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Regulação da Temperatura Corporal

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1 Ester Ratti ATM 25 
FEBRE 
TEMPERATURA CORPORAL 
ORIGENS DO CALOR NO CORPO 
➢ A principal origem é a oxidação dos 
alimentos dentro das células. 
➢ A produção de calor no sistema muscular 
é muito importante pois é adaptada para 
manter a temperatura corporal de acordo 
com a necessidade. A produção de calor 
num homem em repouso é de 80 Kcal por 
hora, durante exercício pode produzir até 
1000 kcal/hora. 
A temperatura no interior do corpo permanece 
quase constante, com uma variação de no 
máximo 0,6°C, mesmo quando exposto a 
extremos de frio ou de calor, graças ao aparelho 
termorregulador. 
A temperatura da parte externa do corpo está 
sujeira às mudanças externas de temperatura do 
ambiente 
Os valores térmicos são aumentados após 
refeições, exercícios, estados emocionais 
intensos, gravidez ou ovulação. 
Em função do ritmo circadiano, a temperatura irá 
sofrer algumas alterações durante o dia: 
➢ A temperatura corporal irá apresentar 
níveis mais baixos às 6 horas e mais altos 
entre 16 e 18 horas 
➢ Sendo essa variação de temperatura de 
no máximo 0,5 °C em pessoas sadias e de 
até 1 °C em pacientes que estão se 
recuperando de uma enfermidade febril 
REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL 
O calor gerado no interior chega a superfície por 
meio de vasos sanguíneos que formam o plexo 
vascular subcutâneo, mas pouco calor se difunde 
para a superfície, graças ao isolante térmico que 
é o tecido adiposo 
O fluxo sanguíneo para a pele equivale a 10 a 30% 
do débito cardíaco. Alterações nesse fluxo 
alteram a condução do calor da parte interna 
para a superfície corporal. 
A condução de calor para a pele é controlada 
pelo grau de constrição das arteríolas e das 
anastomoses arteriovenosas 
ELIMINAÇÃO DE CALOR 
➢ IRRADIAÇÃO: a pele deve estar a uma 
temperatura mais alta que a do ambiente, 
60% da temperatura corporal é eliminada 
desta forma 
➢ CONDUÇÃO: quando o corpo se põe em 
contato com um objeto frio, ele cede calor 
até suas temperaturas se igualarem 
➢ CONVECÇÃO: é o processo que se perde 
calor para o ar que circula ao redor do 
corpo e logo as temperaturas se igualam. 
Se perde 12 a 15% do calor corporal. 
➢ EVAPORAÇÃO: Quando a água evapora da 
superfície corporal, ela o faz graças à 
energia térmica cedida pelo corpo. A água 
que evapora insensivelmente ao nível da 
pele e dos pulmões atinge uma 
quantidade em torno de 600 mℓ/dia. Isso 
significa uma perda contínua de calor de 
12 a 16 calorias por hora. Esta evaporação 
insensível não é comandada pelo centro 
termorregulador; contudo, a evaporação 
do suor pode ser controlada por fibras 
simpáticas colinérgicas que terminam 
perto das células glandulares sudoríparas 
 
