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Diabetes gestacional

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Sabrina Angheben da Silva | Diabetes Gestacional
Diabetes Gestacional
DEFINIÇÕES
➢ Hiperglicemia na gestação:
- A hiperglicemia durante a gestação pode ser causada
por DM prévia ou por diabetes gestacional (DMG),
devendo ser diferenciada.
➢ Diabetes Mellitus (DM)
- Representa um conjunto de distúrbios metabólicos
caracterizados por hiperglicemia pela deficiência
insulínica.
- Pode ocorrer por:
- Produção pancreática reduzida;
- Liberação inadequada;
- Resistência periférica à insulina.
➢ Diabetes gestacional (DMG)
- Mulher com hiperglicemia detectada pela primeira
vez durante a gravidez, com níveis glicêmicos
sanguíneos que não atingem os critérios
diagnósticos para DM.
FATORES DE RISCO
● O rastreamento deve ser universal, portanto, os
fatores de risco não são importantes para a triagem.
○ 1º: jejum
○ 2º: TOTG
○ 3º: jejum
● Hiperglicemia 1:6 gestações
- Idade (aumento progressivo do risco com o
aumentar da idade);
- Principalmente após 35 anos
- Sobrepeso ou obesidade (IMC ≥ 25 Kg/m²)
- Antecedentes familiares de DM (primeiro grau);
- Antecedentes pessoais de alterações metabólicas:
- HbA1c ≥ 5,7% (método HPLC)
- Síndrome dos ovários policísticos
- Hipertrigliceridemia
- Hipertensão arterial sistêmica
- Acantose nigricans
- Doença cardiovascular aterosclerótica
- Uso de medicamentos hiperglicemiantes
- Corticóide e diuréticos tiazídicos,
principalmente
- Antecedentes obstétricos:
- Duas ou mais perdas gestacionais prévias
- Óbito fetal/neonatal sem causa
determinada
- DMG prévia
- Polidrâmnio
- Macrossomia (recém-nascido anterior com
peso ≥ 4000g)
- Malformação fetal
FISIOPATOLOGIA
A gravidez é associada à resistência à insulina, que
pode levar à hiperglicemia (diabetes gestacional) em
mulheres suscetíveis → normaliza após o parto ou manifesta
como DM tipo 2.
- Ocorre pela maior necessidade metabólica fetal.
- Com o passar da gestação e o aumento de ácidos
graxos livres circulantes, derivados da estimulação
do mecanismo de lipólise, ocorre aumento na
resistência insulínica.
- A sensibilidade a insulina diminui com o avançar da
gestação, com prováveis causas: cortisol materno,
estrogênio, progesterona, fator de crescimento
placentário e lactogênio placentário humano (hPL).
- O Hormônio lactogênico placentário e a prolactina
causam aumento no número de células beta
pancreáticas.
- Acomete em mulheres com fator de risco para DM2.
- Os níveis de glicose costumam aumentar
principalmente no segundo trimestre.
HPL → resistência à insulina e lipólise
A glicose possui a capacidade de atravessar a
barreira placentária (difusão facilitada), porém a insulina não,
causando uma hiperinsulinemia no feto.
- Causa crescimento fetal excessivo.
- Níveis elevados de glicose são tóxicos para o feto →
provavelmente por estresse oxidativo.
- Causa hipoglicemia no RN, pela intensa produção de
insulina e ausência de glicose materna.
Sabrina Angheben da Silva | Diabetes Gestacional
Diabetes Gestacional
● Sobre o ganho de peso gestacional:
DIAGNÓSTICO
● Rastreio conforme Rede Mãe Paranaense:
- Dosagem de glicose no 1º trimestre.
- TOTG (teste oral de tolerância à glicose): entre 24-28
semanas.
1. Glicemia de jejum:
● Antes da 20ª semana.
- DM: >= 126mg/dL
- DMG: 92 > 126 mg/dL
2. TOTG 75mg:
- Dosagem em jejum, 1ª e 2ª hora.
● Entre 20-28 semanas:
- Após 28 semanas, realizar imediatamente.
- DMG:
- Jejum = 92<125 mg/dL
- 1h: >=180 mg/dL
- 2h: 153 <199 mg/dL
- DM:
- Jejum = >126 mg/dL
- 2h: >= 200 mg/dL
- Não solicitar TOTG se DM ou DMG já diagnosticada.
● Avaliação pós-parto:
- Ocorre rápida normalização no pós-parto, porém, o
risco de desenvolver DM tipo 2 ou intolerância à
glicose é grande.
