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Complexo Leishmania

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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG 
Centro de Educação e Saúde – CES 
Unidade Acadêmica de Educação – UAS 
Bacharelado em Nutrição 
Componente Curricular: Parasitologia Humana 
Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça 
 
 
 
 Complexo Leishmania (Leishmanioses Tegumentar e Visceral) 
O que é? As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero 
Leishmania e, clinicamente, podem apresentar-se sob a forma visceral, cutânea, 
cutânea difusa ou cutâneo-mucosa. Como regra geral, há associação entre a 
espécie de Leishmania envolvida e a forma clínica que se apresenta, no entanto, 
uma mesma espécie pode produzir diversas síndromes clínicas. 
 
Formas evolutivas: 
 
 
 
 
 
 
 
Habitat: 
Hospedeiro vertebrado – Células do SFM principalmente macrófagos- pele, 
medula óssea, baço, linfonodos, fígado, placas de Peyer, intestino etc. 
Raramente no sangue no interior de leucócitos. 
Hospedeiro invertebrado – lúmen do trato digestivo insetos - Psychodidae, 
Lutzomyia 
Forma Infectante para o Hospedeiro Vertebrado: Promastigota 
Forma Infectante para o Hospedeiro Invertebrado: Amastigota 
Vetor: Flebotomíneo 
Nome científico do flebotomíneo: Lutzomyia. 
Apenas as fêmeas de flebotimíneos são hematófagas. Machos são frutíferas. 
As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero 
Leishmania, e clinicamente, podem apresentar-se sob a forma tegumentar e 
visceral (baço e fígado), cutânea, cutânea difusa ou cutânea-mucosa. Como 
regra geral, há associação entre a espécie envolvida e a forma clínica que se 
apresenta, no entanto, uma mesa espécie pode produzir diversas síndromes 
clínicas. 
 
 
 
 
 
Núcleo 
 Cinetoplasto 
anterior ao núcleo 
Promastigota Paramastigota Amastigota 
Flagelo Flagelo 
Núcleo 
 Cinetoplasto 
Núcleo 
 Cinetoplasto 
Rudimento 
do flagelo 
 
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG 
Centro de Educação e Saúde – CES 
Unidade Acadêmica de Educação – UAS 
Bacharelado em Nutrição 
Componente Curricular: Parasitologia Humana 
Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça 
Espécies que causam formas clínicas. 
Agentes etiológicas: 
Subgênero Viannia 
Leishmania (viannia) braziliensis – cutânea mucosa 
Leishmania (viannia) guyanensis – cutâneas 
 
Subgênero Leishmania 
Leishmania (Leishmania) amazonensis – cutânea difusa. 
Leishmania (Leishmania) infantum - visceral 
Leishmania (Leishmania) chagasi – visceral 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
 
Durante a picada a fêmea do flebotomíneo inocula promastigota metaciclicas, 
essas são fagocitadas por macrófagos e vão se transformar em amastigotas que 
irão se multiplicar até romper o macrófago, nisso ocorre a liberação dos parasitos 
no interstício, os parasitos são fagocitados por novos macrófagos. Os 
macrófagos parasitados podem ser ingeridos pela fêmea do flebotomíneo em 
uma nova picada, no estômago do inseto o macrófago se rompe liberado 
amastigotas que vão se transformar em promastigotas que se dividem por 
divisão binária. As promastigotas migram para o intestino e colonizam as regiões 
do piloro e íleo, transformando-se em paramastigotas. Essas se aderem ao 
epitélio e se reproduzem. Após isso, elas colonizam o estomago e faringe do 
inseto diferenciando-se após em promastigota metaciclica. 
 
 
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG 
Centro de Educação e Saúde – CES 
Unidade Acadêmica de Educação – UAS 
Bacharelado em Nutrição 
Componente Curricular: Parasitologia Humana 
Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça 
 
CICLO DE TRANSMISSÃO 
Zoonose – mosquito pica um animal reservatório e vai picar o homem. 
 
TRANSMISSÃO 
Picada da fêmea de Lutzmyia. Congênita, coito, transfusão sanguínea e acidente 
de laboratório. 
 
PATOGENIA 
Destruição celular; 
Reação inflamatória - hiperplasia histiocitária, edema e infiltração celular, 
alterações vasculares, hiperplasia do epitélio, necrose-úlcera leishmaniótica. 
Disseminação linfática hematogenica, metástase cutânea, subcutânea ou 
mucosa. 
 