2 Ester Ratti ATM 25 
(onde a temperatura ambiente está 
acima de 35°c, a evaporação passa a ser a 
única fonte de perda de calor) 
A temperatura é quase que totalmente 
controlada por mecanismos centrais de 
retroalimentação que operam através de um 
centro regulador situado no hipotálamo, mais 
precisamente através de neurônios localizados na 
área pré-óptica do hipotálamo, sendo que este 
centro recebe o nome de CENTRO TERMO 
REGULADOR OU TERMOSTATO HIPOTALÂMICO . A 
regulação termostática do frio é feita por 
receptores situados na medula espinal e pele. 
Os neurônios do centro termorregulador 
recebem sinais: 
➢ Dos nervos periféricos por meio de 
receptores de frio e calor da pele 
➢ Da temperatura sanguínea que irriga a 
região 
Os estímulos que atingem os receptores 
periféricos são transmitidos ao hipotálamo, no 
qual são integrados com os sinais dos receptores 
pré-ópticos para calor, originando impulsos 
eferentes no sentido de produzir ou perder calor. 
Quando há elevação da temperatura (+37 °C), 
inicia-se uma eliminação do calor, através do 
estímulo das glândulas sudoríparas e pela 
vasodilatação; com a sudorese há uma perda 
importante de calor. 
Quando há o resfriamento do organismo, são 
iniciados mecanismos para a manutenção da 
temperatura, através da constrição dos vasos 
cutâneos, o que diminui a perda por condução, 
convecção e piloereção para reter o calor entre 
os pelos e abolir a transpiração transpiração 
LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA 
Variações na temperatura serão encontradas em: 
diferentes pessoas; uma mesma pessoa 
dependendo o momento do dia (ritmo 
circadiano); diferentes regiões do corpo. 
Existem diversos locais para a aferição da 
temperatura, como axilar, oral, retal, timpânico, 
arterial pulmonar, esofágico, nasofaringiano e 
vesical (valores variam dependendo o local). Além 
do valor absoluto, as diferenças de temperatura 
nas diferentes regiões do corpo, possuem valor 
propedêutico, por exemplo, a temperatura retal 
maior que a axilar em valores acima de 1 grau, 
pode ser indicativo de processo inflamatório 
intra-abdominal. 
SINAL DE LENANDER é um sinal sugestivo 
de Apendicite. Ele está presente quando a 
mensuração da Temperatura Retal supera a Axilar 
em mais que 1°C. 
Na medida oral ou bucal, o termômetro deverá 
ser colocado sob a língua, posicionando-o no 
canto do lábio; a verificação da temperatura oral 
é contra-indicada em crianças, idosos, pacientes 
graves, inconscientes, psiquiátricos, portadores 
de alterações orofaríngeas, após fumar e após 
ingestão de alimentos quentes ou gelados. 
Na temperatura retal, o termômetro deverá 
possuir bulbo arredondado e ser de maior calibre, 
sendo contra-indicações para a verificação do 
método pacientes com cirurgias recente no reto 
ou períneo ou portadores de processos 
inflamatórios neste local. É considerada a 
temperatura mais precisa. 
Padrão ouro: temperatura da artéria pulmonar 
Temperatura mais fiel do sistema nervosos 
central: timpânica 
❖ Botar na anamnese o local onde é aferido 
TEMPERATURA AXILAR 
• Deixar o paciente deitado ou recostado 
confortavelmente 
• Limpar o termômetro com algodão 
embebido em álcool 
• Enxugar a axila se for o caso, 
• Descer a coluna de mercúrio até o ponto 
mais baixo, segurando o termômetro 
firmemente e sacudindo-o com cuidado 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinal_m%C3%A9dico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apendicite
 
