Buscar

Resenha:A POLÍTICA DA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resenha:A POLÍTICA DA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
 A partir da década de 1990 surgiu a necessidade de um sistema que avaliasse as políticas públicas justificando-se pela necessidade de modernizar a gestão pública. Esta etapa costuma ser vista como a última do ciclo das políticas e geralmente é usado para aprimorar ou desenhar novas intervenções, para prestar contas e mostrar os resultados da ação. 
O autor diz que nas décadas de 1980 e 1990 a avaliação de políticas públicas estava a serviço do Estado. Havia pouco conhecimento sobre o impacto da ação governamental e uma busca de controle sobre os implementadores. A função maior da avaliação nos anos 1980 era uma alocação racional de recursos. O problema é que estas questões tendem a enfatizar a quantidade e não a qualidade. 
Há uma visão gerencialista muito forte nas políticas públicas. Houve um destaque da temática nas duas ultimas décadas. Ainda assim, aqui no país o estudo ainda é muito fragmentado. Isso pode mostrar como há uma ausência nos investimentos para o estudo das políticas públicas. A administração pública é uma área não muito trabalhada, mesmo que esteja com o tempo ganhando maior visibilidade. Uma das ferramentas no processo de reforma do estado é essa gerencialização. Há um viés político na pesquisa avaliativa. 
A avaliação serviria também para garantir a credibilidade do processo de reforma. Seria uma forma de transparência da gestão pública. O autor ressalta que a avaliação é classificada a respeito do seu timing, da posição do avaliador e da natureza do objeto avaliado. (p.101) O viés top-down é privilegiado nos estudos, e é visto como uma forma de planejamento para os formuladores de políticas.
Segundo o autor, podem interferir na utilização dos resultados da avaliação a existência de interesses conflitantes na organização do programa, conflitos entre as unidades do programa, mudanças no pessoal encarregado, inflexibilidade das regras e mudanças nas condições externas.
 Há pelo menos quatro tipos de uso da avaliação, o instrumental, conceitual, como instrumento de persuasão e para o esclarecimento. Além dos quatro tipos de uso, há também os quatro elementos da avaliação, que são as ideias e generalizações derivadas da avaliação, o fato de a avaliação ser feita, o foco do estudo e o desenho do estudo. 
Outro fator importante para se lembrar é que a divulgação dos relatórios pode até ser feita, mas há pouca divulgação e ganham pouco espaço na opinião pública. Lembra também que a popularização da participação na avaliação, começou a fazer com que fosse mais levada em conta a necessidade dos beneficiários dos programas. Os resultados tiveram ênfase em detrimento dos processos.
FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de. A política da avaliação de políticas públicas. Rev. bras. Ci. Soc. [online]. 2005, vol.20, n.59, pp.97-110. ISSN 1806-9053.

Continue navegando