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DIREITO CONSTITUCIONAL - ORIGEM, FORMA

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DIREITO CONSTITUCIONAL
O que é?
	Direito Constitucional é o ramo do direito que se dedica à análise e interpretação das normas constitucionais, consideradas Leis Supremas de um Estado soberano e compreendidas como o ápice da pirâmide normativa de uma ordem jurídica e tem como função regulamentar o poder estatal, delimitando-o e garantindo os direitos considerados fundamentais.
Quanto à origem:
· Promulgada: é a constituição democrática, ou seja, feita pelos representantes do povo. Por isso, a Constituição de 1988 também é conhecida como Constituição Cidadã. No Brasil, tivemos as seguintes Constituições promulgadas: de 1891 (de Ruy Barbosa), de 1934, de 1946 e a de 1988.
· Outorgada: é a constituição imposta ao povo pelo governante. E ainda, as seguintes Constituições outorgadas: de 1824, de 1937 (Getúlio Vargas) e a de 1967 (Ditadura Militar).
· Pactuada: decorre de um acordo entre dois grupos sociais, havendo mais de um titular do poder constituinte. Um exemplo é a Carta Magna de 1215, que decorreu de um acordo entre o rei e a nobreza.
Quanto à forma:
· Escrita: é um documento solene (Curiosidade - Todas as constituições brasileiras foram escritas).
· Costumeira (Não-escrita): é fruto dos costumes da sociedade, tal como a constituição da Inglaterra.
Quanto à Extensão:
· Sintética (concisas, sumárias): preveem somente princípios e normas gerais, organizando e limitando o poder do Estado apenas com diretrizes gerais, mínimas, firmando princípios, não detalhes. É concisa, breve, sucinta, também chamada de Constituição Federal negativa.
· Analítica (prolixas, extensas, volumosas): abrangem todos assuntos que entende relevantes. São amplas, extensas, prolixas, detalhadas, como a nossa Constituição de 1988, por exemplo.
Quanto ao conteúdo:
· Material: materialmente, identifica-se como as normas que regulam a estrutura do Estado, a sua organização e os direitos fundamentais. Só os temas atinentes a esse escopo são constitucionais. Desta forma, as regras que fossem materialmente constitucionais, codificadas ou não em um mesmo documento, seriam essencialmente constitucionais. Tudo o mais que constar da Constituição e que a isso não se refira não será matéria constitucional.
· Formal: formalmente, constituição é o modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual o conteúdo da matéria. Tudo o que estiver na constituição é matéria constitucional. 
Quanto ao modo de Elaboração:
· Dogmática: são as constituições escritas, elaboradas por um órgão especialmente designado para esse fim, normalmente designado Assembleia Nacional Constituinte. Adota expressamente a ideia de direito prevalente num momento dado. Deve acompanhar as mudanças sociais.
· Histórica: são as constituições consuetudinárias, fruto de uma lenta e contínua síntese da história e da tradição de um povo.
Quanto à alterabilidade/mutabilidade:
· Rígida: é aquela que possui um procedimento de alteração mais rigoroso (é a constituição difícil de ser alterada).
· Flexível: possui o mesmo procedimento de alteração das demais leis (é a constituição fácil de ser alterada). são as constituições que não exigem, para sua atualização ou modificação, processo distinto daquele referente à elaboração das leis. Podem ser alteradas por procedimento legislativo ordinário, razão pela qual também são chamadas de plásticas.
· Semirígida/Semiflexíveis: algumas regras previstas na Constituição podem ser alteradas por procedimento legislativo ordinário ao passo que outras exigem o procedimento especial, que é mais dificultoso. Como exemplo, podemos citar a CF de 1824.
Quanto à Sistemática:
· Reduzidas: quando é condensada em um único documento.
· Variadas: quando é espalhada em vários documentos.
Quanto à ideologia:
· Eclética: quando concilia diferentes filosofias.
· Ortodoxa: quando propaga uma única e mesma ideologia.
Quanto à Finalidade:
· Constituição Garantia: limita-se a fixar os direitos e garantias. É uma carta declaratória.
· Dirigente: além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma direção para o Estado.
Visões:
 Raul M. Horta: para ele a Constituição é expansiva, com conteúdo anatômico estrutural (dividida em títulos, capítulos, seções), comparando-a com a Constituição interna e com as externas.
