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Atividade Objetiva 3_ Antropologia_ Identidade e Diversidade

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13/05/2021 Atividade Objetiva 3: Antropologia: Identidade e Diversidade
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0,2 / 0,2 ptsPergunta 1
Leia o texto a seguir:
 
A diversidade genética é absolutamente indispensável à sobrevivência
da espécie humana. Cada indivíduo humano é o único e se distingue
de todos os indivíduos passados, presentes e futuros, não apenas no
plano morfológico, imunológico e fisiológico, mas também no plano dos
comportamentos. É absurdo pensar que os caracteres adaptativos
sejam no absoluto “melhores” ou “menos bons”, “superiores” ou
“inferiores” que outros. Uma sociedade que deseja maximizar as
vantagens da diversidade genética de seus membros deve ser
igualitária, isto é, oferecer aos diferentes indivíduos a possibilidade de
escolher entre caminhos, meios e modos de vida diversos, de acordo
com as disposições naturais de cada um. A igualdade supõe também o
respeito do indivíduo naquilo que tem de único, como a diversidade
étnica e cultural e o reconhecimento do direito que tem toda pessoa e
toda cultura de cultivar sua especificidade, pois fazendo isso elas
contribuem a enriquecer a diversidade cultural geral da humanidade.
 
Fonte: MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de
raça, racismo, identidade e etnia. 05 nov. 2003. Disponível
em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Uma-
abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-
etnia.pdf . Acesso em: 05 jul. 2019).
A partir do texto, avalie a alternativa que está de acordo com os
argumentos apresentados pelo autor:
https://famonline.instructure.com/courses/13049/quizzes/47870/history?version=1
https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Uma-abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf
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Existe uma diversidade genética demasiadamente ampla para que se
definam poucos grupos como detentores de padrões biológicos
específicos – as “raças”. Entretanto, é possível afirmar que as culturas
humanas derivam de uma unidade cultural primária e empiricamente
constatada.
 
A raça humana é única, portanto, a diversidade cultural deve ser
combatida.
 
Quando se trata de diferenças entre seres humanos, a noção de raça
não possui viabilidade científica, uma vez que o avanço da genética
comprovou a irredutibilidade de características individuais e sociais a
grupos geneticamente específicos.
Correto!Correto!
Alternativa A:
Esta alternativa está correta. Segundo o professor Kabengele Munanga,
a diversidade genética é tão ampla que se torna impossível constatar a
existência de grupos com padrões genéticos específicos que os
caracterizam de maneira inquestionável. Desse modo, se compararmos
dois indivíduos de uma mesma população, nascidos em um mesmo
território, verificaremos uma enorme diversidade genética entre os dois,
de maneira tal que se torna impossível afirmar que existem padrões
genéticos que rigorosamente separam grupos humanos. Em outras
palavras, as manifestações fenotípicas – por exemplo, a cor da pele,
dos olhos etc. – não são adequadas para expressar a diversidade
genética existente entre grupos humanos variados.
 
De acordo com o autor, os caracteres adaptativos de cada indivíduo
podem ser considerados de acordo com padrões únicos que
enquadram a diversidade genética em gradações inferiores e
superiores.
 
A diversidade humana é uma ilusão, pois do ponto de vista cultural há
apenas uma única cultura.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 2
Veja as imagens e leia o texto a seguir:
 
Figura 1:
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Lasar Segall, Emigrante debruçado na amurada (1929), xilogravura,
18x24,5cm.
 
Fonte: https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-
debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr . Acesso
em 05 jul. 2019.
 
Figura 2:
Johann Moritz Rugendas. Navio Negreiro (Negres a fond de calle)
(1830), gravura, 35.50 x 51.30 cm.
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-
Rugendas 1830 jpg Acesso em 05 jul 2019
https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-_Rugendas_1830.jpg
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_Rugendas_1830.jpg . Acesso em 05 jul. 2019.
 
Texto:
 
Enquanto o estrangeiro via no trabalho assalariado um simples meio
para iniciar “vida nova na pátria nova”, calculando libertar-se dessa
condição o mais depressa possível, o negro e o mulato convertiam-se
em um fim em si e para si mesmo, como se nele e por ele provassem a
dignidade e a liberdade da pessoa humana. Introduziam, portanto,
elementos morais no contrato de trabalho, altamente desfavoráveis em
uma ordem social que timbrava por despojar a relação patrão-
assalariado de obrigações e de direitos extra econômicos.
 
FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes. v.
I. São Paulo: Ática, 1978. p. 29.
 
