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1 Ester Ratti ATM 25 Linfócitos B CAPITULO 12 Produzem os anticorpos Bursa de Fabricius, órgão de aves que deu origem ao seu nome, mas também pode ser associado a bone marrow ou até ao baço Maturação ocorre na medula óssea Tem citoplasma escasso e proteínas de membrana MATURAÇÃO DE LINFÓCITOS B CÉLULA TRONCO • sem expressão de imunoglobulina, está presente na medula óssea e se diferencia em célula pro-B • tem expressão de proteína especifica, marcador especifico ESTAGIO PRO-B • célula pro-B começa a ter expressão de outras proteínas especificas de superfície • PRIMEIRA RECOMBINAÇÃO DE GENES DA CADEIA PESADA IG • Apenas células que fazem rearranjos produtivos sobrevivem e se diferenciam em CÉLULAS PRÉ-B • EXPRESSÃO DE CD19 e CD10: moléculas de superfície restritas à linhagem B ESTAGIO PRE B • EXPRESSÃO DAS PTN DA CADEIA PESADA IG • em associação a outras proteínas: complexo receptor da célula pré-B • PRIMEIRO PONTO DE CONTROLE NA MATURAÇÃO DE CÉLULAS B (pode estimular ou inibir) • REARRANJO DA CADEIA LEVE • Receptor pré-B regula a produção do receptor de antígeno CELULA B IMATURA EXPRESSÃO DAS PTN DA CADEIA LEVE IG se associa a cadeia pesada formando uma Ig completa: IGM expressa na membrana ainda na medula óssea As células B imaturas não se proliferam e não se diferenciam em resposta a antígenos Se reconhecer antígenos na medula óssea com alta afinidade: edição do receptor ou morte celular Próximo processo ocorre fora da medula óssea, na periferia, na corrente sanguínea, no baço e depois nos linfonodos, processo de maturação, nele ocorre mais uma expresssão de proteína, o IgD SUBGRUPOS DE CÉLULAS B MADURAS: DIFERENTES PROGENITORES • CTH: Fígado fetal ou medula óssea 2 Ester Ratti ATM 25 LINHAGEM DE CÉLULAS B1 CTH do fígado fetal: precursor de cél. B 1 Secreção espontânea de IgM: reação a lipídios e polissacarídios microbianos Produção rápida de anticorpos, principalmente no peritônio Análogas às células T γδ : repertório de receptores de antígenos de diversidade limitada e patrulhamento epitelial (Junto com a imunidade inata impede a invasão de microorganismos nas corrente sanguínea e demais órgãos) LINHAGEM DE CÉLULAS B2 Vão amadurecer na corrente sanguínea em direção ao baço, onde vão formar células B imaturas que vão dar origem a duas subpopulações diferentes: CÉLULAS B DA ZONA MARGINAL (expressão de IGM), fica mais pelo baço e circulação sanguínea, filtra antígeno da corrente CÉLULAS B FOLICULARES (expressão de IGD e IGM), fica nos foliculos dos linfonodos Diferenciação depende da afinidade do receptor de células B com antígenos próprios CÉLULAS B FOLICULARES Responsivas a antígenos (preferencialmente proteicos) Ficam nos linfonodos (onde os linfócitos T também ficam, os quais reconhecem antígeno apresentado pela APC que expressa antígeno via MHC, que só apresentam antígenos proteicos. Por isso, essas células B foliculares que estão lá perto vão ter preferência para antígenos proteicos) Maioria das células B maduras: IgM+ IgD+ Coexpressão IgM / IgD: capacidade de recircular e a aquisição da competência funcional RECIRCULANTES: migram entre órgãos linfoides (podem sair do baço e ir ao linfonodo) e residem em folículos de cél. B CÉLULAS B MARGINAIS IgM+ Não tem capacidade de recirculação pois só tem a expressão de IgM e não IgD Resposta rápida a microrganismos transportados pelo sangue Diferenciam-se em plasmócitos secretores de IgM de vida curta Localização: proximidades do seio marginal no baço | pode ser encontrada no linfonodo (mais raro) Semelhantes às células B-1 Diversidade limitada Responde a antígenos polissacarídios Gera anticorpos naturais SELEÇÃO DE CÉLULAS B No momento que ela sintetiza a proteína de membrana (imunoglobulina), ela vai fazer a síntese de sua cadeia leve e pesada e vai ter um lugar desse anticorpo que vai ser específico para o antígeno, então, uma imunoglobulina pode identificar dois antígenos ao mesmo tempo (dois braços) 3 Ester Ratti ATM 25 Acontece na MEDULA ÓSSEA PRODUÇÃO DE CÉLULAS B COM IMUNOGLOBULINAS DE MEMBRANA ESPECÍFICAS PARA UMA INFINITA COMBINAÇÃO DE NUCLEOTÍDEOS Combinações ~10^10 Produz células B que podem se ligar a qualquer tipo de antígeno MECANISMO QUE EVITA A AUTORREATIVIDADE Na medula óssea, Células B imaturas que reconhecem antígenos próprios com alta afinidade são induzidas a alterar suas especificidades: EDIÇÃO DE RECEPTOR (primeiro