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Parasitologia Aula 4 Flagelados Ordem Trichomonadida - espécies. Representantes não apresentam forma cística –biologicamente é uma diferença bem expressiva pois é difícil ver um protozoário que não tenha. E por quê não tem? Porque a passagem é de animal para animal, apresentando somente a forma trofozoíta (que tem atividade nutricional e reprodutiva, também diferenciando do gênero giárdia porque possui um único núcleo e não dois). Trichomonas vaginalis – infecta sistema reprodutos humano feminino, dado em via sexual. Tetratrichomonas gallinae – infecta sistema digestório de aves (o nome é de acordo com a quantidade de flagelos).. Ficam contidos na boca e a transmissão ocorre de forma direta, geralmente no ato de alimentar o filhotinho. Tritrichomonas suis – fica na cavidade nasal dos suínos, ocasionando uma rinite suína. (possui 3 flagelos) Tritrichomonas foetus (também possui 3 flagelos) – protozoário flagelado infecta sistema reprodutor de bovinos e sistema digestório de felinos. Ocasiona ABORTO, o que não ocorre em humanos. É uma espécie que ocasiona a queda da reprodução (processode infertilidade), gerando a queda de produção. Membrana ondulante – dá uma melhor condição de locomoção já que sempre fica em ambiente super fluído. Normalmente, na região anterior, possui de 3 a 5 flagelos. Tritrichomonas foetus O ciclo de vida é direto e se multiplicam por fissão binária. Não há formação de cistos, só de trofozoídas. Portanto, há baixa resistência fora do hospedeiro. A transmissão pode ser: o Genital: monta natural, inseminação artificial (pode sobreviver em ampolas congeladas). o Transmissão não venérea: vagina artificial, sêmen infectado, palpação vaginal, instrumentos obstétricos. (quando não é feita bonitinha a higienização) Em bovinos causa uma doença venérea, com alterações reprodutivas: No macho encontra-sea bainha prepucial, que possui inúmeras invaginações. Os trofozoídas ficam localizados nessas criptas (por não estar diretamente com o pênis o macho é, geralmente, assintomático). Se o macho possuir sintomas, será da demonstração do pênis pois há elevação de temperatura prepucial. Então o contágio é por via sexual. Na fêmea quando há a recém contaminação os parasitas se multiplicam na vagina, caminham para o útero onde se multiplicam. Se tiver na primeira cria possui cérvix “aberta” , que não tem uma proteção fisiológico, que serviria para impedir a ascensão para o útero.. Então, na segunda cria, o protozoário não consegue ascender e entrar dentro do útero por haver uma proteção fisiológica. Todo processo de passagem de nutriente ocorre no cotilédone, que é justamente onde o parasita se desenvolve. A endometrite impede a manuntenção da gestação, ocasionando a morte embrionária, reabsorção do embrião ou o aborto precoce. Pode produzir ciclos irregulares, piometra. Eventualmente, quando não há eliminação completa das membranas fetais ou mesmo feto gera a piometrite, que pode ocorrer esterelidade PERMANENTE das vacas. As vacas retornam ao cio, mas o parasita se mantém na vagina podendo infectar outros touros, que vão infectar outras vacas.... Fluem para a vagina de forma intermitente, de um modo geral 2 ou 3 dias antes do estro Tetrichomonas gallinae Hospedeiros – o pombo é o principal hospedeiro, mas pode infectar outras aves (como aves aquáticas etc) Patogenia: o É uma doença de aves jovens, os adultos são assintomáticos o Infecção pode ser leve e evoluir para a morte – a ave deixa de comer! O protozoário induz a morte por inanição o Pode-se encontrar um exsudato amarelado, esverdeado na cavidade bucal o As lesões podem chegar à cavidade bucal, seios nasais, região orbital, faringe, esôfago e até proventrículo., podendo evoluir para massas caseosas. Diagnóstico: lesões e esfregaços Tratamento: derivados imizidazólicos (dimetridazol, metronidazol) Prevenção: impedir contato de aves de produção com pombos. Histomonas meleagrides Corpo amebóide, geralmente arredondado Possui um único núcleo e um flagelo que emerge de um grânulo basal próximo do núcleo Tem localização intracelular Nas aves pode se localizar na mucosa, provocando uma doença chamada como entero hepetatite infecciosa ou “cabeça negra” – quando ocorre no fígado Hospedeiros: aves de produção, perus, faisões, galinhas, perdizes, codornas, etc Reprodução: fissão binária, não há ciclo sexual nem formação de cistos. Histomonas – Ciclo de vida A transmissão é sempre indireta e pelo verme Heterakis gallinarum Ovo do verme Heterakis contendo larva ao eclodir, consome a mucosa que libera os trofozoítos de histomonas. 