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AO2 Antropologia Identidade e Diversidade

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AO2
Vencimento 29 nov em 23:59 Pontos 6 perguntas 10
Disponível 18 nov em 8:00 - 29 nov em 23:59 12 dias Limite de tempo Nenhum
Histórico de tentativas
Tentativa Hora Pontuação
MAIS
RECENTE
Tentativa 1 (https://famonline.instructure.com/courses/1337/quizzes/8037/history?
version=1)
43
minutos 6 de 6
 As respostas corretas estarão disponíveis em 29 nov em 23:59.
Pontuação deste teste: 6 de 6
Enviado 18 nov em 14:00
Esta tentativa levou 43 minutos.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 1
Leia o texto a seguir:
 
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado
como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos
nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.
No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a
diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo,
hostilidade etc.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 5.
 
Considerando as afirmativas abaixo e seus conhecimentos em antropologia,
analise as afirmações a seguir:
 
I. O etnocentrismo pode ser compreendido tanto como uma perspectiva
culturalmente demarcada como uma forma de lidar com as diferenças
existentes entre diferentes culturas.
 
https://famonline.instructure.com/courses/1337/quizzes/8037/history?version=1
II. A perspectiva etnocêntrica tende a tornar desiguais as diferenças, ou seja,
hierarquizar como “centrais” e “marginais” os padrões culturais dos “outros”.
 
III. A definição de etnocentrismo apresentada não pode ser relacionada ao
conceito de xenofobia, uma vez que este não prevê o estabelecimento de
desigualdades entre culturas distintas.
 
IV. A Antropologia Cultural, enquanto disciplina que procura investigar
diferentes modos de produção simbólica entre grupos humanos, tende a se
distanciar da visão etnocêntrica para compreender as culturas em seus
próprios termos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
  I, II e III. 
  I, II e IV. 
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações I, II e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois, conforme o texto, o 
etnocentrismo é uma visão de mundo e uma ação que não procuram 
relativizar a compreensão das diferenças. A afirmação II é verdadeira, 
pois o etnocentrismo define as diferenças culturais como hierarquizadas 
através de julgamentos dicotômicos, tais como inferiores/superiores, 
boas/más, centrais/marginais, normais/anormais etc. A afirmação III é 
falsa, pois o conceito de xenofobia indica a aversão de um determinado 
grupo ou individuo sobre origens étnicas e culturais distintas. Desse 
modo, o etnocentrismo serve de base para a construção dos 
preconceitos xenófobos. A afirmação IV é verdadeira, pois a 
antropologia moderna parte da noção de que é necessário relativizar as 
produções simbólicas, sendo necessária a suspensão provisória dos 
valores adotados pelo antropólogo em seu cotidiano cultural.
  II, III e IV 
  I e III. 
  IV. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 2
Leia o texto a seguir:
 
Concebo na espécie humana dois tipos de desigualdade: uma a que chamo
natural ou física, por se estabelecida pela natureza, e que consiste na
diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e das qualidades do
espírito ou da alma; a outra, a que se pode chamar desigualdade moral ou
política, por depender de uma espécie de convenção e ser estabelecida, ou
pelo menos autorizada, pelo consentimento dos homens. Esta consiste nos
diferentes privilégios que alguns usufruem em prejuízo dos outros, como de
serem mais ricos, mais reverenciados, mais poderosos do que eles, ou
mesmo em se fazerem obedecer por eles.
 
ROUSSEAU, J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade
entre os homens. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins
Fontes, 1999. p. 159. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. A partir dos escritos de Rousseau, e com base nas atualizações
modernas realizadas pela Antropologia, é possível afirmar a existência de
ao menos dois tipos de desigualdades humanas.
 
