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Análise Crítica de artigo científico: “Potencial antiviral da quercetina sobre o parvovírus canino”. O presente trabalho trata-se de uma análise crítica a respeito do artigo “Potencial antiviral da quercetina sobre o parvovírus canino”, tendo enfoque na sua estrutura, conteúdo e relevância para a medicina veterinária. O artigo em questão aborda a determinação e eficácia da quercetina contra o parvovírus canino, tendo como objetivo a avaliação in vitro da atividade antiviral. O tema apresentado no artigo é de grande importância veterinária, levando em conta principalmente a grande busca de fármacos eficazes e seguros contra esse vírus visando atender à demanda crescente na clínica veterinária pelo sucesso terapêutico no combate à parvovirose. O Parvovirus canino (canine parvovirus) é um virus não envelopado, de fita simples de DNA e com simetria icosaédrica. Sua disseminação ocorre através da via fecal-oral entre cães infectados e cães suscetíveis, causando gastroenterite aguda. Os cães jovens são menos suscetíveis por possuírem imunização passiva natural. A prevenção contra a parvovirose ocorre através de vacinação de cadelas prenhes e de filhotes após 6 semanas de vida. As terapias contra a doença consistem apenas no suporte ao animal, com administração de eletrólitos e antibioticoterapia, para o controle de infecções bacterianas que possam ocorrer. No entanto, há uma ausência de terapia eficiente, além disso, a vacinação pode apresentar falhas. A quercetina é um flavonoide antioxidante e de atividade antiviral, pois inviabiliza a ligação e penetração do vírus na célula. A metodologia do ensaio in vitro utilizou células de linhagem de rins de felino (CRFK), cepa vacinal de parvovírus canino e quercetina em concentração 10 mg/ml. Foram feitos três ensaios, no primeiro, foi avaliado o efeito virucida, no segundo, avaliou-se a determinação da atividade antiviral em células pré-incubadas com a quercetina. No ensaio 3 foi feita a investigação da atividade inibitória da quercetina durante o ciclo de replicação viral. Dentre os resultados,no ensaio 1, observou-se que o título viral sofreu variação a partir do tempo 0 h, com redução máxima de 96,3% do título. No ensaio 2 houve redução de 90% do título viral e no ensaio 3, o teste evidenciou redução de título viral nas etapas de penetração, adsorção e pós-infecção. Estes ensaios evidenciaram o potencial da quercetina sobre a estrutura do vírus, por meio da ligação desse composto a estruturas virais essenciais para a infecção, caracterizando-a como um possível composto ativo contra o CPV e como agente terapêutico no controle da parvovirose canina. Analisando criticamente o artigo, é importante avaliar os seus componentes estruturais. O título do artigo é simples, mas mostra de forma clara o tema abordado. Em relação ao resumo, foi possível obter informações rápidas e sucintas sobre o tema, sendo bem atrativo para o leitor. A introdução se mostrou esclarecedora, trazendo informações sobre o vírus, a doença causada e sobre um possível terapêutico. Em relação à metodologia do trabalho, os pesquisadores demonstraram de forma clara e rigorosa cada etapa dos ensaios e de suas interpretações. Dessa forma, se torna possível a realização da prática por outros pesquisadores de outros centros de pesquisa, de forma a explorar e melhorar o uso da quercetina ou de outros fármacos. Em conclusão, o trabalho apresentado no artigo mostrou uma considerável contribuição para a literatura da medicina veterinária, uma vez que atingiu seu objetivo proposto. Contribui para dar um norte a outros pesquisadores que se encontram em busca de formas de combate ao parvovírus canino, visando a saúde e bem-estar animal. ANEXOS Carvalho, O.V., Oliveira, F.S., Saraiva, G.L., Botelho, C.V., Ferreira, H.C.C., Santos, M.R., Silva Júnior, A., & Almeida, M.R.. (2013). Potencial antiviral da quercetina sobre o parvovírus canino. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 65(2), 353-358. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-09352013000200008 https://dx.doi.org/10.1590/S0102-09352013000200008
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