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ATIVIDADE 2 DE TCC

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20
		
GEYCE BRENDA CARDOSO PORTO
FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA:
A POSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA DO PADRASTO AO ENTEADO
Paragominas – PA
2021
 GEYCE BRENDA CARDOSO PORTO
FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA:
A POSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA DO PADRASTO AO ENTEADO
Projeto apresentado ao Curso de Bacharelado em Direito da Instituição Faculdade Pitágoras de Paragominas - PA
Orientador: Ana Carolina Fontes Figueiredo Mendes
Paragominas – PA
2021
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
1.1 O PROBLEMA	4
2 OBJETIVOS	5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO	5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS	5
3 JUSTIFICATIVA	6
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................7
5 METODOLOGIA........................................................................................................9
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO............................................................11
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................12
1 INTRODUÇÃO
1.1 O PROBLEMA
O presente trabalho busca solucionar o seguinte questionamento: Levando-se em consideração a filiação socioafetiva, há possibilidades de o padrasto ser condenado ao pagamento de pensão alimentícia ao enteado?
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO
Demonstrar a possibilidade do pagamento de pensão alimentícia nas relações entre padrasto e enteado, levando-se em conta a filiação socioafetiva.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
 
Compreender a evolução do conceito de família na atualidade;
Discorrer acerca da propositura da ação de reconhecimento da paternidade socioafetiva cumulada com pedido de alimentos.
Discorrer acerca da propositura da ação de reconhecimento da paternidade socioafetiva de forma litigiosa.
5
15
3 JUSTIFICATIVA
O presente Pré-Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso aborda a possibilidade de o padrasto ser condenado ao pagamento de alimentos em favor do enteado, quando aquele deixa de atuar como padrasto e passa a atuar no papel de pai, inclusive reconhecendo o enteado como sendo o seu filho. 
A relevância da pesquisa reside na atualidade do tema, visto que, com a evolução do conceito de família, bem como do entendimento do Supremo Tribunal Federal de que o pai biológico e o pai socioafetivo possuem as mesmas obrigações, torna-se complexo e alvo de discussões entre juristas e acadêmicos de direito sobre quando o padrasto passa a assumir o papel de pai e seja possível a condenação do mesmo ao pagamento de pensão alimentícia ao enteado.
As contribuições desta pesquisa para a sociedade e para a comunidade acadêmica é o conhecimento sobre a possibilidade do padrasto ser obrigado ao pagamento de pensão alimentícia em favor do enteado, visto que esse assunto não é tão conhecido entre a sociedade e comunidade acadêmica.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde a mudança da corte de D. João VI para o Brasil em 1808, a formação da cultura brasileira sofreu imensa influência portuguesa, dentre estas influencias, inclui-se a religiosa. Conforme menciona Carlos Roberto Gonçalves:
É notório que o nosso direito de família foi fortemente influenciado pelo direito canônico, como consequência principalmente da colonização lusa. As Ordenações Filipinas foram a principal fonte e traziam a forte influência do aludido direito, que atingiu o direito pátrio. (GONÇALVES, 2019, p. 34)
Diante disso, o conceito de família inicialmente foi regido pela Igreja Católica, sendo possível somente o casamento católico. Após a intervenção do Estado, foi possível pessoas de diferentes religiões contraírem matrimônio. Entretanto, por muitos anos, o Estado entendeu que a família somente surgia após o casamento.
Maria Berenice Dias, em seu livro Manual de Direito das Famílias, bem leciona 
Em uma sociedade conservadora, para merecer aceitação social e reconhecimento jurídico, o núcleo familiar dispunha de perfil hierarquizado e patriarcal. Necessitava ser chancelado pelo que se convencionou chamar de matrimônio. (DIAS, 2016, p. 48)
Não sendo possível manter um modelo familiar uniforme, o Estado passou a reconhecer diversos tipos de família, dentre eles, a família recomposta, conceituada por Rolf Madaleno como:
A família reconstituída é a estrutura familiar originada em um casamento ou uma união estável de um par afetivo, onde um deles ou ambos os integrantes têm filhos provenientes de um casamento ou de uma relação precedente. (MADALENO, 2018, p. 60)
Venosa esclarece que não há legislação que dita as regras para este tipo de família: “o Código Civil não traçou desenho claro dessas famílias, não definindo as prerrogativas parentais dos padrastos, nem seu eventual dever de alimentar ao enteado.” (VENOSA, 2016, p. 9)
Sendo assim, tem-se levado em consideração nos julgamentos dos tribunais principalmente princípios, dentre eles, o da dignidade da pessoa humana e o princípio da afetividade.
A Constituição Federal de 1988, consagrou como fundamento da República a dignidade da pessoa humana, além disso, no art. 226 da Constituição Federal, a família foi considerada base da sociedade:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 
Portanto, a família recebe proteção especial do Estado, sendo que todos os membros da família possuem o direito de ser tratadas com igualdade e dignidade.
Ligado ao princípio da Dignidade da pessoa humana, o princípio da Afetividade, conforme leciona Rolf Madaleno:
“é a mola propulsora dos laços familiares e das relações interpessoais movidas pelo sentimento e pelo amor, para o ao fim e ao cabo da sentido e dignidade à existência humana.” (MADALENO, 2018, p. 190)
