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Receptores sensoriais e sensações somáticas I e II - fisio

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1 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
RECEPTORES SENSORIAIS 
Cada receptor é altamente sensível a um 
tipo de estímulo e é quase insensível as 
intensidades normais de outros tipos de 
estímulos. 
PRINCÍPIO DAS VIAS ROTULADAS 
Cada fibra nervosa termina em um ponto 
específico do SNC que traduz estes 
estímulos. O tipo de sensação percebida é 
determinada pelo ponto no SNC ao qual 
a fibra conduz. 
Cada fibra nervosa transmite apenas uma 
modalidade de sensação. 
Tipos de receptores 
Mecanorreceptores: Detetectam 
compressão mecânica ou estiramento do 
receptor ou do tecido adjacente a ele. 
↠ Podem ser com terminações 
nervosas (dendritos) livres ou 
encapsulados 
↠ Sensações táteis (descriminativo, 
grosseiro) 
↠ Pressão arterial – Barorreceptores 
↠ Propriocepção – receptores de 
som, musculares, sistema vestibular 
Termorreceptores: Canais iônicos 
ativados a certa temperatura. 
↠ Frio ou calor 
Nociceptores: Detectam danos físicos ou 
químicos nos tecidos (Dor) 
↠ Terminações nervosas livres 
Eletromagnéticos: Detectam a luz sobre a 
retina do olho 
Quimiorreceptores: Detectam substâncias 
químicas 
↠ Sabor, cheiro 
↠ Nivel de O2 e CO2 circulantes 
↠ Osmolaridade 
 
TRANSDUCÃO DO ESTÍMULO 
O estímulo altera o potencial de 
membrana do receptor ⇢ Potencial 
receptor. 
Ocorre a abertura de canais iônicos, 
aumentando asism a permeabilidade com 
o Na+. 
Quanto mais intenso for esse estìmulo, 
mais PA será descarregado (com maior 
frequência). 
A maioria dos dendritos é envolto por 
uma cápsula de tecido conjuntivo 
(Corpúsculo). Quando ocorre a 
compressão, deformação dele, este acaba 
enviando estímulos ao dendrito. 
Quando ocorre o potencial receptor, este 
gera um fluxo de corrente chamada 
circuito local (setas) ao longo da fibra. 
 
2 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Ao atingir o 1º nódulo de Ranvier (no 
interior daa cápsula), o fluxo de corrente 
local despolariza a memb. Fibra neste 
nódulo, desencadeando os PA’s. 
 
ADAPTACÃO DOS RECEPTORES 
Sempre que um estímulo for constante 
por um determinado tempo, o receptor 
se adapta e deixa de enviar (não 
desencadeia PA) essa infromação pro 
córtex, pois seria um sobrecarga 
“desnecessária”. 
Estes receptores são chamados de 
RECEPTORES FASICOS 
EX: Brinco, anel, roupa ou óculos em 
contato com a pele. Isso é caracteristico 
dos receptores encapsulados, pois a 
capsula fica constantemente deformada, 
por isso se adapta. 
 
 
 
 
 
 
 
FIBRAS NEURONAIS 
Quanto mais finas, mais lenta a 
transmissão do estímulo, e quanto mais 
espessa, mais rápida a velocidade da 
transmissão. 
 Tipo A - com mielina e maior 
calibre. Acima de 2µm 
↠ A - receptores musculares. 
↠ A - receptores táteis. 
↠ A - receptores musculares. 
↠ A - receptores térmicos, 
táteis, dolorosos (dor 
aguda). 
 Tipo C - sem mielina e menor 
calibre. 
↠ Receptores da dor lenta, 
coceira, temperatura 
TRANSMISSÃO COM DIF. INTENSIDADES 
 Somação Temporal: Aumento da 
frequência dos impulsos nervosos 
em cada fibra. 
CORPÚSCULO DE PACINI 
OBS: O receptor da dor 
(Nocicereceptor), Barorreceptores 
arteriais, quimiorreceptores da 
carótida e aorta e receptor do 
aparelho vestibular, tem uma 
adpatação muito lenta, para 
podermos sentir que algo está errado 
e resolver o problema. 
Estes receptores são chamados de 
RECEPTORES TONICOS 
 
