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Exercício Origens dos Gêneros Musicais

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Introdução a Produção Publicitária em RVTC | Publicidade e Propaganda
Ana Gabrielle | Período Noturno
Origem dos Gêneros Musicais
● Samba
O samba originou-se dos antigos batuques trazidos pelos africanos que vieram
como escravos para o Brasil. Esses batuques estavam geralmente associados
a elementos religiosos que instituíam entre os negros uma espécie de
comunicação ritual através da música e da dança, da percussão e dos
movimentos do corpo. Os ritmos do batuque aos poucos foram incorporando
elementos de outros tipos de música, sobretudo no cenário do Rio de Janeiro
do século XIX.
A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, que se tornara a capital do
Império, também passou a comportar uma leva de negros vindos de outras
regiões do país, sobretudo da Bahia. Foi nesse contexto que nasceram os
aglomerados em torno das religiões iorubás na região central da cidade,
principalmente na região da Praça Onze, onde atuavam mães e pais de santo.
Foi nessa ambiência que as primeiras rodas de samba apareceram,
misturando-se os elementos do batuque africano com a polca e o maxixe.
A palavra samba remete, propriamente, à diversão e à festa. Porém, como o
tempo, ela passou a significar a batalha entre especialistas no gênero, a
batalha entre quem improvisava melhor os versos na roda de samba. Um dos
segmentos do samba carioca, o partido alto, caracterizou-se por isso.
Como referido, este samba de roda determinou a essência do samba
tipicamente carioca, isto é, seu caráter coletivo, com versos de improviso e
refrões cantados em grupo. Na virada do século XIX para o século XX, o
samba foi se afirmando como gênero musical popular dominante nos subúrbios
e, depois, nos morros cariocas. Dois sambistas ficaram muito conhecidos
nesse contexto: João da Baiana, filho da baiana Tia Perciliana, de Santo Amaro
de Purificação, que gravou o samba “Batuque na cozinha”, e Donga (Joaquim
Maria dos Santos), que registrou, em 27 de novembro de 1916, aquele que
ficou conhecido como o primeiro samba registrado em gravadoras: “Pelo
telefone”.
● Sertanejo
A música sertaneja surgiu em 1929, quando o pesquisador, compositor, escritor
e humorista, Cornélio Pires, decidiu espalhar os costumes caipiras em forma de
música e encenações teatrais para os outros cantos do Brasil, passando pelo
interior paulista, norte e oeste paranaenses, sul e triângulo mineiros, sudeste
goiano e mato-grossense, bancando do próprio bolso o dinheiro para gravar um
disco, que logo após ser lançado, esgotou-se nas lojas pela grande procura.
Nesta época, o gênero era conhecido como música caipira, pois as letras
tratavam sobre a beleza bucólica e romântica da paisagem, além do modo de
vida do homem do interior e do homem da cidade. Atualmente, esse gênero é
conhecido como música sertaneja raiz, já que suas letras enfatizam o cotidiano
e maneira de cantar.
A história da música sertaneja é dividida em três fases: de 1929 a 1944, música
caipira ou música sertaneja raiz; de 1945 até os anos 60 como fase de
transição e do final dos anos 60 até a atualidade, música sertaneja romântica.
Na primeira fase, as músicas eram compostas por uma introdução de
instrumento, breve ou longa, e as músicas eram em estilo modas de viola que
falavam do universo sertanejo. Os duetos eram acompanhados por viola
caipira, instrumento de cordas duplas e sistemas de afinação. As duplas dessa
época eram: Cornélio Pires e sua “Turma Caipira”, Alvarenga & Ranchinho,
Tonico & Tinoco e Pena Branca & Xavantinho.
Instrumentos, como a harpa e o acordeão, foram introduzidos na música
sertaneja, em 1945, além de novos estilos e duetos com intervalos variados.
Novos ritmos também foram introduzidos, como o rasqueado, interpretado pelo
violeiro mineiro Tião Carreiro. As músicas eram canções amorosas que falavam
sobre a vida do compositor, cantor ou pessoas conhecidas.