PORQUE
 
2. Os seres humanos possuem características naturais e físicas que os
tornam desiguais, bem como também características morais e políticas,
nomeadas nos dias de hoje como culturais e sociais.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. O autor procura evidenciar que 
nem todas as desigualdades são naturais, pois algumas delas são 
históricas, sociais e culturais, definidas por Rousseau como 
desigualdades morais e políticas.
  A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
  As asserções I e II são proposições falsas. 
  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 3
Leia os textos a seguir:
 
Texto 1:
 
Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas de seu equipamento, numa
praia tropical próxima a uma aldeia nativa, vendo a lancha ou barco que o
trouxe afastar-se no mar até desaparecer de vista [...]. Imagine-se entrando
pela primeira vez na aldeia, sozinho ou acompanhado de seu guia branco.
Alguns dos nativos se reúnem ao seu redor – principalmente quando sentem
cheiro de tabaco. Outros, os mais velhos e de maior dignidade, continuam
sentados onde estão.
 
MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do
empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça.
São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 19.
 
Texto 2:
 
Falar em encontro etnográfico é falar numa particular aventura marcada pelo
duplo esforço, de uns para contar, e de outros para compreender, tal como –
na leitura de Ítalo Calvino, em As Cidades Invisíveis – protagonizaram Marco
Polo e Kublai Khan – seu objetivo: a busca de um código compartilhado para
entender e apreciar as diferenças entre as inúmeras cidades do vasto
império e que, no fundo, eram uma só.
 
MAGNANI, J. G. C. O (velho e bom) caderno de campo. Disponível em:
http://nau.fflch.usp.br/ (http://nau.fflch.usp.br/) . Acesso em 13 jul. 2019.
 
Considerando os textos e seus conhecimentos de Antropologia, analise as
afirmações a seguir:
 
I. A etnografia, enquanto técnica de registro sistemático dos códigos
compartilhados pelas pessoas, consolidou-se como uma das principais
formas de se compreender a dimensão simbólica dos grupos humanos
estudados pela antropologia.
 
II. Ao procurar a interpretação adequada dos códigos compartilhados pelos
grupos humanos, o antropólogo necessita se distanciar dos códigos
culturais nativos, de modo a projetar sobre eles seus próprios valores.
 
III. Quando o antropólogo ingressa em território por ele desconhecido, passa
a se confrontar com a contínua relativização de seus juízos de valor, uma vez
que os grupos humanos se organizam de acordo com formas culturais
diferentes das dele.
 
IV. Os dois textos citados apresentam dilemas que caracterizam a
etnografia, ou seja, a necessidade de estabelecer contatos com os grupos
estudados, de maneira a compreender e desenvolver com os nativos uma
relação que possibilite a compreensão de seus códigos culturais
específicos.
 
É correto o que se afirma em:
  II e IV 
  I, III e IV 
http://nau.fflch.usp.br/
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações I, III e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois a Antropologia encontra na 
etnografia uma maneira de se aproximar das ideias, valores e 
comportamentos compartilhados pelas pessoas pertencentes aos 
grupos estudados. A afirmação II é falsa, pois o antropólogo, quando de 
sua inserção no campo de estudos, necessita confrontar seus valores, 
de maneira a suspendê-lostemporariamente para, daí então, 
compreender quais são os referenciais culturais específicos das 
categorias nativas. A afirmação III é verdadeira, pois ao atuar em campo, 
buscando realizar a etnografia das práticas culturais dos grupos 
estudados, o antropólogo se vê despojado de seus referenciais culturais 
particulares, uma vez que é preciso compreender os códigos culturais 
por ele estudados a partir dos referenciais específicos dos grupos que 
serão objetos de análise antropológica. A afirmação IV é verdadeira, pois 
os dois textos apresentam a perspectiva do antropólogo, uma vez que a 
etnografia exige o esforço de estabelecer contatos e relações 
complexas necessárias para a compreensão das interações culturais 
dos grupos estudados.
  III e IV 
  I, II e III 
  I e II 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 4
Leia o texto a seguir:
 
Os resultados da pesquisa científica, em qualquer ramo do conhecimento
humano, devem ser apresentados de maneira clara e absolutamente
honesta. Ninguém sonharia em fazer uma contribuição às ciências físicas ou
químicas sem apresentar um relato detalhado de todos os arranjos
experimentais, uma descrição exata dos aparelhos utilizados, a maneira pela
qual se conduziram as observações o número de observações, o tempo a
elas devotado e, finalmente, o grau de aproximação com que se realizou
cada uma das medidas”.
 