 
 
 
3 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 Somação Espacial: Aumento da 
intensidade do sinal é transmitido 
usando progressivamente uma 
quantidade maior de fibras 
AGRUPAMENTO NEURONAL 
Cada gruppamento apresenta sua própria 
organização espacial que faz com que ele 
processe de uma maneira própria e única. 
Isso possibilita que as associações entre os 
grupamentos realizem a multiplicidades 
de funções do sistema nervoso. 
 
 Est. Supralimiares: estado excitado 
(a), mais terminais conectados 
 Est. Sublimiares: estado facilitado 
(b), poucos terminais conectados 
CIRCUITOS NEURONAIS 
Divergentes: Um sinal aferente se 
espalha para número progeressivamente 
maior de neurônios. 
 
↠ Mesmo trato: mesma via (sentido) 
↠ Múltiplos tratos: vias diferentes 
 
 
4 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Convergentes: Estímulo de um neurônio 
a partir de vários neurônios. 
↠ Mesma origem: uma mesma fibra 
 
↠ Múltiplas origens: diferentes fibras 
 
INIBICÃO RECIPROCA 
Uma fibra pode excitar uma via e inibir 
outra simultaneamente. 
EX: Contração muscular 
↠ contrai o agonista 
↠ relaxa o antagonista) 
CIRCUITOS REVERBERANTES 
Ocorre um feedback + no próprio 
neuronio que excitou a via, ou seja, ele se 
mantem excitado/auto-excitação. Ocorre 
no encéfalo (memórias). 
Limitam a auto-excitação: 
↠ Fadiga (acaba os NT) 
↠ Circuitos inibitórios (estabilização 
funcional do sist. Nervoso) 
Circ. A – Mais simples, com apenas 1 
neuronio eferente. Tempo mais 
prolongado de descarga. 
Circ B – Neurônios adicionais que 
causam um retardo mais longo entre a 
descarga inicial e a retroalimentação. 
Circ C – Complexo, possuindo fibras 
facilitatórias (aumenta a reverberação) e 
inibitórias (diminui a reverberação). 
Circ D – Muitas fibras paralelas. A 
reverberação pode ser fraca ou forte, 
dependendo da quantidade de fibras 
envolvidas. 
 
5 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Correspondem aos mecanismos 
neuronais responsáveis pela aquisição de 
informações sensoriais por todo o corpo. 
São mais gerais e contratam com 
Sentidos especiais (visão, audição, olfato, 
paladar e equilíbrio). 
Classificação 
Mecanorreceptivas: Relacionadas ao 
tato, pressão, vibração, cócegas e posição 
corporal. 
Termorreceptivas: Relacionadas a 
temperatura (frio ou calor). 
Dolorosas: Relacionadas a lesão tecidual. 
 
RECEPTORES TATEIS 
Terminações nerv. Livres: Encontradas 
em toda pele e em outros tecidos e 
podem detectar o tato e pressão leves, 
cócegas e pruridos. 
Corpusculo de Meissner: Terminação 
mielinizada grossa, alongada e 
encapsulada. Presente na pele Glabra, 
abundante nas pontas dos dedos e nos 
lábios. Tato discriminativo 
Discos de Merkel: Contém grande 
número de receptores táteis de 
terminação expandida. Encontrados na 
ponta dos dedos e lábios. Tato 
discriminativo. Agrupados em um órgão 
receptor (Recep. Em cúpula de Iggo), que 
se projeta na parte inferior do epitélio. É 
inervado somente por uma fibra. 
Orgão terminal do pelo: Transmitem 
um sinal inicialmente forte, mas que logo 
se adapta parcialmente. Responsáveis por 
detectar os sinais mantidos, 
possibilitando a percepção contínua de 
toque sobre a pele. 
Corpusculo de Ruffini: Terminações 
encapsculadas multiramificadas que se 
adpatam lentamente. Importantes para a 
sinalização dos estados contínuos de 
deformação dos tecidos. Tato e pressão 
 
