Buscar

PSICOSE - SINDROME PSICOTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

SÍNDROME PSICÓTICA 
PSICOSE 
• Ruptura com a realidade, o paciente não consegue diferenciar o real do irreal/imaginário. Ex: Alucinações 
auditivas, vem como um pensamento, mas ele ouve. Não ocorre queda do nível da consciência, e não apresenta 
causas orgânicas identificáveis. 
• Sintomas: 
o Delírios 
o Alucinações 
o Desorganização/desagregação do pensamento e do comportamento 
o Prejuízo sócio-ocupacional 
• Pode ter evolução aguda ou crônica 
Quadros psicóticos relacionados a causas externas (drogas, medicações, doenças médicas): mais agudos e 
duração dependente do tratamento adequado e da retirada da causa de base 
• Transtornos psicóticos: DSM-5 
o Esquizofrenia 
o Transtorno psicótico breve 
o Transtorno Esquizofreniforme 
o Transtorno delirante persistente 
o Transtorno esquizoafetivo 
o Transtorno psicótico induzido por substância 
o Transtorno psicotivo devido a outra condição médica 
ESQUIZOFRENIA 
• Transtorno psicótico mais comum – 1% da população 
• Grave, heterogêneo, causa desconhecida 
• Evolução crônica, persistente por toda a vida 
• Caracterizado por distúrbios do pensamento, senso percepção e afeto 
• Consciência clara e capacidade intelectual estão normalmente mantidas, embora possa ocorrer déficit cognitivo 
com a evolução – “demência precoce” 
• Maior que 1 mês os sintomas 
• Só interna paciente se ele apresentar riscos para ele mesmo, ou para terceiros. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Prevalência: homens = mulheres 
• HOMENS: 
o Idade de início mais precoce (10-25a) 
o Maior probabilidade de sintomas negativos 
• MULHERES: 
o Idade de início entre 25-30a) 
o Segundo pico na meia idade 
• Início antes dos 10 anos ou após os 60 anos é extremamente raro 
• Início após os 45 anos: Esquizofrenia de início tardio 
ETIOLOGIA: 
Modelo de estresse-diátese (vulnerabilidade biológica específica, que vem de alterações genéticas, junto com ela um 
estresse que desencadeia o aparecimento dos sintomas) 
• Fatores genéticos: 
o Estudo com gêmeos, filhos adotivos e de incidência familiar sugerem influência genética 
• Fatores neurobiológicos: 
o Atividade dopaminérgica exacerbada 
o Interação de sistemas múltiplos de neurotransmissores 
• Fatores psicossociais: 
o Diversas teorias (duplo vínculo, cisões e famílias assimétricas, etc.) 
o Significado simbólico dos sintomas 
o Trauma emocional, uso de drogas e separações 
MANIFESTACOES CLÍNICAS: 
• Sinais e sintomas pré-morbidos (antes da fase prodrômica): 
o Personalidade esquizoide ou esquizotipica, caracterizados como quietos, passivos e introvertidos; na 
infância, tinham poucos amigos. 
o Adolescentes pré-esquizofrenicos podem não ter amigos próximos, nem interesses românticos, e 
também evitar esportes de equipe 
• Sinais e sintomas prodrômicos: antes da doença se manifestar 
o Sintomas somáticos, interesse por ideias abstratas, filosofia e por questões ocultas ou religiosas, 
comportamento acentuadamente excêntrico, afeto anormal, discurso incomum, ideias bizarras e 
experiências perceptuais estranhas, ansiedade, angústia 
• Sintomas positivos: (produção de sintomas) 
o Delírios 
o Alucinações 
o Distorções ou exageros da linguagem e da comunicação 
o Discurso desorganizado 
o Comportamento desorganizado 
o Comportamento catatônico 
o Agitação 
• Sintomas negativos: (perda das funções psíquicas) 
o Embotamento do afeto 
o Retraimento emocional 
o Passividade 
o Retraimento social apático 
o Dificuldade no pensamento abstrato 
o Falta de espontaneidade 
o Pensamento estereotipado 
o Alogia: restrições na fluência e na produtividade do pensamento e da fala 
o Avolicao: restrições na iniciação de comportamento dirigido para metas 
o Anedonia: ausência de prazer 
o Apragmatismo 
o Prejuízo na atenção 
 
DIAGNOSTICO: 
• Clínico – fenomenológico 
• Alucinações ou delírios não são necessários para um diagnostico 
• Sintomas positivos e negativos podem estar presentes em outros transtornos 
• Bleuler – sintomas fundamentais (os 4 As: associação das ideias não está organizada, alteração do afeto, há um 
autismo -retraimento social- e ambivalência afetiva) e acessórios (delírios, alucinações e outros) 
• Kurt Schneider: hierarquia dos sintomas 
• DSM-5 
• CID-10 
• Não há exame laboratorial – exames complementares existem para excluir outras causas 
 