MALINOWSKI, B.. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do
empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça.
São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 18.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. A Antropologia se distancia do senso comum cotidiano e se define como
ciência.
 
PORQUE
 
2. A Antropologia apresenta procedimentos específicos de investigação
sistemática, incluindo relatos detalhados e rigor na observação empírica
realizada.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
  A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Esta opção está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A antropologia procura 
investigar os fenômenos culturais a partir de estudos aprofundados 
sobre interações humanas empíricas – ou seja, baseadas na experiência 
– compartilhadas entre os grupos.
  As asserções I e II são proposições falsas. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 5
Leia o texto a seguir:
 
Do etnocentrismo à relativização, a Antropologia foi criando seus
instrumentos de abertura. Ideias, métodos, teorias de compreensão da
diferença foram fazendo das sociedades do “outro” um espelho para a
sociedade do “eu” e não um fantasma a ser exorcizado. O “outro” é, cada vez
mais, a “diferença” feita alternativa possível de existência.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 29.
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre Antropologia, é correto
afirmar que:
 
A passagem da visão etnocêntrica para a visão relativista, na Antropologia,
ocorreu sem mudanças significativas dos métodos e técnicas empregados
pelos antropólogos.
 
De acordo com o texto, o “outro” passa a ser compreendido pela Antropologia
como aquele individuo ou grupo em estágio de evolução necessariamente
distinto das sociedades industriais e urbanas.
 
Ao investigar os seus próprios padrões culturais, o antropólogo deve deixar de
lado os métodos e as técnicas utilizadas para a análise dos grupos distantes.
 
Embora os estudos antropológicos tenham como objeto de investigação a
diversidade humana, essa diversidade não é a diversidade do “outro”, mas sim
a do próprio meio cultural do qual o antropólogo faz parte.
 
A Antropologia é um campo de estudos que prioriza a alteridade, sendo este
conceito entendido como o reconhecimento da identidade do “outro”.
Esta alternativa está correta. A Antropologia se constituiu como campo 
de estudos que procura evidenciar a diversidade e as diferenças entre as 
culturas, de maneira a reconhecer a pluralidade de possibilidades 
culturais produzidas pela ação humana.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 6
Leia o trecho a seguir, extraído de uma entrevista concedida pela
historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, sobre a Abolição da escravidão,
para a BBC Brasil:
 
Lilia Schwarcz - A lei simplesmente abolia. Dizia que a partir desta data não
há mais escravos no Brasil. Ponto final. A República, que viria um ano e meio
depois, tentaria colocar uma pedra no tema da escravidão. Como se tivesse
ficado morto no passado junto com o Império. Temos um hino da República,
aquele que canta "liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós". E há uma
estrofe que diz: "Nós nem cremos que escravos outrora tenha havido em tão
nobre país". Ou seja, um ano e meio depois, (os republicanos) afirmavam não
acreditar mais (que tivesse havido escravidão). Era um processo de amnésia
nacional.
 
BBC Brasil - Quais foram as consequências imediatas desta abolição sem
salvaguardas?
 
Lilia Schwarcz - O (momento) pós-emancipação não teve nenhuma
preocupação com inclusão dessas populações (de ex-escravos). Eu me
refiro a educação, saúde, habitação, todos os problemas estruturais.
 
Mas isso não quer dizer que a gente só deva culpar o passado. O que vemos
hoje no país é uma recriação, uma reconstrução do racismo estrutural. Nós
não somos só vítimas do passado. O que nós temos feito nesses 130 anos é
não apenas dar continuidade, mas radicalizar o racismo estrutural.
 
