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Prof. Me. Pedro Sousa IMUNOLOGIA DAS MUCOSAS COMPARTIMETALIZAÇÃO DO SISTEMA IMUNE Adenóide Anel de Waldeyer § Linfonodos periféricos e baço à tecidos ou circulação § MALT § Cavidades Corporais § Pele ¡ Principal função à defesa do hospedeiro na superfície das mucosas § Fatores não-imunológicos § Microbiota bacteriana residente à inibe a adesão e crescimento de patógenos § Atividade motora da mucosa à peristaltismo e função ciliar § Producão de substâncias que criam ambiente desfavorável ao crescimento de patógenos (ácidos gástricos e sais biliares) § Glicocálice (secrecão mucosa) à barreira física § Fatores humorais inatos (lactoferrina, lactoperoxidase e lisozimas) à efeito inibitório sobre microorganismos SISTEMA IMUNOLÓGICO DAS MUCOSAS ¡ 1) Tecidos linfóides organizados (folículos da mucosa) § GALT (gut-associated lymphoid tissue) § BALT (bronchus-associated lymphoid tissue) § NALT (nasal-associated lymphoid tissue) § LOCAIS DE ENTRADADE ANTÍGENOS E INDUÇÃO DE RESPOSTA ¡ 2) Tecido linfóide difuso § Células amplamente distribuídas, localizadas na lâmina própria da mucosa § LOCAIS ONDE O ANTÍGENO INTERAGE COM CÉLULAS DIFERENCIADAS E INDUZEM A SECREÇÃO DE ANTICORPOS POR LINFÓCITOS B OU ATIVIDADES AUXILIARES/CITOTÓXICAS DAS CÉLULAS T ANATOMIA TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO A MUCOSA EPITÉLIO DAS MUCOSAS ¡ Células epiteliais absortivas ¡ Células caliciformes ¡ Membrana basal ¡ Lâmina própria (tecido conjuntivo das mucosas) ¡ Células M § Não possuem superfície de glicocálice § Não secretam muco ¡ Linfóc i tos int raepi te l ia is à maior ia l infóc i tos CD8+ ¡ Lâmina própr ia à § população mista de l infócitos (maioria CD4+) § Linfócitos B, células plasmáticas, macrófagos, células dendríticas, eosinófilos e mastócitos ¡ Placas de Peyer § Região central do folículo rica em células B § Região inter folicular com pequena quantidade de TCD4+ APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENO NAS MUCOSAS Via de circulação paralela ao sistema linfóide periférico SENSIBILIZAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE CÉLULAS NO SISTEMA IMUNE DAS MUCOSAS LINFÓCITOS T Γ:Δ ¡ Representam 5-10% dos linfócitos em seres humanos ¡ N ã o s o f r e m s e l e ç ã o p o s i t i v a e negativa no timo ¡ Se ligam a móleculas de MHC não convencionais (MIC-A e MIC-B) ¡ Possuem pouca ou nenhuma diferença das células progenitoras encontradas na medula óssea (teoria da origem extratímica) ¡ Enterócitos infectados ou l e s a d o s e x p r e s s a m m o l é c u l a s a t í p i c a s d e MHC (MIC-A e MIC-B) que se l igam a receptores ativadores de células NK (NKG2D) em linfócitos T intraepiteliais (γ :δ). Esses l infócitos at ivados, por s u a v e z , i n d u z e m a s c é l u l a s l e s a d a s à apoptose. LINFÓCITOS T Γ:Δ ¡ IgG e IgM à plasma ¡ IgG e IgA monoméricas à l íquido extracelular ¡ IgA dimérica à secreções dos epitélios e mucosas. ¡ IgE à associada à mastócitos DISTRIBUIÇÃO DAS IMUNOGLOBULINAS ¡ A s c é l u l a s p l a m á t i c a s p r o d u t o r a s d e I g A e s t ã o l o c a l i z a d a s predominantemente na lâmina própria, abaixo da membrana b a s a l d o s e p i t é l i o s . O I g A dimérico produzido nesse local é t r a n s p o r t a d o a t r a v é s d o e p i t é l i o p o r u m p r o c e s s o chamado transcitose, l igado à u m a m o l é c u l a d e n o m i n a d a poli - Ig. Na superfície apical o r e c e p t o r p o l i - I g é c l i v a d o l iberando a porção extracelular l i g a d a à r e g i ã o F c d a I g A d i m é r i c a . E s s e c o m p o n e n t e secretor ajuda a proteger a IgA da cl ivagem proteolít ica. IMUNOGLOBULINA A ASSOCIADA ÀS MUCOSAS IMUNOGLOBULINA A ¡ P r i n c i p a l i m u n o g l o b u l i n a associada às mucosas ¡ Dois isotipos: IgA1 e IgA2 ¡ Sangue à IgA monomérica e predominância de IgA1 ¡ Na secreção das mucosas à I g A d i m é r i c a e predominância de IgA2 ¡ IgA2 é mais resistente à clivagem proteolítica ¡ Neutraliza toxinas, bloqueia s í t i o s d e l i g a ç ã o d o s p a t ó g e n o s à c é l u l a d o hospedeiro Domínio C-terminal adicional (segmento da cauda) Cadeia J Componente secretor TROCA DO ISÓTIPO E SÍNTESE DE