Outras classificações 
Exterorreceptivas: Relacionada a 
superfície corporal 
Proprioceptivas: Relacionada as sensações 
dos músculos e tendoes, pressão e 
equilíbrio. 
Viscerais: Relacionada as sensções dos 
órgãos. 
Profundas: Relacionada aos tecidos 
profundos como fáscias, músculos e 
ossos 
 
6 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
intensos. Encontradas também nas 
cápsulas articulares. 
Corpusculo de Pacini: Situam-se abaixo 
da pele e profundamente nos tecidos da 
fáscia. Estimulados pelacompressão local 
rápida dos tecidos, pois se adaptam 
rapidamente. Detecção de vibrações e 
alterações mecânicas rápidas nos tecidos. 
VIAS SENSORIAIS DE TRANSMISSÃO DE SINAIS 
As informações sensoriais somáticas 
entram na medula espinal através das 
raízes dorsais dos nervos espinais, porém 
apos a entrada existem duas vias 
sensoriais alternativas (cada uma delas 
possui 3 neurônios que fazem esse trajeto 
de sinalização): 
↠ Tudo que é sentido de um lado do 
corpo, é processado pelo lado oposto no 
córtex, devido a decussação. 
Coluna dorsal-lemnisco medial: 
É composto de fibras nervosas grossas e 
mielinizadas, que transmitem os sinais ao 
encéfalo mais rápido. 
Possui um alto grau de organização 
espacial das fibras em relação a sua 
origem. 
É uma via que possui um circuito 
divergente e que realiza somação espacial 
por conta de realizar estímulos fortes. 
Transmite sinais ascendentes até a 
Medula oblonga ⇢ Bulbo ⇢ Tálamo ⇢ 
Córtex S.S 
Transmissão do tato discriminativo, 
pressão e propriocepção: 
↠ Sensações tateis que precisam de 
um alto grau de localização do 
estímulo 
↠ Sensações tateis que requerem a 
transmissão de graduações finas de 
intensidade 
↠ Sensações fásicas, como 
sensibilidades vibratórias 
↠ Sinalização de moviemntos contra 
a pele 
↠ Sensação de posição das 
articulações 
↠ Sensação de pressão 
ANATOMIA DA VIA CD-LM 
O neurônio de primeira ordem, fibra 
aferente (entra pela raíz dorsal da 
medula, onde se localiza um ganglio) 
recebe o estímulo nos seus dendritos e os 
leva até o axônio, que se encontra na 
medula (entrada pelo corno dorsal da 
medula). 
Ocorre uma bifurcação do neurônio, e 
uma de suas partes ascende (pela coluna 
dorsal da medula) em direção ao bulbo 
(núcleos grácil e cuneiforme). Ao chegar 
lá ele faz sua primeira sinapse com o 
neurônio de segunda ordem. 
DECUSSACAO: O 2º neurônio, passa para 
o lado oposto do bulbo (troca de lado). É 
fundamental para identificar lesões. 
 
7 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
E ascende em direção ao Tálamo 
(Complexo ventrobasal), pelo lemnisco 
medial. Ao chegar no Tálamo, ele faz 
sinapse com o neurônio de terceira 
ordem, o qual leva a infromaçao para o 
seu destino final, o Córtex somato 
sensorial. (Giro pós-central ⇢ Sulco 
central) 
 
 
 
 
 
 
Córtex cerebral 
Dividido em 50 áreas histologicamente 
diferentes, chamadas Áreas de 
Brodmann, e que também são 
funcionalmente diferentes. 
Cortex Somatossensorial: abrangem a 
área 1, 2 e 3. 
Possui tamanhos diferentes de acordo 
com a sensibilidade de cada região, 
quanto mais sensível, mais resceptores, e 
por conseguinte, um maior espaço no 
córtex. 
 
