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Epilepsia idiopatica REVISADO

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Epilepsia idiopática 
	A raça do mês é o nosso querido Bernese Mountain Dog, aquela bolinha de pelo que amamos tanto; porém, nem tudo são flores nessa raça. 
O Bernese é uma raça muito propensa a ter doenças e distúrbios característicos da mesma e, hoje, iremos falar sobre um deles que é a epilepsia idiopática. 
A epilepsia é classificada como um distúrbio crônico, em que ocorrem crises convulsivas persistentes e recorrentes. No caso, a palavra ‘idiopática’ acrescenta que é uma doença sem causa concreta.
 No entanto, esta condição é descrita como um problema funcional hereditário do cérebro e é considerada a síndrome mais comum em cães. Há estudos que indicam uma maior incidência dessa enfermidade quando ocorre cruzamento endogâmico (cruzamento entre irmãos, ou parentes de uma mesma ninhada), sendo os machos mais atingidos. 
	A convulsão nada mais é que descargas elétricas que afetam os neurônios causando excitação, com origem extra ou intracraniana. Podemos perceber uma convulsão generalizada quando o animal apresenta perda de consciência, associada com decúbito (animal deitado) e contrações involuntárias. 
O ato de convulsionar pode ser separado em diferentes etapas. O início de uma convulsão é caracterizado pelo pródomo, ou seja, a agitação do animal horas ou até dia antes do episodio convulsivo. A segunda fase é denominada aura, considerada o verdadeiro início de uma crise convulsiva, quando o animal manifesta comportamento de procurar o dono ou se esconder no escuro. 
Já na terceira fase, também chamada de icto, e que pode durar entre 2 a 10 minutos, temos manifestações motoras involuntárias apresentando de fato o estado epilético. A pós-ictal é considerada a quarta fase, onde o animal apresenta hiperatividade, andar compulsivo, inquietação, desorientação ou até mesmo cegueira temporária – alguns animais podem chegar a urinar ou defecar involuntariamente. 
A idade de começo de ataques epiléticos é entre 1 e 5 anos. A epilepsia idiopática apesar de possuir maior incidência em machos, também ocorre em fêmeas e está diretamente relacionada com os hormônios sexuais; fazendo a castração entrar como parte do tratamento (BASTOS, 2009; FRASER ,2008; HOSKINS, 1993; JONES et al., 2002; NOEBELS, 2003; SRENK et al., 1994). 
	O diagnostico é baseado na exclusão de outras possíveis doenças extra ou intracranianas que causem epilepsia, considerando sempre o histórico do animal e seus antecedentes. O tratamento de epilepsia e convulsões é considerado de extrema emergência, sendo necessário o uso de terapia antiepiléptica iniciada quando o animal apresenta até duas convulsões consecutivas entre seis semanas ou mais. 
Quanto mais rápido for estipulado e iniciado um tratamento melhor, já que os animais que são tratados precocemente tendem a ter melhor e maior controle das convulsões a longo prazo. 
Antes de começar o tratamento, o medico veterinário deve fornecer todas as informações sobre a doença, esclarecendo as dúvidas e orientando o tutor qual o melhor tipo de abordagem – lembrando que devemos olhar o animal como um todo e como indivíduo. 
Os tutores devem receber recomendações sobre os efeitos adversos do tratamento, os planos de monitoramento das concentrações sanguíneas, ajustes de doses que poderão ser feitas posteriormente caso necessários, situações emergenciais que necessitem de assistência veterinária e manter um diário com os relatos das frequências e gravidade das convulsões, para o monitoramento da resposta terapêutica.
	A eficácia da terapia necessita de comprometimento emocional e financeiro do tutor. Infelizmente é uma doença incurável, onde o melhor que podemos fazer é melhorar a qualidade de vida do animal e dar conforto para o mesmo, controlando as crises utilizando os medicamentos prescritos diariamente, administrados regularmente, sem interrupção do tratamento. 
- CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO VETERINÁRIO
- NÃO PEÇA CONSULTA ONLINE
- CONSULTE CANIS IDONEOS 
- NÃO FAÇA RECEITAS CASEIRAS

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