Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS ESTADUAIS ➢ Lei n. 9.099/95 ➢ Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais são órgãos da justiça ordinária, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. PRINCÍPIOS Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. ➢ ORALIDADE o Na solução da controvérsia, visando acelerar e burocratizar o processo. o Vai ser oral: ▪ No momento da distribuição da ação ▪ Na audiência (o réu na contestação; as partes quando impugnar) ▪ A sentença também pode ser oral ➢ SIMPLICIDADE o Propõe facilitar a compreensão das partes no processo. o Tornar o processo mais simples e objetivo. Obs. 1: Só tomará nota apenas aquilo que tiver relevância. Obs. 2: Em sede de Juizados Especiais, não cabe agravo de instrumento, ação rescisória e anulatória, produção de prova pericial, intervenção de terceiro, formas de liquidação de sentença, recurso especial. Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art.38 Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido. Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio. ➢ ECONOMIA PROCESSUAL o O magistrado pode produzir qualquer ato desde que, não cause prejuízo as partes. o Se a parte não estiver presente, mesmo com o advogado presente, o processo será extinto. ▪ Isto porque o advogado não representa, ele assiste. ▪ A presença da parte é obrigatória. Obs.1: Se chegar na audiência e o advogado estiver desacompanhado do seu cliente, o processo será extinto sem julgamento de mérito. Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo; Obs. 2: Em sede de 2 grau de Juizados Especiais, não será aplicado este princípio, pois mesmo que tenha entrado com ação até 20 salários mínimos, sem advogado, o recurso só pode ser interposto por advogado. Não é preciso mais a presença da parte, pois será representada. ➢ JUIZ NATURAL o O juiz que recepcionou a demanda seja o mesmo que vai julgar. o Nenhum cidadão pode pretender escolher deliberadamente o juiz. ➢ CELERIDADE o Trata-se da rapidez do julgamento do processo. Obs.: É com base nesse princípio que muitos magistrados entendem que não cabe tutela de urgência. ➢ INFORMALIDADE o Não se exige formalidade entre as partes. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto o Busca-se nele, diferentes meios de solução da controvérsia, não se contrariando as formalidades já impostas por lei. PROCEDIMENTO ➢ O processo pode INICIAR de 2 formas: o Por petição inicial: prevê o advogado, onde ele assiste. o Por queixa oral: que pode ser com advogado ou iniciada pela própria parte. ➢ O VALOR só terá relevância quando do momento da realização da audiência: o Até 20 salários mínimos = pode comparecer sem advogado o +20 até 40 salários mínimos = obrigatório a presença do advogado, por meio da assistência. Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. ➢ O juizado expede o mandado de citação e intimação. Art. 18. A citação far-se-á: I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria; II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado; III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória. § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e advertência de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano. § 2º Não se fará citação por edital. Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ➢ AUDIÊNCIA o Antigamente: (2 audiências) ▪ A intimação era de uma audiência de conciliação, precedida pela figura do conciliador. ▪ Havendo acordo, este era reduzido a termo e as partes assinavam, e este era imediatamente homologado por sentença judicial irrecorrível, não cabendo recurso. ▪ Não havendo acordo, o conciliador marca a audiência de instrução e julgamento, saindo as partes da conciliação devidamente intimadas do dia e hora, por um juiz togado. o Hoje: (1 audiência) ▪ O juizado vai expedir o mandado de citação e intimação. E após a expedição... ▪ Acontece a audiência UNA, que é uma audiência de conciliação e instrução e julgamento, precedida pela figura do juiz leigo. ▪ Havendo acordo, mesma coisa de antes, reduzido a termo e as partes assinavam, e este era imediatamente homologado por sentença judicial irrecorrível, não cabendo recurso. ▪ Não havendo acordo, a instrução começa na hora. CONCILIADOR X JUIZ LEIGO - Só pode conciliar. - Possui a competência de instruir o processo; - Recebe contestação, provas, ouve testemunhas/partes; - Elabora um projeto de sentença, com poder sugestivo! Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação. § 1º Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado mediante sentença com eficácia de título executivo. Obs.: Só quem prolata sentença é juiz togado! Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto O juiz leigo elabora projeto de sentença e envia para ser homologado pelo juiz. O juiz togado poderá concordar em todo, em parte ou discordar totalmente. Se homologar, sentença é irrecorrível! Obs.; Art. 23. Se o demandado não comparecer ou recusar-se a participar da tentativa de conciliação não presencial, o Juiz togado proferirá sentença. ➢ AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (procedimento) 1. O juiz pergunta ao AUTOR, se ele tem novos documentos para juntar ao processo. o Podem ser anexados ATÉ a audiência de instrução e julgamento 2. O RÉU apresenta a contestação, podendo ser oral ou escrita, pode ter preliminares, anexar documentos ou ter pedido contraposto. o O pedido contraposto é um pedido de condenação da parte autora na mesma peça de contestação. 3. O RÉU impugna os documentos do autor em audiência de forma oral. 4. O AUTOR impugna a preliminar, os documentos e o pedido contraposto do réu. 5. O JUIZ pode ouvir as partes. (não é obrigatório) 6. Oitiva de testemunhas o Até 3 para cada parte o Requer a intimação das testemunhas até 5 dias antes da audiência. Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. Obs.: Regra geral – as partes podem levar as testemunhas. Se não conseguir, pode requerer que o juiz intime, até 5 dias antes da audiência. 