OBS: Bifurcação do neurônio 1ª ordem 
O ramo colateral faz sinapses diretamente 
com a medula, é responsável por excitar 
os neurônios motores para termos 
respostas efetoras e/ou arco reflexo. 
 
8 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 Funcões 
↠ Localização precisa das 
diferentes sensações em 
diversas partes do corpo 
↠ Avaliar diferentes graus de 
pressão 
↠ Avaliar o peso dos objetos 
↠ Avaliar o contorno e a 
forma de objetos (tato 
crítico) 
↠ Estereognosia: disturbio 
que ocorre quando esta área 
do córtex é afetada e a 
pessoa é incapaz de 
reconhecer a forma do 
objeto, perde o tato fino 
↠ Avaliar a textura dos 
objetos. 
Area de assosciacao 
somatossensorial: abrange as áreas 5 e 7, 
posterior a área somatossensorial I 
Faz uma interpretação mais profunda da 
informação sensorial. Integra as 
informações vindas de diferentes partes 
do córtex, para obtermos uma percepção 
integrada das sensações. 
↠ Área somatossensorial I 
↠ Núcleos ventrobasais do Tálamo e 
outras regiões talâmicas 
↠ Córtex visual (região occipital) 
↠ Córtex auditivo (região temporal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Amorfossintese ou 
Heminegligencia 
Distúrbio causado quando uma 
parte da área de associação é 
afetada. A pessoa não consegue 
processar a informação por 
completo. 
↠ Perda da capacidade de 
reconhecer objetos 
↠ Perda da percepção de um 
lado do corpo 
 
 
9 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 
TIPOS DE DOR 
 
Dor rapida: Sentida dentro de 0,1 seg 
↠ Dor em pontada, dor em 
agulhadas, aguda. 
↠ Não é sentida nos tecidos 
mais profundos. 
Dor lenta: Sentida após 1 seg ou mais 
↠ Crônica, pulsátil, em queimação, 
latejante. 
↠ Sentida na pele e em quase todos 
órgãos e tec.profundos. 
RECEPTORES 
Os receptores para esse tipo de sensação 
são chamados de Nociceptores, 
terminações nervosas livres espalhadas 
nas camadas superficiais da pele e em 
alguns tecido sinternos como o 
Periósteo, paredes internas das artérias, 
supf. Articulares e, a foice e o tentório da 
abóbada craniana. 
Os tecidos mais internos apresentam 
menor suprimento desses receptores, mas 
lesões extensas podem se somar e 
provocar do lenta nestas regiões. 
 
Esses receptores não se adpatam 
(adaptação lenta), pois são terminações 
nervosas livres e seu objetivo é sinalizar 
que algo está errado e precisa ser 
resolvido. 
HIPERALGESIA: Aumento da sensibilidade 
dos receptores da dor, que possibilita que 
a pessoa esteja ciente da presença de uma 
lesão enquanto a dor persistir 
 
Estímulos excitatórios 
Dor rapida: Desencadeada por estímulos 
mecãnicos e térmicos 
Dor lenta: Desencadeada por estímulos 
mecânicos, térmicos e químicos. 
OBS: Substâncias que excitam o tipo 
químico: Bradicinina, histamina, 
potássio (destruição celular), 
prostaglandinas, ácidos... 
Isquemia tecidual: Ocorre o acúmulo 
de ácido láctico, quando o fluxo 
sanguíneo para um tecido é bloqueado, 
não recebendo mais O2, tornando-se 
muito dolorido em poucos minutos. 
Quanto maior for a velocidade do 
metabolismo desse tecido, mais repido a 
dor surge. 
 