Brasil viveu um processo de amnésia nacional sobre a escravidão, diz
historiadora. BBC Brasil, 10 mai. 2018. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
(https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767) . Acesso em 13 jul. 2019.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. O racismo estrutural está presente na sociedade brasileira
contemporânea.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
 
PORQUE
 
2. O país não soube lidar com o passado escravista, de modo que a
mentalidade escravista ainda permanece em nosso presente, pois
atualmente não ocorrem esforços suficientes por parte da sociedade de
compreensão dos efeitos perversos da escravidão em nosso país.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
  A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. No que concerne aos efeitos 
sociais e culturais do passado escravista, a crítica apresentada pela 
historiadora e antropóloga aponta tanto para as ações insuficientes 
ocorridas no passado, quanto também para as ações insuficientes do 
presente.
  As asserções I e II são proposições falsas. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 7
Leia o texto a seguir:
 
Um xamã ou cacique, embora tenha um nome próprio, ao falar com os
brancos fala de si como “índio” porque quer se fazer entender pelos não-
índios. Assim as mulheres e as feministas que já desconstruíram o natural
também falam de si com intenção política, e também didática, de fazer o
outro entender. Foi a partir daí que se começou a sustentar a ideia de um
lugar de fala atualmente em voga na vida contemporânea. Ora, uma
característica de nossa época é a sustentação da singularidade, a forma
subjetiva que expressa a existência de cada um como um ser de diferença.
Por meio da singularidade fica claro que cada um quer conquistar um lugar.Esse lugar tornou-se, pela autoafirmação da singularidade que se expressa,
um lugar de fala.
 
TIBURI, M. Lugar de fala, lugar de dor. 29 mar. 2017. Revista Cult. Disponível
em: https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-
luta/ (https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/)
. Acesso em 10 jul. 2019.
A propósito da noção de “lugar de fala”, analise as afirmações a seguir.
 
I. Trata-se de uma noção que busca tornar indiscernível o espaço de
produção de certos discursos produzidos por grupos específicos.
 
II. É uma noção voltada à censura, impedindo que pessoas deem suas
opiniões sobre temas específicos relacionados a grupos particulares.
 
III. Possibilita uma identificação da posição que um determinado enunciador
ocupa ao proferir seu discurso.
 
IV. Contribui para a delimitação do universo social e cultural que
determinadas pessoas ocupam. Não se trata de impedir que outras pessoas
falem sobre certos grupos, mas sim de reconhecer os limites aos quais
determinados discursos estão circunscritos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
  II, III e IV. 
  I e II. 
  I, II e III. 
  III e IV. 
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações III e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é falsa, pois se trata de noção que procura 
evidenciar os limites sociais e culturais de cada discurso. A afirmação II 
é falsa, pois não se refere à censura, uma vez que procura ressaltar 
justamente o componente democrático dos posicionamentos sociais, 
identificando as origens dos discursos e sua relação com as 
experiências das pessoas que os enunciam. A afirmação III é verdadeira, 
pois se trata de noção que evidencia a origem e os limites dos discursos 
sociais. A afirmação IV é verdadeira, pois a noção de “lugar de fala” 
procura associar certos discursos aos seus espaços sociais de 
produção, ou seja, procura tornar evidentes a posição e a tomada de 
posição de pessoas e grupos no espaço público.
  I e IV. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 8
Leia o texto a seguir:
 
O interesse teórico e epistemológico de articular sexo e raça, por exemplo,
fica claro nos achados de pesquisas que não olham apenas para as
diferenças entre homens e mulheres, mas para as diferenças entre homens
brancos e negros e mulheres brancas e negras, como fica claro nos
trabalhos realizados no Brasil, mobilizando raça e gênero para explicar
desigualdades salariais ou diferenças quanto ao desemprego (GUIMARÃES,
2002; GUIMARÃES; BRITTO, 2008). A partir dos dados da pnad 1989 e 1999,
Nadya Araújo Guimarães mostra que, considerando sexo e raça, os homens
brancos possuem os salários mais altos; em seguida, os homens negros e
as mulheres brancas; e, por último, as mulheres negras têm salários
significativamente inferiores (GUIMARÃES, 2002, p. 13).
 
