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TEORIA DO PODER CONSTITUINTE CONTEXTUALIZAÇÃO: a) Autor da teoria: Emmanuel Joseph Sieyès – 1748 a 1836 (representante do “Terceiro Estado”, na última convocação dos “Estado Gerais”, na França, pelo Rei Luis XVI, em 1788; b) Estados Gerais: CLERO, NOBREZA, COMUNS (mercadores das cidades, que acumularam capital com os seus negócios); c) Problemas: participação desigual nas decisões e imposição de tributos exclusivamente sobre os “comuns” (membros do Terceiro Estado); d) 17/6/1789: Terceiro Estado se autoproclama “Assembleia Nacional”, determinando a igualdade tributária e abolindo os privilégios das demais classes (clero e nobreza); e) 26/8/1789: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; f) 3/9/1791: Primeira Constituição francesa (escrita e rígida). TEORIA DE SIEYÈS (DETALHES): a) Livro “O que é o Terceiro Estado” (ideias sobre a reforma do Estado): o Terceiro Estado representa o povo (corpo da Nação) como conjunto de cidadãos que pertencem à classe comum; b) Proposta de reforma do Estado = CONTRATO SOCIAL em três etapas: 1ª etapa: indivíduos se associam-se, dando origem ao poder; 2ª etapa: indivíduos “acordam” sobre quais são os bens públicos, em prol da vontade comum; 3ª etapa: instituição do governo exercido por procuração que transfere o poder para uma “vontade comum representativa”. OBSERVAÇÃO: na 2ª etapa surge a Constituição (instrumento que organiza o “corpo da Nação”, disciplina a criação das leis e limita o poder público delegado); FASES DO PENSAMENTO DE SIEYÈS: 1ª FASE 2ª FASE Poder constituinte como DIMENSÃO POLÍTICA (o titular do poder é a Nação e é um poder ilimitado). PODER CONSTITUINTE COMO PODER ANTERIOR À PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO (APELO POPULAR). Poder constituinte como DIMENSÃO JURÍDICA (em razão do distanciamento da participação popular nos poderes constituinte e constituído; da redução do poder constituinte ao poder de reforma por força do mecanismo da rigidez; da substituição do poder constituinte pelo controle de constitucionalidade). Observa-se uma “domesticação” do poder constituinte pela própria Constituição (formalismo/positivismo). PODER CONSTITUINTE COMO ARRANJO INTERIOR À PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO.
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