 
10 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Espasmo muscular: Cãimbras ou 
contraturas, causadas por dois efeitos: 
efeito direto, a propria contratura ja 
estimula, de forma mecânica, os 
receptores da dor, e efeito indireto, a 
própria contratura dificulta o fluxo 
sanguíneo naquela região, estimulando o 
metabolismo anaeróbico (produção de ác. 
Láctico) à acumular substâncias químicas 
ali. 
Tipos de fibras 
Fibra Aδ: Fibras rápidas, que são de 
maior calibre e mielinizadas, que leva a 
informação até 30m/s. 
Fibra C: Fibras lentas, que são de menor 
calibre e não são mielinizadas. Levam a 
informação até 2m/s. 
 Sistema duplo de inervação: é 
possível sentir os dois tipos de dor 
(dor pontual rápida seguida por 
uma dor lenta). 
VIAS SENSORIAIS DE TRANSMISSÃO DE SINAIS 
Continuação da explicação das vias (ler 
primeira parte). 
Antero – lateral 
É composto de fibras nervosas 
mielinizadas mais finas, que transmitem 
os sinais a velocidade de até 40m/s. 
Transmite informações que não precisam 
ter grande fidelidade espacial nem serem 
tão rápidas. 
Possui a capacidade de transmitir um 
amplo espectro de modalidades 
sensoriais. 
Transmite sinais ascendentes até a 
Medula oblonga ⇢ Tálamo ⇢ Córtex 
S.S 
↠ Transmissão de dor 
↠ Sensações térmicas (frio ou calor) 
↠ Sensação de tato e pressão 
grosseiras na superfície do corpo. 
↠ Sensações de cócegas de pruridos 
↠ Sensações sexuais 
ANATOMIA DA VIA ÂNTERO-LATERAL (GERAL) 
O neurônio de primeira ordem, fibra 
aferente (entra pela raíz dorsal da 
medula, onde se localiza um ganglio) 
recebe o estímulo nos seus dendritos e os 
leva até o axônio, que se encontra na 
medula (entrada pelo corno dorsal da 
medula). 
Entretanto, ao chegar na medula(corno 
dorsal), ja faz sua primeira sinapse com o 
neurônio de sugunda ordem. Este 
neurônio sofre decussasão na própria 
medula, e ascende, na parte antero-lateral 
da medula, em direção ao Tálamo 
(somente passa pelo tronco cerebral, mas 
não ocorre nada). 
Ao chegar ao Tálamo, o neurônio faz 
sinapse com outro neuronio, agora de 
terceira ordem, que leva a informação 
até o Córtex somatossensorial. 
 
11 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 
 
 
 
 
Trato para fibras Aδ 
Trato Neoespinotalamico: Transmite a 
informação de dores mecânicas e 
térmicas agudas. 
Ocorre primeira sinapse nos cornos 
dosrsais da medula, na lâmina marginal 
(I). Os neurônios de segunda ordem 
sofrem decussasão e ascendem para o 
Encéfalo nas colunas ântero-laterais. 
Ao chegar no Tálamo, essas fibras 
terminam seu trajeto no Complexo 
Ventrobasal, juntamente com as fibras da 
via Coluna dorsal-lemnisco medial, e no 
Grupo nuclear posterior, e ali fazem 
sinapse com o neuronio de terceira 
ordem que se direcionam ao Córtex SS. 
Como estas fibras chegam ao córtex no 
mesmo ponto que as fibras da via CD-
LM, quando excitadas simultaneamente, 
é possível saber a localização quase exata 
do ponto que está com problema. 
Neurotransmissor: Glutamato, molécula 
pequena, extremamente rápida na sua 
excitação das fibras. 
Trato para fibras C 
Trato Paleoespinotalamico: Transmite a 
informação de dores crônicas. 
Ocorre primeira sinapse nos cornos 
dosrsais da medula, nas lâmina II e III 
(Subst. Gelatinosa). Em seguida, esse 
neurônio faz mais uma sinpase ainda na 
medula espinal, na lâmina V, com um 
interneurônio (o que torna a via ainda 
mais lenta), e lá faz a sinapse com o 
neurônio de segunda ordem. 
Este, sofre decussasão e ascende pelo 
tronco cerebral, no qual faz sinapses com 
os núcleos reticulares (ponte, bulbo e 
mesencéfalo), na área tectal do 
mesencéfalo e na região cinzenta 
periaquedutal (circunda o arqueduto de 
Sylvius), até chegar no Tálamo, seu 
destino final. 
OBS: A dor lenta não tem 
passagem para o córtex 
somatossensorial, ela chega 
somente até o Tálamo. 
 