 Lassale: traz uma visão sociológica da Constituição Federal. Segundo ele a constituição é "uma folha de papel que deve ser criada pelos fatores reais de poder que devem refletir a força social, caso contrário será ilegítima".
Karl Smith: traz uma visão política da Constituição Federal. Para ele a Constituição é uma decisão política fundamental, sendo suas demais normas meras leis constitucionais.
Hans Kelsen: traz uma visão jurídica da Constituição Federal. Para ele a Constituição é "uma norma pura do dever ser sem ingerência sociológica ou jurídica". Desta forma teria a Constituição dois diferentes sentidos, o lógico-jurídico (no qual a CF é a norma hipotética fundamental) e o jurídico-fundamental (no qual a CF é a norma suprema).
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS – ADCT
Tem natureza de norma constitucional, contendo regras para assegurar a harmonia da transição do regime constitucional anterior (1969) para o novo regime (1988), além de estabelecer regras de caráter meramente transitório, relacionadas com essa mudança, cuja eficácia jurídica é exaurida assim que ocorre a situação prevista.
A finalidade do ADCT é estabelecer regras de transição entre o antigo ordenamento jurídico e o novo, instituído pela manifestação do poder constituinte originário, providenciando a acomodação e a transição do antigo e do novo direito edificado. Em essência, as disposições transitórias, como o próprio nome já sinaliza, exercem o papel de acomodação e transição do ordenamento jurídico anterior com a nova ordem constitucional.
PODER CONSTITUINTE
O Poder Constituinte é aquele capaz de editar uma Constituição, estabelecendo uma organização jurídica fundamental, dando forma ao Estado, constituindo poderes e criando normas de exercício de governo, tal qual o estabelecimento de seus órgãos fundamentais, os limites da sua ação e as bases do ordenamento econômico e social. 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO – PCO
O Poder constituinte originário é aquele responsável pela criação integral de uma nova Constituição, inaugurando uma nova ordem jurídica. Este tem várias características, sendo ele: 
a) Inicial, porque inicia uma nova ordem jurídica, posto que também é chamado de Poder Constituinte Genuíno ou de Primeiro Grau; 
b) Ilimitado, porque não sofre qualquer limite anterior, ao passo que pode desconsiderar de maneira absoluta o ordenamento vigente anterior; 
c) Autônomo, da forma que só cabe a ele estruturar os termos da nova Constituição; 
d) Incondicionado e Permanente, por conta de não se submeter a nenhum processo predeterminado para sua elaboração, bem como que não se esgota com a realização da nova Constituição, podendo o legislador deliberar a qualquer momento pela criação de uma nova. 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO – PCD
O Poder Constituinte Derivado é o poder já estabelecido na própria Constituição pelo poder Originário, que está inserido com o objetivo de legitimar a sua alteração quando necessária. 
Conforme ensina Manoel Gonçalves Ferreira Filho:
Embora grupo constituinte algum cuide de preparar a substituição da ideia de direito que incita a agir, a experiência faz prever a necessidade futura de alterações ou complementações no texto que edita. Por isso é que dispõe sobre a revisão da Constituição, atribuindo a um poder constituído o direito de emendá-la. Esse poder instituído goza de um Poder Constituinte Derivado do originário. Sua Modalidade principal é o poder de modificar formalmente a Constituição. 
O Poder Constituinte Derivado tem várias formas, podendo ser reformador, revisor ou decorrente. 
· PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR – PCDR
É poder responsável pela alteração e ampliação do texto constitucional, que se manifesta através das emendas constitucionais, bem como os tratados de DireitosHumanos com força de emenda constitucional. 
A titularidade desse poder emana do povo, que, por sua vez, será representado pelo Congresso Nacional (Art. 60, CF/88). Tem por principais características ser: 
a) Subordinado, porque retira a sua força do poder originário, previamente estabelecido; 
b) Limitado, porque tem os seus limites definidos pelo poder originário, que estabeleceu o texto base constitucional; 
c) Condicionado, sendo que o seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas na Constituição. 
