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Causada por uma herança multifatorial, mas pode ser causada por uma herança monogênica (ligada a síndromes). Incidência no Brasil – 1:673. A fissura labiopalatina é uma má formação que afeta o crânio e a face. Pacientes com fissura, podem ter suas funções estomatognáticas afetadas. - Sucção, deglutição, mastigação, fonação, respiração. DEFINIÇÃO A fissura labiopalatina é uma má formação que afeta o crânio e a face. É uma deformidade congênita (nasce com ela). Afeta o terço médio da face. Clinicamente, é caracterizada pela falta de adesão do lábio e/ou palato. Compromete o paciente funcionalmente, esteticamente e psicologicamente. EMBRIOLOGIA Essa alteração ocorre na morfogênese. Devido ser um processo complexo e dinâmico, está sujeito a erros. Algum erro na formação da face, pode causar a fissura. Alterações no desenvolvimento e/ou da maturação dos processos embrionários entre 4º e a 10º semana de vida embrionária. Falta da fusão dos processos nasais com os processos maxilares ente si. TIPOS DE FISSURAS CLASSIFICAÇÃO DE SPINA - 1973 A fissura no palato pode afetar o palato primário e/ou o secundário. Antes do forame incisivo, é palato primário. Depois do forame, é secundário. A Organização Mundial da Saúde, divide as fissuras de acordo com o CID-10. FISSURAS PRÉ-FORAME Incisivo unilateral incompleta direita e esquerda ou incisivo bilateral incompleta (não atingiu o osso). Incisivo unilateral completa direita e esquerda ou incisivo bilateral completa (atingiu o osso). FISSURA PALATINA Podem afetar só o palato mole (incompleta). Devido aos avanços na tecnologia, a quantidade de crianças que fazem a cirurgia é alta, dando a impressão de que a incidência “diminuiu”. Normal Unilateral do lábio Bilateral do lábio Unilateral do lábio + parte do palato Bilateral do lábio + parte do palato Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus Pode afetar o palato mole + palato duro (completa) – atinge o forame incisivo. Independe de etnia e fatores demográficos. Mais comum no sexo feminino e incompleta. FISSURA LABIOPALATAL Mais comum de todas (70%). Mais comum a unilateral do lado esquerdo. Atinge mais o sexo masculino. A bilateral é mais perigosa, porém é menos incidente. O tecido ósseo é projetado na fissura bilateral. ETIOLOGIA Multifatorial (genéticos + ambientais). Genéticos podem ser: - Isoladas: o paciente nasce só com a fissura, sem comprometimento de outras regiões; ligada a herança multifatorial. (mais comum) - Não isoladas: está ligada a síndromes; possuem fatores só genéticos. Causa genética: - Observa-se casos na família. - Pode perceber por meio de estudo de genes. - A incidência do risco depende dos pais e histórico familiar. Causas ambientais: - Tabagismo. - Bebida alcoóli ca. - Medicamentos (fenitoina, ác. valpróico, benzodiazepínicos, talidomida). - Deficiência nutricional (suplementação com ác. fólico). FISSURAS ORAIS ISOLADAS São mais frequentes. Muitos genes frequentemente identificados. Os genes descobertos representam menos de 10%. FISSURA ORAIS NÃO ISOLADAS Presentes dentro de síndromes. 30% labiopalatina / 50% palatina. Devido estar ligada a síndromes, o paciente pode apresentar outras alterações sistêmicas, como anomalias associadas e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Cromossomopatias associadas: - Síndrome de Down. - Síndrome de Patau. - Síndrome de Edwards. - Sequência de Pierre Robin. - Síndrome de Van Der Woude. Associada a fístulas no lábio inferior e oligodontia. - Sequência de holoprosencefalia. Fissura palatal ou labiopalatal. Clivagem bilateral do mesencéfalo. Microcefalia / atraso do desenvolvimento psicomotor. Convulsões. Pode apresentar apenas um incisivo central. - Síndrome alcoólica fetal Quando a mão fez o uso excessivo de bebida alcoólica. Deficiência de crescimento pré e pós-natal. Fissura labiopalatina. Atraso do desenvolvimento psicomotor. Causa microcefalia. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus ACOMPANHAMENTO E TRATAMENTO Os pacientes com fissura devem ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar. - Médicos, dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos E assistentes sociais. Deve acontecer uma participação importante dos pais. O tratamento deve iniciar no nascimento da criança. A cirurgia pode ocorrer a partir do 3º mês, o paciente com 4,5kg (queiloplastia). Se ocorrer no 12º mês, é feita a palatoplastia. O dentista pode realizar o tratamento com placas obturadoras enquanto o paciente não faz a cirurgia. Essa placa deve ser ajustada com o tempo, de acordo com o crescimento das estruturas faciais do paciente. Ortopedia maxilar precoce é importante. - Ortopedia maxilar preventiva na dentição decídua. - Ortopedia preventiva ou ortodontia na dentição mista. - Ortopedia maxilar ou ortodontia corretiva na dentição permanente. - No pré e pós de cirurgias ortognáticas. Fernanda Nascimento / S3 - Unichristus
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