3 Ester Ratti ATM 25 
• Colocar o termômetro na axila, se for o 
caso, mantendo-o com o braço bem 
encostado ao tórax 
• Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos 
• Ler a temperatura na escala 
• Limpar com algodão embebido em álcool 
VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA 
➢ Axilar - 35,5 a 37,0 0C com média de 36 a 
36,5°C. 
➢ Bucal - 36,0 a 37,4 0C 
➢ Retal - 36,0 a 37,5 0C (0,5°C maior que a 
axilar) 
HIPOTERMIA: valores abaixo dos normais 
Redução da temperatura retal para menos de 
35°C. A temperatura axilar não é a adequada para 
se reconhecer hipotermia, porém, abaixo de 
35,5°C, deve-se valorizar o achado, 
principalmente em idosos com processo 
infeccioso. À medida que a temperatura corporal 
diminui, todos os órgãos são afetados, com 
redução do fluxo sanguíneo cerebral e dos 
processos metabólicos. Ocorre mais 
frequentemente em crianças e idosos. Além da 
baixa temperatura corporal, podem-se observar 
calafrios, confusão mental, taquicardia, delírio, 
hipotensão arterial, cianose, rigidez muscular, 
torpor e coma. As causas de hipotermia 
abrangem imersão em água muito fria, 
desabrigados em épocas de inverno, distúrbios da 
termorregulação e hipertensão arterial. 
FEBRE: valores a cima dos normais, indica 
processos infecciosos ou inflamatórios, alterações 
neurológicas 
HIPERTERMIA: valores a cima dos normais com 
presença de fatores ambientais (insolação, 
vestimentas inadequadas para a temperatura 
ambiental, atividade física extenuante, 
queimaduras) 
APIREXIA: ausência de febre 
HIPERPIREXIA: Febre muito elevada, acima dos 
41 °C, que alerta para uma situação grave que 
pode ter como consequência a morte 
FEBRE 
A febre acontece quando há elevação da 
temperatura acima da normalidade, causada por 
umaumento no ponto de ajuste do centro 
regulador. Esse aumento pode ser causado por 
distúrbios no próprio cérebro ou por substâncias 
tóxicas que influenciam nele. 
Muitas proteínas ou produtos como as toxinas de 
bactérias causam elevação do ponto de ajuste do 
termostato hipotalâmico, elas são chamadas de 
substâncias pirogênicas. 
Os pirogênios são secretados por bactérias ou 
liberados dos tecidos em degeneração (dessa 
forma, podem ser exógenos ou endógenos). 
Quando o ponto de ajuste do termostato 
hipotalâmico é elevado a um nível mais alto que 
o normal, todos os mecanismos de regulação da 
temperatura corporal são postos em ação, 
inclusive os mecanismos de conservação e de 
aumento da produção de calor. 
A regulação da temperatura corporal requer um 
equilíbrio entre produção e perda de calor, 
cabendo ao hipotálamo regular o nível em que a 
temperatura deve ser mantida. Na febre, este 
ponto está elevado. A produção de calor não é 
inibida, mas a dissipação do calor está ampliada 
pelo fluxo sanguíneo aumentado através da pele 
e pela sudorese. 
Uma vez liberado dentro da circulação geral, o 
pirogênio alcança o sistema nervoso central e 
estimula a liberação de prostaglandinas no 
cérebro, em particular na área pré-óptica 
hipotalâmica. Isso irá aumentar o termostato 
hipotalâmico. 
Quando o termostato se eleva os mecanismos de 
conservação e geração de calor entram em ação 
para que a temperatura corporal se aproxime do 
 
4 Ester Ratti ATM 25 
novo nível ditado pelo hipotálamo. Acontece 
então, a vasocontrição periférica para conservar 
calor, ela começa nas mãos e nos pés, para 
desviar sangue da periferia para os órgãos 
internos. Dessa maneira, a perda de calor através 
da pele é reduzida e o indivíduo sente frio. 
Se esse mecanismo de conservação não for 
suficiente para elevar a temperatura sanguínea, 
pode-se iniciar mecanismos de geração de calor. 
Um exemplo disso são os tremores que levam a 
produção muscular de calor. 
A febre pode ocorrer por infecções, lesões 
teciduais, processos inflamatórios e neoplasias. 
A febre é apenas um sinal, não existem 
comprovações de ela ser benéfica para o corpo 
combater o que está lhe afetando. 
A incapacidade de um paciente apresentar febre 
em face de infecção grave geralmente significa 
mau prognóstico. 
A febre que acompanha doenças não infecciosas 
não parece servir a qualquer fim útil, podendo, às 
vezes, ser nociva. Nas neoplasias malignas, por 
exemplo, a temperatura elevada apenas acelera a 
perda de peso e causa mal-estar. 
A febre na maioria das vezes não é apenas um 
sinal e sim parte de uma síndrome. São raras as 
pessoas que apresentam febre na ausência de 
qualquer outro sinal ou sintoma. 
SÍNDROME FREBIL: além de elevação da 
temperatura, ocorrem vários outros sintomas e 
sinais, cujo aparecimento e intensidade variam 
em relação direta com a magnitude da 
hipertermia. Exemplos: 
• Astenia 
• Inapetência 
• Cefaleia 
• Taquicardia 
• Taquipneia 
• Taquisfigmia 
• Oligúria 
• dor no corpo 
• calafrios 
• sudorese 
• náuseas 
• vômitos 
• delírio 
• confusão mental 
• convulsões (principalmente em recém-
nascidos e crianças) 
EFEITOS NOCIVOS DA FEBRE 
➢ acelera a velocidade de todos os 
processos metabólicos 
➢ acentua a perda de peso 
➢ acentua o trabalho e a frequencia cardíaca 
➢ acentua a sudorese, aumentando a perda 
de líquidos e sais. 
SEMIOLOGIA DA FEBRE 
INÍCIO: 
➢ SÚBITO: percebe-se a elevação brusca da 
temperatura, com frequência acompanha-
se de sinais e sintomas (sensação de 
calafrios) da síndrome febril 
➢ GRADUAL: as vezes nem é percebida 
pelo paciente, em algumas ocasiões 
apresenta um ou outro sintoma de 
síndrome febril, como a cefaleia, a 
sudorese e a inapetência 
INTENSIDADE 
Depende da causa e da capacidade de reação do 
organismo, sendo que pacientes extremamente 
debilitados e idosos podem não responder diante 
de um processo infeccioso. A intensidade e é 
assim caracterizada (referência: axilar): 
➢ febre leve ou febrícula - até 37,5 graus 
➢ febre moderada - de 37,6 até 38,5 graus 
➢ febre alta ou elevada - acima de 38,5 
graus 
DURAÇÃO 
Uma característica importante, podendo 
interferir na conduta médica. É dita prolongada 
quando a duração é maior do que uma semana 
 