Esta forma de reforma está subordinada a diversas limitações materiais quando ao seu procedimento, devendo seguir diversos requisitos para a sua legitimidade, sendo estes a: 
a) Iniciativa: são titulares para apresentarem o projeto de emenda constitucional (Art. 60, I a III, CF/88): o Presidente da República; 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou 1/3 dos membros do Senado Federal; mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades dos Estados, cada uma delas, manifestando-se pela maioria relativa dos seus membros. 
b) Deliberação: a proposta deve ser discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional em 2 (dois) turnos, sendo aprovada se obtiver, em ambas, 3/5 dos votos dos respectivos membros, ou seja, a maioria qualificada (Art. 60, §2, CF/88). 
c) Promulgação: as emendas são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
O Poder constituinte derivado reformador está sujeito a limites, estes que tratam tanto da matéria do conteúdo da emenda, até os procedimentos formais da promulgação, são estes os limites: 
a) Material, ao passo que é proibido ser matéria de emenda constitucional a abolição das chamadas "cláusulas pétreas" (forma federativa do Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos Poderes e direitos e garantias individuais - Art. 60, §4, CF/88); 
b) Circunstancial, é defeso que a Constituição Federal seja alterada durante diversas situações em que o Estado esteja vivendo, como a vigência do estado de sítio, estado de defesa ou intervenção federal (Art. 60, §1, CF/88); 
c) Temporal, ao passo que uma proposta de emenda constitucional é rejeitada ou prejudicada, a mesma matéria não pode ser tratada através de nova proposta até nova sessão legislativa (Art. 60, §5, CF/88).
· PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE – PCDD
Trata-se do poder de cada Estado-Membro (unidade federativa) em criar a sua própria Constituição estadual, sendo, todavia, respeitada a supremacia da Constituição Federal. 
Cada Assembleia Legislativa, com os poderes constituintes definidos, deveriam elaborar a sua Constituição do Estado dentro do prazo de 1 (um) ano, à partir da promulgação da Constituição Federal.
Difere o Distrito Federal, que, de acordo com o art. 32 da CF/88, se auto-organiza através de leis orgânicas, votadas em 2 (dois) turnos com intervalo mínimo de 10 (dez) dias, aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa. 
PODER CONSTITUINTE DIFUSO
É o responsável pelos processos informais de modificação da Constituição, isto é, as ditas mutações do texto constitucional.
Poder constituinte difuso, portanto, é aquele que realiza mudanças relacionadas ao conteúdo e ao alcance das normas constitucionais, embora sem alteração do texto formal. Em outras palavras, trata-se do poder de modificar o sentido das disposições constitucionais, às quais, para que se adapte às novas realidades, não obstante permaneçam textualmente inalteradas, ganham nova significação e alcance. 
Esse poder constituinte difuso não pode, obviamente, ser exercido de forma a negar a força normativa da Constituição (antes deve buscar a maior efetividade das disposições constitucionais). Além disso, como o próprio nome está a sugerir, é exercido de maneira difusa pelos vários intérpretes e aplicadores da Lei Maior (aliás, as mutações constitucionais são reconhecidas, comumente, por órgãos públicos no exercício do controle de constitucionalidade a que lhes atribui a Constituição Federa), e, como tal, não encontra previsão explícita na Carta nem está sujeito às limitações formais a que se submete o poder constituinte derivado reformador.
O QUE ACONTECE COM AS NORMAS DA CF ANTERIOR COM A NOVA CF?
· Recepção:
O fenômeno da recepção é aquele que trata sobre a adequação das normas infraconstitucionais anteriores ao novo texto constitucional. À partir da edição de uma nova Constituição, a anterior é revogada, todavia, não obrigatoriamente todas as normas perdem a sua validade. Desta forma, as que forem compatíveis com o novo texto devem ser aproveitadas e ratificadas sob nova validade. Esta é a chamada recepção. A legislação anterior que se adeque ao novo texto jurídico constitucional é recepcionada com as devidas alterações que possam ser necessárias. 
As normas que não se adequem à nova ótica constitucional devem ser revogadas, posto que não passem pelo crivo material e formal do seu conteúdo. 
· Repristinação:
É o fenômeno em que a lei que foi revogada e perdeu a sua vigência, volte a ganhar vigência, pelo fato da norma que à revogou ter sido revogada. É, de forma literal, a revalidação de uma norma anteriormente revogada, em que apresenta compatibilidade com a Constituição vigente. 
Esse fenômeno é possível mediante a previsão expressa em que admite a norma Constitucional ser revalidada. 
· Desconstitucionalização:
É o fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem, permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional. Assim, as normas da Constituição anterior são recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem. Como regra geral, não há o fenômeno no Brasil, entretanto, poderá ser percebido quando a nova Constituição, expressamente, assim o requerer, tendo em vista ser o poder constituinte originário ilimitado e autônomo.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
Tem por objetivo formular e sistematizar os princípios que subsidiarão a interpretação. É a ciência que criou as regras para a interpretação das normas jurídicas.