HIRATA, H. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade
das relações sociais. Revista Tempo Social. São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73,
2014.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. As mulheres negras recebem salários inferiores aos salários recebidos
por homens negros, mulheres brancas e homens brancos.
 
PORQUE
 
2. As mulheres negras são mais afetadas nas relações de trabalho e nas
dinâmicas de exploração e desigualdades no Brasil contemporâneo.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Segundo o texto, as análises 
de Nadya Guimarães apontam que as mulheres negras recebem salários 
inferiores àqueles recebidos por homens negros, mulheres brancas e 
homens brancos e são mais afetadas nas relações de trabalho e nas 
dinâmicas de exploração e desigualdades no Brasil contemporâneo.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
  A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
  As asserções I e II são proposições falsas. 
  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 9
[...] Algumas famílias brasileiras rejeitaram, e até mesmo hospitalizaram,
membros masculinos que se desviaram das normas sociais aceitas por uma
sociedade heterocêntrica, enquanto outros lares mantiveram filhos
transviados em seu seio [...] Além do mais, as correntes migratórias de
homossexuais masculinos do Nordeste para o Rio e São Paulo, ou do campo
para a cidade, desafiam o modelo padrão apresentado por sociólogos e
historiadores, segundo o qual as pessoas dependem essencialmente de
laços familiares para mudar-se de uma área do Brasil para outra. Para
muitos jovens que fugiram do controle e condenação da família, dos
parentes e de uma cidade pequena em busca do anonimato das metrópoles,
a amizade baseada numa identidade compartilhada e em experiências
eróticas similares propiciou laços mais fortes que os sanguíneos.
GREEN, J. Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do
século XX. Trad. de Cristina Fino e Cássio Arantes Leite. São Paulo: Unesp,
1999. pp. 34-35.
De acordo com o texto, analise as afirmações a seguir:
 
I. Determinadas identidades, como a identidade homossexual, possibilitam a
criação de vínculos afetivos e de compartilhamento de experiências que, em
muitos casos, sobrepõem-se aos laços definidos pela consanguinidade.
 
II. Segundo James Green, os violentos processos de segregação decorrentes
de ações homofóbicas podem resultar em migrações forçadas de pessoas
que buscam a autopreservação física e identitária.
 
III. Diferente do que certos padrões migratórios apontam, a transferência de
localidades por determinadas pessoas pode ser também motivada por
questões identitárias.
 
IV. As cidades grandes possibilitam um certo anonimato que pode ser visto
como algo positivo para quem deseja se distanciar de grupos que
compartilham práticas e posicionamentos homofóbicos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
  I, II, III e IV. 
Esta alternativa está correta, pois todas as afirmações são verdadeiras. 
O autor afirma que a identidade homossexual pode oferecer um 
reconhecimento de grupo mais forte do que vínculos familiares. A 
marginalização da identidade homossexual pode resultar em processos 
migratórios que têm como horizonte a tentativa de reconhecimento 
identitário em outras regiões. Conforme o texto, muitos jovens 
homossexuais brasileiros optam por deixar suas comunidades de 
origem em busca de locais que possam garantir a preservação de suas 
identidades e a garantia de segurança contra práticas homofóbicas. O 
texto indica a existência de fluxos migratórios de jovens homossexuais 
brasileiros que buscam se afastar de práticas e posicionamentos 
discriminatórios em relação a suas identidades.
  IV. 
  I, II e III. 
  I e III. 
  II e IV. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 10
Leia os textos e veja a imagem a seguir:
 
