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Relatório Aula Prática Virtual – Crescimento Bacteriano INTRODUÇÃO O processo de divisão binária, também conhecido como crescimento bacteriano ou fissão binária, ocorre em microorganismos pela ação de um conjunto de proteínas da família FTs (Filamentous temperature Sensitive) que formam o septo de separação dessas células promovendo assim o aumento do número de células através da replicação de seu material genético gerando a duplicação da bactéria. O aumento da população de bactérias se dá de forma exponencial através do tempo utilizado, essa etapa é denominado tempo de geração e varia dependendo dos diferentes tipos de gênero e espécie bacteriana, esta variável representa o tempo necessário para o surgimento de uma nova geração de bactérias, podendo ser representadas por um gráfico de curva de crescimento que categoriza as bactérias em 4 estágios diferentes, sendo eles: fase de adaptação, fase exponencial, fase estacionária e fase de declínio. MATERIAIS ⦁ Placas contendo meio de cultura Agar de nutriente ⦁ Microtubos estéreis ⦁ Marcador permanente ⦁ Pipetas Automáticos de 1000µL e outra de de 200µL ⦁ Ponteiras descartáveis estéreis para as pipetas automáticas (Azul para pipetas de 1000µL e amarelas para pipetas de 200µL) ⦁ Solução salina fisiológica (NaCl 0,9%) estéril; ⦁ Alças de Drigalski descartáveis estéreis; ⦁ Culturas bacterianas identificadas (A – Inóculo inicial/ B – Após 6 horas de incubação) As placas de meio de cultura com ágar-ágar nutriente são importantes para a preparação da solidificação do meio, pois o componente é uma substância encontrada em algas que forma uma camada de hidrogel auxiliando assim na solidificação. Os microtubos precisam estar necessariamente estéreis para minimizar a chance de contaminação das amostras, os marcadores são usados para identificação das amostras e placas de petreo diminuindo a chance de mistura das culturas bacterianas e a solução salina de NaCl 0,9% auxilia na homogeneização e diluição das amostras. MÉTODOS Etapa I: Identificar os materiais que serão utilizados, nesse caso os microtubos e placas devem ser divididos em A para inóculo inicial e B para cultura de 6 horas e identificação para a diluição que irão receber sendo de 10-1 à 10-6 , o mesmo processo deve ser feito para ambas as colônias. Etapa II: Com a micropipeta automática de 1000µL e as ponteiras azuis deve-se adicionar 900µL de solução salina de NaCl à 0,9% estéril nos microtubos identificados anteriormente, esta parte precede a diluição seriada que as células que estão em solução irão passar na próxima etapa, o mesmo processo deve ser feito nos microtubos de ambas colônias. Etapa III: Com a micropipeta automática com volume máximo de 200µL e as ponteiras amarelas deve-se transferir 100µL do caldo bacteriano para o primeiro microtubo que possui 900µL de NaCl a 0.9% realizando assim uma primeira diluição de 1:10, após a diluição homogenize lentamente o frasco e transfira 100µL para o próximo microtubo que também possui 900µL de NaCl a 0,9% realizando assim a segunda diluição agora de 1:100, sendo assim realize as diluições seriadas sucessivamente até o último frasco e realizando o mesmo procedimento para a colônia B. Etapa IV: Transfira 100µL das suspensões diluídas dos seus respectivos frascos para a o meio sólido de ágar nutriente correspondente, com auxílio das alças de Drigalski espalhe o conteúdo por toda a superfície da placa, repetindo o procedimento para todas as amostras, após a finalização incube as placas de cultura na estufa bacteriológica a 36°C por um período de 18h-24h. RESULTADOS ● Cultura A 10-1 36 COLÔNIAS 10-2 8 COLÔNIAS 10-3 Sem crescimento 10-4 Sem crescimento 10-5 Sem crescimento 10-6 Sem crescimento ● Cultura B 10-1 Intocáveis 10-2 Intocáveis 10-3 Intocáveis 10-4 Intocáveis 10-5 68 COLÔNIAS 10-6 17 COLÔNIAS Após a incubação com a retirada das placas da estufa deve se realizar a contagem das colônias bacterianas existentes o protocolo padroniza a contagem dos meios de cultura que apresentem entre 30 a 300 colônias buscando a diminuição de propagação de possíveis erros. O inóculo principal (tubo A) apresenta 3.600 ufc/ml pois a contagem é feita através da multiplicação do número de colônias, fator de diluição que nesse caso foi 10-1 e por 10 para a conversão do valor para mililitro, já a cultura de 6h (tubo B) contém 68.000.000 ufc/ml devido a multiplicação do número de colônias (68) pelo fator de diluição (10-5) e pelo 10 para conversão para mL. A bactéria analisada possui 14 gerações e um tempo de geração de 25,715 gerações/min, os resultados obtidos foram calculados pelas fórmulas descritas abaixo. N° de geração = Log do nº de células final – Log do nº de células inicial/log 2 N° de geração = log de 68000000 – log de 3600/log de 2 = 14,205 - as células do inóculo foram utilizadas como parâmetro das células iniciais Tempo de geração = 60 min x horas/Nº de gerações Tempo de geração = 25,715 gerações/minuto CONCLUSÃO A análise feita pela contagem bacteriana total é um método direto de quantificação do número de células vivas através das unidades formadoras de colônia, este método é representativo ao seus resultados e amplamente utilizado em laboratório de microbiologia por ser bem expresso na formação do gráfico de crescimento celular.
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