Métodos de Interpretação:
- Hermenêutico Clássico: Nesse método diz que a CF não difere das outras leis, podendo ser interpretada pelos métodos tradicionais. ERRADA! Pois a CF é uma norma suprema.
- Tópico Problemático: Nesse método, primeiro temos um problema que consequentemente nos fará pesquisar alguma norma para solucioná-lo. Tem como pressupostos: 
1) que a Constituição é um sistema aberto de normas, o que significa dizer que cada uma das normas constitucionais admite interpretações distintas, que podem variar no tempo; 
2) que um problema é uma questão que admite, também, respostas distintas; 
3) que a tópica é uma técnica de pensar a partir do problema.
- Hermenêutica Concretizada: Nesse método, parte do problema aparece após a leitura da norma. ERRADA! Pois precisamos de um problema para que haja a pesquisa da norma. 
- Científico Espiritual: a Constituição deve ser vista como um instrumento de integração em sentido jurídico-formal, político e sociológico. O direito constitucional, por sua vez, é visto como a positivação da realidade espiritual da sociedade. Como essa realidade espiritual é dinâmica e se renova continuamente, também assim deve ser vista a Constituição que, ao fim, é instrumento de regulação daquela realidade. Constituição, Estado e Direito são fenômenos culturais que dependem de integração recíproca para se verem realizados na prática.
- Normativo Estruturante: A premissa básica deste método é a de que existe uma vinculação estreita entre o programa normativo e o âmbito normativo, ou seja, entre o comando do texto e os fatos que ele pretende regular. 
Princípios de Interpretação:
- O princípio da Supremacia da Constituição: Este é talvez o mais relevante dos princípios da moderna hermenêutica constitucional. Isso porque esse princípio decorre diretamente do postulado do legislador racional, que proclama que a obra do legislador – e, portanto, do legislador constituinte – é uma obra perfeita, coerente, sem lacunas.
- O princípio daConcordância Prática: A aplicação deste princípio pressupõe um conflito entre bens protegidos pela Constituição, de modo que, por terem todos a mesma dignidade constitucional (decorrente da unidade da Constituição), devem receber o mesmo grau de proteção, sem que um aniquile ou prevaleça sobre os demais.
- O princípio da Exatidão Funcional: Esse princípio determina que a interpretação da Constituição não pode ser feita de modo a subverter, alterar ou mesmo perturbar o esquema de organização e repartição das funções/competências entre os poderes constituídos. Decorre diretamente do princípio da supremacia da Constituição.
- O princípio do Efeito Integrador: Enuncia este princípio que toda interpretação constitucional deve procurar solucionar os problemas jurídico-constitucionais com base em critérios que favoreçam a integração social e a unidade política, pois o sistema jurídico só se torna viável num Estado em que prevaleça a coesão sociopolítica, e a Constituição busca justamente promover essa coesão.
- O princípio da Força Normativa da Constituição: Este princípio, embora estudado, por parte da doutrina, separadamente do princípio da máxima efetividade, com este se encontra intimamente ligado. Ambos têm seu fundamento na ideia de que as normas constitucionais, como qualquer outra espécie de norma jurídica, precisam de um mínimo de eficácia, sob pena de não adquirirem vigência.
- O princípio da Máxima Efetividade da Constituição: Esse princípio está diretamente interligado ao princípio da força normativa. Isso porque buscar efetividade nas normas constitucionais pressupõe admiti-las como sendo dotadas de força normativa (como, aliás, todas as normas jurídicas). Esse princípio funcionaria, assim, como um "potencializador" do anterior. Uma vez reconhecido que as normas constitucionais são dotadas de normatividade (ainda que mínima), cumpre ao intérprete expandir e densificar ao máximo essa normatividade, especialmente se a norma interpretada disser respeito a direitos e garantias fundamentais.
- O princípio da Interpretação conforme a própria Constituição: Esse princípio/instrumento deve ser utilizado quando uma norma apresentar um "espaço de decisão", comportando diversas interpretações, umas compatíveis com a Constituição e outras não. Frente a esta situação, o intérprete deve escolher o sentido da norma que melhor se compatibilize com o padrão constitucional, com seus princípios e objetivos e com os direitos e garantias fundamentais.

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