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Formulário para Atividade Online – AO01 Nome da Disciplina: Métodos e Processos de Alfabetização e Letramento Natureza: Obrigatória Cursista: Mayany Matos Silva Polo: Alto Paraiso - GO Tutor: Karlla Turma: “A” Atividade: Fichamento-resumo O fichamento-resumo, refere-se à um tipo de fichamento em que o estudante expõe às principais ideias do autor do texto, porém, com suas palavras. Pode-se fundamentar com o uso de citações. Lembrando que para a citação direta longa, tem que recuar 4cm o parágrafo, fonte 10 e espaçamento simples; e a citação direta curta, deve vir entre aspas no próprio corpo do texto. Em ambas, deve-se informar entre parêntese, o autor, ano e página. Exemplo: (BORDIGNON; PAIM, 2017, p. 58). Assunto: O processo de ensino e aprendizagem da língua escrita em um viés histórico dos métodos e processos de alfabetização e letramento no Brasil. Referência bibliográfica: BORDIGNON, Lorita Helena Campanholo; PAIM, Marilane Maria Wolff. Alfabetização no Brasil: Um pouco de História. Educação em debate, Fortaleza, ano 39, nº 74 – jul./dez. 2017 Resumo/descrição dos pontos principais do texto: “ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL: UM POUCO DE HISTÓRIA” As informações apresentadas na obra de Lorita Helena Campanholo Bordignon e Marilane Maria Wolff Paim, são de grande importância para os estudos a cerca da alfabetização e também do letramento já que é inevitável que estes dois conceitos sejam citados juntos. A obra traz primeiramente o contexto histórico da alfabetização e letramento no Brasil e também discute sobre as metodologias, conceitos e suas mudanças com o passar dos anos. As autoras atribuem essas mudanças aos diferentes contextos socioeconômicos, culturais e políticos ocorridos na História. Elas apresentam diálogos acerca desses importantes conceitos com Soares, Mortatti, Tfouni, Silva, Kleiman, Mary Kato e Brian Street, estabelecendo uma aproximação entre o que tais temas compreendem e a pratica escolar. Em meio a este processo, surgiu a psicologia e começou a ser colocado em pauta o caráter psicológico da criança em meio ao processo de alfabetização. E no campo das concepções pedagógicas, era discutido como desenvolver o processo de ensino- aprendizagem da leitura e escrita a partir de alguns métodos, podendo ser sintéticos, analíticos, misto e entre outras metodologias relacionadas à alfabetização. Era necessário então construir modelos, métodos e concepções que fossem capazes de colaborar diretamente na apropriação da linguagem escrita, fala e leitura. Diante desta situacionalidade, Maria Rosário Mortatti (2006), classifica a alfabetização brasileira em quatro fases, de 1876 até os dias de hoje, são estas fases: a) Primeira fase - A metodização do ensino da leitura, perdurando de 1876 a 1890, onde: [...] para o ensino da leitura, utilizavam-se, nessa época, métodos de marcha sintética (da “parte” para o “todo”): da soletração (alfabético), partindo do nome das letras; fônico (partindo dos sons correspondentes às letras); e da silabação (emissão de sons), partindo das sílabas. Dever-se-ia, assim, iniciar o ensino da leitura com a apresentação das letras e seus nomes (método da soletração/alfabético), ou de seus sons (método fônico), ou das famílias silábicas (método da silabação), sempre de acordo com certa ordem crescente de dificuldade. Posteriormente, reunidas as letras ou os sons em sílabas, ou conhecidas as famílias silábicas, ensinava-se a ler palavras formadas com essas letras e/ou sons e/ou sílabas e, por fim, ensinavam-se frases isoladas ou agrupadas. Quanto à escrita, esta se restringia à caligrafia e ortografia, e seu ensino, à cópia, ditados e formação de frases, enfatizando-se o desenho correto das letras. (MORTATTI, 2006, p. 5). b) Segunda fase - A institucionalização do método analítico – 1890 a 1920, que se caracterizava pela implantação do método analítico, pois: Diferentemente dos métodos de métodos de macha sintética até então utilizados, o método analítico, sob influência da pedagogia norte-americana, baseava-se em princípios didáticas derivados de uma nova concepção – de caráter biopsicofisiológico – da criança, cuja forma de apreensão do mundo era entendida como sincrética. A respeito das disputas sobre diferentes formas de processuação do método analítico, o ponto em comum entre seus defensores consistia na necessidade se adaptar o ensino da leitura a essa nova concepção de criança. (MORTATTI, 2006). c) Terceira fase - Alfabetização sob medida, delimitada entre 1920 e 1970: [...] introduziu-se no Brasil o pensamento construtivista sobre alfabetização, resultante das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita desenvolvidas pela pesquisadora argentina Emília Ferreiro e colaboradores. Deslocando o eixo das discussões dos métodos de ensino para o processo de aprendizagem da criança (sujeito cognoscente), o construtivismo se apresenta não como um método novo, mas como uma “revolução conceitual”, demandando, dentre outros aspectos, abandonarem-se as teorias e práticas tradicionais, desmetodizar-se o processo de alfabetização e se questionar a necessidade das cartilhas. Assim, a partir de 1980 inicia-se o quarto momento, caracterizado como “alfabetização: construtivismo e desmetodização”. (MORTATTI, 2006). d) Quarta fase - Desmetodização do ensino, a partir de 1980: E por fim, a alfabetização que conhecemos hoje, pautada no construtivismo e desmetodização, Mortatti afirma que: [...] nesse momento, tornam-se hegemônicos o discurso institucional sobre o construtivismo e as propostas de concretização decorrentes de certas apropriações da teoria construtivista. E tem-se, hoje, a institucionalização, em nível nacional, do construtivismo em alfabetização, verificável, por exemplo, nos parâmetros curriculares Nacionais (PCNs), dentre tantas outras iniciativas recentes. (MORTATTI, 2006).
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