof. Dr. CARLOS EDUARDO DE SOUSA Profª. Drª MARIA ELISABETH SOUSA Fichamento elaborado como atividade correspondente à disciplina curricular Saúde Coletiva III, ministrada, no semestre 2021.1, pelos docentes Prof. Dr. Carlos Eduardo de Sousa e Profª. Drª. Maria Elisabeth Sousa. Discente: Caroline Nobre de Souza Alves - 21.1.001497 FORTALEZA – CE 2021 FICHA DE LEITURA 1 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: 1.1 O conceito de vulnerabilidade e seu caráter biossocial. 1.2.1 Rafael Antonio Malagón Oviedo: Possui graduação em Odontologia pela Universidade Nacional da Colômbia em 1986, e mestrado na Universidade de Pedagógica Nacional em 1994. Atualmente faz parte do departamento de Saúde Coletiva da Faculdade Odontologia na Universidade Nacional da Colômbia. 1.2.2 Dina Czeresnia: Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1945, mestrado em Medicina Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1986, doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, em 1996. Atualmente é pesquisadora titular da Fundação Oswaldo Cruz. Tem experiência em Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia. 2 – ESTRUTURA E CONTEÚDO: 2.1 SÍNTESE: O presente artigo, tem por objetivo analisar e discutir criticamente o conceito de vulnerabilidade no campo da saúde (p.238). Nesse contexto, a vulnerabilidade implica uma situação de risco, causada por diversos fatores, e por isso, há fragilidade diante dessa exposição ao risco. Desse modo, esse termo empregado na área da saúde se refere à suscetibilidade ou risco que uma determinada pessoa/população têm a danos e problemas de saúde. Nesse aspecto, o artigo abrange o termo vulnerabilidade além do significado simplista do seu conceito, isto é, tendo como principal característica desvendar condições que acrescentam a possibilidade do perigo e ameaças se concretizaram (p.240). 2.2 IDEIAS PRINCIPAIS: 2.2.1 A entrada do conceito de vulnerabilidade no campo da saúde; 2.2.1.1 A abordagem mais característica da vulnerabilidade procura desvendar como dinâmicas sociais e culturais mais abrangentes, em conexão com aspectos individuais, criam condições que acrescentam a possibilidade de certos perigos e ameaças concretizarem-se (p.240); 2.2.1.2 A vulnerabilidade começou a ser inserida no campo da saúde na década de 1980, na luta contra a discriminação e rejeição generalizada a que eram submetivos os portadores de HIV (p.240) 2.2.1.3 A partir disso, antes ligada às lutas civis e aos discurso jurídico, a vulnerabilidade se torna uma preocupação científica no campo sanitário (p.240); 2.2.1.4 Na década de 1950, na chamada Epidemiologia Social, desenvolveu conceitos afins de vulnerabilidade na área da saúde pública (p.240); 2.2.2 Distintas situações de vulnerabilidade; 2.2.2.1 As situações podem ser particularizadas levando-se três pontos interligados (p.241); 2.2.2.2 Primeiro ponto: Individual, referido a conhecimentos e informações sobre problemas específicos e a atitudes para se assumirem condutas ou práticas protetoras, dando destaque ao viés comportamental e racional, ancorado em relacionamentos intersubjetivos (p.241); 2.2.2.3 Segundo ponto: Social ou Coletivo, diz respeito ao repertório de temas vinculados a aspectos contextuais, tais como: relações econômicas, de gênero, étnico/raciais, crenças religiosas, exclusão social, etc (p.241); 2.2.2.4 Terceiro ponto: Programático ou institucional, relacionado aos serviços de saúde e à fpr,a como estes lidam para reduzir contextos de vulnerabilidade, dando destaque ao saber acumulado nas políticas e nas instituições para interatuar com outros setores/atores, como: a educação, justiça, cultura, bem-estar social, etc (p.241); 2.2.3 Tópicos gerais sobre vulnerabilidade abordados no presente artigo; 2.2.3.1 Os autores Parker, Aggleton, Delor e gubert, apresentaram, também, uma matriz sobre a vulnerabilidade usando em pesquisa com pessoas que vivem com HIV/AIDS (p.241); 2.2.3.1.1 Descrevem trajetórias dos indíviduos, interações e cenários problemáticos e, por fim, aspectos contextuais relativos a formas de discriminação, iniquidade, tipos de relações sociais, etc (p.241); 2.2.4 Vulnerabilidade no ponto de vista ontológico; 2.2.4.1 Explorar a experiência de vulnerabilidade diz respeito a “algo” que desafia a capacidade de o vivente afirma-se no mundo (p.242); 2.2.4.2 Em cada situação de vulnerabilidade, o organismo, em referência a seu meio, experimenta as consequências da transgressão do preceito relacional (p.243); 2.2.4.3 Não qualquer tipo de transgressão, apenas aquela que signifique possibilidade de dano (p.243); 2.2.4.4 Todo ser vivo apresenta-se constitutivamente frágil, porque é finito (p.244); 2.2.4.5 É possível acrescentar a ideia que a vida humana está imersa em ameaças de fragilização, resultantes das inevitáveis redes de poder que constituem a sua existência (p.244); 2.2.4.6 A vulnerabilidade no plano social se refere à existência de relações (p.246); 2.2.4.6.1 Relações que limitam a capacidade de atuação das pessoas e que retiram os suportes institucionais de segurança social (p.246); 2.2.4.6.1.1 Situações que negam o exercício efetivo de direitos e, portanto, insegurança presente e evanescência de projetos futuros (p.246). 2.3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Malagón-Oviedo RA, Czeresnia D. O conceito de vulnerabilidade e seu caráter biossocial. Interface (Botucatu). 2015; 19(53):237-49.
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