12 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
É uma via de localização muito pobre, 
pois a informação não chega até o Córtex 
SS (sensação de dor crônica). 
EFEITO ALERTA: Essa via mantém o tronco 
extremamente excitado, e por isso não 
conseguimos dormir, ocasionando o 
efeito alrta. Esse efeito impede que se 
passe da vigilia pro sono, mantendo-nos 
acordados. (predomina na dor lenta, 
porém se tem em todas as vias ja que a 
transmissão é dupla – dor rápida e lenta-) 
Neurotransmissor: Substância P, é um 
peptídeo (molécula maior) liberado 
muito mais lentamente e tem sua ação 
também, mais lenta. Sua concentração 
aumenta em um curto período (gera 
snensação duradoura). 
SISTEMA DE ANALGESIA 
Sistema de supressão da dor no Encéfalo 
e Medula Espinal (é especifico de cada 
um) 
Ele consiste em 3 componentes: os 
núcleos pariventriculares e subst. 
Cinzenta periaquedutal; Núcleo magno 
da rafe e núcleo paragigantocelular; e 
Corno dorsal da medula espinal 
(complexo inibitório da dor). 
É uma via ântero-lateral de neuronios 
descendentes que partem do 
n.paraventriculares e da subt. cinzenta e 
vão fazendo sinapses ao longo de todo o 
tronco cerebral, com o n. Magno da Rafe 
e outras estruturas, até chegar nos cornos 
dorsais da medula espinal. 
Ao chegar na medula, esses neurônios 
fazem sinapse com um neurônio 
localizado nos cornos dorsais, que vai ser 
inibitório, estimulando a inibição da 
sinapse do neuronio receptor da dor com 
o neuronio de segunda ordem que sofre 
decussasão, impedindo a transmissão do 
estímulo doloroso. 
 
 
Interrupção cirúrgica das vias 
dolorosas 
Quando a pessoa apresenta uma 
dor grave e intratável. Duas 
formas: 
CORDOTOMIA: Os neurônios, da via 
ântero-lateral, na medula espinal 
são parcialmente cortados em seu 
quadrante ântero-lateral, 
interrompendo a via dolorosa. 
CAUTERIZACAO: É feita uma 
cauterização de áreas específicas 
nos núcleos intralaminares do 
Tálamo, para aliviar as dores 
crônicas. 
Entretanto nem sempre essa 
interrupção cirúrgica é bem 
sucedida pois algumas 
OBS: Tudo que nos da prazer, 
bem estar, estimula essa via 
descendente. Assim temos melhor 
desempenho em relação a 
sensação dolorosa. 
 
 
13 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Neurotransmissores: Os primeiros 
neuronios (2) da via utilizam Encefalina, 
o neuronio que desce pela medula utiliza 
Serotonina, que excita o neurônio 
inibitório. Est, por sua vez, utiliza 
novamete a Encefalina para inibir a 
sinapse (abertura de canais de Cloreto na 
fibra, inibindo sua despolarização), 
inibição pré e pós-sináptica. 
 