7. É possível o JUIZrealizar uma inspeção judicial. o O juiz ou alguém de sua confiança podem averiguar o objeto da lide. 8. Sentença o Se a audiência for presidida por um juiz togado → SENTENÇA o Se a audiência for presidida por um juiz leigo → a audiência será encerrada e o mesmo irá elaborar um PROJETO DE SENTENÇA, que irá ser submetido ao Juiz Togado Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto PROCEDIMENTO DE ARBITRAGEM Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na forma prevista nesta Lei. ➢ Em que momento se instauraria? o Realizada a conciliação, as partes em comum acordo, podem optar pelo procedimento de arbitragem. ➢ Em que momento processual? o 2 audiências: ficaria entre a primeira audiência de conciliação e a segunda audiência de instrução e julgamento. Ou seja, teria que marcar um outro dia antes da segunda audiência. o Audiência una: uma vez requerido pelas partes, o procedimento de arbitragem começa de imediato, SALVO, se não houver possibilidade. Obs.: Os árbitros serão escolhidos entre os juízes leigos. Art. 24 § 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos. CONCILIAÇÃO X ARBITRAGEM - É um procedimento estático e simplório; - É preciso utilizar algumas ferramentas - Pode tentar convencer um ou técnicas diferenciadas para que se acordo, mas não vai além disso; consiga solucionar o litígio; - Se não tiver acordo, instrui o processo; - Se não tiver acordo, o arbitro(juiz leigo) - Se tiver acordo, homologa. conduz o processo com os mesmos critérios do juiz; - Se tiver acordo, homologa. Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º desta Lei, podendo decidir por eqüidade. Obs.: O arbitro ao final da instrução processual, vai elaborar o laudo arbitral, até 5 dias. Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto LAUDO ARBITRAL X PROJETO DE SENTENÇA - É vinculativo; - É uma sugestão; - O juiz regula a legalidade do texto; - O juiz pode concordar em todo ou em - Prolatado o laudo, homologado pelo parte. Juiz, NÃO CABE RECURSO! Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subseqüentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível. COMPETÊNCIA ➢ Em razão do valor o O teto dos Juizados é de 40 salários mínimos. o Tem competência para causas cíveis de menor complexidade. ▪ Causas de menor complexidade é aquela que não depende de incidentes processuais, de uma instrução probatória profunda para ser solucionada, NÃO CABE PERÍCIAS! Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; ➢ Em razão da matéria o É possível ajuizar/discutir as ações: Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. Obs.: Não só tem competência para julgar o título executivo judicial como também os extrajudiciais, até 40 salários. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art. 3 § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: I - dos seus julgados; II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei. o São excluídas da competência as causas de natureza: ▪ Alimentar ▪ Falimentar ▪ Fiscal ▪ Interesse da Fazenda Pública ▪ Relativas a acidentes de trabalho, resíduos e ao estado ▪ Capacidade das pessoas Art.3 § 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. ➢ Em razão do lugar o Foro no domicílio do réu(em qualquer hipótese) ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; o No lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; o No domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza; o Quando versar sobre consumo, poderá o consumidor distribuir essa ação no local que lhe for mais favorável. Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ➢ Em razão das partes o Quem pode ser parte? ▪ pessoas físicas: capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas; ▪ pessoas jurídicas: enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte; qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público; as sociedades de crédito ao microempreendedor. Art. 8 § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas; II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999 IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001 o Quem não pode ser parte? ▪ Incapaz ▪ Preso ▪ Pessoa jurídica de direito público ▪ Empresas públicas da União ▪ Massa falida ▪ Insolvente civil Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. SENTENÇA ➢ Pode ser prolatada de forma oral ➢ Somente os atos essências serão reduzidos a termo. Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os informes trazidos nos depoimentos. Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ➢ Dispensa relatório. Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. ➢ É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida em lei. Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei. RECURSO ➢ Prolatada a sentença, qual seria o recurso cabível? o Da sentença cabe embargo de declaração, até 5 dias. Art. 48. Caberãoembargos de declaração contra sentença ou acórdão nos casos previstos no Código de Processo Civil. Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. o Da sentença caberá recurso inominado para o próprio julgado, no prazo de 10 dias. Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. ➢ Uma vez interposto, a parte contraria é intimada para contrarrazoar este recurso, no mesmo prazo de 10 dias, e apresentando ou não, será remetido para o segundo grau dos Juizados. o O segundo grau dos Juizados não é tribunal, é um colégio recursal dos Juizados Estaduais, compostos por 3 juizes togados de primeiro grau. Art. 41 § 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. ➢ Chegando lá, sorteia o relator para elaborar o relatório e seu voto, publica em um diário oficial, em nome do advogado, dia e hora da sessão de julgamento desse recurso. Obs.: acórdão cabe Embargo de Declaração e Recurso Extraordinário. Obs 2: NÃO cabe recurso especial em sede de juizados. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo; II - quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ou seu prosseguimento, após a conciliação; III - quando for reconhecida a incompetência territorial; IV - quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei; V - quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias; VI - quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato.
Compartilhar