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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA MANIPULAÇÃO NO GANHO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO NA COLUNA CERVICAL

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CARLOS ALBERTO BRAGA
MARIA FLAVIANA DA SILVA DO AMARAL
MARIA LUIZA PINTO RIBEIRO
TIFANNY LÍVIA DA SILVA FERREIRA
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA MANIPULAÇÃO NO GANHO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO NA COLUNA CERVICAL
FORTALEZA
2020
CARLOS ALBERTO BRAGA
MARIA FLAVIANA DA SILVA DO AMARAL
MARIA LUIZA PINTO RIBEIRO
TIFANNY LÍVIA DA SILVA FERREIRA
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA MANIPULAÇÃO NO GANHO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO NA COLUNA CERVICAL
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Ateneu – UNIATENEU, como requisito parcial para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I.
Orientador(a): Ms Eduardo de Almeida e Neves
FORTALEZA
2020
INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO E PROBLEMA
Os hábitos do ser humano no mundo moderno em função do ritmo acelerado e falta de tempo são cada vez mais nocivos para a saúde dos indivíduos. A postura inadequada, o sedentarismo e má alimentação estão cada vez mais presentes hoje, e são fatores que contribuem para dores no corpo e diminuição da qualidade de vida. As cervicalgias são comuns em diversas faixas etárias de ambos os sexos, possuindo elevada predominância nas síndromes dolorosas corporais, sendo a segunda maior causa de dor na coluna vertebral, perdendo apenas para dor lombar. 
Essa condição raramente se inicia de maneira súbita, e em geral pode estar relacionada com movimentos bruscos, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma. As cervicalgias podem ser agudas ou crônicas e estão relacionadas a desordens biomecânicas e musculares, resultando quadros de alergias, inflamações e perda de amplitude de movimento (SILVA et al. 2012). Alguns autores ainda apontam a hipótese de que uma das causas mais comuns de dor no pescoço é relacionada à disfunção mecânica das articulações zigoapofisárias na coluna cervical. (CAMARGO, 2011)
Apesar da vasta literatura a respeito, não existe consenso sobre a melhor alternativa para o tratamento das dores na região cervical, mas a maior parte dela se concentra nas terapias manuais. A área da terapia manual se utiliza de técnicas que visam mobilizar e manipular as articulações, realizando a mobilização neural, massagem de tecidos, avaliando e tratando dores originadas de problemas neurológicos e musculoesqueléticos, além de auxiliar no tratamento das restrições de amplitude de movimentos articulares (BARRAK et al., 1990).
A quiropraxia é uma área da saúde voltada para diagnóstico, tratamento e prevenção das desordens do sistema músculoesqueletico e dos efeitos destas desordens na saúde em geral, com ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou manipulação articular (SILVA et al. 2012).
A manipulação articular é uma técnica que se utiliza de um movimento em alta velocidade e pequena amplitude no final dessa manipulação. Geralmente é utilizada a manipulação no local da apresentação do distúrbio no paciente (MAITLAND et al., 2001; COUTO, 2007). O principal objetivo dessa manipulação é a recuperação dos movimentos fisiológicos de áreas restritas por alguma disfunção musculoesquelética. Percebe-se ainda que todos os segmentos envolvidos se beneficiam com a manipulação, como outros componentes musculoesqueléticos, nervosos e circulatórios, aplicando-se um benefício de função global (CHAITOW, 1992).
Já a mobilização articular se utiliza de movimentos lentos e passivos com grande amplitude, com intuito de tratar disfunções dos movimentos artrocinemáticos, diminuindo a dor e edema, aumentando o espaço articular e melhorando a função da estrutura (RESENDE et al., 2006). Tanto a manipulação como a mobilização tratam-se de movimentos passivos e nos planos cardinais respeitando os movimentos fisiológicos das articulações (BARRAK et al., 1990).
Historicamente, a hipótese é de que os mecanismos da manipulação da coluna vertebral eram primeiramente biomecânicos em natureza, e recentemente, foi demonstrado que os efeitos da manipulação podem ter origem neurofisiológica em sua origem (SEGURA-MARTINEZ, 2012). Alguns efeitos colaterais são observados após uma terapia manipulativa da coluna vertebral, e são achados comuns na prática clínica, cujo fator de risco está relacionado à idade, gênero, hipertensão, diabetes, tabagismo e uso de contraceptivos orais. Os efeitos mais comuns são relatados como desconforto local, dor de cabeça, fadiga, desconforto irradiado. Os menos comuns são tontura, náusea e pele quente (CAGNIE, 2004).
Os efeitos neurofisiológicos são relatados como hipoalgesia, inibição de espasmos musculares, melhor controle motor e repercussão no sistema nervoso autônomo. Acredita-se que o estímulo dos receptores periarticulares produzem a analgesia, inibindo os nociceptores, pois eles possuem a condução nervosa mais lenta que o receptor mecânico, gerando uma resposta de inibição da dor (WRIGHT, 1995; NOGUEIRA, 2008). Já na repercussão no sistema nervoso autônomo, a literatura relata mudanças dos reflexos somatoviscerais e somatomotores (CAMARGO, 2011).