OUTROS TIPOS DE DOR 
Dor referida: Dor sentida em partes do 
corpo que estão distantes do local de 
origem. Geralmente é sentida na 
superfície do corpo. 
Ex: Infarto, o problema é no miocárdio, 
porém as dores são sentidas no ombro, 
na face interna do braço, no pescoço. 
Isso acontece porque, as vias sensoriais 
(viscerais e pele) entram na medula pelos 
cornos dorsais e excitam os neuronios 
localizados ali. Entretanto ambas emitem 
ramos colaterais que excitam o neurônio 
de segunda ordem da via da dor oposta a 
ela (via visceral ⇢ via pele // via pele ⇢ 
via visceral) (desenvolvimento 
embrionário – Dermátomo). 
Dor visceral: Danos viscerais localizados 
raramente, causam dor grave. 
Estimulação difusa das terminações 
nervosas da dor. São excitadas por fibras 
do tipo C, com uma dor crônica, 
persistente. 
São pobremente inervadas, por isso deve-
se ter somação de receptores. 
Pode ser causadas por: 
↠ Isquemia: produtos metabólicos 
ácidos/degenerativos 
↠ Estímulos químicos: escape de 
subst. do trato gastrointestinal, 
como o suco gástrico 
↠ Espasmos: cólicas (contraturas das 
visceras) 
↠ Distensão execessiva: por exemplo, 
quando come muito, gases... 
↠ Áreas insensíveis: parênquima 
hepático e alvéolos pulmonares. 
Dor parietal: Causada por uma doenças, 
problema nas visceras que se dissemina 
para o peritônio, pleura ou pericárdio 
parietal (supf. extensamente inervadas). 
Geralmente a dor é localizada na parede 
parietal, sobre a viscera, e é aguda. 
Transmitida diretamente para os nervos 
espinais locais. 
 
 
 
OBS: É importante conhecer essa 
dor, pois em muitos casos o 
paciente só manifesta a dor 
referida. 
 
 
14 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
DOR VISCERAL X DOR PARIETAL 
 
Ex: Apendicite 
 
 
 
ANORMALIDADES CLÍNICAS DA DOR 
 
Hiperalgesia: 
 Primária: Sensibilidade excessiva 
dos receptores da dor 
(superestimulação). Ex: 
queimadura 
 Secundária: Facilitação da 
transmissão sensorial (Problema 
na via, lesões na medula espinal 
ou no tálamo). Ex: nevralgia do 
trigêmeo (ramo mandibular). 
 
 
Herpes-zoster: Infecção viral (vírus da 
catapora) em um gânglio espinal, 
causando dor extrema no dermátomo 
suprido por este gânglio. 
Normalmente é hemilateral. 
Cefaleia: Tipo de dor referida (tec. 
nervoso não tem receptores para a dor) 
para a superfície da cabeça a partir de 
estruturas profundas. 
 Origem intracraniana: distensão 
da dura-máter, lesões no tentório, 
lesões nos vasos sanguíneos das 
meninges (artéria meningea média) 
 
↠ Meningites: dor de cabeça 
↠ Baixa/alta pressão do liquor 
↠ Enxaquecas 
↠ Alcoólica: irritação ou desidratação 
dos neurônios 
 
 
Local da dor parietal 
Dor visceral referida 
(umbigo – meio da barriga) 
 
15 FISIOLOGIANatasha Ferreira ATM 25 
 Origem extracraniana: 
↠ Espasmos musculares 
↠ Irritação nasal 
↠ Distúrbios visuais 
 
RECEPTORES TÉRMICOS 
 
Frio: Mais abundantes, fibras tipo Aδ, 
mais rápidos. 
Calor: Menor quantidade, fibras tipo C e 
para dor, mais lentos. 
 
Esses receptores tem capacidade de se 
adaptar. 
Se comparados aos da dor, temos poucos 
receptores térmicos, por isso a somação 
espacial é importante, para termos a 
percepção da sensação. 
Estes estímulos são transmitidos pela 
mesma via da dor, a Via Ântero-lateral. 
Em temperaturas extremas, começa a 
ocorrer lesão tecidual, que desencadeia os 
estímulos da dor.

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