SUBTIPOS: 
• DSM-5 abandonou a classificação em subtipos (pouca importância na prática clínica) 
• CID-10: 
1) Esquizofrenia paranoide: delírios e alucinações 
2) Esquizofrenia hebefrenica: desorganização e o retraimento afetivo 
3) Esquizofrenia catatônica: paralisação, imobilidade, rigidez 
4) Esquizofrenia indiferenciada: não consegue diferenciar sintomas 
5) Esquizofrenia residual – sintomas mais crônicos, paciente de longa data 
6) Esquizofrenia simples – sintomas mais leves 
7) Depressão pós-esquizofrenica – após surto psicótico, quadro de depressão 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: 
• Outros transtornos psicóticos 
• Transtornos de personalidade (esquizoide, esquizotipico, paranoide, borderline) 
• Transtorno do humor (mania ou depressão com psicose) 
• Retardo mental 
• Quadros orgânicos: sífilis, tumores, SNC, epilepsia do quadro temporal, LES, intoxicações exógenas, corticoides, 
delirium 
CURSO E PROGNOSTICO: 
• Crônico com exacerbações e remissões 
• A cada recaída segue-se uma deterioração adicional ao funcionamento básico 
• Ao longo do quadro os sintomas positivos tendem a diminuir de intensidade e os negativos podem ser tornar 
mais graves 
• Esse fracasso em retornar ao nível anterior de funcionamento é a principal distinção entre a esquizofrenia e os 
transtornos de humor 
• Vulnerabilidade ao estresse costuma se manter por toda a vida 
• A maioria tem vidas caracterizadas por falta de objetivos, inatividade; hospitalizações frequentes e, no contexto 
urbano, falta de moradia e pobreza 
 
 
TRATAMENTO: 
• Antipsicóticos (APs) + estratégias psicossociais 
• APs típicos e atípicos 
• Podem demorar de 3-8 semanas para produzir algum efeito 
• Episódio psicótico agudo: injetáveis (IM) até que a medicação VO faca efeito 
• APs de deposito aumentam a adesão ao tratamento (1x por mês) 
• Internação: quando houver indicação, de curta duração, para proteção (e não exclusão) do paciente 
 
• Estratégias psicossociais: 
o Psicoterapia 
o Treinamento de habilidade sociais 
o Terapia ocupacional 
o Comunicação interpessoal 
OBJETIVO: capacitar indivíduos com doença grave a desenvolver habilidades sociais e vocacionais para uma vida 
independente 
CAPS, hospital-dia, residências terapêuticas, ambulatórios 
TRANSTORNO PSICOTICO BREVE 
• Duração: maior que um dia e menor que um mês 
• Frequentemente os sintomas se resolvem de forma rápida e espontânea 
• Descartar causas orgânicas 
TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME 
• Sintomas idênticos ao da esquizofrenia, mas com duração de >1 mês e < 6 meses com retorno ao 
funcionamento normal 
• Quando os sintomas persistem por mais de 6 meses: Esquizofrenia 
• Costuma haver resposta rápida aos antipsicóticos 
TRANSTORNO DELIRANTE PERSISTENTE: 
• Delírios por 1 mês ou mais 
• Difere da EZQ: ausência de alucinações proeminentes e ausência de embotamento afetivo 
• Personalidade intacta ou com comprometimento mínimo 
• São desconfiados e hipervigilantes 
• Idade média de início 40 anos 
• Crônico e sem remissões 
• Difícil tratamento – antipsicóticos mais indicado: Pimozida 
TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO: 
• Sintomas afetivos e esquizofrênicos são igualmente proeminentes – critérios para episódios maníaco ou 
depressivo e critérios para esquizofrenia 
• Tratamento: antidepressivos, estabilizados do humor e antipsicóticos 
TRANSTORNO PSICOTICO INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA 
• Delírios ou alucinações se desenvolveram durante ou logo após intoxicação por uma substância 
• A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir delírio ou alucinação 
• A perturbação não é mais bem explicada porum transtorno psicótico não induzido por 
substância/medicamento 
• A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium 
• A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social 
• TT: tira a substância (cocaína, maconha, corticoide) e antipsicótico 
TRANSTORNO PSICOTIVO DEVIDO A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA 
• Alucinações ou delírios proeminentes 
• Há evidencias da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a perturbação é a consequência 
fisiopatológica direta de outra condição medica 
• A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental 
• A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium 
• A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do individuo 
• Ex: transtorno psicótico devido a neoplasia pulmonar maligna; transtorno psicótico devida doença de Alzheimer 
CONCLUSÕES: 
• Existem diversos tipos de transtornos psicoticos 
• Delírio/alucinações não é = Esquizofrenia e sim psicose. 
• Esquizofrenia não é = delírio/alucinação 
• Diagnostico é fenomenológico 
• Tratamento com antipsicóticos

Outros materiais