5 Ester Ratti ATM 25 
(continua ou não), sendo que existem doenças 
próprias que são responsáveis por esta duração, 
como a tuberculose, septicemia, endocardite 
infecciosa, febre tifoide, esquistossomoses, 
linfomas entre outras. 
MODO DE EVOLUÇÃO 
Este dado poderá ser avalizado pela informação 
do paciente, porém principalmente pela análise 
diária da temperatura, sendo a mesma registrada 
em gráficos próprios chamados de gráficos ou 
quadro térmico, sendo que a anotação pode ser 
feita no mínimo duas vezes por dia, ou de 4 em 4 
horas ou de 6 em 6 horas... 
➢ FEBRE CONTÍNUA: aquela que 
permanece sempre acima do normal com 
variações de até 1°C e sem grandes 
oscilações; por exemplo, febre tifoide, 
endocardite infecciosa e pneumonia. 
➢ FEBRE IRREGULAR OU SÉPTICA: 
registram-se picos muito altos 
intercalados por temperaturas baixas ou 
períodos de apirexia. Não há uma padrão 
nestas variações. Mostram-se totalmente 
imprevisíveis e são bem evidenciadas 
quando se registra a temperatura várias 
vezes ao dia; um exemplo típico é a 
septicemia. Aparece também nos 
abscessos pulmonares, no empiema 
vesicular, na tuberculose e na fase inicial 
da malária 
➢ FEBRE REMITENTE: há hipertermia 
diária, com variações de mais de 1°C e 
sem períodos de apirexia. Ocorre na 
septicemia, abcessos, pneumonia, 
tuberculose 
➢ FEBRE INTERMITENTE: nesse tipo, a 
hipertermia é ciclicamente interrompida 
por um período de temperatura normal; 
isto é, registra-se febre pela manhã, mas 
esta não aparece à tarde; ou então, em 1 
dia ocorre febre, no outro, não. Por vezes, 
o período de apirexia dura 2 dias. A 
primeira se denomina cotidiana, a 
segunda terçã e a última quartã. O 
exemplo mais comum é a malária. 
Aparece também nas infecções urinárias, 
nos linfomas e nas septicemias 
➢ FEBRE RECORRENTE OU ONDULANTE: 
caracteriza-se por período de temperatura 
normal que dura dias ou semanas até que 
sejam interrompidos por períodos de 
temperatura elevada. Durante a fase de 
febre não há grandes oscilações; por 
exemplo: brucelose, doença de Hodgkin e 
outros linfomas. 
 