processo) E se esse processo falha? Segundo processo: são induzidos processos de APOPTOSE E se a célula escapar da apoptose? Terceiro processo: Para uma célula B desenvolver uma resposta imune ela deve ser ativada por um linfócito Th, que também tem que ser especifico e reativo para aquele antígeno Só que como ele veio do Timo ele já aprendeu a não reagir a esse antígeno próprio (sofreu seleção negativa) Para ocorrer resposta autoimune tem que haver erro na seleção tanto das células B como das T para o mesmo antígeno, por isso a probabilidade é baixa LINFÓCITOS B MADUROS Distribuídos nos órgãos linfoides (marginais no baço) e corrente sanguínea As B foliculares são guiados por citocinas são direcionados aos linfonodos, lá vão ficar esperando encontrar um antígeno para ativação imune Como o sistema imune humoral (mediado por células B) funciona? Quando um patógeno (ex: corona vírus) invade o organismo ele vai ser detectado no linfonodo mais próximo de seu portal de entrada EPÍTOPO é a parte especifica que vai se ligar a imunoglobulina de célula B O antígeno liga-se às imunoglobulinas M (IgM) ou IgD de membrana nas células B virgens maduras (naive) e as ativa 4 Ester Ratti ATM 25 A partir dessa ligação surgem os processos de ativação imune A célula B vai fagocitar aquela imunoglobulina ligada ao antígeno e isso é processado no citosol da célula B No citosol também está presente uma molécula de MHC II, uma das partes dessa proteína endocitada vai se unir ao MHC II que também tem uma porção especifica para esse antígeno Esse MHCII vai para a membrana, onde será reconhecido por um linfócito Thelper (CD4) OBS: o vírus em questão não infectou a célula B, se isso tivesse acontecido, se juntaria a MHCI que sinalizara para T citotóxico (CD8) As células B foliculares produzem a maioria das respostas de anticorpos dependentes de células Th a antígenos proteicos As respostas a antígenos proteicos requerem que o antígeno seja internalizado por células B específicas, processados e seus peptídeos apresentados aos linfócitos T auxiliares CD4+, que por sua vez ativam as células B Tudo isso ocorre no linfonodo Uma única célula B pode originar 5.000 células secretoras de anticorpos/ semana, as quais produzem em conjunto mais do que 10^12anticorpos / dia Se diferenciam em diferentes tipos de células Algumas células B ativadas se diferenciam em PLASMÓCITOS e começam a sintetizar e liberar anticorpos Algumas células B ativadas começam a produzir outros tipos de anticorpos além da IgM e IgD Troca de isotipo (classe) de cadeia pesada 5 Ester Ratti ATM 25 MATURAÇÃO DA AFINIDADE Com o decorrer da resposta humoral, células B ativadas produtoras de anticorpos (plasmócitos de alta afinidade) que se ligam a antígenos com afinidade crescente passam a dominar progressivamente a resposta CÉLULAS B DE MEMÓRIA sobrevivem por anos em estado de repouso sem secretar anticorpos Ptn antiapoptótica Respostas rápidas em encontros posteriores com o antígeno ATIVAÇÃO DE LB O tipo e a quantidade de anticorpos produzidos depende de: • tipo de antígeno que induz a resposta imune • envolvimento de células T • exposição préviaao antígeno • local de ativação (induz resposta mais rápida e mais intensa) RECONHECIMENTO DO AG DEPENDENTE DE SINALIZAÇÃO DE CÉLULA TH Antígenos proteicos Células B foliculares vão formar Plasmócitos de vida longa RECONHECIMENTO DO AG INDEPENDENTE DE SINALIZAÇÃO DE CÉLULA TH Molécula não peptídica (célula T só participa de peptídeo) Celulas B1 ou da zona marginal Plasmócitos de vida curta e respostas menos intensas Resposta mais mediada por IgM 6 Ester Ratti ATM 25 PAPEIS DO COMPLEMENTO E RECEPTOR TOLL-LIKE NA ATIVAÇÃO DE CÉLULA B PARA DETECCÇÃO DE ANTIGENOS NÃO PROTEICOS PLASMÓCITO Células B diferenciadas após ativação • sinais do BCR, CD40, TLRs e rec. de citocinas Função: produção de anticorpo PLASMÓCITO DE VIDA LONGA • Em respostas T dependentes, migram dos órgãos linfoides periféricos, onde são produzidos, volta para a medula óssea, onde podem viver por muitos anos • Secreção contínua de Anticorpo (secreta mesmo sem estar em contato com o antígeno, nos mantém sempre alertas) • Plasmócitos maduros não recirculam, pouco aparecem no leucograma: 0-1% (mais que isso = plasmocitoses) • Distúrbios na produção de plasmócitos: Mieloma múltiplo Macroglobinemia de waldenström Gamopatia monoclonal 7 Ester Ratti ATM 25
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