Dessa forma, o afeto acaba por transcender as barreiras do laço sanguíneo, tornando-se por vezes mais forte que a verdade biológica, prova disso é a paternidade/maternidade socioafetiva, consagrada no art. 1.596 do Código Civil.
Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Nesse sentido, a filiação socioafetiva consiste no reconhecimento jurídico da maternidade ou paternidade baseadas no afeto gerado na relação entre pai e filho, o famoso “filho do coração”. Sendo que o pai socioafetivo possui os mesmo direitos e deveres do pai biológico, conforme o princípio da igualdade de filiação.
Seguindo esta linha de raciocínio, o filho socioafetivo possui os mesmos direitos do filho biológico, sendo possível, portanto, receber alimentos do pai socioafetivo. É o que diversos Tribunais brasileiros entendem:
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO E DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE SOCIOAFETIVA C/C ALIMENTOS E REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS – FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS – PARENTALIDADE SOCIOAFETIVA – REQUISITOS DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA (ART. 273 DO CPC)– PREENCHIDOS – RECURSO DESPROVIDO. O direito à prestação dos alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes. Tal direito pode ser pleiteado pelos parentes, os cônjuges ou companheiros sempre que dele necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. O parentesco civil é o estabelecido em razão da adoção, e também abrange o parentesco socioafetivo, o qual é baseado em relação de afeto gerada pela convivência entre as partes, consoante Enunciado nº 256 do Conselho da Justiça Federal. A existência de fortes indícios da parentalidade socioafetiva, colhidos por meio de documentos e relatórios psicossociais realizados nos autos, aliados à situaçãode vulnerabilidade social da parte agravada, autorizam a antecipação parcial dos efeitos da tutela para fixação dos alimentos provisórios. Assim, mantém-se a decisão agravada. O princípio da irrepetibilidade dos alimentos deve ser avaliado em conjunto com os demais princípios constitucionais, dentre eles o de maior relevo, que é a proteção da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da sociedade brasileira (art. 1º, III, CF).
(TJ-MS - AGR: 14131633320158120000 MS 1413163-33.2015.8.12.0000, Relator: Des. Eduardo Machado Rocha, Data de Julgamento: 01/12/2015, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 11/01/2016)
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE CUMULADA COM INVESTIGATÓRIA DE PATERNIDADE. FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA RECONHECIDA NOS AUTOS. ALIMENTOS. FILHO MENOR. REDUÇÃO DO VALOR FIXADO NA ORIGEM. CABIMENTO. PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO. Caso concreto em que, apesar de a perícia excluir a paternidade genética do primeiro apelante, o estudo social realizado demonstra a existência de vínculo socioafetivo entre os envolvidos, tanto que o demandado (pai registral e socioafetivo), no curso da lide, pleiteou a fixação de visitas aos menores, o que lhe foi deferido. Alegado afastamento dos menores, por conta da conduta assumida pela genitora, que não apaga a memória afetiva, tampouco destrói o liame socioafetivo formado ao longo dos anos. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada, visando à satisfação das necessidades básicas dos filhos sem onerar, excessivamente, os genitores. No feito em comento, considerando que o alimentante é pessoa idosa e aufere benefício previdenciário em valor pouco superior ao salário mínimo nacional, impõe-se reduzir o encargo alimentar a fim de melhor atender ao binômio necessidade-possibilidade. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70070016332, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 26/10/2016).
(TJ-RS - AC: 70070016332 RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Data de Julgamento: 26/10/2016, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/11/2016)
Sendo assim, a partir do momento que o padrasto passa a reconhecer o seu enteado como filho, pode ser reconhecida a paternidade socioafetiva e, consequentemente, a criança passa a ter direito ao recebimento de alimentos.
5 METODOLOGIA
A metodologia aplicada ao dar-se-á através de livros, doutrina, leis e artigos. Sendo o método inicial desenvolvido através de jurisprudência sobre o tema.
O método utilizado será qualitativo e descritivo, sendo que abrangerá leis, artigos científicos, e jurisprudências dos últimos 5 anos, das quais serão obtidas na revisão bibliográfica a possibilidade da prestação alimentícia do padrasto ao enteado, levando-se em consideração a filiação socioafetiva.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
A elaboração desta pesquisa será desenvolvida de forma mensal, sendo que os 4 primeiros meses serão dedicados ao Pré-Projeto e os últimos 6 meses dedicados ao Trabalho de Conclusão de Curso. O quadro abaixo apresenta isto de forma clara:
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Pré-Projeto e do 
Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2021/1
	2021/2
	
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição dos objetivos, justificativa.
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição da metodologia.
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da primeira versão do projeto.
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Elaboração do Capítulo 1.
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	Entrega da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
7 REFERENCIAS
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 6: direito de família. 16. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019
MADALENO, Rolf. Direito de Família. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2018
DIAS, Maria Berenice, Manual de Direito das Famílias. 11. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.

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