TÉRMINO 
➢ EM CRISE: quando a febre desaparece 
subitamente. Quando isto ocorre o 
paciente apresenta sudorese profusa e 
prostração. Exemplo típico é o acesso 
malárico 
➢ EM LISE: significa que a hipertermia vai 
desaparecendo gradualmente, com a 
temperatura diminuindo dia a dia, até 
alcançar níveis normais. 
CAUSAS DA FEBRE: 
➢ Infecções por bactérias, riquétsias, vírus, 
protozoários e outros parasitos. 
• Tuberculose 
• Endocardite infecciosa 
• Brucelose 
• Salmonelose (febre tifoide) 
• Infecções pirogênicas: osteomelite 
vertebral e dos ossos da pelve, abcessos, 
colangites e as bronuiectasias 
• Amebíase 
• Esquistossomose 
• Malária 
• Doença de chagas 
 
➢ Lesões mecânicas, como nos processos 
cirúrgicos e nos esmagamentos 
 
➢ Neoplasias malignas: 
• Carcinoma broncogênico, a febre pode ser 
o resultado de infecção associada; porém, 
 
6 Ester Ratti ATM 25 
muito comumente, o próprio tumor 
parece ser o responsável. 
• Hipernefroma e carcinoma primitivo ou 
metastático do fígado com frequência 
determinam febre prolongada. 
• A causa da febre é a liberação de produtos 
do tecido destruído pelo tumor ou de 
necrose do próprio tumor. 
• Nos linfomas, a febre é quase constante, 
podendo ser o primeiro sintoma. 
• A leucemia aguda geralmente é uma 
enfermidade febril, mesmo quando não 
há infecção 
 
➢ Doenças hemolinfopoéticas. 
• Algumas anemias hemolíticas (ex 
anemia falciforme.) 
• doenças hemorrágicas (púrpura 
trombocitopênica, hemofilia e 
escorbuto) provocam febre se 
houver hemorragianos tecidos. 
 
➢ doenças difusas do tecido conjuntivo 
(lúpus eritematoso disseminado, artrite 
reumatoide, periarterite nodosa, doença 
reumática), a tromboflebite, a arterite 
temporal, a sarcoidose 
 
➢ Afecções vasculares, incluindo infarto do 
miocárdio, hemorragia ou trombose 
cerebral e trombose venosa. 
 
➢ Distúrbios dos mecanismos imunitários ou 
doenças imunológicas: colagenoses, 
doença do soro e febre resultante da ação 
de medicamentos. 
 
➢ Doenças do sistema nervoso central. 
Quase sempre há febre (elevada) após a 
lesão. 
• Nas grandes hemorragias pode 
surgir temperatura muito elevada, 
antes do óbito. 
• Na hipertermia neurogênica, a 
temperatura pode elevar-se após 
intervenções cirúrgicas na região 
da fossa hipofisária e no 
3o ventrículo. A hipertermia pode 
ser grave. 
• A lesão da medula acompanha-se 
de grave distúrbio da regulação da 
temperatura. 
 
Dessa forma, mesmo que no cotidiano sejam as 
causam mais comuns, não só causas infecciosas 
causam febre, por isso, não se pode prescrever o 
uso de antibióticos para todo o paciente febril. 
FEBRE NA CRIANÇA 
Em crianças de até 3 anos, o sistema imunológico 
não esta totalmente desenvolvido. A vacinação 
nessa faixa etária ainda não cobriu os principais 
patógenos responsáveis por infecções 
potencialmente graves em vias aéreas e sistema 
nervoso central. Dessa forma, quanto mais 
jovem, mais preocupante é a febra, sob o risco de 
ser um sinal de sepse 
Em crianças maiores de 3 anos, a febre 
geralmente está associada a infecções virais sem 
gravidade. 
FEBRE NO IDOSO 
As pessoas idosas apresentam alterações no 
sistema de regulação da temperatura corporal, 
por isso eles tem a sensação térmica reduzida 
Mais suscetíveis à hipotermia ou hipertermia em 
situações de frio ou calor extremos, a 
desidratação e desnutrição. 
Quanto à febre, é importante lembrar que podem 
apresentar infecções sem resposta febril, sendo a 
ausência desta um sinal de mau prognóstico. 
Podem apresentar, com mais frequência, 
confusão mental, delírios e alucinações quando 
têm elevação da temperatura. 
Podemos considerar febre a partir de 37,3°c

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