O “ritmo jovem” chegou no final dos anos 60 e compôs a fase moderna da
música sertaneja acompanhado de uma guitarra elétrica. O modelo para esta
nova descoberta foi a jovem guarda e um de seus integrantes, Sérgio Reis, que
gravou um repertório tradicional sertanejo e ampliou o conhecimento do
gênero.
Já na década de 1970, Milionário & José Rico usaram elementos da tradição
mexicana, o Mariachi, com floreios de violino e trompete.
● Rock
O rock surgiu no final dos anos 1940 da combinação de diversos outros estilos,
como o folk, o country, o jazz e o R&B. E ganhou destaque devido ao seu
instrumento principal, a guitarra, que é conhecida por transmitir uma
sonoridade marcante, explorando diversos timbres e efeitos.
A partir de 1950 o rock chega a outro patamar, com artistas como Elvis Presley,
Bill Haley e Carl Perkins, que dominaram as paradas musicais da época com
hits que são conhecidos até hoje. Depois daí, o sucesso não parou mais e
várias vertentes do estilo foram nascendo e levando o nome do rock adiante!
Justamente por ter se espalhado pelo mundo inteiro, vários músicos adaptaram
o estilo, surgindo assim, diversos subgêneros do rock.
ROCKABILLY
Esse estilo é considerado o pai de todos os outros subgêneros que vieram
após. Inspirado pelo ritmo empolgante do country, o rockabilly (junção de “rock”
e “hillbilly”, termo que pode ser traduzido como “caipira”, no português) foi um
grande sucesso nas vozes de Bill Haley e Elvis Presley, que popularizaram o
estilo.
BLUES ROCK
Na década de 60, a pegada foi para o lado do blues, ritmo oriundo e muito
popular nos Estados Unidos. Seus precursores foram bandas como Rolling
Stones, Doors, Cream e The Who, que apostavam na melodia com a guitarra
em um tempo alto e riffs pesados.
HARD ROCK
Inspirado no Blues Rock, o Hard Rock marcou a década de 1970. Devido ao
seu som pesado de guitarra distorcida e solos proeminentes, ele se destacou
dos outros subgêneros com a ajuda de Led Zeppelin, Black Sabbath, AC/DC,
KISS e Queen!
PUNK ROCK
Um gênero considerado por muitos um símbolo da rebeldia, suas músicas têm
como característica a rapidez, com letras que falam de temas políticos e
sociais. Algumas das bandas punks mais conhecidas são: Sex Pistols, The
Clash, Television e Ramones.
● Pop
Com forte influência dos movimentos musicais populares, como o jazz, soul,
country e outros, a música pop foi se desenvolvendo a partir dos anos 30,
quando o cenário musical buscava algo diferente, mas, somente nos anos 50 é
que a música pop se firmou como gênero de música.
O estilo musical se despertou nos Estados Unidos e trouxe uma estrutura que
causou mais euforia, porque era mais fácil – com batidas repetidas. Além disso,
os artistas passaram a trazer shows diferentes, com caracterizações próprias,
danças e outros recursos que conquistaram muitas pessoas.
A origem do termo música pop surgiu muito antes dos anos 50. Foi no Reino
Unido, em 1926 que o termo passou a ser usado para designar uma canção
que tivesse um alcance muito popular.
A medida que os anos iam se passando e a tecnologia ia avançando, a música
pop se desenhava cada vez mais. Nos anos 40, por exemplo, o microfone
usado no palco teve seu design modificado, o que permitiu que os artistas
reproduzissem mais seu próprio estilo de cantar.
Nos anos 50, com o surgimento da televisão, os shows podiam ser
televisionados e isso permitiu um rebuscamento nas performances. Os artistas
queriam aparecer e impressionar.
Todas essas evoluções permitiram que a música pop fosse se formando e com
diversos elementos, surgiu é um dos gêneros musicais mais curtidos até hoje.