DOENÇA 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 
A Leishmaniose Tegumentar é uma enfermidade polimórfica da pele e das 
mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerosas indolores, únicas ou 
múltiplas (forma cutânea simples), lesões nodulares (forma difusa) ou lesões 
cutâneo-mucosas (forma cutaneomucosa) que afetam regiões nasofaríngeas 
concomitantemente ou após uma infecção cutânea inicial. Esta última é 
desfigurante e pode ser fatal por acomentimento respiratório secundário 
 
Leishmaniose cutânea (L. guyanensis) – úlceras únicas, múltiplas na derme, 
circular, bordos altos, fundo granuloso, de cor vermelha intensa recoberta por 
exsudato seroso ou seropurulhento – infecção secundária. 
 
Leishmaniose cutaneomucosa (L. braziliensis) – lesões secundárias destrutivas 
atingindo mucosas e cartilagens. Extensão direta da primária ou via 
hematogenica. Regiões mais afetadas – nariz, faringe, boca, laringe. 
 
Leishmaniose cutânea difusa (L. amazonensis) – lesões cutâneas não ulceradas 
por toda pele, metástase através de vasos linfáticos, migração de macrófagos 
parasitados, não responde ao tratamento. 
 
 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
A leishmaniose visceral é uma doença causada pelos parasitos do complexo 
Leishmania donovani na África, Ásia, Europa e nas Américas. Na Índia é 
conhecida como Kala-azar, palavra de origem indiana que em sânscrito significa 
"doença negra", e febre Dum-Dum. Na região do Mediterrâneo é chamada 
leishmaniose visceral infantil e na América Latina, leishmaniose visceral 
americana ou calazar neotropical. A doença é crônica, grave, de alta letalidade 
se não tratada, e apresenta aspectos clínicos e epidemiológicos diversos e 
característicos, para cada região onde ocorre. 
 
 
 
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG 
Centro de Educação e Saúde – CES 
Unidade Acadêmica de Educação – UAS 
Bacharelado em Nutrição 
Componente Curricular: Parasitologia Humana 
Monitora: Thalyta Nayara Albuquerque Alves de Mendonça 
 
 
 
 
Visceralização – via hematogênica ou linfática, febre, perda de peso, 
hepatoesplenomegalia, diarreia, tosse e pancitopenia - icterícia, ascite 
(extravasa água da corrente sanguínea) e edema generalizado. 
 
Medula óssea – substância de tecido hematopoiético por macrófagos. 
 
Geral – emagrecimento, hemorragia, anemia, anorexia, caquexia e infecção 
secundária 
 
SINTOMAS: 
Forma Aguda- Alta parasitemia: quando há tripomastigotas sanguíneas no 
sangue em bastante quantidade. 
Sinal de romanã. Miocardite. Febre (pouco elevada), mal-estar geral, cafaléia, 
astenia, edema, hipertofia de linfonodos, hepatoesplenomegalia. 
 
Forma Crônica – Tripomastigotas sanguíneas que entram em tecidos cardíacos 
e digestivos e penetram na forma de amastigota. Mais amastigotas nos tecidos 
e menos tripomastigotas sanguíneas. Baixa parasitemia. 
Cardíaca: síndrome de arritmias, síndrome de insuficiência cardíaca, síndrome 
tromboembólica, cardiomegalia. 
Digestiva: síndrome do megaesôfago, síndrome de megacólon. 
 
DIAGNÓSTICO: 
Clínico, 
Parasitológico - esfregaço, histologia, isolamento em cultura ou animais de 
laboratório. Material de biópsia ou punção, borda da úlcera cutânea pele, baço, 
fígado, medula óssea, linfonodos. 
Imunológicos - ensaio imunoenzimático (ELISA); rK39 fixado em papel- cães 
PCR – DNA parasito 
 
TRATAMENTO 
Glucantime® e Pentostan®; Alternativo – Anfotericina B; Pentamidinas e alopurinol; 
Miltefosine – antitumoral 
PROFILAXIA 
Evitar construir casas e acampar em áreas muito próximas à mata; Fazer 
dedetização; Usar mosquiteiros de malha fina; Usar telas protetoras em janelas 
e portas; Vigilância de cães. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Áreas naturais, rurais, migrações humanas, cães infectados, desmatamento e 
ocupações das margens fluviais, flebotomíneo adaptado ao domicílio, animais 
reservatórios: raposas, marsupiais e cães.

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