IGA CD40L IL-5 Il-6 Linfonodo mesentério Lâmina prória ¡ Fenômeno pelo qual os indivíduos desenvolvem tolerância à antígenos alimentares e antígenos associados à microbiota intestinal. ¡ Em geral é mediado por células T. ¡ Desenvolve-se em relação a antígenos protéicos. ¡ Depende de: § Dose do antígeno; § Constituição genética do hospedeiro; § Imunização prévia; § Nível de ativação imunológica global. TOLERÂNCIA ORAL ¡ A administração oral de altas doses de antígeno (não fisiológicas) pode induzir as células T antígeno-específicas à apoptose à pode não ser o mecanismo principal envolvido na tolerância TOLERÂNCIA ORAL INDUÇÃO DE APOPTOSE DE CÉLULAS T TOLERÂNCIA ORAL INDUÇÃO DE CÉLULAS T SUPRESSORAS Baixas doses antígeno oral Antígeno imunogênico administrado por via parenteral Resposta Imune suprimida • TCD4 / TCD8 • Tr-1 ou Th3 à agem de forma antígeno-inespecífica. • TGFβ, Il-10, IL-4 ¡ Um segundo mecanismo de tolerância oral envolve a indução de anergia das células T, deleção das células T ou ambas. Dessa forma, altas doses de antígenos pode levar à carência de células responsivas a este antígeno, sem manifestar atividade supressora. TOLERÂNCIA ORAL ANERGIA DE CÉLULAS T Antígeno oral Th1 Th3 Produção de TGFβ e IL-10 à Resposta inibitória ou tolerogênica TOLERÂNCIA ORAL ANERGIA DE CÉLULAS T ¡ A p r i n c i p a l d i fe r e n ç a d o d e s a f i o a n t i g ê n i c o o r i u n d o d a a l i m e n t a ç ã o c o m p a r a d o à q u e l e d o p a t ó g e n o é a INFLAMAÇÃO ¡ Na ausência de estímulo inflamatório, a apresentação de antígeno pelas células dendríticas favorece a tolerância ao invés da ativação dos linfócitos T. ¡ Enterócitos apresentam os antígenos alimentares através de moléculas MHC I e I I sem moléculas co-estimuladoras à ANERGIA TOLERÂNCIA ORAL Placa de Peyer Linfonodos periféricos IL-10 IL-4 IFN-γ IL-12 Tolerância Ativação celular SISTEMA IMUNE X MICROBIOTA ¡ Microbiota normal do Trato Gastrointestinal (TGI) § C o l o n i z a o T G I e v i t a n d o a a d e s ã o d e microorganismos patogênicos no tecido. § Auxiliam na digestão de alimentos. § Produção de vitamina K. ¡ Circunstâncias que a microbiota pode causar doença: § Perda da integridade do tecido § Indivíduos imunodeficientes SISTEMA IMUNE X MICROBIOTA SISTEMA IMUNE X MICROBIOTA ¡ Vírus, bactérias patogênicas entéricas e protozoários PATÓGENOS QUE CAUSAM INFLAMAÇÃO Enterócitos IL-8 MCP-1 MIP-1α e β RANTES Quimioatraentes Neutrófilos Monócitos Eosinófilos Linfócitos T MIC-A MIC-B Linfócitos T γ:δ ¡ D e p e n d e n d e n d o d a p a t o g e n i c i d a d e d o p a t ó g e n o , d a integridade do sistema imunológico, da carga bacteriana (ou viral) a inflamação pode ser um evento restrito, local. ¡ Vírus da pólio, retrovírus, Salmonell typhi e typhimurium são patógenos mais agressivos (infectam células M), causando inflamação local e sistêmica com resposta Th1 e produção de anticorpos. PATÓGENOS QUE CAUSAM INFLAMAÇÃO PATÓGENOS QUE CAUSAM INFLAMAÇÃO ¡ H. pilory à adere a mucosa do estômago à IL-8 e influxo de leucócitos § Úlcera péptica § Inflamação crônica, levando à atrofia e perda da produção de ácido § Linfoma MALT (linfócitos B) ¡ Compartimentalização do sistema imunológico ¡ MALT § Principal função de proteção das mucosas ¡ Anatomia / Histologia / Citologia ¡ Via de circulação paralela das células do sistema imune das mcuosas ¡ Linfócitos T γ :δ ¡ IgA ¡ Mecanismos detolerância oral § Apoptose de células T antígeno-específicas § Indução de células T supressoras § Anergia de células T ¡ Tolerância oral e Inflamação ¡ Papel da microbiota na proteção das mucosas ¡ Patógenos que levam à inflamação das mucosas RESUMO JANEWAY, C. A .; TRAVERS, P.; WALPORT.; SHLOMCHIK, M. Imunobiologia: o sistema imune na saúde e na doença. 5ª.ed. Porto Alegre: ARTMED EDITORA S.A. 2002. 767p. ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAIS, S. Imunologia: celular e molecular. 6ª.ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2008. 564p. PARSLOW, T. G.; STITES, D. P.; TERR, A. I.; IMBODEN, J. B. Imunologia Médica. 10ª.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2004. 684p. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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