● Funk
Inicialmente derivado da soul music – gênero musical inspirado no Rhythm and
blues e no gospel dos EUA, entre o fim dos anos 1950 e início dos anos 1960,
especialmente entre os negros – o gênero, com o passar dos anos, sofreu
diversas transformações.
Trazido para o Brasil no final dos anos 1970, os primeiros bailes funks eram
realizados na Zona Sul do Rio de Janeiro (area nobre da cidade). Apenas com
o crescimento da MPB e do uso do “Canecão” – local onde os bailes
aconteciam – para shows desse gênero que os “Bailes da Pesada” começaram
a adentrar o subúrbio.Esses encontros aconteciam semanalmente, mas em
clubes diferentes, como descritos na obra “DJ Malboro no funk”, de Suzana
Macedo. No final dessa mesma década, com a imprensa descobrindo o funk,
ele começa a se espalhar por todo o país. Trata-se da popularização de um
movimento que, até então, era produzido na periferia e para a periferia.
Já nos anos 1980, a ideia que dominava o funk no Brasil era o Miami bass.
Gênero similar ao eletro e que possui batidas comandadas pelo DJ, porém,
com letras em inglês. Como podemos perceber, o funk em nosso país ainda
era predominantemente estadunidense.
Fernando Luís Mattos da Matta, conhecido como DJ Marlboro, foi o principal
responsável por fazer o gênero se tornar o que é hoje. Ele quem introduziu a
bateria eletrônica no gênero musical, recurso esse que perdura até os dias
atuais.
No final da década de 1980, o DJ lança seu primeiro disco, intitulado “Funk
Brasil”. Dali em diante, a maioria das produções no país eram inteiramente
nacionais, desde a batida até as letras. Foi a chamada fase de consolidação do
funk.
Na troca de milênio, o funk também passou por mudanças. Não somente em
seu lugar de origem (periferia), agora ele toma conta das casas noturnas,
academias e tantos outros lugares frequentados, em sua maioria, pela classe
média. Nessa mesma época os “bondes” começavam a fazer sucesso, como,
por exemplo, o Bonde do Tigrão. Apesar de não ter sido criado nos anos 2000,
essa foi a época em que o grupo alavancou, chegando a conquistar, em 2001,
seu disco de platina pela Pró-Música Brasil.
● Axé
Conhecido como um forte gênero musical que surgiu na Bahia na década de
1980, o axé está diretamente ligado ao carnaval de Salvador e a alegria dessa
que é uma das mais populares manifestações festivas do Brasil.
O termo “axé” também tem significado religioso, no candomblé e na umbanda
ele designa energia positiva.
Um dos conceitos que evidenciam o axé é a mistura de ritmos que formam a
sua essência. Entre eles podem ser citados o frevo pernambucano, ritmos
afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros afro-latinos. Desde
o seu nascimento, o axé foi responsável por apresentar muitos cantores para o
mundo.
A medida que o ritmo foi ganhando representatividade no cenário musical
baiano, passou a figurar como expressão recorrente no circuito musical
nacional.
Pouco tempo depois, o ano de 1987, a palavra “music” foi acrescida a
expressão, transformando-se em “axé music”.
A explicação para isso foi a própria universalidade do ritmo, o que designaria
pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais. Com
o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país, com
a realização de carnavais fora de época, as chamadas micaretas.
Sob a batuta dos músicos Dodô e Osmar, na década de 1950, uma nova
invenção ganhou as ruas de Salvador, puxando verdadeiras multidões. Um
Ford 1929 serviu de palco para que os músicos levassem a música ao público.
Nascia o trio elétrico que trazia o frevo pernambucano em guitarras elétricas.
Com o passar dos anos, o carnaval com esse novo formato foi ganhando
corpo, ganhando destaque no país e no mundo.
Não demorou muito para que essa invenção fosse, definitivamente,
incorporada no carnaval baiano. Foi aí que surgiram os blocos, seguido dos
blocos afro. Assim, hoje, o carnaval baiano é um produto de muitas
interferências, sobretudo do axé music, que passou a figurar como identidade
musical.

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