- A incidência de diabetes entre mulheres com história
prévia de DMG varia de 3 a 65%.
+ Fatores de risco para DM2 pós DMG:
- Glicemia em jejum na gestação acima de 100 mg/dL
- Etnia não branca
- História familiar de diabetes tipo 2, principalmente
materna
- Ganho excessivo de peso durante ou após a gestação
- Obesidade
- Obesidade abdominal
Sabrina Angheben da Silva | Diabetes Gestacional
Diabetes Gestacional
- Dieta hiperlipídica
- Sedentarismo
- Uso de insulina na gestação
+ Classificação:
- Mulheres com DMG devem ser reclassificadas após 6
semanas do parto → fim do puerpério (40 dias).
- TOTG é o padrão ouro.
- DM:
- Glicose de jejum >=126 mg/dL ou TOTG 2ª
hora >=200 mg/dL
- Intolerância:
- Jejum <=126 e TOTG 2ªh 140<199
- Glicemia de jejum alterada:
- Jejum 100<125 e TOTG 2ªh <140
● Se TOTG inviável financeiramente:
CONDUTA
Evidências recentes sugerem que a intervenção em
gestantes com DMG pode diminuir a ocorrência de eventos
adversos na gravidez.
● Encaminhar para alto risco.
● Acompanhar glicemia em jejum e pós-prandial.
● Orientação alimentar:
A quantidade de calorias ingeridas deve ser baseada
no IMC. O valor calórico total recomendado deve ser
composto por: 40% - 45% de carboidratos, 15% - 20%
proteínas e 30% - 40% lipídeos
● Prática de atividade física:
- Avaliar contra indicações obstétricas e específicas.
A prática de atividade física promoverá uma
sensação de bem-estar, menos ganho de peso, redução da
adiposidade fetal, melhor controle glicêmico e menos
problemas durante o parto.
A atividade física é contraindicada em casos de:
hipertensão induzida pela gravidez, ruptura prematura de
membranas, parto prematuro, sangramento uterino
persistente após o segundo trimestre, restrição de
crescimento intrauterino
● Critérios farmacológicos:
- Se após duas semanas de dieta os níveis glicêmicos
permanecerem elevados, iniciar tratamento
farmacológico
- Jejum ≥ 95 mg/dL e uma hora pós-prandial
≥140 mg/d, ou duas horas pós-prandiais ≥
120 mg/d)
- Medida circunferência abdominal do feto >=
percentil 75 (29-33 semanas), iniciar insulinoterapia.
● Antidiabéticos:
A recomendação de medicamentos antidiabéticos
orais glibenclamida e metformina no diabetes gestacional
tem sido utilizada em alguns países. Estudos recentes têm
mostrado a segurança da metformina e glibenclamida
durante a gravidez, porém ainda existem dúvidas dos efeitos
a longo prazo para a mãe e o filho.
- O uso de metformina ou de glibenclamida deve ser
indicado apenas nos casos em que não se alcançou
controle adequado da glicemia com medidas não
farmacológicas nos quais o uso de insulina não é
viável.
- Glibenclamida pode estar relacionada com pior
desfecho fetal.
- A Anvisa não libera metformina no Brasil.
- Comumente se for uma baixa alteração.
● Insulinoterapia:
- A dose inicial de insulina deve ser em torno de 0,5
U/kg → individualizar.
- Insulinas humanas de ação intermediária e rápida.
O uso de análogos de insulina de ação rápida, tais
como a insulina asparta e lispro, é seguro durante a gravidez,
propiciando um melhor controle dos níveis de glicemia
pós-prandial e menor ocorrência de hipoglicemia.
A insulina NPH humana é a primeira escolha entre
as insulinas basais.
Sabrina Angheben da Silva | Diabetes Gestacional
Diabetes Gestacional
● Prevenção DM e intolerância à glicose:
- Mulheres com histórico de DMG, com o objetivo de
prevenir DM2, devem ser orientadas a reduzir peso
corporal, manter atividade física regular e evitar uso
de contraceptivos compostos apenas de
progestágenos.
- O uso de metformina pode ser indicado para aquelas
que apresentam intolerância à glicose.
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional-relatorio.pdf
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional/001-Diretrizes-SBD-Diabet
es-Gestacional-pg192.pdf
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional-relatorio.pdf
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional/001-Diretrizes-SBD-Diabetes-Gestacional-pg192.pdf
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-gestacional/001-Diretrizes-SBD-Diabetes-Gestacional-pg192.pdf

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