O sistema nervoso simpático age por meio da liberação de noradrenalina, elevando os níveis do potencial de repouso das fibras miocárdicas através do aumento da permeabilidade da membrana aos íons sódio e cálcio, aproximando o potencial de repouso do limiar de excitação miocárdico, ocasionando também um aumento progressivo da frequência cardíaca. No sistema parassimpático, a acetilcolina é o principal neurotransmissor atuante, no qual age hiperpolarizando as junções neuromusculares, diminuindo a excitabilidade do tecido e também é estimulado pela informação proveniente dos barorreceptores (NEUMANN, 2011).
Determina-se Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) como o balanço entre a atividade vagal e simpática do sistema nervoso autônomo. A VFC é influenciada por vários componentes neurorregulatórios, como os que estão relacionados com o controle respiratório e vasomotor. O efeito da estimulação vagal nas células do nodo sinoatrial produz uma hiperpolarização, baixando a taxa de despolarização reduzindo assim, a frequência cardíaca (OLIVEIRA, 2005). 
A análise da VFC se tornou uma ferramenta não invasiva de importância grandiosa para que possamos avaliar a função do SNA, sendo responsável por controlar as funções internas do corpo e auxilia na homeostase, respondendo aos estímulos externos (ROSARIO, 2018).
2. OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho é realizar uma pesquisa experimental envolvendo a manipulação cervical para analisar se esta auxilia no ganho de amplitude de movimento e sua influência na variabilidade cardíaca.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Identificar o perfil sociodemográfico da amostra;
· Analisar se a manipulação cervical pode exercer alterações no sistema nervoso autônomo;
· Identificar quais são as alterações na variabilidade cardíaca;
· Comparar os achados com a literatura sobre o assunto.
REFERÊNCIAS
BARRAK T., ROSEN E.R., SOFER R.: Basic concepts of orthopedic manual therapy. Gold IIIJ.A. (ed.): Orthopedic and Sports Physical Therapy. 2ª ed. The C.V. Mosby Company, Philadelphia, pag. 195-211. 1990.
CAGNIE, B. et al. How common are side effects of spinal manipulation and can these side effects be predicted? Manual Therapy, 9(3), 151–156, 2004
CAMARGO, Viviane Maduro et al. Immediate Effects On Electromyographic Activity And Pressure Pain Thresholds After A Cervical Manipulation In Mechanical Neck Pain: A Randomized Controlled Trial. Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics, 34(4), 2011.
CHAITOW, L, Manipulação e estrutura do corpo. São Paulo: Summus, 1982.
COUTO, Isabel B. Efeito agudo da manipulação em pacientes com dor lombar crônica: estudo piloto. Fisioterapia do movimento. Curitiba, v. 20, n. 2, p. 5762, abr./jun., 2007.
MAITLAND GD et al. Maitland’s vertebral manipulation. 6ºed. Oxford, Butterworth, 2001.
NEUMAMM, L. B. A. Estudo da variabilidade da frequência cardíaca em exercício progressivo máximo. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós Graduação em Engenharia Biomédica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.2011
NOGUEIRA, Leandro. A. Neurofisiologia da terapia manual. Rev. Fisioterapia Brasil. v. 9, n. 5, pág 414421, 2008.
OLIVEIRA, V. R. Análise da variabilidade da frequência cardíaca em mulheres na pós-menopausa sedentárias e treinadas. 116 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas. São Paulo. 2005
RESENDE, MA. Et al. Estudo da confiabilidade da força aplicada durante a mobilização articular ânteroposterior do tornozelo. Rev. bras. fisioterapia. v. 10, n. 2, pág. 199-204, 2006.
ROSÁRIO, N. S. A. Associação da variabilidade da frequência cardíaca com parâmetros antropométricos e fisiológicos em professores da Universidade Federal de Ouro Preto. Dissertação (Mestrado) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, 2018
SEGURA-MARTINEZ, Raquel. et al. Immediate Changes in Widespread Pressure Pain Sensitivity, Neck Pain, and Cervical Range of Motion After Cervical or Thoracic Thrust Manipulation in Patients With Bilateral Chronic Mechanical Neck Pain: A Randomized Clinical Trial. Journal of Orthopedic; Sports Physical Therapy, 42 (9), 806-814, 2012
SILVA R. M. V. et al. Efeitos da quiropraxia em pacientes com cervicalgia: revisão sistemática. Rev. dor vol.13 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2012
WRIGHT, A. Hipoalgesia post-manupulative therapy: a review of a potential neurophysiological mechanism. Manual Therapy. v. 1, 11-16, 1995.

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