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CORTELLA, Mário Sérgio. A ESCOLA E O CONHECIMENTO. São Paulo: Cortez, 1998. Resenhado por: Ana Gabrielle ETEC de Praia Grande O autor aborda diversos aspectos responsáveis pela defasagem na educação, o que tem raízes mais fundas. Após o golpe militar, implantado no Brasil em 1964, passa a se investir em indústria, permitindo a defasagem educacional. A fundamental personagem na percussão do conhecimento é a escola. Aristóteles define o ser humano como “um animal racional”, definição essa modificada por longos anos, por diversos outros pensadores que renovaram suas classificações, quanto mais definimos o homem, mais distante ficamos de sua real definição, o que se conecta com o conhecimento que é inesgotável. Sabemos que o ser humano é extremamente frágil, e não tem biologicamente adaptações necessárias para popular em peso a terra, mas para sobreviver foi preciso, construir adaptações para suprir a falta das adaptações presentes nele, para que não fosse afetado pelo meio em que vive. Com as construções e difusão do ser humano no planeta, foram surgindo comportamentos sociais, que se estabiliza de pessoas e se transformam comuns em sociedade, todos os seus feitos na sociedade, são chamados “trabalho” e o fruto “cultura”. A escola é uma instituição que pode ter impactos positivos, como construir o conhecimento, ou poder negativo, como educar para preconceitos e ideologias medíocres de maiorias sociais. A verdade vem de um termo grego que significa não-esquecível, uma ideia que transmite o famoso costume popular de dizer que a verdade sempre aparece. A democracia é posterior a diversos períodos e formações sociais de subsistência, sendo esses períodos: pré- homérico, homérico, arcaico e clássico. Primeiramente surgiu a metafisica, que tenta explicar por diversas teorias o que antecede a natureza, grande parte do tempo ociosos, os homens livres na Grécia, usando seus servos e escravos para que façam suas tarefas, eles passam parte de seu tempo dedicando-se a indagações sobre o cosmo, nisto surge a filosofia, Mas os homens que não acreditavam nesse método de vida e negavam o lazer, não tinham tempo para filosofar, contratando filósofos para que os ensinem, chamados sofistas, Sócrates (e posteriormente Descartes retoma essa vertente) teve como uma de suas maiores dedicações, verdades que fossem absolutas universalmente, a igreja usa a posse do conhecimento para a supremacia de ideologia, difundindo suas ideologias religiosas como explicações refutáveis. Já nos tempos contemporâneos a crítica ao saber pronto tem uma grande percussão, o ser humano tem como umas de suas características a não valorização daquilo que é fácil, a sociedade tem problemas em visualizar todo o processo de vida de uma tese, como só tem contato com ela já formada, atitude errônea muitas vezes dos profissionais da educação, conhecimento é algo compartilhável, e essa deve ser a função dos educadores que devem fazer isso com prazer. A defasagem estatal é um dos problemas mais frequentes na história do nosso país, um dos pontos abordados no texto, o estado em diversos momentos da história deixou de lado a educação, saúde e segurança, para focar na economia, uma negligência estatal evidente. O autor estrutura de forma linear seu texto, com um modelo de acontecimentos histórico, vai explicando os fundamentos de formações sociais, apresentando costumes que foram modelando o nosso modelo atual de sociedade. A possibilidade de conhecimento para todos, é um fato deveras importante para nossa evolução como sociedade, na idade média, o feudalismo com um modelo de castas tinha a igreja como o topo da pirâmide social. A localização da igreja na pirâmide deve-se ao fato de que tinham em sua posse o conhecimento, com seu modelo de ensino, a igreja manipulava o sistema da forma que queria. A partir de filósofos modernos, podemos ver uma discussão maior sobre o conhecimento, o que é, como adquirimos, como podemos classificar, se podemos transmitir, etc. Neste momento que podemos ver de forma ativa a expressão do conhecimento como uma ciência, nos dias de hoje a forma mais conhecida de conhecimento é o cientifico. O autor aborda uma carência na educação, carência essa vinda por ambas partes da relação de conhecimento, o docente desestimulado pela ausência de interesse dos discentes e, por outro lado, esses estão cansados dos métodos de ensino que não motivam as pessoas a conquistarem o conhecimento, mas tentando o transmitir, de forma a falhar e apenas despejar conteúdo em seus alunos. Dentro do modelo de educação proposto por escolas liberais, cujo tem como ideias os de pedagogos e filósofos como: John Dewey ou Paulo Freire. Ideais que difundem uma autonomia escolar, fazendo com que o aluno aprenda a buscar sua própria fonte de conhecimento, ensinando a pesquisarem, questionarem, verificarem fontes, fazerem testes e acompanhamentos empíricos, estimulando a igualdade dentro da sala de aula, promovendo uma convivência harmônica entre os dois lados do aprendizado, professores que não se encontram mais decepcionados com esse método, cumprindo ativamente sua função de mentor na busca pela evolução cognitiva, e dos alunos que se encontram mais estimulados, podendo colocar a prova seu conhecimento. Uma crítica de nível elevado ao sistema de defasagem educacional, mostrando que não existe trabalho sem união social em busca do conhecimento que caracteriza uma evolução humana.
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