Texto 1:
 
Depois da independência do Brasil, e sob pressão de nações europeias,
especialmente da Inglaterra, vários acordos e leis foram aprovados no
sentido de extinguir o tráfico de escravos. Assim, o tratado de aliança e
amizade entre o príncipe regente D João VI e Jorge III da Inglaterra
reconhecia a injustiça do comércio de escravos e prometia sua abolição
gradual [...] o tráfico foi proibido formalmente pela lei de 7 de novembro de
1831, mas somente foi suprimido real e definitivamente em 4 de setembro
de 1850, pela Lei Eusébio de Queirós, como ficou conhecida.
 
MOURA, C.. Dicionário da escravidão negra no Brasil. Edusp, 2004. p. 241.
 
Imagem:
Escravo com escarificações no rosto. Foto de Augusto Stahl. Cerca de 1864.
Fonte: http://fotografia.ims.com.br (http://fotografia.ims.com.br/) . Acesso
em 10 jul. 2019.
 
Texto 2:
 
A PNAD Contínua de 2017 mostra que há forte desigualdadena renda média
do trabalho: R$ 1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para
brancos. O desemprego também é fator de desigualdade: a PNAD Contínua
do 3º trimestre de 2018 registrou um desemprego mais alto entre pardos
(13,8%) e pretos (14,6%) do que na média da população (11,9%). Dados
também da PNAD só que mais antigos, de 2015, mostram que apesar dos
negros e pardos representarem 54% da população na época, a sua
participação no grupo dos 10% mais pobres era muito maior: 75%. Já no
grupo do 1% mais rico da população, a porcentagem de negros e pardos era
de apenas 17,8%.
 
CALEIRO, J. P. Os dados que mostram a desigualdade entre brancos e
negros no Brasil. Revista Exame. 20 nov. 2018. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-
entre-brancos-e-negros-no-brasil/ (https://exame.abril.com.br/brasil/os-
http://fotografia.ims.com.br/
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/) . Acesso
em 10 jul. 2019.
Dentre os marcos que colocaram fim à escravidão no país, a Lei Eusébio de
Queirós, de 1850, e a Lei Áurea, de 1888, foram fundamentais para impor o
fim do tráfico de pessoas negras e a abolição do regime escravista. Na foto
acima, temos uma imagem que data aproximadamente de 1864 e que
apresenta um homem negro com marcas provavelmente decorrentes das
torturas sofridas enquanto pessoa escravizada. Considerando o conjunto de
discussões realizadas a respeito das relações étnico-raciais no Brasil, é
possível afirmar que:
 
A estrutura étnico-racial decorrente do período escravista não se reproduziu
durante a Primeira República, uma vez que foram empreendidos notáveis
esforços para a integração dos ex-escravizados e a restauração de sua
dignidade na sociedade brasileira, bem como patamares adequados de renda
e consumo.
 
Concedida pela Princesa Isabel, a liberdade dos negros escravizados
instaurou uma nova dinâmica de concorrência equilibrada entre negros e
brancos no mercado de trabalho e no acesso a bens e serviços.
 
As marcas deixadas pelo sistema escravista no Brasil foram
progressivamente se apagando devido à intensa miscigenação entre brancos
e negros.
 
As marcas deixadas pela escravidão no Brasil permaneceram mesmo após o
encerramento oficial do tráfico de pessoas escravizadas, bem como após a
Abolição, consolidando-se como elemento estrutural de nossa cultura.
Esta alternativa está correta. As relações étnico-raciais consolidadas 
durante a sociedade escravista ainda permanecem produzindo efeitos 
sociais, instaurando-se como estrutura de exclusão dos negros mesmo 
em períodos democráticos.
 
O fim do tráfico de pessoas negras escravizadas e a Abolição delimitaram um
recomeço digno para os negros no país, deixando para trás todos os estigmas
definidos pela escravidão.
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
Pontuação do teste: 6 de 6

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