1. Após a eclosão, os trofozoítos são liberados e invadem a mucosa intestinal. Os parasitas perdem os flagelos, adquirem morfologia amebóide e podem migrar ao fígado através dos vasos sanguíneos. No fígado, induzem a formação de focos necróticos circulantes. 2. . Heterakis ingere trofozoítos que se multiplicam nas celulas intestinais do nematóide. Em seguida, invadem o ovário do nematóide, penetram no oócito, contaminadopelo ovo. Também parasita o sistema reprodutos do nematoda. 3. E 4. Ave ingere ovo de Heterakis parasitado pelo Histomonas meleagrides (podem permanecer viáveis no solo por alguns anos). Epidemiologia Não forma cistos Galinha doméstica é reservatório da doença É mais importante na criação de perus, especialmente animais jovens Criação em ambiente que não propiciam a infecção por Heterakis quebram o ciclos das Histomonas – ambientes limpos, secos, sem acesso à outras aves e insetos Não criar perus em ambientes previamente utilizados para criação de galinhas Flagelados Sanguíneos Trypanosomatidae Parasita até de plantas e insetos! o Monoxênio de insetos o Heteroxênicos de insetos e plantas o Heteroaxênicos (invertebrados e vertebrados) – Leishmania é daqui!!! Precisa de hospedeiro para se desenvolver (parasita obrigatório). Possui apenas um flagelo Sp importantes: leishmania, doença de chagas, tripanosoma africana. Gênero Trypanosoma É um protozoário que apresenta a forma que parece uma tripinha. Fica presente no plasma do sangue, não dentro das hemácia.s. O gênero é separado em duas sessões o Stercoraria – o hospedeiro tem contato fecal com o hospedeiro infectado. (T. cruzi, T. lewisi, T. theileri) o Salivaria – o hospedeito tem contato com a saliva, é inoculativo. (T. vivax, T. evansi e T. equiperdum tem no Brasil) Morfologia o É uma única célula que muda forma, então podem ter várias células de forma diferentes. Mastigoto significa FLAGELO. Possuem um único flagelo. o Amastigoto – não possui flagelo. Neste momento de vida o protozoário não possui o flagelo visível, SEMPRE ESTÁ DENTRO DE UMA CÉLULA. <- MACRÓFAGO COM AMASTIGOTINHOS. o Epimastigoto – o Tripomastigoto – tem o cinetoplasto posterior ao corpo, depois do núcleo e o flagelo vai da parte posterior até a anterior do corpo. Ciclo Biológico – é um ciclo heteroxeno. T. cruzi possui esses hospedeiros. No sangue do hospedeiro encontramos circulando a forma tripomastigotas. O hospedeiro (barbeiro) precisa de sangue e vai extrair do indivíduo.. Todo hospedeiro infectado ingere inicialmente o parasita na forma tripomastigoto. Na primeira porção do intestino o inseto normalmente filtra o sangue que ingere então moléculas mais líquidas passam pela membrana intestinal muito mais fácil. A parte de peso molecular maior (como hemácias e o próprio protozoário) ficam retidos na primeira parte do intestino. Na primeira parte do intestino tudo fica mais denso por conta disso. O protozoário, então, reduz a sua mobilidade pois não há tanta fluidez, indo para a forma epimastigota. O protozoário não é reconhecido como nutriente,sendo visto como dejeto. Na ampôla retal, onde será direcionado, tem mais fluidez. Por isso, irá voltar para a forma tripomastigota e suas fezes possuirão além do dejeto, a forma tripomastigota. Quando a forma tripomastigota alcança o tecido do hospedeiro vertebrado (e somente no hospedeiro vertebrado) vai pra forma amastigota.
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