A primeira imagem retrata a chegada de um emigrante europeu que
possivelmente foi integrado às lavouras de café ou ao comércio urbano
no Brasil durante o final do século 19 e início do 20. A segunda
imagem apresenta as condições em que os negros sequestrados
vieram para o Brasil entre os séculos 16 e 17 para serem integrados
ao trabalho escravo nas lavouras de cana de açúcar. O texto de
Florestan Fernandes, por sua vez, procura diferenciar o sentido que o
trabalho livre passou a ter para os descendentes de escravos no
Brasil. A propósito da situação do negro no Brasil, assinale as
afirmativas corretas. A respeito das imagens e do texto, analise as
afirmações a seguir:
 
I. As duas imagens retratam de maneira semelhante as dificuldades
presentes na emigração europeia e na emigração africana para o
Brasil.
II. A partir da leitura do texto de Florestan Fernandes e da obra de
Rugendas é possível afirmar que os negros escravizados e seus
descendentes foram incorporados de maneira desigual no mercado de
trabalho em relação aos emigrantes europeus que vieram para o
território brasileiro.
III. Após a abolição, ocorrida em 1888, descendentes de negros
escravizados e europeus passaram a disputar posições em pé de
igualdade no mercado de trabalho então emergente.
IV. O peso do passado colonial do negro escravizado em território
brasileiro permaneceu presente quando da abolição, resultando em
precarização e desigualdades que se estenderam mesmo quando do
advento do trabalho assalariado no país.
 
É correto apenas o que se afirma em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-_Rugendas_1830.jpg
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 I, II e IV 
 I e III. 
 II e IV. Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois somente as afirmações II e IV 
são verdadeiras. A afirmação I está incorreta, pois na primeira 
imagem vemos um emigrante solitário no convés, enquanto a 
segunda apresenta a imagem de negros escravizados, seminus e 
açoitados no porão do navio. A afirmação II é verdadeira, pois o 
passado de escravidão vivido pelos negros africanos em território 
brasileiro teve efeitos sociais sobre seus descendentes, uma vez 
que estes foram incorporados em posições subalternas e 
precárias após a abolição. A afirmação III é falsa, pois, deacordo 
com o texto de Florestan Fernandes, os europeus tinham projetos 
particulares de ascensão na nova pátria, enquanto negros e 
mulatos tinham poucas perspectivas de prosperidade diante do 
racismo institucional que permaneceu fazendo parte da sociedade 
brasileira após a abolição. A afirmação IV é verdadeira, pois, 
conforme o texto de Florestan Fernandes, o horizonte de 
possibilidades de trabalho livre para os negros e mulatos após a 
abolição foi marcado por precarização das relações de trabalho e 
inseguridade social, marcas do passado escravista.
 I, II e III. 
 III e IV 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 3
Leia o texto a seguir:
 
Os preconceitos quanto à ascendência étnica combinados com ações
discriminatórias aumentaram significativamente nos séculos 19 e 20
com a expansão do nacionalismo. Esse novo ambiente ideológico
começou afetando a Europa e o Oriente Médio, embora rapidamente
tenha se espalhado para outras regiões do mundo. O nacionalismo
estimulou novos projetos políticos que levariam à reinvenção ou à
afirmação de identidades, além da divisão ou fusão de Estados
organizados de acordo com a lógica imperial ou com a tradição local. A
enorme reorganização política e social do período teve o seu impacto
sobre preconceitos étnicos. A definição de inimigo ou inimigos se
assentava nas discordâncias nacionais, que incluíam pressupostos
acerca da religião e da raça.
 
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Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século XX.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 291.
A propósito da relação entre nacionalismos e preconceitos, é possível
afirmar que:
 
O nacionalismo está relacionado com a própria reinvenção das
identidades modernas que, entretanto, podem apresentar efeitos
negativos no que diz respeito à identificação de grupos étnicos
diferentes, compreendidos por certos grupos nacionalistas como
inferiores.
Correto!Correto!
De fato, como aponta Bethencourt, grupos nacionalistas ao longo 
dos séculos 19 e 20 se valeram de suas identidades para 
subjugar outros povos de origens étnicas distintas. O 
nacionalismo está relacionado com a própria reinvenção das 
identidades modernas que, entretanto, podem apresentar efeitos 
negativos no que diz respeito à identificação de grupos étnicos 
diferentes, compreendidos por certos grupos nacionalistas como 
inferiores.
 
Nacionalismo é um sentimento natural dos povos, uma vez que todos
os indivíduos necessariamente devem se orgulhar das conquistas de
suas ações, de modo que não se trata de uma ideologia, mas sim de
um fato presente na composição psíquica de todos os seres humanos.
 
“Religião” e “raça” não são componentes presentes nos discursos
nacionalistas modernos.
 
Durante os séculos 19 e 20, a religião e a identidade étnica foram
pouco mobilizadas para demarcar sentimentos nacionalistas.
 
O autor exagera ao associar o surgimento das ideologias nacionalistas
com a intensificação de preconceitos étnicos, uma vez que na história
contemporânea não ocorreram violências étnicas respaldadas por
discursos nacionalistas.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 4
Leia o texto a seguir:
 
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O racismo distingue-se do etnocentrismo por não se referir de forma
abstrata a bairros ou comunidades distantes desprezadas ou temidas;
em geral, aplica-se a grupos com quem a comunidade de referência
convive – grupos esses associados a regras de sangue ou de
descendência. O etnocentrismo pode expressar desprezo por outra
comunidade, mas aceita a inclusão de indivíduos dessa comunidade,
ao passo que o racismo considera que o sangue afeta todos os
elementos da comunidade em questão.
 
Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século XX.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p.14
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre etnocentrismo e
racismo, analise as afirmativas a seguir:
 
I. Racismo e etnocentrismo não são sinônimos, embora ambos
definam grupos e indivíduos como inferiores em relação a outro grupo
específico.
 
II. O autor afirma que racismo e etnocentrismo são posicionamentos
que geram julgamentos apenas a determinados indivíduos, sendo que
tais julgamentos não são passíveis de prévia generalização para
grupos.
 
III. O racismo é uma posição cientificamente válida, uma vez que é
comprovada a diferença entre raças no interior da espécie humana.
 
IV. Racismo e etnocentrismo são noções que designam posições
legítimas em sociedades democráticas, uma vez que são meras
opiniões individuais, sem qualquer relação com violências estruturais
praticadas sobre determinados grupos humanos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
 I, II, III e IV. 
 III e IV. 
 I e II 
 II, III e IV. 
 I Correto!Correto!
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Esta alternativa está correta, pois apenas a afirmação I é 
verdadeira. Tanto o termo racismo quanto etnocentrismo evocam 
posicionamentos de antagonismo em relação a grupos e 
indivíduos específicos. Entretanto, como o autor apresenta no 
texto, não são sinônimos, uma vez que obedecem a processos 
específicos de marginalização e da aceitação da diferença. A 
afirmação II é falsa, pois racismo e etnocentrismo são formas de 
segregação de identidades alheias, tanto em relação a indivíduos, 
quanto a grupos. A afirmação III é falsa, pois não é possível 
comprovar a existência de raças distintas entre os seres 
humanos. A diversidade dos grupos é, antes de tudo, de ordem 
cultural e social. A afirmação IV é falsa, pois o racismo estrutural 
necessita de legitimação e naturalização dos posicionamentos 
racistas. Dessa forma, julgamentos racistas particulares acabam 
contribuindo indiretamente com a ampliação da marginalização de 
grupos considerados inferiores.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 5
Leia o texto a seguir:
 
Parece simples definir quem é negro no Brasil. Mas, num país que
desenvolveu o desejo de branqueamento, não é fácil apresentar uma
definição de quem é negro ou não. Há pessoas negras que
introjetaram o ideal de branqueamento e não se consideram como
negras. Assim, a questão da identidade do negro é um processo
doloroso. Os conceitos de negro e de branco têm um fundamento etno-
semântico, político e ideológico, mas não um conteúdo biológico.
Politicamente, os que atuam nos movimentos negros organizados
qualificam como negra qualquer pessoa que tenha essa aparência. É
uma qualificação política que se aproxima da definição norte-
americana. Nos EUA não existe pardo, mulato ou mestiço e qualquer
descendente de negro pode simplesmente se apresentar como negro.
Portanto, por mais que tenha uma aparência de branco, a pessoa pode
se declarar como negro.
 
MUNANGA, K. Entrevista. Revista Estudos Avançados, v. 18, n. 50,
2004.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.
 
1. A população negra brasileira majoritariamente sempre assumiu sua
identidade étnica ao longo da história, a despeito da ideologia do
branqueamento que prevalece no país.
 
PORQUE
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2. A definição da identidade negra possui, sobretudo, fundamento
étnico-semântico, político e ideológico, de modo que, nos Estados
Unidos, a cor da pele não é o principal elemento que demarca quem é
e quem não é considerado negro.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição 
falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Embora a atuação do 
movimento negro brasileiro seja bastante forte e presente, a 
ideologiado branqueamento da qual trata Kabengele Munanga 
está inculcada inclusive entre as populações negras. Como afirma 
Kabengele Munanga, a construção da identidade negra está 
relacionada com questões sociais e culturais mais do que com 
efetivos componentes biológicos. Assim, a separação entre quem 
é considerado negro, e quem não é, varia conforme diferentes 
contextos históricos e espaços geográficos.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
Pontuação do teste: 1 de 1

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